Já haviam passado 3 horas des de a morte do CEO,e desde que estavamos na estrada.
Recebo uma ligação.
- Sim?
- Como das outras vezes,você conseguiu... Eu sei que posso contar com você. Não é?
- Claro,pode contar comigo. - Olho para o lado, s/n dormia tão tranquilamente, eu não queria a acordar. - Precisa de mais alguma coisa?
- Não, você já está embarcando?
- Vai... Demorar um pouco.
- Certo. Estarei te esperando, mas não demore muito. - Desliga.
Olho para S/N, e a mesma me encarava com um semblante cansado.
Sua roupa ainda estava manchada de sangue,seu cabelo estava bagunçado,e seu rosto inchado de tanto chorar.
- Finalmente acordou. - Ela não parava de me encarar. - Está com fome? - Olho para a mesma, mas ela não responde. - Precisamos trocar essa sua roupa, as pessoas irão ver.
- Você é uma gangster? - Olho para ela novamente,e ri.
- O quê? Gangster? - Assente.
- Assasina de aluguel? - Suspiro.
- Você não precisa saber nada sobre mim. - Me concentro novamente na estrada.
- Podemos parar? Preciso ir ao banheiro.
- Podemos, mas se estiver pensando em fugir,não vai dar certo.
Parei o carro, e então ela me encara.
- Pode me soltar? - Levanta seus pulsos.
- Espere aqui. - Saio do carro e abro a porta passageiro.
Desatei a corda e então ela sai do carro.
- Vamos. - A acompanho até o banheiro,e fecho a porta do mesmo.
- Pegue. - Entrego uma trouxa de roupas para ela. - Troque de roupa.
S/N entra no banheiro, e depois de alguns minutos a mesma sai.
- Fique parada... - Pego um papel e o molho com água. - Seu rosto tem um pouco de sangue. - Limpo o mesmo.
Eu estava bem perto dela. Sua pele era tão lisa,e macia... Sua boca estava tão perto da minha...
- Pronto. - Ela se olha no espelho, arruma o cabelo e suspira. - O que há de errado?
- Estou uma bagunça.
- Você está linda. - A mesma olha para baixo e sorri. - Vamos? - Assente.
- Antes eu... Poderia ir até a loja de conveniência? Estou com muita fome.
- Estarei te esperando no carro,e nem tente pedir ajuda,se não eu te tranco no porta-malas.
- C-certo. - Saímos do banheiro e a mesma vai até a loja,e eu entro no carro,observando cada passo seu.
Ela pega algo e então vai até o caixa. Parecia estar escrevendo alguma coisa
. O funcionário da loja olha para o carro. Algo estava acontecendo.
Desço do carro e então S/N sai correndo pela outra porta.
- Droga... - Dou a volta na loja e a vejo correndo.
Destravo a arma e atiro para longe. A mesma olha para trás e arregala os olhos.
- É melhor ficar parada! - Me aproximo. - O que você tinha na cabeça?
- Eu tinha que tentar... Você tem bons reflexos,não é?
- Está me testando? Espero que não... Você não quer morrer jovem,quer?
- Não.
- Então vá andando até o carro,devagar. - Ela faz o mesmo, e amarro seus pulsos novamente. - Não tente nada.
...
De novo essa sensação... Sinto como se alguém estivesse na minha sombra,estivesse me observando de longe.
- Droga. - Olho pelo retrovisor,e vejo um carro.
- O que houve? - Pergunta.
- Vá para o banco de trás, e se abaixe.
- Porque? Está acontecendo alguma coisa?
- Faz o que eu estou falando! - Ela se assusta com o meu tom de voz. O carro estava praticamente ao meu lado,e acelerava cada vez mais.
- Se abaixe! - Um homem abre a janela e atira no meu carro. Pego minha arma e atiro, tento atirar no homem mas o mesmo atira em meu peito. - Droga!
Acelero o carro e então atiro em seu pneu. Suspiro.
Minha respiração estava pesada,e eu não conseguia ver a estrada.
- Ele te acertou! Pare o carro!
- Ainda não, não posso parar. - Sinto que estava perdendo os sentidos.
- Precisamos ir até um hospital, eu dirigo,vamos... - Paro o carro e encaro a mesma.
- Não posso. Me escute,você vai ter que fazer isso.
- E-eu não sei se consigo.
- Você consegue.
- E-eu só uma estagiária... Eu... - Seguro seus ombros.
- Se não fizer isso,nós duas iremos morrer. - Me movo até o banco de trás. - Ah! - Eu queria gritar agora.
- Certo,certo. - S/N começa a dirigir o carro. - Aguente firme,estamos chegando.
...
Estava frio,minha pele congelava,e eu não conseguia ver nada. Eu finalmente morri?
- Ei,preciso que fique acordada. Está me ouvindo?- Assenti. - Não se mexa. - A mesma rasga minha blusa. - Isso vai doer,mas você precisa ser forte.
Ela pressiona a blusa no sangramento,e depois passa algo no mesmo.
- Aguente mais um pouco... - Ela pega uma pinça. - Você teve sorte,não foi muito fundo. - Ela tirava a bala do meu peito,como se estivesse rasgando minha pele. - A pior parte já foi,agora,vamos ter que costurar isso aqui.
- Anda logo com isso. - Fecho os olhos,e sinto a agulha entrar em minha pele.
- Está pronto. Como se sente?
- Sinto que vou morrer.
- Teria ficado melhor se fosse ao hospital. Mas você vai ficar bem.
- Não tem ninguém nos seguindo?
- Não, pode ficar tranquila, estamos seguras por inquanto.
- Obrigada. - Ela sorri.
- Por nada... - Tento me levantar. - Ei,você não está completamente curada!
- Fique quieta. - A encaro. - Porque me ajudou? Poderia ter me deixado morrer, e ter escapado.
- Eu não seria humana se te deixasse para morrer.
- Perdeu sua chance de escapar.
- Para falar a verdade... A minha vida era um saco,eu ficava horas e horas naquele maldito escritório... - Ela encosta na porta,e suspira. - A minha vida não tinha nada de mais até agora.
- Você não está com medo? Eu poderia te matar agora mesmo.
- Bom... Você não me matou até agora.
- É verdade, talvez eu não queira te matar. - Ela sorri. - Eu gosto quando faz isso.
- Faço o que?
- Me olha assim... Me faz querer pensar duas vezes. - Encaro seus lábios. - Ascende algo dentro de mim....- Vou até ela. - Algo que não posso controlar.
- Então não pense em nada.
Ataco seus lábios,pego em seu cabelo e o aperto em minha mão,seguro sua cintura e a trago para mais perto.
- Bem vinda ao meu mundo, baby.
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