História Miraculous Ladybug - The Awakening. (Adrinette e Marichat). - "Coisas inesperadas... acontecem".

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"Superar" Adrien estava sendo bem mais fácil do que Marinette poderia ter imaginado algum dia. Não que ela tenha conseguido superar totalmente, longe disso, a questão era... Ela não tinha mais tempo. Ela, simplesmente, não tinha mais tempo para isso.

Aos poucos, foi ficando cada vez mais claro o quanto que todas as interações que eles tinham partiam dela, então, quando ela parou de fazer isso, o contato deles tinha, basicamente, acabado.

Não entendam mal, ela ainda gostava dele, ainda queria ele como amigo, o achava uma pessoa maravilhosa, mas... Ela precisava desse afastamento para ela mesma. A sua vida tinha se tornado um lopping de salvar Paris e ser obcecada pelo modelo. Estava quase se tornando um traço de personalidade e ela precisava perder isso para se encontrar de novo.

 - Você está fazendo a coisa certa, Marinette. - Tikki conforta, quando ela nega mais um vez um convite para sair com Alya, Nino, Adrien e Kagami. Não fazia nem sentido ela ir apenas para ficar de vela, mas sentia que seus amigos a queriam por perto, mas Alya e Nino entendiam perfeitamente. Outro dia ela iria sair com eles. 

 - É tão... difícil, Tikki. - Pelo menos ela tinha o seu kwami para poder conversar livremente sobre isso. 

 - Eu sei. - O pequeno ser, similar a uma joaninha, senta na mesa de Marinette, enquanto ela termina um designer para o Jagged Stone. Ao menos, com isso, ela tinha conseguido mais tempo para terminar as suas coisas.

 - Eu colocaria algo mais sofisticado... - Marinette quase tem um infarto escutando a voz de Pollen, o Kwami da abelha. Ela ainda não tinha se acostumado com os kwamis soltos livremente em seu quarto, mesmo que na maioria das vezes eles preferissem ficar dentro da caixa. 

 - Ele é um cantor de rock, Pollen. - Ela explica, divertida, achando graça só de imaginar em entregar um designer sofisticado para Jagged. 

 - Você deveria começar a trabalhar para cantores de música clássica, Marinette. - Pollen era quase uma mini versão da Chloe, ambas se comportando como as abelhas rainhas que eram. 

 Falando em Chloe, de forma surpresa, ela estava arrependida. Marinette achou que seria uma boa ideia depois de tudo que tinha acontecido, tentar se aproximar dela. Chloe era uma vítima fácil para o Hawk Moth enquanto estivesse sozinha, ela achou que talvez com outra amiga, as emoções ruins não a dominassem tanto e depois de tudo o que ela tinha causado, ela realmente parecia disposta a querer mudar.

 E, espantando ainda mais Marinette, elas estavam se tornando boas amigas. Chloe vez ou outra ainda a tratava "mal", mas não era "mal", era o seu jeito e era um jeito que Marinette não estava acostumada. Sabrina, também, por escala, estava falando bem mais com Marinette e sem ela menos perceber, ela estava andando mais com elas duas do que com Nino e Alya, já que por causa do Nino ser melhor amigo de quem era, ela não saia muito mais com eles. 

 Alya: || Garota, eu te prometo que a próximas vez que saímos eu convenço o Nino a não chamar o Adrien. || - Recebida.

 Marinette lê a mensagem de Alya, achando fofa a sua preocupação com ela, mas negando também. Ela não queria afastar os amigos de Adrien dele, não é porque ela precisava de espaço que todos tinham que ir junto com ela. 

 || Não se preocupe com isso! Saiam a vontade, assim que eu conseguir, vou sair com vocês para segurar vela. || - Enviada.

 Ela também não queria que a amiga se sentisse culpada por estar saindo com o namorado e não com ela. Não tinha problema nenhum. 

 Alya: || Pra quê segurar vela quando você tem um guitarrista lindo de cabelo azul a sua disposição? || - Recebida.

 Luka era outra coisa na sua vida que ela precisava resolver e logo. 

 Ela não queria brincar com os seus sentimentos e não importava o quanto ela já tivesse dito, com todas as letras para Luka, que ela ainda nutria sentimentos por Adrien e não sabia quando eles iriam embora, o músico ainda insistia que não tinha problema e ele estaria ali para ela. Marinette achava errado isso. Ela não queria que ele se sentisse como segunda opção porque a primeira não deu certo e apesar de gostar muito dele, por agora, ela preferiu dar um passo para trás. 

 Em tudo e com todos. 

 - Eu acho que a sua amiga está mais do que certa. - Sass, o kwami da Cobra e ironicamente, o que Luka usava, se junta a conversa, comendo um macaron que Marinette agora deixava numa bandeja do seu quarto, para que os kwamis estivessem sempre alimentados. 

- Você não é um kwami imparcial sobre isso. - Marinette brinca, voltando a desenhar os detalhes finais da capa do novo álbum no seu Ipad. 

 - Claro que eu sou! Luka é um bom portador de Miraculous, claro, eu gostei dele, mas a minha lealdade é com você. - Os kwamis tinham alguma coisa sobre "lealdade", já que ele realmente disse o que quis dizer. Marinette, agora por ser a guardião, era a sua portadora "suprema", por assim dizer. Mesmo que outras pessoas usassem os miraculous, ela, por possuir a caixa, era que tinha maior voz. 

  - Vocês vão me deixar louca. - Mesmo estando falando sério, ela deixa claro no seu tom que não se importa dos kwamis se meterem na sua vida, coisa que eles faziam muito, por sinal. 

 - Estamos aqui para ajudar. - Pollen pisca, sentando ao lado de Sass para dividir o doce que era muito grande para ele sozinho. 

 Olhando para o lugar que dava para a sua varanda, Marinette se lembra de Car Noir e começa a se perguntar, pela primeira vez, da onde veio o seu interesse repentino nela. Achou fofo a sua preocupação, apesar de desnecessária. Mas não iria reclamar, ela gostava de conversar com ele quando ele não estava ocupado demais flertando seu alter ego, a Ladybug. 

 Mesmo que agora ele não esteja mais fazendo isso... E nem falando com ela, na sua forma de herói. 

 - E sobre as suas identidades? - Agora que um, dois, saíram, todos estavam vindo aos poucos, Mullo, o kwami do rato, pergunta para ela. 

 - Irá permanecer em sigilo, por enquanto. - Ela ainda estava muito traumatizada com o que tinha visto no futuro onde Cat Noir era akumatizado, ela não queria correr o risco dele saber a sua identidade e isso acontecer de novo. 

 - Mas e se ele precisar falar com você? Se você precisar pegar o miraculous dele? Como guardiã, agora, você precisa saber disso. - Tikki parecia estar tão indecisa sobre isso do que Marinette, sabendo dos riscos e do que tinha que ser feito. 

 - Eu vou falar... Não agora. Quando derrotarmos o Hawk Moth. Não é seguro com ele. - Ela não sabia quem ele era, mas sabia, ou tinha a impressão, que ele tinha agido pessoalmente na akumatização do Cat Blanc, manipulando cenários para que isso aconteça, então, o perigo maior, era ele, depois disso, eles estariam "seguros" para finalmente saber a identidade um do outro. 

 - Mas... Vai aparecer outro. - Marinette concorda, já sentindo a cabeça começar a doer. 

 - Talvez não conseguimos capturar o miraculous da borboleta? Eu não sei, Mullo, isso só saberíamos se pudéssemos ver o futuro. - Ela brinca com Fluff, o miraculous do coelho, com o poder do tempo e ele ri de volta. 

 - Mas como não podemos... Só nos resta esperar. - Apenas Bunnyx poderia fazer isso, ela não arriscaria acabar com toda uma linha temporal por algo que não era necessário, então, no momento, ela tenta focar apenas no presente. 

  - Marinette!! - A voz do seu pai vem alta do andar de baixo e ela e os kwamis ficam exaltados, voando de um lado para o outro para esconder todos e deixar o quarto o menos suspeito possível. 

  - Sim, papa? - O último kwami volta para o seu miraculous e ela guarda a caixa novamente, escondendo o máximo possível e desejando ter roubado a vitrola do Mestre Fu, onde era um esconderijo mil vezes mais eficiente que a sua caixa de sapatos. 

 - Suas amigas vieram te ver! - Amigas? Claro que ela tinha amigas, mas ela não estava esperando nenhuma hoje. 

 Tikki dá de ombros para ela e já entre na bolsinha, ficando escondida. 

 - Quem? - Espiando apenas com a cabeça ela vê Chloe e Sabrina paradas na sua sala de estar. 

 - Marinette, arrume as suas roupas que nós vamos dormir na minha casa. Agora! - Chloe fala isso como uma ordem, até que parece notar o que fez e tenta concertar. - Isso se você quiser e os seus pais deixarem, claro. - Sabrina sorri orgulhosa da amiga e Marinette acha graça, olhando para os pais com o olhar pidão. 

 - Já que sua amiga deixou tantas escolhas, claro, filha, por que não? - Sabine brinca, indicando o sofá para as meninas. - Enquanto ela arruma uma mochila, vocês gostariam de comer alguma coisa? 

 Marinette volta para o seu quarto depois de ter a visão que menos esperava na vida, Chloe na sua sala comendo uma das sobremesas do seu pai, enquanto ela se arrumava para ir dormir no hotel Bourgeois. Era incrível como em apenas algumas semanas tudo poderia mudar para algo completamente diferente e inesperado. 

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