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História Monster - Bikaku


Escrita por: taekxing

Notas do Autor


Oi galera!!!!!!!!!

Trazendo mais um cap por chantagem da @AnnelisePierrot , essa demonia. Desculpa pela demora, eu não tava muito bem por causa do Jjong, mas agora eu tô bem. Espero que gostem desse capítulo feito com muito amorzinho. Obrigada por todo o apoio. Fighting 💪💝

Capítulo 8 - Bikaku


Fanfic / Fanfiction Monster - Bikaku

O tal Hongbin me olhou um pouco confuso, mas logo sorriu. Ele se aproximou, fez uma breve reverência a qual eu correspondi e depois se pronunciou.

— Olá, meu nome é Hongbin. Você é nova aqui, não é? Nunca te vi antes.

— Sou sim, cheguei há pouco tempo. Jihyun, prazer em conhecê-lo.

Hyuk estava parado de cabeça baixa. Eu não sabia o que sentir. Por mais que estivesse muito puta por tudo isso ter acontecido, também não consigo deixar de sentir, lá no fundo, que eu não deveria ser tão dura com ele, por mais que não o conheça direito. Só que aquilo foi muito traumatizante e minha vida mudou totalmente, nada nunca vai ser igual. Antes eu não tinha nem ideia da existência dos ghouls agora eu convivo com eles e aos poucos aprendo cada vez mais. É tanto uma maldição quanto uma benção. Por mais que seja trágico, sem isso eu jamais teria conhecido essas pessoas maravilhosas como Hakyeon, Ravi, Jaehwan...

Hyuk tirou a mochila que estava em seus ombros e entregou ao Hakyeon, depois deu um passo à frente na minha direção. No instinto, dei um passo para trás. Foi involuntário, eu não queria ter feito isso mas foi um ato inconsciente de desespero.

— E-eu... eu só... –Hyuk começou a dizer e Hongbin puxou Ravi, Jaehwan e Hakyeon pelos pulsos para longe. Minha respiração ficou um pouco ofegante, mas eu estava tranquila porque sabia que eles não deixariam nada acontecer a mim.

— Ei, não. Não é segu... –Hakyeon protestou aos puxões de Hongbin, que logo em seguida o tranquilizou.

— Tudo bem, ele está são agora.

Hyuk deu mais três passos, até estarmos cara a cara. Seus olhos estavam daquele jeito, negros com as pupilas e veias saltadas num tom vermelho vivo. Percebi, olhando para ele, que quando eles estão assim, além das veias nos olhos, ao redor elas também saltam.

— Eu só queria pedir perdão, Jihyun. Estava há muito tempo sem comer e isso é infernal para um ghoul e... para mim em especial. Eu estava fora de mim e te juro que não tive intenção de te atacar, por favor, me perdoe. Se eu puder fazer algo para tentar me redimir, diga, está bem? Você tem todo o direito de não aceitar minhas desculpas e me odiar, mas por favor, peço que reconsidere.

Ele enfiou as mãos no bolso do moletom que usava e tirou uma caixinha de lá. Ela tinha o tamanho da palma da minha mão e era branca enfeitada com fitas rosas e um laço grande também rosa na parte superior.

— Comprei isto para você. Não é muito e não apaga o que fiz, mas espero que goste. Foi de coração.

Seus olhos estavam marejados e eu podia ver o arrependimento nítido em sua face.

Hyuk esticou o braço esquerdo, me oferecendo o presente. Olhei para ele, olhei para a caixinha e repeti o ciclo umas 4 vezes até sorrir. Hyuk chegou a arregalar os olhos e tentar se proteger quando eu pulei nele e o abracei.

— Não precisa se preocupar, eu te perdoo. Não foi de todo mal. Estando aqui, pude conhecê-los então valeu à pena. Claro que é ruim ficar longe da minha família, da escola e dos meus colegas mas aqui também é bom.

Ele não retribuiu o abraço, mas quando o soltei vi sua face extremamente corada junto de um sorriso tímido que me fez sorrir também.

— O-obrigado, Jihyun. Abra o presente, por favor.

Hakyeon já havia saído com Hongbin e Ravi e sobrara apenas Jaehwan, que observava a situação, parecendo um pouco inquieto.

Peguei o presente de Hyuk e o abri. Calmamente desfiz o laço e puxei a tampa da caixinha. Dentro, havia um lindo colar que parecia ser de ouro com um pingente de unicórnio no fundo de veludo. Olhei para ele completamente pasma. Os olhos arregalados e a boca escancarada. Isto é a coisa mais linda do mundo e ele comprou de presente para mim!

— É lindo, lindo, lindo! Eu amei! Obrigada, Hyuk. –Agradeci repetidas vezes depois fiz uma breve reverência a ele antes de começar a sair saltitando na direção de Jaehwan para mostrar-lhe meu presente.

Apontei o cordão na direção de Jaehwan, que deu uma olhada e sorriu.

— É lindo, Jihyun. E você mandou bem, Hyuk.

— Obrigado, hyung. Agora, se me derem licença, preciso falar com o Taekwoonnie hyung. Nos vemos depois.

Hyuk disse educadamente e se retirou, sobrando apenas eu e Jaehwan.

— Jihyun, ainda não resolvemos o problema da sua máscara. Teve aquele "maravilhoso" incidente. Mas agora temos tempo. O que acha? –Jaehwan perguntou e eu assenti, ansiosa para ter uma máscara também, por mais que eu não seja ghoul.

Juntos, deixamos o último andar. Pegamos o elevador até o andar do estúdio do Jaehwan. Do lado de fora parecia um apartamento normal, mas assim que ele destrancou a porta e a abriu, eu tive uma surpresa. A sala foi transformada num estúdio de tatuagem. As paredes negras exibiam vários desenhos e a mesa ficava bem no meio, com direito a almofadas no chão para o público do pobre sofredor na mesa. Era incrível. As cores preta e vermelha se misturavam dando àquele lugar um lado sombrio porém descontraído.

— Você é tatuador? Não creio. –Disse super encantada.

— Sou, haha. Mas sou medroso, então eu mesmo não tenho nenhuma.

Parei para pensar. A pele dos ghouls é diferente, não pode ser cortada nem perfurada por facas normais e consequentemente agulhas também. Então como eles fazem para se tatuar e colocar piercings (como os das orelhas do Ravi)?

— E como você faz isso? Tatua ghouls? A pele de vocês...

— Venha, vou mostrar-lhe como.

Jaehwan me puxou até ao criado mudo ao lado da mesa e abriu uma maleta que estava em cima do mesmo. Lá estavam agulhas, algumas tintas e haviam várias injeções. Dei até um passo para trás. Tenho trauma de injeções.

— Isto aqui – ele tirou um potinho da maleta e me mostrou – se chama Fluido de Inibição RC. Como você soube, nós somos diferentes por causa da nossa alta contagem de células RC. Mas isto aqui as diminui, praticamente anula, então não podemos usar nossos kagunes e nossa pele fica frágil como a de um humano. Assim que eu consigo tatuar ou colocar um piercing num ghoul. –Ele sorriu satisfeito com sua explicação e eu continuei confusa.

— Mas como você faz pra injetar isso aí num ghoul?

Ele deu uma gargalhada e levou o dedo indicador até o olho esquerdo, onde puxou a pele, mostrando a mucosa para mim. Quase soltei um grito de agonia. ELES FURAM A MUCOSA! Imagina a dor. Tudo isso por uma tatuagem. Que roubada.

Jaehwan começou a rir da minha cara de pânico enquanto eu tentava processar aquilo.

— Eu sei, parece bem horrível e é. Mas não tem outro jeito, somos diferentes. Não tem o quê fazer. Mas vamos, não é aqui o nosso destino.

Seguimos pelo corredor e paramos na porta que seria o quarto. Jaehwan deu uma trombadinha na mesma e ela se abriu. Várias máscaras estavam penduradas pelas paredes e num móvel enorme estavam vários tecidos, tintas, pedrinhas, brilhos e muito mais, todo o material que ele usa para fazer as máscaras. Do outro lado havia uma mesa com tesouras, uma máquina de costura, agulhas... parecia – e era – um ateliê.

Jaehwan começou a andar pelo quarto analisando as paredes até parar em frente a uma e tirar de lá uma das máscaras. Parecia uma daquelas máscaras de gás, mas só havia a parte inferior, os olhos ficavam a mostra. Ela era preta e enfeitada com spikes, parecendo espinhos. Eu amei demais a máscara.

— Esta eu fiz especialmente para você. Gostou? –Jaehwan perguntou me oferecendo a máscara e eu prendi os cabelos num coque para que ele pudesse colocá-la em mim. O loiro a posicionou em meu rosto e ajeitou as amarras na parte de trás da minha cabeça. Na hora de puxá-las para amarrá-las, ele puxou com força demais e doeu.

— Ai, Jaehwan! Eu sou uma mocinha!

— Desculpe, foi sem querer. Eu não sei controlar minha força direito.

Logo ele terminou a amarração e eu fui olhar no espelho. A máscara era perfeita e eu me apaixonei. Era maravilhosa!

— Muito obrigada! Eu amei!

— Que bom que gostou. O esforço valeu a pena.

— Valeu sim, porque eu não vou mais tirar isto.

— Quero ver quando você começar a suar e a máscara a feder se não vai tirar.

— Eu sou linda e gente linda não fede.

Começamos a gargalhar e a minha risada saía estranha por estar sendo abafada pela máscara.

— Pude ver que você é um pouco convencida. Mas gosto disso!

Dei uma risadinha e aproveitei para perguntar algo.

— Jaehwan, quando eu mexi nos documentos na casa do Taekwoon, eu li uma coisa que não pude entender.

— E o que seria esse mistério da humanidade?

— Na ficha dele da CCG estava escrito "tipo de RC" e ao lado estava escrito "rinkaku", o que isso significa?

— Ah, sim. Isso é coisa boba, Jihyun! Existem 4 tipos de kagunes: Rinkaku, Koukaku, Ukaku e Bikaku. Rinkakus são como tentáculos de um polvo, dão uma poderosa habilidade regenerativa, possuem muita força bruta e tem um maior poder de alcance, mas são mais sensíveis, quebradiças que as outras kagunes..

Esse é o kagune do Taekwoon. Nossa, ele parece ser realmente forte!

— As koukakus são como conchas,  metálicas  e robustas, geralmente se prendem a uma parte do corpo, como braços. Designadas especialmente para defesa, mas a força também é boa. Só que a velocidade é inferior por elas serem pesadas e difíceis de manusear. As ukakus são como asas, superiores em velocidade e mobilidade, podem proferir ataques em alta velocidade, são super leves e boas tanto em lutas a longa quanto a curta distância, mas fazem o ghoul cansar-se muito rápido. São rápidas, mas não possuem muita energia. As bikakus são como... caudas. São boas em ataques a média distância, têm boas defesas, poder ofensivo e velocidade. Não têm nenhuma fraqueza ou ponto forte notáveis. São bem... mais ou menos. Posso dizer isso pois minha kagune é uma bikaku.

— Espera... então você tem só um kagune? –Perguntei. Juro por tudo ter visto dois kagunes saindo pelo corredor e atacando o Taekwoon naquele dia.

— Sim, vou te mostrar.

Jaehwan tirou a jaqueta que vestia e eu estava coradíssima achando que ele tiraria a blusa também, mas o mesmo só me deu as costas e a levantou um pouco. Da base de suas costas, o kagune começou a emergir. Primeiro rasgou a pele, que sangrou um pouco, até sair por completo e se enrolar em sua perna. Realmente era só um kagune, mas a ponta dele se divida em dois, como a língua de uma cobra.

— Gostou? –Jaehwan perguntou. Aqueles tons de azul brilhantes quase me cegavam. Eu estava embasbacada. Jaehwan se virou para mim e os olhos dele estavam daquele jeito, mas não era assustador.

— Eu adorei! É lindo!

— Quer encostar? 

Jaehwan lançou aquilo em minha direção e dei um pulo para trás no susto. Por um momento achei que ele fosse me atacar com aquele troço.

— N-não sei se devo... –Disse não muito empolgada com a ideia de encostar no kagune dele. Sei lá, é meio bizarro.

— Vai, isto é parte de mim! É como se você tocasse no meu braço, por exemplo.

— Mas seu braço fica do lado de fora!

— E o kagune fica do lado de dentro! Vai, encosta.

Tentei disfarçar minha cara de insatisfeita – no caso de nojo mesmo – e tomei coragem para encostar naquele troço que estava há alguns centímetros de mim. Quando minha mão tocou a parte um pouco antes da divisão, quase dei um grito. É quente e meio úmido, molhado, sei lá... parece uma língua, não sei.

— Kagunes são nada mais nada menos que músculos que, quando saem do nosso corpo, enrijecem um pouco. A minha nem é legal, você tem de ver a do Ravi e do N, são as mais legais.

— Acho que já está bom de experiências com kagunes por hoje. –Disse e Jaehwan começou a guardar sua kagune até eu não poder vê-la mais.

Resolvi tirar a máscara pois meu rosto já estava suando e logo ela ficaria fedendo, como ele disse antes. Agradeci Jaehwan pela máscara, pela explicação sobre os kagunes e principalmente por me deixar tocar no seu. Por mais que eu não estivesse muito afim da ideia, devo admitir que até que foi legal.

Já era quase hora do almoço e eu teria de ajudar a Hwayoung com a comida, então me despedi dele com a promessa de que voltaria em breve, na próxima para fazer uma tatuagem e deixei o estúdio às pressas para ir para o apartamento da Hwayoung.



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