[...]
Me recuperei super bem da cirurgia, nunca cheguei a conversar com o Sam sobre tudo o que ouvi, falei com o Jack e chegamos no acordo de ficar numa boa, até porque nos víamos toda semana, por causa dos meninos.
Depois do término dramático do nosso namoro de quase um ano, meu acidente, e tudo mais, decidi me acalmar um pouco das festas e viagens e tal. Foquei mais em tentar decidir a faculdade a fazer, nesses dois meses que eu fiquei me recuperando da cirurgia.
Sam seguiu em frente e começou a sair com uma garota, que era super legal, mas me irritava toda vez que estava no mesmo ambiente que eu. Ela tinha essa cisma de que eu não gostava dela.
- Cheguei, galera. - falei entrando na casa acompanhada da Bruna.
- Nossa, achei que vocês tinham desistido de nós. - Johnson disse indo até a Bruna e dando um selinho nela.
- Nunca. - falei sorrindo e fui até a sala e sentei com as meninas.
- Então, aí eu e o Sam fomos lá, mas a garota deu um bolo na gente.
- Então, aí eu e o Sam fomos lá, mas a garota deu um bolo na gente. - a imitei fazendo voz fina e uma careta.
- Coitada, Kat. - Amanda riu.
- Ela me irrita. - falei e fui até a cozinha da casa dos Jacks.
Peguei um copo e coloquei um shot de vodca que eu bebi.
- Adorei a imitação. - Sam disse me observando beber.
- Gostou? Também achei que ficou bem parecido.
- Qual é a sua, Katherine? - perguntou rindo.
- Nada, ué. Só to de mau humor.
- Você não gosta da Amy, né?
- Eu gosto dela, ela é uma fofa, mas me irrita. Mas eu não queria que você soubesse, porque você é namorado dela.
- Todo mundo já percebeu que você não gosta dela.
- Não é isso.
- Então o que é?
- Eu sei lá. - suspirei - Você pode me levar pra casa depois daqui? Eu vim com a Bruna e ela vai dormir aqui.
- A Amy vai.
- Então esquece. - tentei sair da cozinha, mas ele me segurou.
- Eu te levo. A casa dela é aqui do lado, eu deixo ela e depois te levo.
A noite foi super agradável, menos pelo fato de a namorada do Sam estar lá.
- Tchau, gente. A gente se fala. - falei saindo da casa e indo até o carro do Sam.
- E aí, Kat? Já decidiu a faculdade que vai fazer? - Amy começou uma conversa.
- Não exatamente, to entre direito e artes plásticas.
- Por que não artes cênicas ou música? - Sam - Você canta e ama atuar.
- Tive que eliminar pra poder chegar num curso só. - ri fraco.
- Sam me contou que você e o Jack já namoraram. - disse e eu encarei Sam pelo retrovisor.
- É. - suspirei de raiva, tentando não voar no pescoço do Sam.
- Mas vocês se dão super bem, né?
- Sim.
- E por que acabou?
- Ah, ele não te contou? - ela negou com a cabeça - Peguei ele na cama com outra.
- Oh. - ela disse toda envergonhada - Me desculpa.
- E depois eu sofri um acidente de carro.
- Er...
- Mas eu to bem agora. - falei me segurando para não berrar na cara do Sam.
Ele estacionou, levou a namorada até a porta e voltou para o carro para me levar.
- Vem pra frente. - falou e eu bufei, mas fui.
Fiquei em silêncio pela maior parte do caminho e quando ele falava algo eu só respondia com um "uhum" furioso.
- Samuel, essa não é a minha casa.
- É a minha. - disse descendo do carro.
- Me leva pra minha casa!
- Não até a gente conversar.
- Sobre o que? - perguntei descendo do carro e parando na porta indignada.
- Eu não fiz por mal. Sei que você ficou puta que eu contei pra Amy sobre você e o Jack.
- Foda-se se você fez por bem ou por mal. Me leva pra casa.
- Depois que a gente conversar. - cruzou os braços. Bati a porta do carro e entrei. Ele subiu para o quarto dele e eu o segui.
- O que é?
- Por que você tá com tanto ciúmes dela?
- Não to com ciúmes.
- Ah, claro que não. - olhei para ele indignada.
- Quer saber o por quê, Sam? - ele cruzou os braços - Porque você fez todo aquele discurso no hospital e dois dias depois tava lá se agarrando com a Amy. Disse que a gente se beijou e foi o melhor beijo da sua vida e toda essa bosta, mas que aparentemente não significou merda nenhuma. Você disse que gostava de mim, mas seguiu em frente bem rápido, não acha?
- E você queria que eu continuasse me iludindo e continuasse sendo trouxa por você? - riu.
- Eu nunca disse isso e nunca disse que você tava sendo trouxa, seu babaca. - falei empurrando ele pelo peito - E esquece. Eu dou meu jeito de ir pra casa. - abri a porta do quarto, mas ele fechou antes que eu pudesse sair.
Me virou com tudo pela cintura e me beijou. Abraçou minha cintura e eu, o pescoço dele.
***
Acordei com o sol na minha cara e levantei para fechar. Cacei minhas roupas no quarto, me vesti, juntei minhas coisas e desci no maior silêncio.
Vi as trocentas mensagens do Dylan e bloqueei o celular.
Peguei um táxi até a casa dos Jacks, porque não achava as minhas chaves e fui procurar lá.
A porta estava aberta e eu simplesmente entrei, já que era muito cedo e provavelmente ninguém estava acordado.
- Kat? - ouvi uma voz vindo da escada - O que você tá fazendo aqui?
- Perdi minha chave. - disse virando para ele e dando de cara com o Jack sem camisa.
- Ah, tá aqui. - disse indo até a mesa de centro e me entregando a chave - Como você entrou na sua casa?
- Eu acabei dormindo na casa do Sam. - falei.
- Quer que eu te leve pra casa?
- Não precisa, eu vou de táxi. Tá cedo, você deve querer dormir.
- Claro que não. Vou buscar uma camisa e já te levo. - disse correndo escadas a cima.
Dirigiu até a minha casa e me deixou por lá.
- Então, eu vou num jogo do Mariners hoje, e eu sei que você ama baseball. Quer ir comigo?
- Usar os Mariners é jogo baixo. - falei rindo - Você sabe que eu amo Seattle. - ele sorriu - Eu vou.
- Passo pra te buscar às 4?
- Tá ótimo. Valeu. - sorri e desci do carro. Acenei e entrei em casa.
- Onde caralhas você tava? - Dylan.
- Olha a boca. A Mel tá na sala. - papai disse.
- Acabei dormindo na casa do Sam. - sentei ao lado do Gray na mesa - E depois tive que passar na casa dos Jacks porque tinha esquecido minha chave lá.
- E quais são os planos pra hoje? - papai perguntou lendo o jornal.
- Vou no jogo do Mariners.
- Com quem? - Mel perguntou.
- Com o Jack.
- Ah, sério? - Dylan me olhou indignado.
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