História Mitw- How I Met Your Father... - Yellow Pt. 2 - Mixed Thougths Of A Confusing Point...

 – Crianças, eu quando era criança não era muito fã de surpresas. Sempre dava um jeito de descobrir as coisas por mim mesmo por não gostar de ser surpreendido. E se tinha algo que me intrigava era quando alguém me escondia alguma coisa... Seu tio Felps estava estranho como nunca esteva comigo antes, e eu sabia que precisava dar um jeito de descobrir o que havia acontecido, custe o que custar...

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Aquele miserável, filho da puta, descarado, mau caráter!

Eu estava sentado na quadra da escola enquanto encarava a flor que o Felps havia me dado dez minutos atrás... Eu realmente acreditei que ele estava arrependido e que queria passar mais tempo comigo... Mas na primeira oportunidade aquele vagabundo me largou pra falar com aquela menina...

Mas quem será ela? Será alguém importante na vida dele? Talvez... Uma ex-ficante quem sabe... Uma atual ficante? AAAAHHH são muitas dúvidas e poucas respostas!

Mas isso não vai ficar assim. Eu não deixo pedra sobre pedra quando tenho um mistério em mãos. É hora de investigar esse menino e descobrir o que houve... O Detetive Lange está no caso...

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– Você era meio doido, né não, Cell? – Mike diz cortando a narrativa e fazendo os outros rirem.

– Pode até parecer loucura, mas o Cell desde criança é assim. Ele adorava desvendar mistérios, enigmas e tudo que envolvesse uma pergunta intrigante. Por isso que eu nunca jogava detetive com ele, ele descobria o assassino em três rodadas! Só de olhar pra nossa cara ele já sabia quem era... – Pac sorri pro irmão que dá de ombros.

– Eu não tenho culpa se vocês tinham cara de culpados... – Ele diz Felps o abraça de lado.

– Eu tive muito trabalho pra poder enganar esse loirinho aqui. Ele era muito esperto e quase estraga a minha surpresa, mas naquele momento eu não estava preocupado com isso. Ele havia saído do pátio puto comigo, e eu nem tinha ido atrás dele...

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 – Eu sabia... Adeus Felps... – Ele diz me dando adeus... Me deu adeus de verdade... Meus olhos se enchem de lágrimas e ele sai pela porta da frente. Eu não consegui contar... Eu só queria fazer uma surpresa pra ele...

– Que porra, Felps! – Pac grita do meu lado me acordando do meu transe – Vale tanto a pena assim guardar esse segredo que você prefere perder o Cell a contar pra ele?! – Pac diz me encarando.

– Mas eu não posso contar! Você sabe que eu estive planejando isso há meses! Se eu der pra trás agora tudo vai por água abaixo. – Eu digo e Pac bufa.

– Eu sei, eu sei... Mas o Cell é sensível, ele sabia que tinha algo errado, ele estava desconfiadíssimo de você, mas o Cell não gosta de surpresas assim, ele sempre exagera pra pior! Ele não está pensando que é uma boa surpresa, ele acha que você o está traindo!

– Mas... – Eu não tinha o que dizer – Agora é tarde demais... Não sei como consertar isso, e se não consertar não há nem motivo pra continuar... – Eu sorrio amarelo e me sento no banco. Pac vem e se senta ao meu lado.

– Calma... Pra tudo tem um jeito, só não tem jeito pra morte... Olha, eu vou usar essa raiva que ele está de você a nosso favor, ele já tinha aceitado sair comigo, agora então eu acho que vou conseguir convencê-lo de ir comigo... – Pac diz e eu enxugo uma lágrima que caia do meu olho.

– Ok... Muito obrigado, Pac... Eu nem sei o que eu faria sem você... – Ele sorri e se levanta.

– Você o faz feliz... – Ele diz olhando pro horizonte – E isso me deixa feliz... – Ele sorri pra mim e vai embora.

Meu telefone toca na hora em que ele vai embora, o pego e vejo que é uma mensagem de Lucas.

E então? Que horas vai acontecer?

Ainda não tenho certeza, ocorreram alguns problemas...

Hmm... Mas eu preciso ter uma base pra saber que horas ir.

Ok, ok... Vai umas oito horas, pode ser?

Ok. Oito horas estarei lá...

Bloqueei o telefone e parti na direção da porta do refeitório. Precisava encontrar a melissa pra perguntar sobre as flores.

A encontrei no portão da escola. Cellbit havia ficado cabreiro em relação a ela quando a viu sem eu querer, tive que arrumar uma desculpa pra não levantar suspeitas, mas parece que ele é mais esperto do que parece...

– Melissa! – A chamo enquanto ela estava quase saindo da escola. Ela se vira e ajeita os óculos no rosto.

– Lipe? Aconteceu alguma coisa? – Ela pergunta ao perceber a minha aproximação.

– Não, mas eu precisava confirmar com você sobre as flores. Não deu tempo já que o meu, se Deus quiser, futuro namorado ficou te observando... – Eu digo e ela ri.

– Sim, eu quase senti o raio-laser que ele estava mandando em mim. Mas está tudo confirmado sim. Às oito da noite estará tudo perfeito. Margaridas e rosas. Do jeito que você me pediu... – Ela diz e eu suspiro.

– Graças a Deus, menos uma coisa pra me preocupar. Ela franze o cenho e me observa.

– Está tudo bem? Parece tenso...

– É que... Por causa desse segredo eu temo que eu acabe estragando o meu relacionamento... Estou lutando pra manter isso em segredo, mas... O Cellbit é esperto. Não sei o que ele é capaz de fazer... – Eu digo e ela assente.

– Fica calmo, se concentra em arrumar tudo e seja o que Deus quiser. Não pense demais, senão você não consegue ir em frente – Ela diz e eu assinto. Nos despedimos e eu me viro pra trás. Advinha quem estava a uns quinze metros me encarando com um olhar mortal? Exatamente... O próprio loiro...

Eu tento ir atrás dele. Quero consertar a situação, mas ele se afasta de mim mais rápido do que eu consigo me aproximar, e ficamos nessa caçada até que ele consegue me despistar e me deixa a ver navios...

– Meu Deus... Ele é rápido pra cacete... – Eu digo decido trocar de tática. Pego meu telefone. Eu precisava ligar pra um amigo.

–Alô? Felps?

– Oi, sou eu sim. Olha, mudança de planos. Preciso que me faça um favor...

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– É, é o poder da raiva que me fez ficar mais rápido. – Cellbit diz fazendo Felps rir – Eu vi a cena de longe do senhor Felps conversando com aquela menina. A cena pra mim não foi nada reconfortante...

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Aquele miserável!

De novo?! Esfregando aquela garota na minha cara de novo?! Sério?!

Eu consegui despistar o Felipe após ele me seguir por praticamente todos os corredores do meu colégio. Me sentei na escada e comecei a chorar... Chorei até cansar e depois chorei mais um pouco. Aquela região do colégio era deserta, ninguém ia pra lá a não ser que realmente precisasse... Pelo menos era o que eu achava...

– Ah... Com licença? – Um garoto aparece do meu lado me fazendo saltar de susto. Era um garoto meio baixinho, da altura do Thomas, com cabelos meio espetados negros e belos olhos azuis. Ele parecia meio incomodado com a situação em que nos encontrávamos. Ele tinha uma voz meio falhada, parecia um adolescente recém-entrado na puberdade – Eu não quero parecer enxerido, mas... Eu ouvi você chorando... O que houve? – Ele pergunta e se senta do meu lado na escada.

– Ah... Desculpa... É que eu achei que ninguém estaria aqui pra eu incomodar... – Eu digo e vejo-o me encarar.

– Tá tudo bem. Eu venho aqui porque... Bem... – Ele parecia meio receoso de falar o que era.

– Pode me contar. Eu sei guardar segredo... – Eu digo e ele suspira.

– É que eu sofro bullying... – Ele diz e se encosta na grade ao lado da escada – Sou mais novo que os garotos da minha turma e tem um grupo lá que me atormenta... – Ele diz e eu me viro pra ele.

– Por quê?

– Deve ser porque eu tenho uma boa condição financeira... Eles me veem com roupas boas e coisas caras... Vivem pegando no meu pé e até me roubando, às vezes... Esse deve ser o terceiro telefone que me roubam esse ano... Isso aqui está um inferno! – Ele diz e coloca a cabeça entre os braços – Desde então eu me escondo aqui nos corredores vazios... – Ele diz e suspira – Meu nome é Christian... Christian Morningstar... Mas meus amigos me chamam de Chris, qual o seu?

– Lange... Rafael Lange.

– E por que está aqui, Lange Rafael Lange? – Ele pergunta e eu decido desabafar. Não tinha a perder mesmo...

– Estou aqui porque estou me escondendo do meu... – Eu não sabia se devia dizer que eu e o Felps “namorávamos”... Não sabia o que esperar dele – Amigo... Eu e ele somos bem próximos, mas ele parecia estar mais distante de mim do que o considerado normal entre nós. E eu o vi falando com uma pessoa de maneira diferente do normal, sabe? E ele parece ter me trocado por alguém... E eu só quero que ele não venha atrás de mim... – Eu esperei ele falar alguma coisa, mas ele ficou em silêncio.

– Então... Você já parou e conversou com ele? – Esse muleque tá de sacanagem?

– É claro! Eu o pressionei contra a parede pra poder descobrir e...

– Não, não pressionar, conversar... Você sequer ouviu o lado dele?

– Sim. Ele disse que havia entrado um paciente novo no hospital onde ele trabalha, e que por isso precisou se afastar.

– Então aí está a sua resposta.

– Só que o que ele não contava é que eu fui ao hospital e verifiquei se havia alguém novo por lá. E advinha? Ninguém! São as mesmas crianças de antes... Ele está escondendo algo... Eu sinto!

– Bem... Só tem uma maneira de saber com certeza... – Chris diz e eu o encaro vendo-o abrir um sorrisinho – Siga-o... Veja pra onde ele vai e vá atrás dele... E aí você vai descobrir... – Eu ia discordar, mas me pareceu uma boa ideia de repente.

– Caramba... Eu nem pensei nisso... Eu vou fazer. Vou seguí-lo e vou descobrir de uma vez por todas o que ele está escondendo... – Eu digo e ele se levanta.

– Bem. O sinal está pra bater. Tenho que ir, é melhor chegar na sala antes dos outros. Até mais Lange Rafael Lange... – Ele diz e eu o chamo novamente.

– Espera! – Ele se vira pra mim – Você vai ficar bem? – Eu pergunto ele sorri.

– Vou sim, é preciso mais que isso pra me derrubar... – Ele diz e sai andando.

Esse garoto é muito estranho... Ele surge do nada e vai embora do nada...

Agora eu preciso me concentrar. Tenho que descobrir pra onde o felps vai e vou desmascará-lo de uma vez por todas!

Me aguarde senhor Felipe... Você mexeu com o Lange errado...