1. Spirit Fanfics >
  2. Miraculous Ladybug - The Awakening. (Adrinette e Marichat). >
  3. "No silêncio é onde mais tem barulho".

História Miraculous Ladybug - The Awakening. (Adrinette e Marichat). - "No silêncio é onde mais tem barulho".


Escrita por: loveeszayn e whoiszaddy

Notas do Autor


Boa leitura, xoxo

Capítulo 71 - "No silêncio é onde mais tem barulho".


-oOo-

  Depois de um tempo debatendo, olhando um pro outro e encarando o Guardião, eles estavam quase chegando numa decisão. 

 Era difícil aceitar tudo aquilo de vez, uma bomba jogada em seus colos, como se fosse algo simples de se decidir. Era "apenas" aceitar salvar o mundo ou não. Nada de mais, certo? Claro que era algo demais! Como o senhorzinho pensou que falar pra dois adolescentes que o futuro do mundo estava  nas suas mãos seria algo levado de boa? Não era e não foi. 

  - Então... a gente tem a opção de aceitar ou morrer daqui a uns anos? - Adrien pergunta o que estava passando na sua cabeça, em voz alta e o Guardião concorda. Era bem isso mesmo. 

 - Se você quiser colocar desse jeito, pode ser. - Não tinha como tentar enganar ou passar um pano sobre isso. Era exatamente essa a escolha que eles tinham que fazer. Se não aceitassem, eles, todos, o mundo, estava condenado. 

 - O senhor é engraçado, falando como se tivéssemos algum poder de decisão. - Marinette ri, sem graça, toda a alegria do álcool indo embora do seu corpo depois desse banho de água fria. - A gente pode até aceitar, mas é difícil confiar em vocês agora. - Isso, ela fala mais pros kwamis, que os tinham enganado todo esse tempo, fingindo estarem precisando de ajuda. 

 - A gente sabe que errou sobre isso, pedimos desculpas. - Tikki tenta, mas Mari não está muito no humor de perdoar no momento, mesmo que conhecesse o coração mole que tinha e soubesse que era apenas uma questão de tempo para conseguir levar isso de boa e esquecer. 

 - Então, temos um acordo? - Emma estava olhando tudo muito feliz, poderiam não ser os seus pais que conheciam, mas ainda eram seus pais na sua cabeça, além de que, eles eram a sua esperança de poder voltar para a sua vida e ter uma vida normal dali a diante. 

 - Como isso vai funcionar, mais especificamente? Vamos ter um tempo de férias, mas depois temos a nossa facul... - Marinette para de falar, quando tem a realização súbita de que se não treinassem, fazer a faculdade seria apenas uma grande perda de tempo, já que estariam todos mortos num futuro próximo. - Imagino que a faculdade não será de grande valia se morrermos, certo? Mas, ainda assim, seria interessante sabermos melhor no que estamos entrando.

 - Totalmente compreensível. - O Guardião acena, pegando um dos livros pesados que estava do seu lado e abrindo na frente deles, revelando várias imagens de Ladybugs do passado e de outros Cat Noirs. Eles tinham roupas diferentes, eram pessoas diferentes. - Os trajes de vocês podem ganhar outras formas, novos poderes, eu sei fazer algumas, outras teremos que descobrir no caminho... 

 Conforme ele vai falando, ele também passa as páginas dos livros, revelando outras transformações dos miraculous, como a sua forma d'água, a sua forma espacial, a de gelo, entre várias outras. Mesmo não querendo admitir, Marinette e Adrien acharam aquilo muito legal. 

 - Depois disso... - O livro avança, aparecendo símbolos mais complexos e desenhos mais sérios, quase sombrios, na verdade. - Temos que decifrar novos ataques. São mais difíceis porque são muito poderosos, seria perigoso se desse para descobrir de forma fácil... - Nesse ponto, o Guardião já estava falando mais com ele mesmo do que com os dois, imaginando o quão difícil seria descobrir aquilo. 

 Finalmente, terminando de folhear, ele fecha, olhando para Marinette. 

 - E, claro... Temos uma arma secreta. - Adrien olha confuso para a namorada, que também não tinha a mínima ideia do que o Guardião estava falando, ao olhá-la de forma tão intensa. 

 - Que seria...? - Ela pergunta, até com um pouco de medo de descobrir o que poderia ser. 

 - O seu colar. - Se antes eles estavam confusos, imaginem agora. 

 - O meu... - Ela murmura, levantando a corrente e revelando a pequena pedra, perfeitamente esculpida. - Colar? O que tem ele? 

 - O seu "colar", Marinette, nada mais é do que o Poder Supremo. A junção dos poderes de todos os kwamis num lugar só. Você não tem ideia do estrago que ele pode fazer... - Marinette ri, negando. 

 - Desculpe, mas eu acho que o senhor está enganado... Como eu teria isso? Como o meu colar poderia ser assim? - O Guardião entra num conflito interno muito grande nesse momento. 

 - A verdade, ainda está muito cedo para vocês descobrirem. A lenda, é que ele foi perdido com o passar dos anos e olha a minha surpresa, estava no seu pescoço. - Por mais que eles estivesse extremamente curiosos para saber a verdade, uma voz na cabeça deles dizia que não era aconselhável fazer isso no momento e de forma bem relutante, eles aceitam a palavra do Guardião, mesmo que desconfiados. 

 - Legal... Se, e apenas se, meu colar for isso, eu não tenho a mínima ideia de como usá-lo. - O Guardião não fica surpreso, porque já estava esperando isso. 

 - Não se preocupe, Marinette, eu não quero e nem espero que você consiga aprender a usar ele de um dia pro outro. Vamos ter, mesmo que seja mínimo e pouco, tempo para treinar e assim, você vai descobrir como usá-lo. - O Guardião esperava que eles não percebessem que nem ele tinha a mínima ideia de como se usava o Poder Supremo e que ele iria deixar isso por último, já que estaria estudando sobre para depois ensinar. 

 - Já você, Cat Noir, vamos focar em você conseguir usar mais de um miraculous por vez. Não é difícil, você apenas tem que pegar o jeito. - Os dois eram peças chaves nisso, mesmo que com habilidades e situações diferentes.

 O Guardião precisava se concentrar em treinar os dois de forma igual, porque seja lá o que estava aguardando eles, só seriam derrotados com todos num perfeito equilíbrio. Mesmo que fosse difícil colocar a palavra "equilíbrio" quando se tinha o Poder Supremo no meio de tudo. Ele só esperava que isso fosse uma vantagem para ambos e não um problema. 

 * 

 Depois de mais algumas conversas e de combinarem que voltariam ainda no mesmo dia, só que de tarde, Adrien e Marinette finalmente estão liberados e o Guardião ainda é bonzinho o suficiente para fazer um portal para eles, dando direito no elevador do prédio. 

 - Não se acostumem. - É só o que fala, depois do portal se fechar. Ele apenas sabia que Adrien era conhecido e que se os dois fossem vistos chegando em casa aquele horário, com as mesmas roupas do outro dia, iria gerar uma série de notícias não legais para ambos e ele não queria ser a causa disso. 

 Quando estão sozinhos, eles se encaram, sem saber o que falar. 

 - Você também viveu isso, não viveu? - Marinette pergunta, conferindo e Adrien concorda. 

 - Foi real. - Adrien fala com 100% de convicção, o que não os alivia nem um pouco, se fossem falar a verdade.

 - E agora? - Ela pergunta, o desespero e a exasperação tão claro na sua voz que era quase agoniante. Marinette estava com dificuldade de aceitar ter que salvar Paris, quem dirá salvar o mundo todo. 

 Os kwamis, que sabiam que já tinham feito demais e que a última coisa que os donos queriam era um lembrete da existência deles nesse momento, ficam quietos, apenas escutando e ficando alertas, para caso precisassem interferir. 

 - Agora... - Adrien suspira, encostado na parede do elevador. Os dois ainda tinham um medo inexplicável de elevadores, mas, conforme se acostumavam e viam que nada acontecia, estavam conseguindo superar aos poucos. - Agora a gente entra para as nossas casas, tomamos um banho, almoçamos e dormimos até a hora de ir. Soa como um bom plano, certo? 

 Ele sorri, tentando trazer algum conforto para Marinette, mesmo que ele estivesse na mesma situação que ela, se não pior. 

 Percebendo que ela também precisava ser forte por ele, Mari concorda, sorrindo. 

 - Você tem razão. - Ela consegue dizer, por fim. - Vamos tentar levar as coisas devagar. Uma de cada vez. - Agora, eles iriam apenas se preocupar em tomar banho, comer e dormir. Mais para frente eles poderiam se preocupar com coisas maiores, como salvar o mundo ou seja lá o que mais. 

 As portas do elevador se abrem, abrindo passagem para eles verem o corredor das suas casas. Era tão estranho ver um lugar familiar depois de tudo o que tinha acontecido. Era como se eles não se encaixassem ali.

 A normalidade daquele local, depois de tudo o que eles tinham ouvido e sabiam que estavam por vir, apenas parecia... Não combinar com eles. Com a situação. Era até estranho retornar para casa. Como se eles não devessem estar fazendo coisas normais, até terem conseguido derrotar o que precisavam e voltar pro presente. 

 Com um suspiro e um último olhar trocado entre os dois, ambos sorriem sem vontade, tentando trazer algum conforto pro outro e não se preocupar. Eles entram dentro de casa e são recebidos com o silêncio, que não ajuda nada com os pensamentos que estavam gritando no último volume em suas cabeças. 

 -oOo- 


Notas Finais


Nos vemos amanhã, beijinhos, espero que estejam gostando, xoxo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...