História Miraculous Ladybug - The Awakening. (Adrinette e Marichat). - "Revelação - Parte II".

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- Mar... - Adrien tenta falar e Ladybug se vira para ele, negando com a cabeça. 

- Depois eu explico, agora a gente precisa sair daqui. - Ela precisaria basicamente implorar para Adrien manter segredo, quem sabe até ver se alguma coisa nos livros dos miraculous causasse amnesia ou algo do gênero, mas agora, tinha coisas mais importantes para se tratar. 

Pegando o seu ioiô, ela liga para o número do gatinho, já olhando em volta para ver se consegue achar alguma saída. 

- Hey, Cat Noir, eu não sei onde você está mas imagino que você na esteja chegando, eu iria realmente apreciar uma ajuda rápida agora. - Adrien ainda está muito estético para conseguir pensar em algo. 

Ele tinha conseguido ser rejeitado duas vezes por ele mesmo e pela mesma pessoa. 

E a Marinette era a Ladybug!! Ele achou que tinha superado a Ladybug, quando na verdade, tinha se apaixonado pela sua outra identidade.

E ele era o Cat Noir. 

Sua cabeça, confusa, estava jogando as informações uma atrás da outra na sua mentr, mesmo que ele soubesse exatamente cada uma delas. 

- Eu... - Ladybug se vira para ele, negando com a cabeça. 

- Eu sei, é confuso, mas não dá pra falar agora. - Ela estava super agitada, sem o cataclismo do Cat Noir, era difícil conseguir pensar num jeito de sair dali. - Nem eu acredito nisso as vezes, mas, caramba, é a vida, né? E agora a gente está preso aqui e eu realmente estou precisando do Cat Noir, cadê... 

- Ladybug! - Ela se assusta, virando para Adrien, que tinha falado o seu nome de forma tão intensa, que ela tinha até parado de só pensar no cronômetro, dando o tempo dele falar. 

- O Cat Noir não vai vir. - Ladybug ri, negando.

- Claro que vai, Adrien, não se preocupe. - Ela entendia que ele estava preocupado, ela também estava, mas não tinha dúvidas que o gatinho aparecia a qualquer momento. 

- Ele não vai... - Quando Ladybug olha para Adrien novamente, ele está concentrado, olhando algo na sua blusa. - Porque eu sou o Cat Noir. - Marinette não consegue ter reação, quando, confirmando as suas palavras, Plagg sai do lugar que estava escondido, acenando para ela. 

- Olá, Ladybug. - Ela não consegue responder o cumprimento de Plagg e quando Adrien fala a sua frase de transformação, nem a luz verde consegue fazê-la piscar, de tão atordoada que ela estava. 

  - Você... Adrien... - Já transformado, Cat sorri de lado. 

- Shiu, m'lady. Você mesma disse, estamos sem tempo. - Como Cat Noir, ele se sentia menos perdido e mais corajoso, enquanto sentia a felicidade correndo as suas veias. 

Ele não poderia pensar em uma pessoa melhor para ser a Ladybug que Marinette. Ele não poderia pedir por uma pessoa melhor. Ele estava tão feliz. Era indescritível os sentimentos que estavam passando por ele agora. 

- Cat... Adrien! - Ela estava em choque, mas estava indignada também.  

- Fale, Marinette. - Apenas quando ele fala o seu nome, ela começa a ter noção da realidade a sua volta. 

Eles sabiam quem era um ao outro. Eles se conheciam na vida real. Eles estavam, todo esse tempo, se rejeitando por outras versões de si mesmos. 

- Você, você... - Ela não consegue terminar um frase e precisa respirar fundo, lembrando que eles tinham um problema maior no momento. - A gente conversa sobre isso depois. 

- Sim. - Ele concorda, também tendo noção que uma conversa séria necessária, ao mesmo tempo que eles precisavam começar a fazer algo e logo.  - Se me permite, Mariboo. - Ele faz uma referência e Ladybug rola os olhos, velhos hábitos custando a morrer. - Cataclismo! 

   O teto do elevador é automaticamente dissolvido, depois de apodrecer. Ladybug joga o seu ioiô, prendendo em uma parte de cima do teto, pegando Cat Noir pela cintura e subindo os dois. 

- Bem, já que seus heróis não apareceram... - Eles mal têm tempo de piscar, e o elevador que antes estavam em pé, despenca. 

O grito dos seus amigos é tudo que se é escutado, um barulho de "explosão" dos elevadores se chocando contra o chão e o silêncio... A sala inteira estava, possivelmente, morta. 

*

Mayura sabia que se Hawk Moth sequer desconfiasse que ela tinha feito um sentimonstro de ilusão, ela estaria morta. 

Mas, ela também sabia, que não iria conseguir deixar esse tanto de pessoas inocentes morrerem, então, dos seus próprios sentimentos, ela tinha criado o Ilussion, que tinha acabado de ajudá-la, dando a ilusão que os elevadores tinham despencado, quando na verdade estavam todos seguros em suas cabines. 

Ela não iria mandar esse sentimonstro embora, porque precisava dele para que Ladybug acreditasse que os civis tinham morrido. Tudo fazia parte do plano dos dois de causar o desespero necessário para o poder supremo ser liberto. A única diferença é que Mayura pretendia que morresse o menor número de pessoas possíveis, enquanto Hawk Moth pensava exatamente no contrário. 

Enquanto isso, ainda pendurados em cima do elevador caído, Ladybug está estática, se segurando na base do automático. 

- M'lady! - Cat tenta tirá-la do lugar escuro que a sua mente a tinha colocado, mesmo que ele estivesse muito perto de cair lá também. 

Todos os seus amigos tinham morrido. Em questão de segundos. Eles estavam mortos. 

- M'lady, seu luck charm vai resolver tudo, mas a gente precisa desakumatizar o prédio primeiro. - Soltando a corda do ioiô aos poucos, Ladybug vai aproximando eles do chão, soltando a corda paracendo dormente, longe dali.

- Cat... O luck charm não vai trazer ninguém de volta a vida. - Sua voz estava estranha, desprovida de emoções. 

- Claro que vai, é pra isso que ele serve. - Cat Noir ri, desesperado. Tinha que servir. 

- Não vai... - Claro que ia. 

- Foca em mim. - Segurando nos seus ombros, Cat tenta alinhar seus olhares, tentando que Ladybug voltasse para que pudesse ajudar. - A gente vai salvar todo mundo. A gente sempre salva, certo? - Ela concorda fraco com a cabeça, como se não acreditasse nisso. - Muito bem, então, eu preciso de você, da sua mente, aqui comigo. Precisamos focar nisso para conseguirmos trazer todo mundo de volta, entendeu? 

Sentindo os olhos lacrimejarem, Ladybug concorda, a dor da perda tomando o seu peito. 

- Eu e você contra o mundo? - Ela repete a afirmação que Cat Noir tinha dito para ela, meses atrás, na batalha dos miraculous. 

Levantando o punho, Cat sorri e concorda. 

- Sempre. - Ela bate os seus dedos nos dele, seu típico toquinho do "zerou". 

*

  - Então, eu acho que preci... - A voz robótica para, quando, do meio dos escombros do que sobrou do elevador, Ladybug e Cat Noir saem, ambos parecendo estranhos. Não eram mais eles mesmos. Não depois de tudo o que tinha acontecido nos últimos minutos. - Ora, ora, ora... Veja só, quem apareceu para a minha festa? Eu estava espe...

- Cataclismo! - Com a idade, também viera o bônus deles conseguirem usar seus poderes mais vezes e por mais tempo. 

- Gatinho tonto... Você não pode me destruir. - Os heróis observam a parede tocada pelo Cataclismo, diferente do elevador, ficando podre, mas não sumindo. 

Uma grossa camada de fumaça preta e roxa cobrem o lugar atingindo, restaurando logo em seguida. 

- Bobinhos. Já querem sair? Na verdade... Eu fico me perguntando por onde vocês entraram... - Ladybug tinha checado mais de uma vez. Não tinha câmeras no elevador. - Vocês eram algum dos estudantes? - A risada robótica era estranha. Travada e macabra. Assustadora mesmo, como se alguém estivesse a tirando da tomada e ela desse risada de forma cada vez mais grossa e demoníaca. - Os heróis de Paris... Duas crianças! Como vocês, humanos, me divertem. De verdade. 

Ladybug e Cat Noir ficam atentos quando a voz se cala, olhando pros lados. 

- Não se preocupem. Não estou aqui para ataca-los... Bem, ainda não, pelo menos. Meu único objetivo é prende-los aqui dentro. Tecnicamente, eu já paguei os seus miraculous, certo? - Mesmo sendo um robô, era possível sentir o sorriso na voz da máquina. Como se ela estivesse aproveitando o sofrimento deles. 

- Luck... - Ladybug levanta a mão no ar, pronta para usar o seu talismã, mas é interrompida. 

- Ainda não, Ladybug. - Cat, que estava afastado, automaticamente pega a parceira pela cintura, colocando ela atrás dele, quando escuta a voz de Mayura no ambiente. - Muito cedo para isso. 

- O que você quer?! - Ela pergunta, por cima do ombro de Cat e Mayura se faz presente, saindo do seu esconderijo. 

- Eu? Nada. - Mentira. Seu coração queria algo, mas sua mente sabia que era impossível. - O Hawk Moth? Acredito que vocês já saibam o que ele quer a anos. 

- E você como uma boa capanga veio fazer o serviço sujo para ele? - Mayura ri das palavras de Cat, olhando para ele por cima do leque de penas de pavão. 

- Não é o que você faz pela Ladybug? - O rosnado baixo de Cat Noir surpreende Ladybug, que não estava acostumada a ver esse tipo de reação nele. 

- Jamais me compare a você. Não somos nada parecidos. - Mayura sorri, se aproximando. 

- Não somos? Porque eu acho que somos iguais. Fazemos tudo por aqueles que amamos e para quê? Nunca ganhamos nada em troca. Se junte a nós, Cat Noir. Você não precisa viver desse jeito para sempre, sendo rejeitado dia após dia. - O sorriso no rosto de Cat Noir confude Mayura, que achou que estava conseguindo causar algum efeito com as suas palavras. 

Ladybug segura a mão de Cat por trás, com medo de que ele pudesse ser afetado com isso, mas ele apenas sorri maior, segurando a mão da sua parceira com mais força. 

- Tem uma pequena diferença entre mim e você, Mayura... - Ele vira para atrás, olhando Ladybug nos olhos e piscando para ela. - A minha Lady me ama, já o Hawk Moth nunca vai amar você. 

Se ele tivesse acertado um Cataclismo nela não iria doer tanto quanto as suas palavras doeram.

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