Um mês depois:
O Oktoberfest finalmente havia chegado, mais eu não estava nem um pouco empolgada. Não queria encontrar Mats, não queria ter que olhar para ele e me lembrar de mais uma decepção mais infelizmente eu não tinha opção.
- Joana... essa roupa é... é estranha. – Peter diz esticando o Lederhosen.
Dou risada.
- Você está uma graça nela... – digo e dando risada.
- Não estou nada, ele é apertado e curto... e esquenta também. – ele diz.
- É só por hoje Peter, olha... eu também estou vestida com a roupa típica. – digo rodando para ele ver meu vestido.
- Mais você ficou bonito e eu não... – ele diz.
- Você está lindo... e vai ter um monte de gente com essas roupas. Os rapazes do time vão vestir Lederhosen também. – digo.
Ele revira os olhos.
- Vai ser só por algumas horinhas, vamos lá, tiramos fotos, você brinca um pouquinho e depois Senhora Jones traz você para casa. – digo a ele.
- Tá bom... – ele concorda.
Meio a contra gosto, mais ele concorda.
Fomos para o carro e quando ele viu Taylor com roupa casual, ele ficou intrigado.
- Taylor, você também vai? – ele pergunta.
- Vou... – Taylor responde olhando pelo retrovisor.
- E porque não está vestido igual a mim? – ele pergunta.
Dou risada.
- Eu sou americano, não aderi a certos costumes locais. – ele diz e ri.
- Poxa... – Peter resmunga.
- Ele não gostou da roupa Taylor... – explico.
Taylor ri.
- Também acho ela peculiar... mais como um bom alemão você deve vestir e honrar suas tradições. – ele me dá uma ajudinha.
- Viu? – falo com Peter.
- Hum, hum...
Fomos conversando outras coisas até chegarmos ao local da festa.
- Tá tão cheio... – Peter diz olhando pela janela.
- Prometo que lá dentro não estará assim. – digo a ele.
Ele ficou um pouco receoso, já que da ultima vez que saímos geramos muita confusão na rua e ele ficou assustado com as pessoas e as fotos.
O esquema de segurança desse ano havia sido reforçado, então assim que o meu carro encostou, um grupo de segurança se dirigiu a porta do carro.
Eu desci primeiro e depois ajudei Peter a descer.
- Vamos lá encontrar nossos amigos? – pergunto a ele.
Ele sorri.
- Vamos.
Fomos escoltados por seguranças até próximos a entrada do local, onde seriam feitas as fotos da chegada.
Karl já estava a nossa espera e já segurava a minha caneca.
- Gostaram da decoração? – ele pergunta já animado.
- Já deu inicio aos trabalhos Karl? – pergunto rindo.
- Só uma caneca para dar uma animada. – ele diz.
Pego minha caneca e com a outra mão seguro a mão de Peter. Karl passa o braço por minhas costas e sorrimos para as fotos.
Não ousei me aproximar de nenhum repórter e ter que responder qualquer pergunta, mais ainda sim eles gritavam as perguntas e faziam afirmações.
- Vamos Peter. – digo apertando a mão dele de leve.
Ele estava meio perdido no meio daquela gritaria.
Ele acorda e subimos as escadas.
- Aqui está barulhento... – ele comenta.
- Agora vamos ter um pouco menos de barulho. – digo a ele.
Fomos recebidos por moças, tradicionalmente vestidas e sorridentes, que nos conduziram para nossa mesa.
Nos acomodamos e ficamos esperando o resto do pessoal chegar, enquanto comíamos alguns aperitivos e eu tomava minha cerveja.
- Olha que alemão mais lindo! – Leticia chega a nossa mesa animada.
- Fez igual a Karl e já andou bebendo. – digo rindo.
- Hoje é dia de se libertar! – ela diz.
Olho a caneca dela vazia.
- Não me diga que virou essa caneca inteira. – digo.
Ela ri.
- Desse jeito vai dormi rapidinho. – aviso.
- Deixa de ser chata chefinha. – ela diz e se senta com a gente.
Já estou imaginando a ressaca terrível que ela vai enfrentar amanhã.
Logo em seguida eu escuto os risos do meu pai.
- Só você que está insuportavelmente chata hoje. – Leticia diz.
- Eu não vou ficar bêbada, eu tenho o Peter. – digo.
- Senhora Jones não vai ficar com ele? – ela pergunta.
- Vai, mais mesmo assim. – digo.
Peter não estava muito contente na festa, nem mesmo outras crianças estavam animando ele.
- Eu não acredito que estarei acompanhado das três mulheres mais belas da festa e ainda terei um verdadeiro bávaro para me ajudar a cuidar delas! – Meu pai já chega ligado no 220.
- Já bebeu duas canecas só nessa subida. – minha mãe diz e revira os olhos.
Dou risada.
- Por que está com essa carinha Peter? – ele pergunta.
- Quero ir para casa... – ele diz.
- Você está sentindo alguma coisa? – pergunto preocupada.
- Minha barriga está doendo um pouco... – ele diz.
- Vamos para casa. – digo.
- Joana, você não pode abandonar a festa. – meu pai me avisa.
- O meu filho não está se sentindo bem. – digo a ele.
- Calma filha... liga para a senhora Jones e pede para ela vir buscar ele com Taylor. – minha mãe tenta não deixar uma discussão começar.
- Ok.
Ligo para senhora Jones, enquanto meus pais tentam descobrir o que Peter está sentindo. Quinze minutos depois senhora Jones aparece.
- Você vai com a Senhora Jones, mais qualquer coisa que você sentir você fala com ela e ela me liga. – digo a Peter.
Ele balança a cabeça positivamente.
Meu pai acompanha eles e eu fico angustiada por deixar Peter ir embora se sentindo mal.
- É coisa de criança, você sentia isso as vezes. – minha mãe fala.
- Isso não faz com que eu fique menos preocupada... – digo.
- Não querendo atrapalhar, mais já atrapalhando esse papo de mãe... os jogadores já chegaram e você tem que tirar foto com todos. – Leticia fala.
Que droga.
- Coloca um sorriso no rosto porque o demônio do Klaus quer uma falha sua para te malhar. – Leticia diz.
- Mostra porque seu pai te entregou a empresa. – Minha mãe diz para me motivar.
Respiro fundo e deixo um sorriso tomar conta dos meus lábios.
- Agora sim. – elas dizem.
- Vou tirar as benditas fotos e já volto. – digo me levantando.
Assim que me levanto dou de cara com meu pai e Bastian vindo para nossa mesa aos risos.
- Olha quem eu encontrei quando estava voltando. – meu pai diz batendo a caneca dele na de Bastian.
- Capitão... – digo e me estico para beijar ele.
- Rápido com isso. – meu pai diz.
Basti fica sem graça e eu dou risada.
- Não tenha ciúmes gracioso. – digo e pisco para ele.
Bastian cumprimenta minha mãe e Leticia e eu sigo com ele para sua mesa.
- Seu pai me falou de Peter... não deve ser nada de grave. – Bastian me diz.
- Tomara Basti. – digo.
Na mesa de Bastian estavam, Lahm e sua esposa, Thomas e Lisa, Robert e Anna e Rafinha com sua esposa.
Uma das garçonetes me dá a bandeja e eu os sirvo como no ano anterior.
- Vimos Peter saindo com seu pai... – Anna comenta.
- Ele tava meio tristinho, nem lembrou do nosso toque. – Lewan fala.
- Ele não estava se sentindo muito bem, mais não é nada demais. – digo a eles.
Não posso fazer alarde.
Tiro fotos com eles e continuo indo nas mesas dos outros atletas e funcionários.
Na hora de posar com a mesa de Mats, eu senti o olhar fixo da sua esposa em mim mais do jeito que ela é devia está reparando na minha roupa.
Depois do pessoal do Bayern, eu tirei foto com os diretores da empresa.
- Onde está o seu filho? – Klaus pergunta.
- Não está acostumado com todo esse agito. – me limito a dizer.
Assim que tirei a foto com eles, corri para minha mesa.
- Senhora Jones disse que Peter já está bem... acho que foi nervosismo... – minha mãe me avisa.
Respiro aliviada.
- Agora pode beber! – Leticia e meu pai dizem e brindam.
- Qual o numero dessa caneca? – pergunto a minha mãe.
- Já perdi as contas... e olha que só foi o tempo de você tirar as fotos... – minha mãe diz.
Dou risada.
- É... acho que agora eu posso beber um pouco. – digo a ela.
- Bebe logo presidente. – ela me incentiva.
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