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História Miranda: Midwinter - Capítulo XI: Walking On Air


Escrita por: rooskxya , Maxtrome , chaegwr e pcy_92

Notas do Autor


Para ter uma experiência melhor, escute a playlist do primeiro livro da saga Miranda no Spotify!
Link: https://open.spotify.com/playlist/0eb8FChqt7tVsU9GYhKTFk?si=XgDh1L1FT8GrzV6b5z33fg

Capítulo 11 - Capítulo XI: Walking On Air


Thay Scott

 Após sairmos do iglu, levamos algumas horas, — que segundo Minkis eram três, mas para mim eram séculos —, até que finalmente chegamos em outro iglu bastante agradável.

 Todos estavam com fome, afinal, andamos três horas sem parar no frio e bastante cansados. Comemos alguns alimentos e dividimos uma garrafa de água que Minkis tinha guardado em sua mochila. Depois dessa pausa, continuamos a caminhada.

 A caminhada foi totalmente silenciosa. Às vezes com algumas reclamações vindas de Juan e Minkis como: “Argh. Que frio!” “Quero minha cama...” “Quero chocolate quente...”. Acho que o clima de medo não permitia nenhuma piada ou comentário com humor.

 Depois de alguns minutos, flocos de neve começaram a cair, lentamente, nada preocupante, por enquanto...

— Não consigo andar... — Disse Juan. — Minhas nadadeiras estão duras, eu não vou conseguir...

— Está ficando forte, temos que conseguir chegar ao iglu. Não podemos parar. — Disse Minkis. 

— Não... Está entrando neve no meu bico. Isso é muito gelado! — Eu disse e Juan concordou.

— Gente, acho que eu trouxe algumas bandanas. — Disse Juan. — Thay, por favor, pegue aqui na minha mochila. Está na parte maior.

— Ok... — Eu disse. Logo que achei entreguei as bandanas para Minkis e Juan. Colocamos e continuamos a caminhada, ainda com a neve bem forte.

 Achamos um banco e Minkis sugeriu descansarmos um pouco, pois estávamos há muito tempo andando e isso era só metade da caminhada.

— Juan, você trouxe seu rádio? — Perguntei.

— Trouxe. — Juan respondeu abrindo sua mochila.

— Você pode ligar para escutarmos alguma notícia ou tentar algum contato rapidamente — Sugeri.

— É uma boa! — Disse Minkis esperançosa.

 Tentamos algum contato através do rádio. Depois de várias tentativas, trocando de estações e tirando a neve que caia no rádio, conseguimos ligar em algum programa.

 — Uma frente polar se aproxima do Club Penguin, meteorologistas informam que a neve permanecerá bem forte até o início do próximo ano. Pedimos que fiquem em suas casas para não correrem o risco de serem pegos pelas avalanches ou pelos pinguins encapuzados... — Disse o repórter bastante desanimado.

— Ah, não... — Disse Minkis bagunçando sua franja.

— E agora? — Perguntei.

— Não sei... Vamos ter que chegar o mais rápido possível no iglu. — Disse Juan.

— Ok... Vamos continuar a caminhada então. — Disse Minkis se levantando.

 Juan guardou seu rádio em sua mochila, colocamos as bandanas em nossos rostos e começamos a andar novamente.

— Falta muito? — Perguntou Juan, o som saiu abafado por conta da bandana.

— Acho que já estamos chegando. — Respondeu Minkis.

 Continuamos a andar, quando de repente, ouvi um barulho onde pisei. Minkis e Juan pararam e olharam para mim.

— Eu não fiz nada... — Eu disse.

 —  O que foi isso? — Perguntou Minkis.

— Não deve ser nada... Vamos continuar — Disse Juan.

— O barulho continua... — Disse Minkis olhando para o chão. — Oh, não...

 O chão estava rachando.

— Andem... Bem... Devagar... — Juan disse pausadamente.

 Estávamos andando sobre um lugar que, antes de congelado, era um rio. Sim, estávamos sobre a água. Se aquele gelo quebrasse... Nós estaríamos protagonizando a cena da morte dos passageiros do navio Titanic, até que começamos a ouvir e sentir uma ventania muito forte.

— Gente... — Eu disse.

— É coisa boa ou coisa ruim? — Perguntou Minkis.

— Coisa péssima. — Respondi.

— Ah, não... — Disse Juan olhando para as montanhas.

 Quando Juan abriu o bico para falar algo, começou uma ventania pior do que já estava. Coitado... Sempre interrompido... A neve começou a cair das montanhas. Não podíamos correr, pois estávamos em cima de um gelo muito delicado.

Quando a neve começou a cair das montanhas, nós tiramos nossas botas e corremos em cima do gelo até nos aproximarmos do iglu que saímos.

 — Corram, corram! — Gritava Minkis. Minhas nadadeiras doíam por causa do gelo, era horrível.

  Eu queria muito virar para trás e ver o quão perto a neve estava, mas eu iria perder tempo e se a neve estivesse perto, poderia acabar me dando mal.

 Chegamos no iglu. Abrimos a porta e fechamos rapidamente.

 — O que... foi... isso... — Disse Juan, sentando no sofá, ofegante.

— Não sei... Eu não estou me sentindo bem... — Disse Minkis.

— Calma... respirem... — Eu disse. — Vou pegar a água que sobrou na mochila da Minkis.

 Quando peguei a água, tomei um susto ela estava completamente congelada. Eu estava muito cansada, mas não conseguia ficar parada. O pânico tomou conta de mim.

 Verifiquei a janela e vi que conseguimos escapar a tempo. A avalanche estava indo para outra direção. Bem próxima, mas não iria nos atingir.

— Conseguimos... — Eu disse me sentando no sofá, me tranquilizando.

— Às vezes eu me questiono, por que você não tem esses pressentimentos antes? — Indagou Minkis.

— Não posso fazer nada — Eu disse rindo, e então todos começamos a rir um pouco ofegantes.

— Gente... E agora? Não temos mais alimentos suficientes, e nem água! — Disse Juan, virando a garrafa de água para baixo.

— Nós comemos todo o alimento que havia na minha mochila? — Perguntou Minkis, abrindo sua mochila. — Ainda tem algumas coisas aqui... — Terminou.

— Se tudo ocorrer bem, amanhã sairemos novamente em busca de outro iglu. — Eu disse.

— Talvez não. — Disse Juan. — Disseram que a nevasca duraria até o começo do próximo ano. E mesmo que ela tenha ido para outra direção, ela veio do lugar que nós estávamos indo, lá deve estar coberto de muita neve. — Terminou.

— Vamos conseguir ficar aqui quanto tempo com esses alimentos? — Perguntou Minkis.

— Acho que... Uns dois dias? — respondi.

— Alguns dias, eu acho. — disse Juan. — Vamos para a geladeira ver se tem algo lá.

— Ah, verdade, tinha até me esquecido. — Eu disse.

Tentamos encontrar algo, mas foi em vão, até que de repente, Minkis encontrou uma deformação na parede, um buraco que estava tapado com um tijolo diferente dos demais.

Dentro da parede, havia um armário, que provavelmente estava escondido para uma situação como essa.

— O que é isso? — Perguntei.

— Um barco. — Respondeu Juan com ironia.  — Um armário, não está vendo?

— Nossa calma! — Eu disse. — Ok, será que ele está trancado?

— Não sei... — Respondeu Minkis. 

— Vamos tentar abri-lo. — Continuou.

 Minkis foi em direção ao armário e, puxou as portas do mesmo. Abrindo, era possível ver vários pacotes, caixas e embalagens. Minkis se aproximou, pegou uma das caixas e trouxe para perto.

 Eram ingredientes de bolos, biscoitos e panettones, pois ao lado havia um livro de receitas de Natal.

Um sorriso involuntário surgiu em meu rosto. Em meio a tantas desgraças, podia ser que o clima do Natal nos trouxesse alguma esperança.



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