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História Mitw- How I Met Your Father... - Hope Is The Last Thing That Dies...


Escrita por: C_Grimaldi31

Capítulo 44 - Hope Is The Last Thing That Dies...


Fanfic / Fanfiction Mitw- How I Met Your Father... - Hope Is The Last Thing That Dies...

  – Crianças, eu estava em um dilema. Eu mal conhecia o pai de Felps e precisava tomar uma decisão: contato a verdade a ele ou omiti-la e apenas deixar as coisas seguirem o seu fluxo... Mas felizmente eu tomei a decisão correta...

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Sabe quando você se corrói por dentro por saber algo importante e não pode contar pra ninguém? Então, era exatamente assim que eu me sentia... Carlos ainda via as coisas do Felps em cima da escrivaninha com um sorriso nostálgico enquanto eu encarava o vazio na esperança de tomar uma decisão pra me tirar daquela situação...

 – Sabe... – ele diz me chamando a atenção – eu me arrependo muito de não ter sido mais presente na vida do Felipe... – ele diz voltando a me encarar – eu não pude participar da adolescência dele... Um dos períodos em que mais se precisa da figura de um pai...

Eu o encarava em silêncio... Acho que não havia muito o que dizer naquela situação...

 – Acho que ainda há esperança pra vocês... – eu digo olhando pro chão. Ele me encara com um semblante confuso.

 – Como assim?

 – Bem, eu não deveria estar te falando isso... Mas o Felps me disse que sentia saudades de você... – eu jogo as palavras no ventilador e espero a reação dele. As sobrancelhas dele arquearam de surpresa. Os olhos castanhos escuros como o de Felipe brilharam por causa das lágrimas se acumulando.

 – V-Você tem certeza?  – ele me olhava com um semblante de esperança. Meu coração estava partido.

 – Sim, ele queria te odiar, mas não conseguia... Me disse que quando te viu só conseguiu sentir saudades... – eu digo e o vejo abrir o sorriso mais verdadeiro que eu já vi. Ele já não tentava mais esconder as lágrimas.

 – entendi... Então mesmo depois de tudo que eu fiz pra ele ainda há esperança de ele me perdoar... – ele diz com um sorriso no rosto enquanto seca as lágrimas. Eu sorrio pra ele pela primeira vez.

– A esperança é a última que morre... – Eu digo e ele assente com o rosto mais brando.

– É... Acho que você está certo, Rafael... – Ele diz e eu sorrio pra ele. – Mas... Você sabe onde está o meu filho? – Ele pergunta mudando de assunto – Eu esperava achá-lo aqui no quarto dele, mas... – Ele diz e eu começo a pensar... Então cai a ficha...

– Acho que eu tenho uma ideia de onde ele possa estar...

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– Eu não me lembro de você ter me dito isso, Rafael... – Felps diz com as sobrancelhas franzidas.

– Nunca achei que precisaria contar... – Cellbit diz dando de ombros – Inclusive achava melhor você nem saber disso na época... Só Deus sabe o que você teria feito... – Cellbit diz e todos assentem.

– Onde o Tio Felps estava afinal...? – Dominick pergunta interrompendo o silêncio.

– Falando com a única pessoa em que eu confiava plenamente...

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– Oi... Eu devo admitir que me sinto um idiota falando com uma lápide... – Eu digo em frente à lápide de minha mãe... Eu coloco as Flocos cor de rosa, as flores favoritas dela, em frente à lápide – Mas eu não sei com quem mais eu poderia conversar... – Eu digo e me sento.

O clima fresco de onde enterramos o corpo da minha mãe bagunçava meus cabelos... Era uma tarde fria naquele lugar... Uma lágrima solitária ousa cair, mas eu a seco rapidamente.

– O meu pai voltou... – Eu começo a falar – E desde que isso aconteceu, eu não consigo pensar em outra coisa... Tudo ficou mais confuso e as memórias voltaram como uma cachoeira pra cima de mim... É muito pra eu processar... – Eu me permito chorar por alguns minutos. – Eu fico tentado a perdoá-lo pelo que ele me fez, mãe... Eu sei que seria melhora pra mim ter uma boa relação com ele, mas eu sinto que se eu fizer isso eu vou estar traindo a sua confiança... Você sofreu tanto por causa dele... Me perdoa por estar sentindo isso, mãe... – Eu continuo chorando por mais um tempo. As memórias me batem como uma luva de ferro... – Eu sinto a sua falta, mãe... Eu tenho certeza que você saberia o que me dizer nessa hora... Eu queria tanto que você estivesse aqui do meu lado... – Eu digo e beijo a lápide para logo em seguida encostar a minha testa lá fazendo uma rápida oração. – Eu te amo, mãe... Onde quer que você esteja... – Eu digo e me levanto.

 Eu me preparava pra ir embora, mas quando me viro eu dou de cara com o meu pai e o Cellbit um pouco atrás.

– Pai?! Cellbit?! – Eu digo espantado – Há quanto tempo estão aqui? – Eu digo depois de ter me recuperado do susto.

– O suficiente... – Diz meu pai com as mãos no bolso.

– Você o trouxe aqui...? – Eu pergunto mais friamente olhando diretamente pro Cellbit, o mesmo encara o chão – Você contou o que eu te disse, não foi? – Eu digo fechando os olhos.

Eu não acreditei... Eu me abri com ele e na primeira oportunidade abriu a boca!

– Felipe não o culpe... A culpa disso tudo é minha... – O meu pai fala intervindo. –Eu precisava ver onde você estava... Precisava ver se você estava bem... – Ele diz ajeitando os óculos no rosto.

– Agora você quer saber se eu estou bem?! – Eu digo mais alterado – Como acha que eu estou?! Eu perdi a única pessoa que eu amei de verdade na minha vida! – Eu exclamo já com lágrimas nos olhos – E você, que nunca sequer deu as caras depois de ter traído a minha mãe e a feito sofrer durante tanto tempo! POR QUE VOCÊ TINHA QUE TER ME ABANDONADO?! ONDE VOCÊ ESTAVA QUANDO EU REALMENTE PRECISEI DE VOCÊ?! – Eu digo me aproximando dele com raiva nos olhos. – Onde você estava quando eu me apaixonei pela primeira vez e não tive um pai pra me guiar nesses passos? Talvez metade das merdas que eu fiz teriam sido evitadas se eu tivesse alguém pra me ajudar... – Eu digo bufando de raiva.

– Eu tentei me reaproximar, Felipe, mas você me impediu! Durante os primeiros anos eu tentei falar com você, te ligar, ir até você... Você me impediu... Eu tentei de verdade... – Eu chego mais perto dele ao ponto de ficar de frente pra ele.

– DEVIA TER TENTADO MAIS! – Eu digo dando socos fracos nele – Devia ter vindo ao meu aniversário e chutado a porta. Entrado e me arrastando pra passar um tempo com você se necessário! Eu precisei de você tanto... Tanto... – Eu fui me aproximando dele até nos envolvermos em um abraço necessitado – Eu sinto... Tanto a sua falta... – Eu só chorava agora... Meu pai me apertava ainda mais ao seu corpo – Eu me sinto tão, tão sozinho... – Eu digo num fio de voz fina e embargada por causa do choro.

– Shhh... Você não está sozinho... Nunca esteve de verdade... E nunca vai ficar se depender de mim... – Ele diz e me aperta no abraço. – Eu lembro que quando você era criança eu beijava o topo da sua cabeça quando você ficava triste... Agora o meu pequeno Felps cresceu e virou esse homão que você é... – Ele diz e eu rio no meio do abraço – Eu sei Felipe, que a sua mãe tinha muito orgulho de você... – Ele diz e eu assinto com a cabeça na curvatura do pescoço dele...

De repente o tempo muda e a chuva começa a cair devagar por cima de nós nos forçando a nos separar do abraço.

– Acho melhor voltarmos ao internato... Não quero que peguem um resfriado... – Ele diz e começa a me guiar até o carro dele. Rafael até agora não havia se pronunciado. Ele estava com lágrimas nos olhos ao nos ver. Enquanto o meu pai entrava no carro eu chego no ouvido dele.

– Obrigado, Rafa... – Eu digo e o abraço de lado antes de entrar no carro.

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– E basicamente foi isso que aconteceu naquela tarde... Seu tio Cellbit, eu e meu pai voltamos de carro... – Felps diz relaxando as costas no sofá.

– Mas tem algo que você não sabe que aconteceu dentro daquele carro, Fê... – Cellbit diz enquanto toma outro copo de café.

– É mesmo? – Felps diz enquanto ergue uma das sobrancelhas.

– Sim... O dia havia sido cansativo o suficiente pra todos naquela hora, e dentro do carro aconteceu uma das coisas que eu iria guardar na memória...

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 Ao entrarmos no carro eu e Felps ficamos no banco de trás enquanto o Carlos ligava os motores. Após alguns minutos na estrada, Felps, já com muito sono, se recosta no meu ombro pra dormir... Assim que ele faz isso eu coro com aquela ação, mas deixo-o lá, pois sei que ele estava bem cansado...

– Vocês namoram ou coisa parecida? – Carlos, me olhando pelo retrovisor, pergunta me fazendo corar.

– N-Não... A gente já ficou uma vez, mas não namoramos... – Eu digo meio envergonhado, afinal eu estava falando pra ele que eu e o filho dele já transamos...

– Entendi... E você gosta dele? – ele diz sem a menor vergonha.

– Sim... Seu filho é um dos melhores caras que eu já conheci... – Eu digo com um sorriso involuntário no rosto – Ele é amável, carinhoso, prestativo, altruísta... É um ótimo garoto... – Eu digo e ele sorri.

– E por que vocês não namoram se já ficaram? – Ele diz e eu olho pra janela.

– Ele não gosta de mim igualmente... Você o ouviu no cemitério “Eu perdi a única pessoa que eu amei de verdade na minha vida”... O que significa que ele não sente o mesmo por mim... – Eu digo já desesperançoso... Ele encara o rosto cansado de Felps e volta a me olhar.

 

–Bem... Sabe o que dizem por aí... A esperança é a última que morre... 



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