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História Misturados - A míngua


Escrita por: LoveLuanLs

Capítulo 2 - A míngua



Sentei-me na calçada e deixei as lágrimas escorrerem sobre meu rosto, os soluços involuntários eram tão altos que todos que passavam por ali escutavam, meu coração quebrado pedia socorro mas eu não sabia como curá-lo, levantei com certa dificuldade e ao olhar para o outro lado da rua avistei um bar, em passos rápidos cheguei até lá e vi que não tinha muito movimento, procurei uma mesa mais reservada e logo chamei o garçom.


– boa noite senhor, no que posso servi-lo? - ele perguntou educadamente.


– boa noite... Uma garrafa de whisky, o mais caro e mais forte que vocês tiverem - falei e ele apenas concordou e saiu, olhei em meu dedo e o anel ainda estava ali, por alguns tempo o admirei e lembrei de como demorei a escolher, de como eu quis que tudo saísse perfeito, mas no final tudo desmoronou, as lágrimas novamente insistiram em cair sobre meu rosto e eu não as impedi, o garçom se aproximou e deixou o whisky, um copo e um balde com gelo, apenas balancei a cabeça positivamente e ele saiu, não pensei duas vezes e enchi o copo, eu só queria fazer a dor passar, só queria não sentir isso... Após meio garrafa tomada e o álcool já agindo em meu organismo, peguei meu celular e digitei seu número, não demorou muito para a telefonista dizer que esse número não existe, bati forte com a mão na mesa, atrai alguns olhares que eu fingi não ver, me permeti mais uma vez chorar, debruçado sobre aquela garrafa de whisky deixei um pouco da minha dor sair, a cada gole ardente em minha garganta era um soco a menos no estômago, sofri ali sozinho por longas horas e depois de 2 garrafas de whisky eu já não respondia mais por mim, o tempo parecia não passar e aquilo já estava me afetando, as memórias cada vez mais vivas em minha mente estavam me causando uma dor tremenda, não pensei duas vezes em sair do bar, deixei um valor alto sobre a mesa e apenas fui embora, em passos lentos fui até a frente do bar, já era tarde da noite e haviam poucas pessoas ali, peguei meu celular e nele haviam várias mensagens dos meus pais e da minha irmã, eu não queria respondê-los, não queria ter que responder o interrogatórios deles, eu apenas queria ir para minha casa e dormir, dormir o máximo que eu puder, queria fechar meus olhos e ao abri-los tudo não passar de um sonho, era o que eu queria agora. Enquanto caminhava pelas calçadas vazias comecei a pensar no meu amigo, a pouco ele havia falecido de câncer e eu ainda não tinha superado está perda, ela era meu porto seguro e apenas me deixou para sofrer a míngua, eu apenas queria entender os propósitos de Deus para minha vida nesse momento, eu não estava entendendo nada.







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