História Mirai Nikki 2 - O jogo Recomeça - Apenas coisa da minha cabeça?

Minha visão está embaçada e vai melhorando aos poucos,vejo os adesivos e as lâmpadas,parece que estou em casa de novo.Não sinto meu corpo direito,ele formiga,e meus olhos estão ardendo,acho que fiquei muito tempo sem piscar.Começo a mexer minhas mãos e braços para me espreguiçar,quando sinto algo a cair de minha mão e me assusto com o barulho próximo a cama.Me sento na cama assustada,e aos poucos vou para a beirada da cama ver o que é.

Me espanto ao ver,o que parece ser,um celular e o pego cuidadosamente.

Não era muito grande,cabia na palma da minha mão,era igual ao o que já usava,mas,esse era totalmente azul marinho com uns detalhes dourados dos lados,eram apenas linhas finas.

-"O que que.."
-"Um presente especial."-voz de yuki-"Não se preocupe apenas aceite...".
-"Então aceito,meu velho amigo.'.

Essas palavras ecoavam em minha mente enquanto não parava de admirar o que estava em minhas mãos,esse era o presente que Yuki tinha a me dar?.

Me espanto com as batidas fortes na porta de entrada e me assusto,parece que querem arrombar,deixo o "pequeno presente" e corro para a sala,atender o "arrombador".

-"Sora?"-digo espantada ao abrir a porta e parece que ela também.
-"Cara,você não atende o celular,já estava a arrombar essa porta."-ela diz irritada,está ofegante e nervosa.
-"Desculpa mesmo,é que.."
-"Já sei,não dormiu direito,você repete a ladainha todo dia,Mari."-me interrompe.
-"Na verdade,foi o contrário,Sora."
-"Você me conta mais no caminho,vamos."

Sora pega minha mão e me puxa para fora e se surprende ao ver que ainda estou de pijama.

-"Você ainda não ta pronta?"-me diz,visivelmente surpresa.
-"É que.."
-"Não temos tempo para isso! Estamos atrasadas!"-me interrompe e entrando sem permissão.
-"Atrasadas?"-questiono confusa.
-"Sim,já são 7:15,já deviamos estar de saída."
-"7:15?"-questiono espantada.

-"Deus,eu entrei em coma? Como eu não ouvi o relógio?Como dormi tanto assim?"-penso alto com olhar incrédulo.

-"Mari-chan!"-Sora estala os dedos em frente aos meus olhos o que me desperta-"Ainda dá tempo,corra,eu te espero aqui,mas,vá rápido."-diz sora já a me apressar e empurrar para as escadas.
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Nunca se viu tamanha rapidez,ela correu as escadarias e entrou em seu quarto logo a procura do seu uniforme.Não demorou a banhar e logo se apressou para se vestir.Nem teve tempo de se admirar ou se ajeitar,nem ao menos pensar,com pressa vestiu a blusa e ao fechar,um dos botãos sai,espantosamente,o que a deixou furiosa.

-"O que?"-ela diz irritada colocando o botão solto sobre a mesa-"Não tenho tempo pra isso!"-sai apressada do quarto,sem consertar a blusa,ao menos.

Descendo as escadas,recolhe os sapatos e apressadamente os calça,porém,ao colocar o outro par ela se desequilibra e cai "escada abaixo".

Sora,que estava a aguardar Mari sentada no sofá impaciente,se assusta e vai ao encontro de Mari.
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-"MARII!"-só consigo ouvir a voz de Sora ao longe e se aproximando cada vez mais de mim.
-"Sora..."-falo em um gemido de dor-"Estou pronta,pode pegar meus livros e a mochila?"-digo e sorriu para ela,enquanto ela apenas me olha assustada,mas,sorridente.

-"Pronto,segura direito,já to acabando,ok?"-Sora diz enquanto costura o botão da minha camisa,de joelhos na minha frente.
-"Certo."-esfregando levemente o saco de gelo sobre o "galo"que ficou em minha testa-"Minha cabeça dói."-digo ao sentir estocadas em minha cabeça.
-"Calma,apenas pare de pensar."-Sora diz no seu "jeito calmo de ser" o que me faz rir com tal comentário.
-"Me desculpa,você disse para eu me apressar..."
-"Sim,mas,não pedi para que se enchesse de ematomas também."-ela repreende,terminando de costurar e fechando minha camisa.

-"Sora.."-digo,incomodada com Sora puxando meu cabelo com o pente.
-"Pelo menos não aconteceu o pior,você apenas esta com alguns cortes,ematomas e algumas dores,que talvez fiquem para sempre em seu corpo..."-me consola,amarrando e fazendo a chiquinha,me fazendo ficar assustada-"Me desculpa,não quis ser tão dramática."-ela sorri ao ver minha reação,termina a outra.

-"Vamos Mari,ainda temos que ir."-Sora diz ao sair do quarto.
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Rapidamente se olhou no espelho e até se surpreendeu com o fato de estar arrumada,ou de alguém ter se disponibilizado a arrumá-la.Estava angustiada,parece que hoje seria mais um daqueles dias chamados "dias de cão".Foi até ao criado mudo e pegou o celular,e com pressa,foi para a sala.
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-"Agora sim,podemos ir"-Sora diz olhando para a frente,enquanto tranco a porta.
-"Vamos lá,Mari,apenas está começa do."-sussurro para mim mesma na esperança de manter a calma.
-"Mari!"-Sora diz assustada-"O ônibus ele chegou!"-ela corre para a calçada.
-"Essa não!"
-"VAMOS EU VOU NA FRENTE PARA PARAR ELE!"-ela diz e se apressa.
-"Sora!"-tento acompanhá-la.

Corro,mas,ao chegar a parada apenas vejo as portas do ônibus se fechando,deixando Sora para dentro do coletivo.

-"MARI"-Sora grita na janela,estendendo a mão com o ônibus em movimento.

-"Sora!"-penso alto em desespero,enquanto tento acompanhar o ônibus,mas o ônibus vai em disparada e acabo sozinha,parada e ofegante na calçada com as mãos sobre os joelhos.

Sem muito tempo,apenas tomo folêgo e começo a correr pelos atalhos que conheço até a escola.

-"Hoje não é meu dia!"-penso enquanto corro desesperada.
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Sora não parava de olhar pela janela na esperança de,em alguma esquina, ver Mari correndo.Ela ja imaginava que Mari optaria por correr,ela podia muito bem voltar,e por que não?,porém,ainda estava temerosa.Sora pegou o celular e e esperando que Mari atendesse pra lhe dar notícia,foi notificada que o celular estava desligado,o que a desesperou.

-"Por favor cuidado,Mari,você sabe qual a fama daqueles becos."-pensava,com um longo suspiro,torcendo pela segurança de Mari.

Sora sabia a fama que aqueles becos tinham e quais pessoas passavam por lá,temia,até mesmo pela vida de Mari,imaginando situações de risco que talvez ela passaria e como ela reagiria,estava entrando,e se afundando,em preocupação.
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Estou a correr sem parar ja fazem quinze minutos,eu acho,ja começo a reconhecer o caminho,admito que fico mais aliviada.Paro até pra pensar quantas coisas existem na cidade,tantas realidades.Os gritos e buzinas são mais altos até que meus pensamentos.
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Olhos vazios,perdidos pelas imagens que rapidamente passavam pelo vidro escuro que não escondia nada.Breves viagens entre o passado e o presente e uma leve lágrima rola em seu rosto pálido,o que não lhe causa espanto nenhum,assim como,nenhuma reação.Em questão de segundos tudo mudou,ao levantar o olhar viu a garota que esbarrou nas escadas,Mari,a correr pela calçada,parecia desesperada.Seus olhos negros brilharam de manera tão intensa,da mesma maneira que nas escadarias,e seu coração disparou.
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Em meio minha correria,sinto algo estranho,um olhar,mas quem dera,tem tantos,quem não olharia pra uma garota correndo desesperada?,mas,ainda assim,eles não olham,porém,alguém está a olhar,me atrevo a dizer que eu sinto que alguém esta a me observar.
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No braço dela é possivel ver,ela está nitididamente arrepiada e não para de olhar atentamente para a garota que consegue correr tão rápido quanto o carro onde ela está,que nem estava tão veloz assim,e assim ela sorri enquanto outra lágrima rola em seu rosto.
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-"Somos amigas não é?"-relembrando da cena na escadaria,minha visão começa a desfocar.

-"Vamos Yoko!"-seguro a mão da garotinha que está ao meu lado,correndo.

Risadas e imagens aleatórias me pertubam enquanto ainda tento me manter firme.

-"YOKOO!"-grito feliz e ela solta a minha mão e corre até o balanço.

Me esbarro em um homem qualquer e caiu no chão,totalmente zonza.
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-"MARI-CHAN!"-a moça de cabelos escuros grita dentro do carro,assustando seu mordomo motorista.
-"Estás bem,senhorita?"-o mordomo assustado e preocupada,questiona.
-"Pare o carro agora!"-ela ordena,um tanto nervosa.
-"Mas..."
-"Preciso ajudá-la,pare agora!"-ela ordena mais nervosa.
-"Sinto muito,mas já estamos atrasados."-ele diz ignorando a ordem recebida,friamente.

O que lhe restou foi apenas acatar em silêncio e tentar ignorar Mari na calçada e vê-la passar diante de seus olhos,rodeada de pessoas estranhas e com um homem irritado a gritar com ela,o que a deixou triste.
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-"Yoko?"-pensava alto em meio aos gritos das pessoas ao redor e o desfoque da minha visão-"Realmente é você?".

-"Mari-chan!"-a garotinha gargalhava e gritava enquanto ia mais alto no balanço e eu,apenas,gritava enquanto a empurrava cada vez mais forte.
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Parecia viajar mais uma vez,apenas partiu por alguns segundos mas logo "retornou"confusa.Se sentava ainda assustada enquanto tentava entender o que havia com sua mente naquele momento,sua cabeça não parava de doer e suas pernas tremiam,poderia isso ser a falta de café da manhã?.
Ela apenas levantou,ignorando qualquer ajuda ou preocupação dos demais,e seguiu seu caminho vagarosamente,sem nenhuma despedida ou agradecimento.

-"Espere!"-o homen com quem Mari esbarrou gritava e ela se vira-"Esqueceste isso,apressadinha."-ele estende o celular azul.
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-"Tome cuidado,Mari,o tempo ainda não terminou e ele está chegando..."-yuki aparece estendendo o celular e sorrindo para mim.
-"Yuki?!"-digo pegando o celular assustada.
-"O que?"-o homem grita confuso-"Você ta bem?"-ele questiona,parece assustado e confuso.
-"Sim,estou..."-digo,confusa e dou meia volta e começo a caminhar.

-"É só o começo..."