História Mischievous Kiss - Feita para o amor

-Eu te amo Luce! Contente? 

-Muito.

Foi nesse momento que os seus lábios se encontraram e formaram um longo e calmo beijo. 

Sem segundas intenções da parte de nenhum dos dois, apenas um selar calmo seguido com um acariciar nas madeixas loiras da menina. Ficaram naquele contato íntimo por apenas alguns segundos, mas para ambos parecia ter se passado horas de caricia e amor. Quando se afastaram não sabiam exatamente o que dizer, mas foi o rosado que quebrou o silencio perguntando o óbvio.

-E então, o que faremos? - Sua voz ficou relativamente baixa enquanto fazia tal pergunta.

-Marquemos um encontro, claro. - Respondeu Lucy animadamente, a verdade é que sempre desejará ter um encontro romântico, com direito a um jantar em um restaurante caro e um ramo de flores decorado.

-Um encontro? Claro, como não pensei isso antes. - Disse Natsu dando um tapinha na própria testa e fazendo Lucy sorrir. - Podemos fazer isso depois do colégio amanhã, o que acha?

-Claro, não me deixe esperando. - Respondeu Lucy dando uma piscadela para o menino que sorriu.

Daquela vez Natsu acompanhou a menina até sua casa enquanto riam e conversavam descompromissadamente, os pais dos mesmo se surpreenderam com tamanha química que os dois transbordavam. Depois de se despedir de Natsu na sala principal, a menina subiu para o seu quarto, se jogou na cama e sorriu. Sorriu como nunca sorrirá antes, estava feliz por finalmente fazer algo que realmente queria e que seu pai aprovava. Casar-se com o rosado nunca fora uma ideia tão boa para a menina.

Enquanto isso na sala principal o menino estava sentado em uma das poltronas de frente para o seu pai e seu futuro sogro que lhe olhavam com muita atenção.

-O casamento já foi marcado, Natsu. - Disse o pai do rosado, fazendo o menino arregalar os olhos. - A cerimonia será daqui três meses.

-Espero que se sinta bem por saber que irá fazer parte de minha família em breve. - Declarou o pai de Lucy enquanto tinha um sorriso enorme tomando-lhe os lábios.

-Eu não quero me casar com a Lucy! - Declarou Natsu enquanto saltava do sofá, o menino estava visivelmente alterado.

-Pensamos que os dois estavam apaixonados, afinal chegaram tão próximos hoje. - Rebateu o pai do menino que estava um tanto irritado com a reação do menino.

Aos olhos do pai o garoto estava errado pois não o mesmo via a importância de um negócio entre as duas famílias, as duas empresas cresceria e poderiam se tornar grande potencias, juntas pois seriam de uma só família. Já para o menino ele estava sendo injustiçado, era jovem demais para casar e odiava mais que tudo ser tratado como um objeto para ajudar na maldita empresa familiar, amava a Lucy, aprenderá a ama-la do jeitinho que ela era, mas se casa-se com ela tudo iria a ruína, não poderia faze-la feliz não naquela época de sua vida.

-Eu não vou me casar com ela tão rapidamente, nós mal nos conhecemos. - Disse Natsu respirando fundo tentando se acalmar.

-Não há mais o que discutir Natsu, você vai se casar com ela daqui três meses e seremos uma família feliz! - Exclamou o pai de Lucy que até então estava em silencio.

-Vocês não irão me obrigar a nada, vamos ver quem sair por cima. - Disse o rosado. 

O menino se levantou do sofá e subiu as escadas, precisava descansar tanto fisicamente quando psicologicamente, mas ao chegar no segundo andar encontrou uma menina loira vestindo um pijama amarrotado encostada contra a parede do corredor, bem pertinho da porta do quarto da mesma, com as mãos cobrindo a boca enquanto tentava não pronunciar som nenhum enquanto chorava. Seus olhos estavam vermelhos e sua bochecha totalmente encharcada por conta das lágrimas.

-Luce? - Chamou Natsu enquanto se aproximava da menina.

A garota não esboçava reação, estava parada olhando para o menino, parecia tão frágil que se fosse tocada desmancharia. Quando Natsu se aproximou o suficiente dela e levantou sua mão para toca-la, ele teve medo, medo de que se toca-la ela iria fugir, iria sofrer mais ainda, iria nega-lo, iria gritar o quão idiota ele era. Por essa razão ele abaixou sua mão, abaixou sua cabeça e seguiu em direção ao seu próprio quarto, deixando a garota para trás com suas palavras sussurrada que ele nem ao mesmo sabia se ela havia escutado, mas do que adiantava um "Me perdoa, Luce" dito para uma menina que tinha uma mente tão insegura? Ela se sentia péssima, sentia-se insuficiente, sentia-se frágil e naquele momento ele preferiu ignora-la ao invés de conforta-la e dizer que estava tudo bem.

Naquele momento Lucy começou a desistir, talvez ela não fosse feita para o amor.