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História Monster - Coffee makes everything better.


Escrita por: taekxing

Notas do Autor


Olá, todo mundo.

Desculpem pela demora, de verdade. Eu entrei em hiatus, não estou escrevendo nada no momento e nem ia postar esse capítulo, mas decidi me livrar de tudo que tenho pronto para fazer minha devida pausa e descansar um pouco.

Meu psicológico não anda muito legais e preciso tirar um tempo para mim. Não sei quanto tempo, mas okay.

Também não sei se vou postar o próximo capítulo. Tenho de ver ainda, mas por hora, quero que aproveitem esta atualização. Muito obrigada pelo apoio e pela compreensão ❤

Capítulo 6 - Coffee makes everything better.


Fanfic / Fanfiction Monster - Coffee makes everything better.

A porta do elevador se abriu então saímos e fiquei um pouco impressionada com o tamanho. O décimo andar era dividido em dois andares – confuso, eu sei – mas só dava para chegar na parte superior utilizando uma enorme escada. O 2° piso parecia com uma mini biblioteca e o 1° era um sonho. Cheio de videogames, televisões e máquinas de café. Além de tudo isso, havia um piano marrom maravilhoso no canto, que eu fiquei encantada. Sempre me fascinei por instrumentos musicais, principalmente pelo piano.

Ravi percebeu minha lerdeza, parada no meio do salão observando tudo, então segurou delicadamente meu pulso esquerdo e começou a me guiar na direção da escada. Subimos e logo de cara avistamos o Hakyeon jogado numa poltrona, lendo um livro. Ele parecia bem calmo e entretido, o que me fez sentir mal. Ravi ia contar tudo que tinha acontecido e ele ia ter que ir lá resolver, assim parando de relaxar lendo seu livro.

Continuamos nos aproximando sem que ele notasse – ou como se não estivesse interessado em nos olhar porque sabia que lá vinha problema – até que o Hakyeon finalmente olhou. Sua expressão serena logo sumiu, dando lugar a uma confusa.

— Por que vocês já estão aqui enchendo meu saco? –Ele perguntou e eu até quis rir, mas me segurei. Agora não é hora de rir.

— Aconte...

— Jihyun, por que parece que você viu um fantasma? O que houve? –Hakyeon interrompeu o Ravi antes que ele pudesse explicar e se levantou da poltrona, largando o livro sobre a mesma.

— A Jihy...

— Por que vocês estão cansados desse jeito? Correram?

— ME DEIXA FALAR, CARALHO! –Ravi gritou, nervoso por ter sido interrompido novamente. Ele ainda segurava meu pulso e apertou com um pouco de força – quando digo um pouco, quero dizer muita – e eu quase chorei de dor, mas fiquei na minha. Suspirei tentando controlar a vontade de chorar, aí ele notou o que tinha feito, pediu desculpas e largou meu braço, logo se virando para Hakyeon novamente.

— Olha, você me respeita! Eu sou seu hyung.

— Ok, mas deixa eu falar! A Jihyun irritou o Leo hyung, agora ele está 300% puto. Tentou atacar ela e tudo mais. O Ken hyung ficou lá embaixo tentando controlar ele e nós dois viemos correndo tentando fugir dele.

Hakyeon ficou estático nos encarando, até que revirou os olhos e apoiou os punhos na cintura. Ele parecia revoltado.

— Mas que droga! Eu sabia que minha paz e sossego não iam durar muito. Eu vou lá resolver.

— Tá, mas e a gente? –Ravi perguntou enquanto eu meio que me escondia atrás dele, com vergonha.

— Você não estava ajudando a Hwayoung?

— Estava mas...

— Então volte. Mas antes, deixe a Jihyun no antigo apartamento do Haejin.

De repente, o clima ficou estranho. Ravi arregalou os olhos e ficou encarando, visivelmente perturbado, o Hakyeon.

— Você... tem certeza disso? –Perguntou pausadamente.

Ele parecia... assustado?

— Sim. Ela vai ficar mais confortável lá.

— Ok... –Ravi ia dizendo, mas foi interrompido por um toque de celular. O mais engraçado era que a música era de um girlgroup de k-pop. Não me recordo o nome do grupo, mas lembro da música por já ter ouvido-a muitas vezes. Eu e Ravi começamos a rir.

— Haha engraçado, vamos todos rir do Hakyeon, haha. –Hakyeon riu forçadamente antes de atender o celular e fazer uma careta. –Estou com ele sim, se acalme... Ok, ok, calma.

O moreno ofereceu o celular ao Ravi, que o pegou sem entender e colocou na orelha. Eu estava logo atrás dele, por isso pude ouvir os gritos da Hwayoung do outro lado da linha. Ela estava ordenando que ele voltasse no mesmo instante para ajudá-la. Ri tanto que cheguei a ficar sem ar.

A conversa não foi muito longa. Logo Ravi devolveu o celular ao Hakyeon e o encarou com carinha de cachorro pidão.

— Não!

— Por favor, hyung! Eu preciso voltar para ajudar a Hwayoung senão ela vai me bater! Leva a Jihyun, por favor.

Ravi tentava jogar toda sua fofura para cima do outro, que cruzava os braços e o encarava com desdém. Minha barriga já doía de tanto rir, eu estava prestes a passar mal.

— Eu tenho que ir ver o Leo!

— Hyung... faz esse favorzinho para o seu dongsaeng amado?

—... Vai, criatura. Some! –Hakyeon ordenou e Ravi saiu pulando e rindo.

— Obrigado! Te amo, N hyung! Até mais, Jihyun-ssi.

Ele saiu correndo, descendo a escada todo feliz pelo Hakyeon ter cedido e ficamos apenas nós dois lá, nos encarando.

— Crianças... ok, podemos ir?

— Claro, "N" oppa. –Brinquei e o Hakyeon riu. Eu nem sabia o que significava N, mas eu estava o chamando também. Achei um apelido legal.

— Ah, sabe como são as crianças. Adoram apelidos!

Assenti e começamos a descer a escada. Entramos no elevador e o Hakyeon apertou o botão para o 2° andar.

Confesso que achei estranho ele se referir ao Ravi como criança...

Será que o Hakyeon é tão mais velho assim?

Decidi não perguntar. Logo saímos do elevador e acompanhei ele até o apartamento de número 21. A porta, que estava trancada, foi aberta e nós entramos. O Hakyeon na frente e eu um pouco atrás dele.

Esse apartamento já era diferente dos outros. Logo na entrada havia um corredor com umas portas à frente. 3. Saindo corredor havia uma enorme sala e outra porta. Paramos no corredor, entre a porta e a sala.

— Bom, na primeira porta tem o quarto. Na segunda, a cozinha. Na terceira... bem, é um cômodo inútil, faça o que tiver vontade com ele. Aqui atrás de mim tem o banheiro e aqui ao lado é a sala. Atrás dela tem uma área de serviço, na varanda.

— Por que a cozinha tem porta? –Perguntei fazendo uma expressão de confusão. Quem inventou isso?

Notei que na parede atrás do Hakyeon, havia um quadro. Um quadro bem grande, até. Eram duas pessoas, dois homens. Eles estavam sujos de lama e se abraçavam. Ambos sorriam e era uma foto tão linda... até que notei que um deles se parecia com o Hakyeon. Ele notou que eu estava admirando a foto e olhou para a mesma.

— Sou eu e meu irmão Haejin. Ele morava aqui neste apartamento. Foi o inventor da cozinha com porta. Ele dizia que a cozinha era um comodo como qualquer outro e que precisava de porta também. 

— E para onde ele foi? –Perguntei na inocência, mas tive meu coração partido quando recebi um olhar repleto de lágrimas e um sorriso muito fraco e quase ridículo de tão forçado.

— Eu espero que ele tenha ido para um lugar melhor que aqui.

O irmão dele tinha morrido. Comecei a me sentir muito mal. Na mesma hora, fui até ele e o abracei. Hakyeon retribuiu o abraço, me apertando com bastante força. Cheguei até a perder um pouco o fôlego por causa dela. Ficamos um tempo abraçados, até ele se afastar, limpando as lágrimas que ainda estavam em seus olhos sem serem libertas.

— Bom... tem alimentos no armário da cozinha, Ravi mora no 24 e qualquer coisa tem um telefone com meu número ao lado na sala. Não dá para fugir, se pular da janela, vai morrer. No primeiro andar, tem porteiro. Então, não adianta, ok? Não tente, por favor. Estou sendo gentil e tentando te dar um conforto, mas posso tirá-lo também.

— Tudo bem, não vai ser necessário.

— Ótimo. Então é isso, aqui está as chaves do apartamento. Bem-vinda, Jihyun. –Hakyeon disse e me ofereceu as chaves. Peguei-as e sorri para ele.

— Obrigado. Tenha uma boa tarde... e boa noite.

— Você também. –Ri e ele saiu, me deixando sozinha naquele apartamento imenso.

[...]

Sábado, 08:00 da manhã –

 

Acordei com um barulho estranho na cozinha. Sentei-me na cama numa velocidade incrível e concentrei para tentar ouvir melhor.

Antes que eu pudesse raciocinar direito, um pensamento invadiu minha cabeça e não quis me abandonar. E se fosse o Leo? E se ele ainda quisesse me ferir? Meu corpo inteiro se arrepiou. Já comecei a listar esconderijos nessa casa, mas não ia adiantar muito pelo fato deles terem o olfato super desenvolvido.

Ou seja, eu iria me foder.

Levantei da cama e resolvi ir até lá encarar meu destino, esquecendo o fato de que eu usava apenas um blusão que achei no guarda-roupas do quarto. Fiquei com medo de serem roupas do falecido irmão do Hakyeon, mas o blusão era feminino, então nem liguei.

Abri a porta, saí do quarto e pude ver que a porta da cozinha estava escancarada, diferente de como eu a deixei ontem a noite. Escutei vozes conversando, então me tranquilizei. Mesmo que fosse o Leo, ele não estaria sozinho e eu não morreria. Fui até a porta e me encostei no batente. Ravi e Jaehwan estavam ali. Ravi em pé na frente da pia e Jaehwan sentado no balcão, ambos de costas para mim. Não foi necessário fazer nada, logo os dois olharam para trás ao mesmo tempo, vendo uma eu furiosa de blusão e braços cruzados. Ambos ficaram corados, mas eu nem liguei.

— Bom d-dia! –Ravi disse um pouco envergonhado, mas como se estivesse tudo numa boa, só que não estava.

— Bom dia uma ova, o quê vocês fazem aqui? Deram para desrespeitar a privacidade de uma mocinha?

— N-Não! Nós só viemos te trazer o café da manhã e... –Jaehwan ia explicando mas parou, continuando a encarar minhas pernas de forma nervosa.

— Temos ordens do Hakyeon hyung. Ele quer que nós te ajudemos a pedir desculpas para o Taekwoon hyung. –Ravi disse e eu logo arregalei os olhos indignada.

— Eu pedir desculpas? Ele tentou me matar!

— Porque você é enxerida! Se não tivesse mexido nos documentos dele, nada disso teria acontecido.

— Eu não sou enxerida, apenas curiosa.

— Já ouviu o ditado "a curiosidade matou o gato"? – Jaehwan perguntou – Pois ela quase matou a gata desta vez.

Eles estavam certos, foi realmente um vacilo ter mexido nas coisas do Leo e ele tem todo o direito de ficar bravo comigo mas eu não poderia admitir isso para aqueles dois bobos, então usei a minha maior arma contra o Jaehwan:

Fazer as pessoas se envergonharem.

— Você me acha gata, oppa? –Perguntei ainda cruzando os braços e sorrindo maldosamente. Seu rosto foi ruborizando até estar completamente corado e envergonhado.

— Não é isso... sim! Não... quer dizer... – seu olhar grudou em minhas pernas novamente – su-suas pernas são... sa-saudáveis.

— Pare de encarar minhas pernas! –Mandei fingindo estar brava mas na verdade, para mim, aquilo estava sendo pura diversão.

— Desculpe mas não sou eu que estou andando por aí de blusão mostrando minhas belas pernas.

Nessa hora Ravi, que ainda estava de costas para nós, deu uma gargalhada e Jaehwan ficou ainda mais corado – mesmo que parecesse impossível – percebendo o que tinha dito. Ele virou a cabeça para o lado e começou a brincar com um enfeite de cozinha que também estava sobre o balcão enquanto eu ria e me aproximava de Ravi. O mesmo estava arrumando alimentos em uma bandeja com uma expressão concentrada, mas imaginei que ele estivesse disfarçando o nojo que sentia ao mexer naquilo.

Parei ao seu lado e fiquei o observando arrumar aquilo com tanto carinho e delicadeza. Haviam na bandeja muito arroz, sopas, vegetais e kimchi. Sorri um pouco desajeitada porque ele não tinha noção nenhuma da quantidade, dava para três pessoas desjejuarem tranquilamente e talvez até sobrasse.

— Eu ia levar a bandeja para você no quarto, mas já que está aqui...

— Ah, vocês iam invadir ainda mais minha privacidade? E se eu estivesse nua? –Perguntei utilizando a arma contra ele e funcionou. Ravi também ficou vermelho e apenas me entregou a bandeja sem dizer nada.

— Ela é indecente. –Jaehwan cochichou para o Ravi depois de ser virar no balcão para ficar perto dele. Eu havia me sentado num banco em frente ao balcão, então pude escutar claramente e caí na risada.

— Hey! Eu escutei isso! 

Nós três começamos a rir até qu, e de repente, escutamos passos vindo na nossa direção. Hakyeon estava se aproximando com várias coisas nos braços.

— Bom dia! Que bom que vocês estão de bom humor, principalmente você Jihyun, porque como sempre, o Taekwoon não está.

Na hora que ele disse isso, revirei os olhos e senti toda minha felicidade se esvaindo. Af, eu estou dizendo! Eu vou morrer!

— Hakyeon oppa...

— Não vem com essa de "oppa" não. Já pensou em como vai se desculpar?

— Estamos no fundamental?

— Jihyun! –Ele me repreendeu enquanto colocava as várias coisas que segurava no balcão. Havia muito pó de café, copos e uns cubos de açúcar meio estranhos.

— Não, não pensei...

Hakyeon se virou para Ravi e Jaehwan que o encaravam com cara de crianças abandonadas.

— Eu dei um trabalho pra vocês e...

— ELA ACABOU DE ACORDAR, HYUNG! –Jaehwan interrompeu o mais velho no meio da frase de forma desesperada.

— Tá, tá.... mas saíam da cozinha.

— "Saíam da cozinha" blá blá blá. –Ravi imitou Hakyeon de forma engraçada e debochada, mas ainda assim obedecia, o que me fez rir muito.

— Você também, Jihyun.

— Por que? Só estou aqui tomando café-da-manhã!

— Não me responda. Saía! Eu vou fazer um café para você levar para o Taekwoon.

— Por... – fui perguntar mas o olhar enraivecido do Hakyeon me fez mudar de ideia – ahn... café?

— Só tem três coisas que o Taekwoon ama nesse mundo. Crianças, bichinhos e café. E além do mais... café torna tudo melhor. Então sai que eu não gosto de fazer café com pessoas na cozinha, xô.

— "xô" –Repeti da mesma maneira debochada de Ravi e quase que uma embalagem de pó de café voou em mim, mas o Hakyeon se controlou.

 



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