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História Mirrors - Eu não quero, mamãe


Escrita por: Jelly_belly

Capítulo 18 - Eu não quero, mamãe


 


   07h 18min. Meu celular tocou pela terceira vez, suspirei irritada, tirei o mesmo de baixo dos travesseiros vendo o nome de Hummels brilhando na tela com um foto nossa. 


- Bom dia - Ele disse animado 

- Bom dia Mats - Eu disse irritada 

- Será que você podia vir aqui ? 

- Eu tenho que trabalhar - Eu disse 

- John disse que você está liberada - Falou 

- Está bem, eu vou - Eu disse 


   Nós despedimos e eu deixei o celular ali enquanto tomava um banho quente, achei uma boa roupa e a coloquei. Maia entrou no meu quarto vestida com o uniforme da escolinha. 


- Mamãe, não quero ir - Maia disse com carinha de choro que partiu meu coração 

- Porque não ? - Eu perguntei 

- Eu não quero morar aqui, mamãe - Falou 

- Mas princesa, Nikki e vovô John não iam querer que fôssemos embora - Eu disse 

- Eu quero o tio Jack - Maia chorava 

- E o Mats ? se você fosse embora iria deixar ele bem triste - Eu disse 


   Eu sabia que isso ia acontecer mas não esperava que seria tão cedo, era normal ela sentir falta da vida de antes, tudo aqui era diferente: a casa, os vizinhos, a escola, os coleguinhas de sala e principalmente que aqui ela não teria Jackson. 
   Eu sequei suas lágrimas com os dedos e puxei ela para o meu colo, meu coração se partia ao ver ela chorando assim. 


- Não chora - Eu disse acariciando os seus cabelos tentando acalma-lá 

- Mamãe, será que podemos voltar ? - Ela me olhou com os olhinhos vermelhos 


   Eu não queria ver Maia chorando mas o que ela estava me pedindo era muito. Eu estava morrendo de saudades de Jack mas aqui era minha casa, Maia não sentia o mesmo que eu pois desde que ela nasceu sempre moramos nos Estados Unidos e é isso que ela entende por casa. Mas antes que pudesse responder meu celular tocou anunciando um sms.


 " Cadê você ? Mats. "

" Estou com um problema. Melissa " 


   Eu não disse nada apenas continuei com ela deitada em meu colo ouvindo os seus soluços baixinhos. Eu nem lembrava mais que tinha que estar na casa de Mats. Eu o amo mas Maia seria sempre propriedade em minha vida. 

 

• Mats Hummels • 

   " Estou com um problema " Esse sms de Melissa me deixou preocupado e eu não iria esperar ela vir aqui me contar o que aconteceu. Entrei no carro rumando para sua casa, não demorou dez minutos e eu estacionei o carro em frente. 


- Mel ? - Eu a chamei entrando na casa 


   Sem ter nenhuma resposta eu subi as escadas entrando no seu quarto. Melissa estava sentada na poltrona com Maia deitada em seu colo, meus olhos arderam ao ver minha filha soluçando nos braços da mãe. 


- Maia ? - Eu a chamei e seus olhinhos vermelhos se encontraram com os meus 

- Oi Mats - Ela disse triste 

 

• Melissa • 

   Mats se aproximou mais de nós duas, estendeu os braços para Maia e a levou para o seu colo acariciando os seus cabelos. Eu tenho que admitir, estava bem supresa por ele ter vindo aqui. 


- Porque você tá chorando ? - Hummels murmurou para Maia 

- Eu quero ir pra casa - Ela disse 

- Mas sua casa é aqui - Mats disse  

- Não - Maia respondeu fazendo bico 

- Eu prometo que quando estiver de férias eu levo você lá, tá bom ? - Ele disse

- Tá bom - Ela disse enxugando os olhos com as pequenas mãozinhas 

- O que mais você quer ? - Ele perguntou 

- O tio Jack - Ela disse 

- Eu posso pedir pra ele vir aqui, você quer ? - Mats disse e ela assentiu 


   Maia envolveu seus bracinhos em torno do pescoço de Mats e descansou ali por uns cinco minutos até cair no sono. Ele a levou pro seu quarto, troquei o uniforme da escola por uma roupa mais quentinha e mais confortável. 


- Liga pra esse cara - Mats disse baixo 

- Você tá louco ? - Eu perguntei 

- Pede pra ele vir rápido - Mats disse 

- Você vai mesmo fazer isso ? - Perguntei 

- Eu nunca tive a chance de fazer nada por ela, então me deixa fazer isso - Falou 


   Eu dei de ombros, era uma decisão dele então eu não podia dizer nada, tenho que dizer que não esperava essa atitude dele. Fechei a porta do quarto com cuidado e voltei para o meu onde Mats estava parado perto do espelho, eu me aproximei dele e lhe dei um selinho. Minha mão direita parou em sua nuca e a esquerda desceu até a barra da sua camisa. 


- É, você vai ser um bom pai - Eu disse 

- Espero que sim - Ele riu de nervoso 

- Maia adora você - Eu disse 

- E eu a amo mais que tudo - Ele sorriu 


   Eu mordi seu lábio e ele apertou minha cintura deixando a marca dos seus dedos ali, levantei um pouco sua blusa e pelo reflexo do espelho pude ver manchas de machucados em suas costas e abdômen. 


- Que belos hematomas eles deixaram em você - Eu disse 

- É sempre assim - Ele deu de ombros 

- Quer dizer que você sempre vem pra casa com isso ? - Eu perguntei 


   Ele assentiu e por um momento olhando aqueles hematomas enormes eu não via ele como o temido zagueiro alemão, eu via ele de um modo vulnerável, de um modo mais humano. Meus dedos com cuidado percorreram os seus machucados e Mats murmurou um ai. 


- Não faz isso, amor - Mats fez uma careta 

- Me desculpe - Eu disse 

- É que ainda dói, mas depois melhora 


   Eu levei minhas mãos ao seu rosto o acariciando e ele aproximou sua boca da minha mas sem nenhum contato. Mats me  puxou para a cama onde ele sentou e eu em seu colo. 


- Eu estou com 26 anos, minha vida não estava nada mal, estou em um bom time, eu tenho você e Maia.. bem que nós poderíamos ter outro bebê - Mats disse 

- Outro bebê ? - Eu estava surpresa 

- Uhum.. - Ele disse sorrindo 

- Quer ser pai de novo ? - Eu questionei 

- Quero muito - Ele respondeu 

- É, quem sabe.. - Eu disse 


   Eu sei que não era essa resposta que ele esperava e muito menos a que queria mas acho que ainda é muito cedo para termos outro bebê, não era uma decisão simples e antes de tudo eu tinha que saber se Maia também queria um irmão. 

  Encostei minha cabeça em seu pescoço sentindo seu cheiro, Mats nada disse apenas acabou com o pouco de distância que havia entre nós, colei meus lábios em seu pescoço e mordi arrancando murmuro  de dor dele, passei língua no mesmo local e depois chupei. 


- Eu tinha esquecido que você adora deixar marcas - Mats riu 

- Não posso ? - Eu perguntei 

- Claro que pode mas não tanto como antes - Ele disse 


   Mats sempre me contava que os seus companheiros de time reparavam muito nas marcas que eu deixava no pescoço dele que pareciam machucados.



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