Srta. Bustier: Muito bem alunos, alguém sabe me dizer em que século começou o Período Renascentista e o seu término?
Mari: Eu levantei a minha mão, logo chamando a atenção da minha professora.
Srta. Bustier: Pode falar, Marinette.
Mari: Começou no século XI e se estendeu até o século XVII.
Srta. Bustier: Tem certeza, Marinette?
Adrien: Eu levantei a minha mão, e logo a professora notou.
Srta. Bustier: Pode falar, Adrien.
Adrien: Professora, a Marinette tem razão, a Idade da Renascença foi entre o século onze e dezessete.
Chloé: Você só está falando isso para proteger essa sem graça da Marinette.
Srta. Bustier: Você tem como me provar isso?
Adrien: Se me permitir ligar para uma pessoa que mora na Itália, eu posso lhe provar.
Srta. Bustier: Claro, permitido.
Adrien: Só espero que atenda.
Alya: Adrien, é impressão minha ou você ficou meio cabisbaixo agora.
Adrien: Não é impressão, Alya. Fiquei triste mesmo.
Nino: Cara, eu nunca te vi assim. Tem algo a ver com essa pessoa que mora na Itália?
Mari: Eu podia ver que os dedos do Adrien estavam tremendo, eu hesitei um pouco antes de tocar no ombro dele. Adrien?
Adrien: Sim?
Mari: Você não parece bem, o que foi?
Adrien: Nada, apenas me lembrei da última vez que falei de verdade com ela.
Nino: Ela que? Tem namorada à quanto tempo e nem me contou.
Adrien: Não, Nino. Ela é minha... Prima.
Alya: Desde quando você tem uma prima?
Adrien: Eu acho que você sabe a resposta.
Rose: Adrien, por que vocês não se falam mais? Se é que posso perguntar.
Adrien: Claro Rose, é que a alguém anos eu estive muito ocupado no dia do aniversário de doze anos dela, eu não consegui ligar e nem ir pra lá no dia, ela ficou triste comigo e passou a me ignorar. E é assim até hoje.
Mari: Faz quanto tempo isso?
Adrien: Quatro...
Nino: Dias?
Adrien: Não.
Alya: Semanas?
Adrien: Não, faz quatro... Anos.
Mari: Como alguém consegue passar quanto anos sem se falar. Adrien, já tentaram conversar?
Adrien: Já, e não adiantou muito, da última vez que eu fui pra Itália, ela tentou me acertar com um vaso de flores, cinco livros, dois sapatos, três cadernos, e eu acho que também foi o celular dela.
Alya: Sua prima é normal? Sem querer ofender.
Adrien: Se vocês a conhecessem diriam isso a primeira vista, mas depois que se passa pelo de dois a três dias perto dela, se descobre quem ela é de verdade.
Nathanael: Tenta falar com ela novamente, quem sabe ela não atende agora.
Adrien: Vale a tentativa. Eu sentia a mão da Marinette ainda no meu ombro direito tentando me confortar, eu levantei a minha mão direita na qual ficava o meu miraculous e segurei sua mão, não sei porque mas ela sempre me passou esse jeito confiante, me sinto bem perto dela.
Mari: Olha, eu sei que a gente não se fala muito, mas sou sua amiga, e vejo que você está triste de verdade por causa dessa briga entre vocês dois, mas muitas vezes precisamos arriscar, e assim veremos no que pode acabar. Eu senti a mão dele segurando a minha, não tinha nem chance de eu ficar corada, ele precisa de uma amiga agora.
Adrien: Bem, vamos lá. Se ela desligar de novo, pelo menos vai valer a tentativa. Que seja na sorte ou no azar. Eu toquei no nome da minha prima no discador de chamadas, coloquei o celular no viva-voz e ficamos esperando.
Alya: Eu olhava para minha melhor amiga, e via que ela estava tentando acalmar o Adrien, nunca tinha visto ele nervoso dessa maneira. Adrien, uma perguntinha.
Adrien: Pode perguntar.
Alya: Você e sua prima... Eram muito próximos?
Adrien: De mais, eu considero ela uma irmã pra mim, desde pequeno sempre fui mais apegado a ela. Ter ouvido ela que me odiava, acabou comigo. Me tranquei no quarto por nem sei mais quanto tempo, quase entrei em depressão. Só meu primo e meu irmão que me tiraram de lá de dentro, mesmo que tenha sido a força.
Nino: Cara, nunca pensei que você tivesse sofrido tanto. Espero que sua prima atenda.
Adrien: Eu também...
› Florença – Itália ‹
(???): Eu estava falando com as minhas amigas, quando meu celular começou a tocar em cima da mesa, a Ariana o pegou e logo atendeu passando pra mim, eu me levantei e me afastei um pouco delas. Alô?
› Paris – França ‹
Alya: Adrien, tem certeza de que ela não está em aula agora, e como sabe que ela vai atender?
Adrien: Não sei, mas nesse horário é meio difícil ela está em aula.
Nino: Você tem os horários da sua prima?
Adrien: Tenho, de certa forma.
Mari: Adrien, atenderam.
Adrien: No momento em que ouvi a voz dela, meu coração palpitou. Luz?
» Ligação ON «
Luz: _Quando eu escutei essa voz, eu afastei o celular da minha orelha e olhei o nome no mostrador de chamadas_
Adrien: Você atende...
Luz: Si prega, che cosa vuoi? E si dovrebbe sapere che sto solo parlando com te perché i miei amici hanno preso il telefono. Passeggiate discorso.*
Adrien: Você sabe que eu não falo italiano.
Luz: Vai me dar lição de moral agora, Agreste! Quer saber fala sozinho então! _Eu ia desligar o celular naquele mesmo segundo mas_
Adrien: Luz, espera. Hon hēn bàoqiàn. Wō zhīdào wō shìgè baíchī, ao kēnqiú nî de yuánliàng.*
Luz: _Após eu ouvir o que ele disse em mandarim, decidi escutá-lo_ Tá bem, fala logo.
Adrien: Sério?
Luz: Tá duvidando? Ok, vou desl...
Adrien: De você, eu não duvido mais de nada.
Luz: Então, o que você quer?
Adrien: Queria saber uma coisa.
Luz: Per favore.* Qual é a questão?
Adrien: Em que século começou a renascença italiana e quando terminou?
Luz: Tá de brincadeira comigo, né!? Adrien, uma criança de quatro anos aqui na Itália sabe disso. Mas eu vou responder, começou no século XI e terminou no século XVII. Satisfeito?
Nino: Cara, sua prima é doutora em história por acaso?
Luz: Quem tá aí?
Adrien: Sono qui con um amico.* Tá certo?
Luz: Que orgulho, pelo menos falou uma frase correta em italiano. Quem é?
Nino: E aí, sou Nino.
Luz: Beleza.
Adrien: Tá passando muito tempo com o Mathias.
Luz: É meu irmão. E olha que a última vez que vi ele, foi nas férias. Eu fui pra Londres. Ai, ai, melhores férias da minha vida, de certa forma.
Adrien: Aconteceu alguma coisa? _Eu perguntei, e no mesmo segundo o sino bateu, avisando que era hora do almoço, ninguém saiu da sala, apenas a nossa professora_
Luz: Lembra que eu era ginasta, bem, olha o que aconteceu na competição passad... ARIANA!!! _Eu vi a minha amiga sendo levada pelos comparsas da Marisa_ Adrien, eu preciso desligar, uma amiga tá precisando de ajuda. Falo contigo mais tarde, te amo. Tchau! _Eu desliguei o meu celular, e saí correndo para ajudar as meninas, logo percebi o que eu havia dito, ai, fazer o que, minha amiga estava em perigo_
» Ligação OFF «
Adrien: Tô com pressentimento, de que ela vai se meter em confusão.
Rose: Pelo menos ela atendeu, até que vocês dois se dão bem.
Alix: Nem parece que ela tava com raiva.
Adrien: Ela me xingou no mínimo em onze línguas diferentes, durante esses quatro anos.
Max: Quais?
Adrien: Italiano, francês que é o nosso idioma, espanhol, japonês, alemão, grego, inglês, russo, sueco, mandarim e português. Só faltou o árabe. Ainda bem que ela não fala árabe.
Nathanael e Nino: Ela por acaso é uma poliglota?
Adrien: É.
Rose: Gente, sabe. Existe uma verdade nisso, ela parecia triste também, viu ela acabou te perdoando. Mesmo vocês tendo ficado brigados, quem sabe ela não tenha se preocupado com você.
Juleka: A Rose tá certa. Amigos, primos, vizinhos, namorados, família, colegas, acima de tudo somos todos iguais e ao mesmo tempo diferentes, e a magoa sempre estará presente, mas o perdão pode prevalecer se soubermos como perdoar as pessoas. Olha só, se você esteve dessa maneira por quatro anos, imagine como ela ficou durante esse tempo também.
Adrien: Pelo que meu irmão falou, ela se trancou dentro do quarto lá na casa da nossa avó, liguei pra ela, e ela falou que a Luz estava dando uma volta, e pelo que eu entendi ela estava treinando junto com uns amigos.
Kim: Sua prima luta?
Adrien: Campeã Européia em artes marciais.
Ivan: Tá brincando?
Adrien: Bem que eu queria. Eu tirei a minha jaqueta, e mostrei a minha cicatriz no meu braço esquerdo.
Alya: Isso foi ela?
Mari: Ficou uma cicatriz meio feia.
Adrien: Foi, e ela fez isso com um lápis, quando eu deixei ela com raiva.
Nino: Quantos anos ela tinha?
Adrien: Quer mesmo saber? Ele apenas afirmou com a cabeça, e eu respondi. Seis anos.
Mari e Alya: Como uma menina de seis anos, faz uma coisa dessas!?
Adrien: Se eu me lembro bem, eu tinha acabado de chegar em casa, e ela tava dormindo, tentei não fazer barulho mas a menina parece ter a audição aguçada como a de um gato, ela me escutou e acabou acordando, tentei acalmá-la mas ela pegou o lápis e me furou. Nada de mais. Falei colocando minha jaqueta de novo.
Sabrina: Eu, é que não quero conhecer ela.
Adrien: As pessoas geralmente dizem isso. Mas quando a conhecem, percebem que o jeito que ela se comporta é apenas para defesa própria. Mas, eu dou uma dica, não a queiram ter como inimiga, pois eu já senti na pele como é. E vocês não iam conseguir aguentar um dia.
Alya: Onde foi, na sua casa?
Adrien: Não, foi em Xangai na casa da minha avó.
— Logo após, todos saíram da sala e foram almoçar. Mal esperam que no ano seguinte, Paris receberá pessoas que marcaram sua história para sempre, e nada nem ninguém vai poder evitar o que já estava predestinado a acontecer.
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