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História Mixed Feelings - Confusion


Escrita por: Liliyth

Notas do Autor


Comecei a jogar Overwatch recentemente, e o jogo é simplesmente incrível! Depois de um tempo, resolvi criar uma história, e eis aqui minha criação! Espero que goste!
(tenho uma tendência desagradável a demorar em atualizar histórias, perdão desde já)

Capítulo 1 - Confusion


Fanfic / Fanfiction Mixed Feelings - Confusion

 

- Por que? - Tracer berrou a plenos pulmões. - Por que você fez isso? - A britânica estava completamente desesperada, suas mãos tremiam, enquanto mal conseguia segurar a assassina. 

Widowmaker poderia ter lutado facilmente contra a situação, mas não o fez, poderia ter atirado a mais nova edifício à baixo, poderia ter tirado a faca de sua bota, poderia tê-la matado, mas não o fez. Algo começou a borbulhar dentro de si, um novo sentimento, uma nova sensação. Um calafrio percorreu o corpo azulado, enquanto fitava a britânica profundamente, fitava os belos olhos cor de avelã.

A mais velha abriu e fechou a boca várias vezes, tentando produzir algum som, tentando encontrar as palavras, mas não foi capaz. O desespero nos olhos de Tracer era gritante. A garota sabia que com a morte de Mondatta, o próximo passo seria a crise ômnica, sua morte ainda não havia sido digerida, e provavelmente nunca iria.

Som algum escaparia da boca de Widowmaker, o novo sentimento havia domado o espírito assassino por um breve momento, sua mente havia se tornado completamente alvoroçada, enquanto ela buscava explicações para esse novo sentimento que a confundia.

Tracer abriu os lábios, mas antes que o som escapasse, um avião de batalha apareceu do outro lado do edifício, a lanterna do mesmo rodava o teto da construção, antes de parar em ambas as garotas.

Widowmaker chacoalhou a cabeça, enviando a nova sensação e a confusão para um canto escuro de sua mente, mesmo sabendo que não era possível esconder aquilo por muito tempo. Mas Talon não poderia saber de nada, não poderia descobrir uma fraqueza na arma perfeita, caso isso acontecesse, a morte seria o destino mais provável para ela.

Widowmaker se aproveitou da situação, tendo em vista que o avião também chamou a atenção de Tracer, que virou o olhar para trás. A mulher de pele azulada puxou a britânica pelo colarinho do uniforme e as arrastou para a beirada do prédio, seus olhares se cruzaram no meio da queda por alguns segundos. A assassina vira a surpresa estampada no rosto da britânica, enquanto lágrimas rolavam de seus olhos, para serem paradas pelos óculos. Seus rostos estavam a milímetros de distância, Widowmaker via cada sarda no rosto da britânica, ela sentia a respiração da mesma em sua pele e sentia o calor que seu corpo, numa distância perigosa, produzia. Esse momento foi interrompido assim que os corpos se chocaram contra o lado do edifício.

O corpo de Tracer se chocou contra o concreto, enquanto um gemido de dor escapou como vento de seus lábios. Widowmaker ouviu um estalo dolorido, mas não sabia se era o dispositivo de Tracer ou se eram algumas costelas, talvez até mesmo os dois. O impacto reduziu a força com que Widowmaker segurava a britânica, a assassina de pele azulada viu a morena cair diversos andares, para apenas se chocar contra uma casa menor com um som estrondoso que mandou dezenas de faíscas do acelerador de Tracer pro ar.

Widowmaker estava dependurada no ar,  seus olhos fixados no corpo caído de Tracer. Widowmaker não sentiu a satisfação do abate, e o sentimento estranho de antes retornou. Ela virou o olhar para cima, e confessou para seu cérebro que parar de olhar para a morena foi mais difícil do que ela gostaria. Já no topo, o avião abriu a porta de carga. Ela virou seu olhar uma vez mais para trás, pra ver apenas parte do corpo de Tracer se levantar. A britânica sofria. Widowmaker sabia disso.

Assim que adentrou o avião, uma voz profunda e grave a chamou. Reaper estava encostado contra a porta do quarto da assassina, esperando sua aproximação. A mulher de pele azulada forçou uma paz assustadora para dentro de si mesma, empurrando aqueles sentimentos estranhos ainda mais para o fundo, se eles descobrissem que ela sentia algo novo, provavelmente matariam-na.

- Bom trabalho lá embaixo. - A voz grave e penetrante lhe chamou a atenção. - Escreva seu relatório, e se prepare para uma próxima missão.

- Oui. - Widowmaker sabia que nunca precisava se preparar pra uma missão, mas usaria esse tempo de descanso para tratar do que lhe afligia; seus novos, belos e confusos sentimentos. Ela entrou em seu quarto, sua cabeça começou a doer, a mulher de pele azulada se convenceu de que precisava de um banho.

Ela derrubou o apertado uniforme no chão, entrou no chuveiro e se sentou no piso, enquanto a água fria, como sempre, corria por seu corpo. Tudo que ela conseguia pensar era no rosto triste de Tracer. A pequena britânica havia enfiado um terrível sentimento dentro dela, Widowmaker não sabia dizer precisamente o que era, mas já detestava aquilo. Ela tentou pensar em algo de ruim sobre Tracer, e tudo que conseguia apontar era o sotaque britânico. Aquilo lhe irritava muito. Mas de qualquer forma, seus pensamentos sempre voltavam à britânica. Mesmo que aquela sensação fosse nova, ela já se sentia familiar com isso, mesmo não sabendo dizer exatamente o motivo.

Widowmaker pensou estar ficando louca, seria ela a única se sentindo daquela forma? Estaria Tracer sentindo a mesma coisa? Como e por que ela se sentiria assim do nada? Nada disso fazia sentido para ela.

(...)

O corpo de Tracer doía, ela não tinha idéia do que havia quebrado, poderia ser tanto o acelerador, como algumas costelas. Ela tentou usar as mãos para parar a dor, mas obviamente não funcionou. Assim que conseguiu ficar de pé, atendeu a chamada de Winston.

- Tracer? Cade você? Ta tudo bem? - o desespero era constante na voz de seu amigo.

Tracer tentou responder da melhor forma possível, mas sua voz quebrava devido à dor.

- E-Eu n-não consegui, W-Winston... E-Eu n-não salvei e-ele. 

Winston estava nervoso, queria compreender o que se passava, mas o tempo corria muito depressa.

- Você consegue chegar até o ponto de resgate? - ele perguntou.

- A-acho que sim. - ela murmurou em um sentimento profundo de dor.

Mas... por que ela estava viva? Widowmaker poderia tê-la matado facilmente. Ela sabia disso assim que pulara pra cima da mulher de pele azulada, ela poderia morrer. Mas ela não o fez. Tracer estava confusa, e sua mente repetia a mesma pergunta diversas vezes:

" Por que ela não me matou?"

O que Widowmaker queria? Incrimina-la pela morte de Mondatta? Era possível, já que não havia mais ninguém ali. No momento em que ela percebera que poderia ser pega, começou a caminhar para o ponto de resgate. No momento, a britânica mancava, devido a dor, mas ela precisava sair dali.

(...)

Tracer abriu os olhos e se viu numa sala completamente branca, que era bem simples, ela estava repousando sobre uma maca. Uma porta levava para fora do quarto, e outra para o banheiro, que possuía uma pia e uma banheira. Ela tentou se levantar, mas seu corpo a impediu, utilizando uma boa dose de dor. Ela estava pelada, mas seu corpo estava quase completamente coberto por bandagens, e caso ela tentasse se mover, seu corpo a impediria com dor. Winston adentrou o quarto e se surpreendeu ao vê-la acordada.

- Ah, você acordou. - ele se aproximou e ajudou-a a se sentar.

- E você esperava o que, queridinho? Eles não me derrubariam tão facilmente! - Tracer parecia feliz, mesmo tendo quase morrido.

Winston abriu um pequeno sorriso, e não demorou para voltar a um semblante sério.

- Na verdade, fico feliz que tenha se salvado. Você apanhou feio, ainda bem que Mercy estava por aqui.

A Olhos de Avelã fechou os olhos e a imagem de Widowmaker lhe veio a mente. Tracer corou e chamou a atenção de Winston.

- O que foi? - ele perguntou.

- N-nada. - ela olhou para baixo.

Winston olhou profundamente nos olhos de Tracer:

- Olha, Tracer, o que aconteceu com Mondatta não foi culpa sua. - pausa para um suspiro. - Você tentou, e é o máximo que cada um de nós pode fazer.

Ela deu um sorriso pequeno para o amigo, mas logo voltou a olhar pra baixo, bem no fundo, ela estava muito, muito triste.

- Não pense muito nisso por enquanto. E... Tem algo que você queira me dizer? - ele voltou a olhar para ela.

Ela pensou em contar a ele que havia mergulhado no pescoço de Widowmaker, mas ele provavelmente diria o sensato, que aquilo era uma missão suicida. 

- Não, queridinho, não tenho nada por enquanto.

Winston assentiu, sabia que ela mentia, mas não falou absolutamente nada.

- Tudo bem então. - ele disse. - Você só precisa escrever o relatório.

Tracer começou a reclamar, Winston começou a rir.

- Ta, ta, escreve quando você se sentir melhor.

A britânica ficou feliz e começou a sorrir.

- Só não força a barra, Tracer, você tem que descansar pelo menos uma semana antes de voltar ao seu "velho" estilo de vida. - ele saiu da sala deixando a garota sozinha com seus demônios.

Ela se levantou, realizando um tremendo esforço, tentando se esquecer da dor. Sentou na cadeira que estava ao lado da cama e abriu uma gaveta da mesa, tirando alguns arquivos dali. Precisava conhecer mais sobre Widowmaker. Ela tirou um suporte redondo dali, e posicionou sobre a mesa. Pressionou um botão, e um holograma com diversas informações sobre ela apareceu em sua frente.

Nome real: Amélie Lacroix

Codinome: Widowmaker

Idade: ?

Nacionalidade: França, possivelmente.

Ocupação: Assassina

Base de operações: ?

Afiliação: Talon

Altura: 1,75M / 5'9''

Sem mais informações sobre o alvo, senha necessária para mais detalhes.

Tracer desligou o holograma e suspirou profundamente. Ela não conseguia pensar em absolutamente nada que não fosse Widowmaker. Sentimentos estranhos haviam aparecido para com a mulher de pele azulada, Tracer não comprendia esses sentimentos. Ela não entendia o que estava acontecendo com ela, nem mesmo entendia porque não conseguia parar de pensar na assassina. Mas mesmo assim, também não entendia o motivo de estar viva, por que Widowmaker não a matou? Por que ela estava viva? Tracer estava confusa, seus sentimentos estavam misturados, e sua cabeça começou a doer ainda mais, ela resolveu tomar um banho para ver se isso melhorava.

Ela ligou a banheira e esperou a água estar boa para ela, Tracer precisava relaxar. A Olhos de Avelã colocou sua cabeça contra a borda da banheira e começou a pensar em Widowmaker, ou melhor ainda, Amélie. A morena tinha que perguntar a Winston o motivo de haver informações secretas sobre os inimigos. Tracer percebeu que estava pensando muito em Widowmaker, seus sentimentos borbulhavam dentro de si, mesmo que quisesse, ela não conseguia decidir o que era aquilo.

(...)

A assassina de pele azulada estava sentada, ela procurava informações sobre seus inimigos, ou seja, Tracer.

Nome real: Lena Oxton

Codinome: Tracer

Idade: 20-30

Nacionalidade: Inglesa

Ocupação: Aventureira 

Base de operações: Londres, Inglaterra

Afiliação: Ex-agente da Overwatch

Altura: 1,62M / 5'4" 

Era basicamente isso que ela sabia sobre Tracer, pouco conhecia ela sobre a britânica, por isso decidiu que a observaria, pra descobrir mais sobre a garota. Reaper atravessou a parede e viu ela lendo os arquivos de Tracer.

- Por que você tá tão interessada nessa garota? - ele se apoiou na parede e sua voz penetrante ecoou pelo quarto. - O que ela fez com você?

- Não importa. - Seu sotaque francês era extremamente perfeito e lindo. - Qual é meu próximo alvo?

Ele olhou profundamente em seus olhos amarelos, sabia que havia algo diferente nela, não sabia dizer o que era, mas sabia que algo havia mudado, mas simplesmente ignorou.

- É um traficante de armas brasileiro. - ela pegou sua sniper e saiu do quarto, seguida por Reaper. - Ele fica no Rio de Janeiro. Não deve ser um problema, na realidade deve ser muito fácil. Ele fica na área do Lúcio, por isso eu sugiro um pouco de cuidado.

Ela ignorou o conselho de Reaper e foi preparar sua mente para a próxima missão, mesmo sabendo que seu cérebro não pensava em nada além de Tracer.

(...)

Tracer precisava falar com Winston. Ela não estava segura com seu sentimentos para com Widowmaker. Ela poderia até ter assassinado Mondatta, mas Tracer não conseguia tira-la de seus pensamentos, e sequer conseguia odia-la, por mais loucura que possa parecer, os sentimentos de Tracer estavam misturados. 

Ela viu Winston concertando seu acelerador.

- Winston?

- Hmm?

- Eu preciso falar com você. - ele virou seu olhar para a britânica. - Eu não contei toda a verdade no meu relatório. - ela olhou para baixo.

- Pode me dizer o que for, Tracer, ainda vou estar do seu lado.

Ela se sentou no chão, próxima a ele, e olhou para baixo.

- Eu... Eu poderia ter morrido. - ele olhou para baixo, focando seu olhar nela. - Eu pulei pra cima dela... A gente ficou cara a cara, ela poderia ter facilmente me matado, mas... mas ela não o fez. - Winston continuou trabalhando no acelerador. 

- Você fez algo muito perigoso, Tracer. - ele disse calmamente. - Mas isso pode significar algo, talvez você tenha atingido Amélie.

Nesse momento, Tracer se lembrou de que tinha que perguntar a Winston sobre os arquivos de Widowmaker.

- Winston, por que temos informações secretas sobre ela?

Ela abriu um pequeno sorriso.

- Acho que não tem motivo pra esconder isso. - ele voltou a olhar para ela. - Você se lembra de Gérard Lacroix?

- Sim! Ele era um agente da Overwatch, né?! - Tracer respondeu, animada.

- Isso. Amélie era casada com Gérard, aparentemente. Mas, do nada, ela desapareceu, pra apenas aparecer tempo depois. - ele pausou por um instante. - Aparentemente, tudo estava normal, mas duas semanas depois, Amélie matou Gérard, e desapareceu. - ele murmurou. - Por isso achamos que Amélie é Widowamaker.

Tracer ouviu tudo, atentamente, sem dizer uma palavra sequer. Ela estava confusa e surpresa ao mesmo tempo.

- Valeu por falar comigo, Winston!

Ela abraçou seu amigo e pegou seu acelerador de volta.

- Não se esqueça, Tracer, não força a barra! Acabei de consertar seu acelerador, cuidado. - ele disse.

- Aye!

Tracer correu para seu quarto e se vestiu. Ela estava decidida a ajudar Widowmaker.

 

 

 

 



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