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História Miranda: Midwinter - Capítulo XXI: Gingerbread House


Escrita por: rooskxya , Maxtrome , chaegwr e pcy_92

Notas do Autor


Para ter uma experiência melhor, escute a playlist do primeiro livro da saga Miranda no Spotify!
Link: https://open.spotify.com/playlist/0eb8FChqt7tVsU9GYhKTFk?si=XgDh1L1FT8GrzV6b5z33fg

Capítulo 21 - Capítulo XXI: Gingerbread House


Greeny Wicked

No meio da madrugada Thay acordou assustada, assustando a todos nós que demos um grito fino em conjunto e depois rimos, nós não conseguíamos dormir em paz, só pensávamos no que poderia acontecer nos próximos dias. Ficamos olhando para o teto branco do meu iglu refletindo sobre o que essas semanas se tornaram.

— Que dia será que é? — Perguntou Minkis com as nadadeiras em seu cabelo escuro.

— Não faço a mínima ideia, parece que já passou um mês inteirinho... — Respondeu Thay segurando o cobertor.

— Eu só queria que tivesse sido um mês comum. — Eu disse quase chorando.

Eu me levantei e sentei-me em uma cadeira verde pastel que ficava ao redor da minha mesa, enquanto Thay se levantou do sofá e sentou-se na poltrona ao lado, Minkis se manteve no sofá.

— O que vocês acham que Juan está fazendo agora? — Perguntei.

— Eu nem quero pensar nisso, ele deve estar sofrendo... — Respondeu Minkis olhando para a lareira do meu iglu. Sempre que eu dizia o nome de Juan, Minkis e Thay olhavam diretamente pro fogo.

— Vamos fazer uma brincadeira? — Perguntou Thay de forma aleatória.

Olhei para Minkis com um olhar confuso e perguntamos em conjunto:

— O quê?

— Vamos construir uma casinha de biscoito de gengibre! — Disse Thay bastante animada.

Eu e Minkis permanecemos confusos, tudo que conseguíamos dizer era “O quê?” até que decidimos ir assar os biscoitos pra casinha.

Coloquei um rádio para tocar músicas natalinas e então começamos a pegar os ingredientes.

— Sabe... Quando você esteve desaparecido, eu, o Juan e a Thay fizemos um panettone... — Disse Minkis cabisbaixa. Eu queria respondê-la, mas resolvi ficar em silêncio.

— Pegaram todos os ingredientes? — disse Thay tentando mudar o assunto.

Nós assentimos e então começamos a fazer a massa da construção de natal.

Depois que colocamos no forno, nos sentamos no sofá e ligamos a tv que não transmitia nada de interessante, apenas desenhos infantis, até que de repente um plantão de repórteres começou.

— Uma frente polar se aproxima do Club Penguin, meteorologistas informam que a neve permanecerá bem forte até o inicio do próximo ano. Pedimos que fiquem em suas casas para não correrem o risco de serem pegos pelas avalanches ou pelos pinguins encapuzados... — Disse um dos repórteres.

— Espera... Ele já não disse isso naquele dia que quase morremos na avalanche? — Disse Minkis confusa olhando para Thay.

— É uma gravação do ano passado... Eu também ouvi quando cheguei ao QG. — Respondi desligando a televisão a nossa frente.

De súbito o cronômetro do forno tocou, os biscoitos estavam assados.

Corremos para a cozinha e abrimos o pequeno forno verde pistache e pegamos a forma com nossos deliciosos biscoitos.

Enquanto esfriava, nós fizemos o glacê real sem corante e esperamos alguns minutos para começar a montar a casinha.

15 minutos depois tiramos os biscoitos das formas e começamos a montagem decorando cada parte da casinha.

Quando terminamos não queríamos comer, pois estava muito delicada, se comêssemos iriamos estragar.

Mas quando a fome chegou quebramos o telhado da casinha e saboreamos o biscoito de especiarias.

Estava dando a hora do amanhecer, escovamos nossos dentes, bebemos um copo de leite e fomos trocar de roupa, felizmente o relógio do meu iglu estava certo, mas o calendário estava uma bagunça.

Vesti uma blusa preta com golas brancas, uma calça preta e calcei uma bota marrom, depois vesti o suéter verde com flores vermelhas que costurei, era tão quentinho e macio!

Peguei uma bandana preta com uma palavra que me definia bordada com linha branca e coloquei em meu rosto para não queimar meu bico com o frio.

Coloquei meu cachecol preto, uma capa da mesma cor com pelos verdes e umas luvas de lã vermelhas, para compor minha roupa, coloquei um broche com uma esmeralda verde bem brilhante.

Minkis estava com seu suéter e alguma roupa por baixo, colocou uma calça vinho e sua bota preta de couro que ganhou de presente no ano passado, o cachecol que costurou e uma luva violeta. Seu cabelo estava solto, mas acompanhado de uma touca verde pistache.

Thay estava com seu suéter também, seu cachecol e várias roupas por baixo, sua calça era bege e ela usava uma bota vermelha. Também estava com seu cabelo solto, porém acompanhado por uma touca.

Depois de nos arrumarmos, eu peguei a varinha de condão e guardei na minha bolsa verde escura, também guardei os orbes negros que criamos no dia anterior e algumas poções.

Na mochila de Minkis havia vários livros e papéis, na parte da frente também tinha três garrafas d’água.

Na de Thay tinha enlatados e biscoitos, mais alguns sucos e garrafas de cream soda que sobraram.

Quando abrimos a porta não enxergamos quase nada, por isso eu peguei uns óculos de proteção e entreguei para as meninas, ainda bem que eu tinha guardado vários, vai saber quando se precisa dessas coisas, né?

Colocamos os óculos e fomos enfrentar a nevasca que nós mesmos criamos, o frio era muito intenso, algo como eu nunca tinha visto, e estava tudo branco, muito branco, a única coisa diferente era o céu que estava verde-escuro por conta da magia que induziu a tempestade.

Nossos passos eram bem lentos por conta do vento forte, provavelmente terminaríamos de descer aquela montanha muitas horas depois.

As horas foram passando até que chegamos a uma parte muito delicada, o rio congelado que passava no fim da montanha. Descemos com muito cuidado para não quebrar o gelo, até que finalmente atravessamos.

Depois subimos um terreno um pouco elevado até descermos na montanha mais baixa.

Descendo-a, ficamos perto da Estação de Esqui, dessa vez o QG estava protegido, protegido com muita neve na entrada, impedindo que entrássemos.

Estava tudo tão vazio, parecia não ter mais nenhum pinguim na ilha, e provavelmente não tinha mesmo, até que de repente, vimos um encapuzado vindo em nossa direção, nós corremos para trás da cabana e nos escondemos atrás de um pinheiro bem grande.

Quando percebemos que o encapuzado já tinha saído, resolvemos sair de trás do pinheiro.

— Aqui não é seguro! — Disse Minkis desesperada.

— Nós vamos ser pegos, devíamos ter ficado no iglu! — Continuou dizendo, até que Thay tapou seu bico com um pouco de neve.

— Aqui é seguro, eu sinto que é. — Disse Thay.

— E nós vamos ficar no meio da neve? — Eu disse revirando os olhos.

— Se não quiserem ser sequestrados, sim. Nós vamos. — Disse Thay bem séria.

Então eu fiz um feitiço com as minhas nadadeiras, teletransportando 3 almofadas da Cabana para ficarmos sentados bem no meio do nada.

— Que divertido. — Disse Minkis, bastante entediada jogando uma pedra no rio, mas ele estava congelado...

— Quando iremos pro subterrâneo? — Perguntou Minkis jogando pedrinhas na neve.

— Amanhã. Eu sinto que amanhã é o dia certo. — Disse Thay bem séria, ela parecia mais séria depois de termos saído do meu iglu, era tão estranho ver ela assim.

— Eu vou pegar pedaços de madeira pra acendermos uma fogueira. — Disse ela se levantando da almofada.

Quando ela finalmente saiu, eu olhei para Minkis e perguntei:

— Sou só eu ou você também tá achando ela meio estranha?

— Não, na verdade eu estava esperando você dizer isso para eu concordar! — Disse Minkis rindo.

Nós encaramos o horizonte esperando a volta de Thay, que demorou alguns minutos, mas voltou com um pequeno ponto na imensa neve.

Quando chegou, tentou acender a fogueira, na neve, eu queria rir, mas me mantive em silêncio e a deixei tentando.

Até que uma hora eu olhei para Minkis e nós começamos a rir, não deu para segurar, então eu usei minhas nadadeiras e arremessei uma bola de fogo nos galhos, Thay sorriu e agradeceu, sentando na sua almofada.

Quando a noite “chegou”, que na verdade era simplesmente o fim da tarde, afinal o céu não mudava muito de cor há uns meses, nós criamos um plano para entrar no subterrâneo sem sermos pegos logo que entrarmos. Primeiro eu nos protegeria com uma poção que peguei do meu sótão, depois iríamos jogar os orbes em nós mesmos e por último jogaríamos os orbes em quem tentar nos atacar, depois então começaríamos a seguir o sonho de Juan.

Nós não conseguiríamos dormir, então ficamos montando bonecos neve para no dia seguinte distrair os encapuzados quando partirmos.

O dia seguinte seria intenso e cansativo, seria a hora de finalmente enfrentar o epicentro da tristeza desse Natal.



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