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História Mistletoe - Festejar e Vadiar


Escrita por: Baduh

Capítulo 4 - Festejar e Vadiar


Lily POV

A festa ficava á três quarteirões da minha casa. Era aniversário de 17 anos da Molly, minha melhor amiga. Nós duas estivemos o ano inteiro planejando a festa e indo até o centro da cidade pra pesquisar artigos de aniversário.

No início ela queria fazer uma festa á fantasia bem luxuosa na Toronne Festas porque os pais dela tem uma situação muito boa e arcariam com tudo! Ela queria que todos fossem fantasiados. Molly tinha até decidido se vestir de gladiadora. Mas numa versão bem sexy, que na minha opinião era versão vadia.

Não curto roupas curtinhas e essa festa seria só mais um motivo para as galinhas de Damast  saírem praticamente nuas por aí.

Da esquina da rua da Molly já dava pra escutar o som alto e alguns idiotas gritando. Tinha um grupinho conversando no portão da mansão e eles estavam fumando. Os pais da Molly estavam viajando e por isso existia toda essa liberdade.

Entrando no jardim me deparei com uma pista de dança, DJ e uma mesa de aperitivos. Um homem sem camisa, muito gostoso, fazia apresentação de malabarismo com bastões em chamas. Realmente a festa estava incrível. Bem melhor do que a festa fantasia que perdemos tempo planejando.

– Molly! – acenei em sua direção e ela sorriu escancarado.

Já vinha correndo toda torta sob o par de salto alto e quando finalmente me alcançou, me deu um abraço super apertado.

– Que festa doida é essa? 

– Tá incrível, né não? – ela olhou pra trás e sorriu satisfeita.

– Eu não quero nem saber, você vai ter que me apresentar para o cara dos bastões.

Ela gargalhou escandalosamente e me chamou de tarada.

– Não vai me apresentar seu amigo? – perguntou maliciosa.

– Esse é o Harry, meu primo.

– Parabéns pela festa! – ele sorri gentilmente e percebo que Molly já se derreteu inteira.

– Então esse é o famoso Harry de quem você vivia falando? O priminho de Holmes Chapel?

– É, eu sim. – Harry se intromete com um olhar desconfiado.

– Menos Molly, menos tá? 

– E aí, Molly gatinha? – Brendon Stanley agarrou sua cintura e esmagou sua bochecha com um beijo. Antes que ela pudesse fazer alguma coisa, ele mostrou um embrulho rosa com um laço preto. Molly sorriu agradecida.

– Não precisava, Brendon, obrigada. – ela deixou um beijo em cada lado de sua bochecha.

– Oi, Lily. –  então ele acena pra mim e apenas retribuo com um sorriso. Assim que ele nos dá as costas, aponto o dedo pra dentro da boca, como se fosse vomitar. Lily me repreende com o olhar.

– Eu não gosto dele, ué. O que eu posso fazer? – digo.

– Pode tomar um drink e relaxar! – diz um pouco mais animada. – Vão! Vão! – ela nos empurrou para dentro – Tem bebidas de todos os tipos na bancada do barman. Eu vou falar com o resto do pessoal. – ela piscou e em seguida foi desfilando com o vestido tubinho rosa.

Preciso comentar sobre a calcinha fio dental que ficou marcada na bunda dela? Não né? Então deixa em Off.

– Essa sua amiga... A Molly. Tem namorado? – Harry pergunta tentando parecer desinteressado.

– Hm, tá querendo, Styles?

– Eu só perguntei.

Peguei um copo de margueritha com o barman,

– Vai lá! Dá uma cantada nela e descubra sozinho. – tomei num gole só. A bebida desceu rasgando na minha garganta. Harry me olhou chocado. Fechei os olhos e sacudi a cabeça. O gosto de fruta cítrica tinha ficado na ponta da língua me incentivando a tomar mais.

Quando abri os olhos novamente, Harry já não está mais prestando atenção aqui e, sim, na garota que acabava de chegar na festa de vestido tubinho preto bem justo. Eu estava começando a perceber que aquilo estava virando modinha.

O nome dela era Waliyha.
Ela mora na casa atrás da minha, na mansão que tem piscina e churrasco nos dias quentes de Damast. Nós nunca ultrapassamos do diálogo comum de vizinhos, que é um Oi simpático de vez em quando. Eles são descendentes árabes. Se mudaram pra cá há uns três anos e por isso são super reservados. Conta-se no dedo as amizades que Waliyha fez desde o dia em que chegou. Os pais dela são gente boa, alegres e total auto-estima. É só aparecer na área de serviço que você vê a união e felicidade da família. E pra ver isso, nem sempre é necessário que eles estejam fazendo uma social no quintal. A maior parte da estrutura posterior da casa é de vidro e mármore indiano. Posso ver a cozinha, a sala de jantar, um pedaço da sala de visitas, uma parte do seu quarto e uma visão ampla do quarto do irmão mais velho. Zayn. Moreno, belos olhos e Ahn... Até atraente. Mas esse é um caso a parte. Depois eu comento.

– Você não se decide! – falei com Harry – Ou olha pra Waliyha ou olha pra Molly.

– O nome dela é Waliyha? – ele perguntou ainda secando a menina de longe. Ela estava cumprimentando Molly timidamente, entregando um embrulho dourado com um laço azul turquesa.

– Ela tem descendência árabe.

– Ala-ha-lá! – ele diz impressionado.

– Não precisa se preocupar, Harold. – revirei os olhos – Ela fala inglês. – ri internamente da sua tentativa lastimável de falar árabe.

– E ela mora naquela casa em frente aos fundos da sua casa, 'tô certo?

– Pergunta lá pra ela. – respondi.

– Para de ser chata! – ele reclamou. – Tá com ciume? – Harry deu aquele sorriso escrotamente malicioso. – Não fica brava, eu sou todinho seu. É só pedir, meu amor. – piscou com o olho direito e me vi obrigada a lhe dar um dedo do meio.

De repente ele tomou a bebida toda em só gole sem demonstrar o quanto aquilo tinha queimado. Respirou fundo e começou a caminhar em direção á Waliyha, que estava mega distraída de qualquer coisa ao seu redor.

– Vai lá gostosão! – gritei pra Harry e ergui meu copo quando ele olhou pra trás nada satisfeito.

Tadinha da Waliyha. Parecia tão satisfeita sozinha, só ela e os pensamentos. E agora vai ter que aturar um cafajeste azucrinando as ideias pra ganhar uma simples ficada. Eu juro que não faço ideia do que se passa na cabeça desse garoto. Aliás, o que não passa, né? Porque cérebro ali, alguém roubou. Não é possível que um Ser humano possa ser tão idiota. O pior de tudo é que o cidadão ainda acha que é poderoso. Acha que toda mulher é igual pra cair sempre na mesma lábia.

– É hora de dominar a pista de dança! – o Dj anunciou. Trocou-se Katty Perry por Sastifaction remix. Alguns correram pra pista com as pulseirinhas neon, iluminando a pista.

Harry continuava lá conversado com a Waliyha. Ela ainda não o ignorou e até gesticulava algumas coisa de vez em quando. Ele se aproximou do seu ouvido e disse algo Ela concordou com a cabeça e os dois foram juntos pra pista.

Legal! Até Harry arranjou alguém e eu não.

– Uma dose pura de Vodka, por favor. – pedi. Agradeci com um sorriso assim que a bebida veio pronta. Tomei a dose de uma vez, novamente. Larguei o copo na bancada e caminhei pra pista de dança. Olhando para os lados e tentando me adaptar á algumas pessoas. Deixei que a música me guiasse e logo eu estava me sentindo á vontade.

O clima estava agradável, as vezes algum empurra-empurra que me atormentava, mas fora disso eu conseguia me divertir. Alguém se aproximou por trás de mim segundos depois. Não me importei em saber quem era, apenas continuei dançando e deixando que aquelas mãos anônimas fossem parar na minha cintura enquanto eu rebolava.

Longos minutos depois resolvi me virar de frente para a pessoa que me acompanhava na dança e vi a melhor visão do paraíso. Olhos claros, cabelinho arrepiado, pele bronzeada, corpo atlético e um sorriso atraente contagiante. Dei liberdade para que meus braços repousassem em volta dos seus ombros e remexi o quadril de um lado para o outro com muita suavidade. Ele sorriu e mordeu os lábios, parecendo acompanhar meu ritmo com o seu olhar.

No lugar de Satisfaction entra Don't Stop the party. Muitos parecem gostar, batem palma, pulam e a pista estremece.

– Quer tomar alguma coisa? – o menino me pergunta diminuindo o ritmo que seu corpo sacudia.

– Você pega pra mim? .

– Só se você vier comigo. – ele dá um belo sorriso e me dou por vencida, dando-lhe minha mão para acompanhá-lo até o bar.

– Tá pensando que vai aonde? – sinto segurar meu braço e respiro fundo quando reconheço a voz.

– Onde não te interessa! – puxo meu braço de volta e estou prestes a voltar andar, quando ele me segura novamente.

– Tá levando a sério esse negócio de desrespeito, né? – ele sorri perverso.–  Quem é esse cara?

– Um homem de verdade. – sorri debochada. – Agora me deixa!

– Garota, eu não tô brincando... – Harry diz em tom de aviso. – Eu vou ter que dar uma lição aqui?

– Tenta! – falei da boca pra fora, o desafiando, e assisti sua feição ficar séria. Ele pensou demais e aproveitei pra me soltar da suas mãos.

Caminho até o bar em pisadas fundas. A festa estava começando a ficar uma merda graças á Harry e ainda por cima aquele gatinho tinha desaparecido.

– Me dá uma dose de vodka, por favor. – pedi.

Ele pegou um copo, mas antes que ele o preenchesse, neguei, pedindo um copo maior. Ele me olhou um pou espantado como se pensasse. " O qucoe essa garota tem no corpo?" Mas não hesitou em me servir. Virei 500 ml puro e alguém que estava perto deu um pequeno berro empolgado . Pessoas começavam a se aproximar e pedir o mesmo que eu. Eles achavam que aquilo era demais! E talvez fosse, já que vodka não é bem água.

– Vira! Vira! Vira! – escutei um coro enquanto eu bebia outra dose. A empolgação só se tornou ainda maior quando terminei aquele copo.

– Você é das boas! – alguém elogiou. Se é que eu podia chamar aquele tipo de comentário de elogio. Se a minha mãe soubesse disso eu seria uma bebum morta!

– Eu quero ver você virar mais uma vez. – alguém disse. Não conseguia mais ver os rostos, minha visão já estava ficando turva. Minhas pernas bambearam para o lado, mas firmei a mão no balcão.

– Não, já tô no limite. – falei um pouco embaralhado. A minha plateia desaprovou em coro.

– Bebe mais uma vai. Você consegue, garota!

– Beleza, beleza. Mas é a última! – avisei. –  Desce outra! – ordenei ao barman e ele me olhou hesitante. – Eu disse pra descer outra, tá surdo? – espalmei a mão no balcão e ele  rapidamente me serviu outro copo da mesma medida. Encarei o líquido incolor. Minha cabeça girava. As pessoas falavam, mas eu não escutava o som. Elas se mexiam, mas era em câmera lenta. Balancei a cabeça e virei o copo na boca, bebendo até a última gota. Já não sentia mais nenhuma ardência na garganta. Já estava descendo feito refrigerante sem gás.

Comecei a vercHarry abrindo espaço no meio da rodinha que se formava em minha volta. Ele estava gritando e estava preocupado. O que estava havendo? As outras pessoas também me olhavam estranho e aquilo era um pouco agoniante. Minhas costas se impactaram ao chão e não senti mais nada.

– LILY!

Assisti tudo escurecer rapidamente.

 



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