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- Parece que terminámos horas antes que o esperado. - Adr"ien anuncia feliz, sentando do lado de Marinette que estava organizando os papeis que tinham anotando as coisas. O loiro entrega para ela a última entrevista com o funcionário do local e depois de imprimir as fotos, coisa que Adrien poderia fazer na sua casa, estava pronto.
- Sim, conseguimos tudo o que precisamos. - Eles estavam sentados na parte de fora da Basílica, que era um grande templo católico, com o formato que se assemelhava muito ao Taj Mahal, mesmo que bem menos grandioso.
A grama era confortável, apesar de algumas formigas, e Adrien estava esperando e observando cuidadosamente o quanto que Marinette era perfeccionista. Ela estava arrumando folha por folha, numa ordem que estava na cabeça dela, já que ele não tinha a mínima ideia que requisito ela estava usando para fazer isso.
- Você precisa de ajuda? - Ele se oferecendo, começando a se sentir mal por não estar fazendo nada nesse momento.
- Não, não. Só estou arrumando para ficar certinho na hora que a gente entregar... - Adrien concorda, sentindo o telefone vibrar no bolso.
Tirando o aparelho do bolso da calça, vê a tela iluminada com a foto de contato de Nino, que eram ele e a Alya. Deslizando o botão verde para atender, Adrien leva o celular a orelha.
- Alô? - O suspiro do outro lado da linha que Nino dá é alto.
- Cara, quantas vezes eu vou ter que te dizer que ninguém da nossa idade atende um telefone falando "alô?" - O modelo acha graça do jeito que Nino está indignado com ele, mesmo que ele já tenha tentando mudar, falar "alô" era apenas o que ele estava acostumado.
- Muitas. Mas diz ai, o que foi? - Ficando bem mais feliz pelo jeito informal que é tratado, Nino fala o que iria perguntar desde o início.
- Você e a Mari já terminaram? - Adrien olha para ela, que escutou a pergunta e levantou o polegar, sorrindo e guardando os papeis em um envelope pardo.
- Sim, sim. Acabamos agora. Por que? - Colocando o telefone no ombro para poder deixar as mãos livres, Adrien abre a sua bolsa/pasta, para que Marinette possa guardar as atividades lá dentro.
- Estamos combinando com o pessoal que terminou mais cedo de almoçarmos juntos, fazer algo a tarde, dá pra vocês? - Marinette automaticamente olha para a bolsinha, conferindo com Tikki se seria uma boa ideia sair de tarde e deixar os kwamis sozinhos. Em resposta, ela tem um concordar de cabeça. Tikki não queria que Marinette perdesse a sua vida ou se afastasse dos seus amigos por ser guardiã e acreditava que nada aconteceria com a caixa nesse meio tempo.
Adrien olha para Marinette, que levanta o rosto e fecha a bolsa de lado, acenando uma afirmação com a cabeça e ele sorri, indo dar a resposta para Nino.
- Estamos indo. Mesmo lugar de sempre? - Nino nega, rindo.
- Você vai vir nos buscar, seu folgado. Pode trazer o carro e nos dar carona, o nosso monumento é o museu do Louvre. - Depois o "folgado" era ele, rolando os olhos divertido, ele concorda:
- Estamos indo. - Ele responde e levanta, oferecendo a mão para ajudar Marinette, enquanto ele e Nino desligam.
Marinette tenta ignorar as borboletas no estômago de apenas encostar na mão dele e desvia o olhar vermelha, torcendo para que o loiro não percebesse. A sorte dela, era que ele estava mandando mensagem para Nathalie, avisando para onde estava indo e recebendo apenas um "okay, cuida-se e fique bem" como resposta.
Apesar de tudo, Adrien gostava muito de Nathalie. Era o mais perto de figura materna e paterna que ele no momento.
- Pronto, podemos ir. - Apenas quando esta guardando o celular no bolso, que Adrien percebe que ainda não tinha soltado a mão de Marinette, enquanto ela está tentando ao máximo não surtar ou derreter com isso. - Desculpa. - Ele fala sem graça, também ficando um pouco vermelho e afastando a sua mão.
- Não, não, tudo bem. Vamos? - Mais um minuto ali e Marinette iria ter um colapso nervoso.
- Vamos. - Os dois, ainda um pouco vermelhos, começam a andar, voltando para onde o Gorilla estava esperando com o carro.
*
- Encosta mais ai, ô, palito de fósforo. - Nino dava cada apelido para Adrien, que ele já nem se incomodava mais em entender.
- Só se eu sentar no colo da Marinette. - Ele resmunga, se sentindo a vontade para ser ele mesmo e Alya fala "essa é a intenção", enquanto bate a porta depois de entrar.
O Gorilla olha para trás, conferindo se estavam todos com cinto e grunhi alguma coisa, começando a dirigir.
Enquanto isso, na cabeça de Marinette, ela poderia muito bem ter um ataque ali e morrer. Os braços deles estavam se tocando. As pernas deles estavam se tocando. Ele estava bem próximo dela, com a fragrância que já tinha se tornado conhecida e... Meu deus, ela não estava brincando quando disse que precisava de distância para superar. Tão perto assim era impossível.
- Quem mais vai? - Marinette pergunta, tentando achar outra coisa para pensar e Alya responde.
- Por enquanto, só quem mais terminou foram a Alix e o Max. O Ivan, Nathaniel, Milene e Sabrina estão quase também. - As ruas de Paris passam bonitas pela janela e eles chegam no local que iriam esperar os outros bem rápido, não sendo longe do centro.
Descendo um por um, Adrien espera para poder ajudar Marinette a descer, estendendo a mão. Antes que Alya possa tirar uma foto, Nino abaixa o celular da namorada, negando com a cabeça e ela suspira.
- Certo, vocês querem fazer o que? - Os quatro andam juntos até um dos bancos do parque, onde o casal se senta e os dois amigos ficam de pé, na frente.
- Vamos esperar os outros chegarem e decidir tudo junto? - Todos concordam que é mais fácil e não ficam muito tempo em silêncio, já que assunto quando Alya e Nino estavam por perto era o que não faltava.
*
- Eu quero patinar. - Alix, sem surpresa nenhuma, sugere, e vendo que era uma das poucas coisas que todos também queriam fazer, eles concordam, começando a andar em direção ao ring, todo juntos.
- Marinette, como vai indo os figurinos? - Rose pergunta, não cobrando, apenas curiosa e Marinette sorri.
- Estão indo. Eu vou avisar quando estiver quase pronto para vocês poderem vestir e eu arrumar as medidas. - Rose concorda, balançando feliz a mão que estava segurando com Juleka, e Alya sorri.
- Chama o Luka para ver isso separadamente, Marinette. - Marinette cora até o último fio de cabelo e belisca a amiga, que se afasta do toque correndo na frente. - Eu estou brincando!
Os amigos riem, se zoando e conversando até chegarem no ring de patinação, que não era muito longe da ali. O Gorilla estava seguindo eles e só fica aliviado quando estaciona e acena para Adrien, relaxando ao ver o adolescente entrando no lugar que ele achava ser seguro.
Dentro do ring, combinado ou não, todos ficam em pares, restando para Marinette e Adrien ficarem juntos ou então de vela. Nenhum dos dois quiseram a última opção, então como os outros, sentaram mais separados, indo amarrar os cadarços, depois de pegar os pares de patins na recepção.
- Você não sabe amarrar? - Marinette pergunta de forma gentil, quando Adrien não faz nada para amarrar os patins, por ter se distraído.
- Não, não, eu sei... - Ela vê pela primeira vez ele corando e acha fofo, quando ele se abaixa e se embola um pouco com as cordas, mas logo consegue deixar os dois pares perfeitamente amarrados. - Tã-dã. - Ele brinca e ela ri, levantando e agradecendo por não quase cair, como da última vez que vieram.
- Vocês vão vir ou não? - Nino quase cai quando Alya bate atrás da sua cabeça, por interromper e murmura um "desculpa, desculpa", entrando no gelo e esperando a namorada, que levanta os dois polegares pros que sobraram e começam a patinar.
- Vamos? - Oh. Ele estava oferecendo a mão para ela? Eles iriam patinar juntos? Marinette não achou que era isso que ia acontecer e ela, definitivamente, também não estava preparada.
- Ah, claro. - Claro? Claro que não, só se for. Como se patinava? Acho que ela tinha esquecido. Mexia como a perna? O que ela tinha que fazer? Mais um pouco e ela iria começar a hiperventilar, por esquecer como respirar também.
- Está tudo bem? - Adrien pergunta e ela se apressa para concordar, ainda sentindo o coração martelando forte no peito. Quem ela queria iludir? Ela nunca iria conseguir superar. - Vem, qualquer coisa, eu te ajudo.
Enquanto os donos iam de forma engraçada patinar, Tikki e Plagg saem do seu esconderijo, indo se esconder em outro lugar, no teto, onde poderiam observar os dois e conversar.
- Olá, docinho. - Tikki faz um barulho de vômito pelo apelido e Plagg ri, notando a similaridade da sua relação com a de Adrien e Marinette. Era impossível negar que os dois eram feitos um para um outro, principalmente quando eram os reflexos dos próprios kwamis. Ainda olhando pros dois, Plagg tem uma ideia. - Quer fazer uma aposta, docinho?
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