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História Monstros - Capítulo 14


Escrita por: kahcorsiolli

Capítulo 14 - Capítulo 14


Elas chegaram no apartamento de Eve recheadas de sacolas e como o closet de Eve era pequeno, Villanelle decidiu que era hora de fazer uma limpa, agora que ela tinha muitas roupas novas. Ela começou pela parte que mais lhe interessava: a gaveta de calcinhas e sutiãs da cômoda.

- Ok, isso aqui com certeza vai para o lixo – disse pegando uma calcinha bege com elástico esgaçado.

- É confortável – Eve se defendeu.

- Está rasgada e você tem várias novas que também são confortáveis.

- Você realmente quer usar o resto do fim de semana para organizar minhas roupas? – Eve perguntou enquanto fechava as mãos na cintura dela.

- Na verdade... – suspirou com um olhar maroto para Eve. – Tenho uma ideia melhor. – Virou-se e começou a acariciar os cabelos da outra. – Que tal tomarmos um banho bem demorado... – Beijou um lado do pescoço dela. – Depois colocarmos um pijama confortável, como você gosta... – Beijou o outro lado do pescoço dela. – E depois vermos um filme até pegarmos no sono no sofá? – Beijou seus lábios.

- Eu acho uma ótima ideia – ela concordou.

Despiram-se rapidamente e correram para o chuveiro onde limitaram-se a tomar banho pois estavam cansadas depois de tantas compras.

- Penteia o meu cabelo pra mim? Meus braços estão cansados depois de escovar os dentes – pediu Villanelle fazendo um bico como uma criança birrenta.

- Sei – Eve riu e atendeu o pedido dela, desembaraçando os fios com delicadeza.

- Nunca imaginei que você gostasse de ser cuidada – comentou Eve surpresa.

- Talvez por ninguém nunca cuidou de mim – explicou tranquilamente e Eve sentiu um aperto no coração e abraçou o rosto dela, beijando o topo de sua cabeça. Imaginou como as coisas poderiam ter sido diferentes para ela se ela tivesse um histórico diferente.

- Não sinta pena de mim, Eve. Se eu tivesse tido uma infância boa, nós nunca teríamos nos conhecido – afirmou ela com um meio sorriso.

- Pensando por esse lado... – suspirou. – Você nunca vai me contar o que aconteceu?

- Ainda não – ela se levantou saindo do banheiro. – Vou  procurar algo para assistirmos.

- Está bem, eu vou terminar de me arrumar e já vou.

Eve percebeu que seria difícil arrancar alguma coisa dela, mas não desistiria tão fácil. Depois de pentear-se e escovar os dentes, seguiu para a sala onde encontrou Villanelle usando seu roupão deitada no sofá embaixo de um pesado cobertor.

- Já deixei o seu lugar quentinho – disse abrindo o cobertor e chamando-a.  Eve sorriu e aconchegou-se a ela, deitando a cabeça em seu peito enquanto a outra cheirava seus cabelos recém lavados.

- Já não enjoou de mim? – Eve brincou?

- Está brincando? Eu poderia viver o resto dos meus dias assim. Não preciso de mais nada.

- Tenho que confessar que esse foi o melhor fim de semana que eu tive em muito tempo – Eve concordou.

- Obrigada – gabou-se a outra.

- Agora eu entendo...

- O que?

- Porque aquelas meninas saíram do seu apartamento tão agradecidas – lembrou rindo.

- Então não está arrependida? – ergueu uma sobrancelha desconfiada.

- Nem um pouco. Claro que isso tudo é algo que nunca passou pela minha cabeça antes. Porém, foi uma ótima surpresa – encarou-a fixamente.

- Promete não mudar de opinião independente do que aconteça? – suplicou com um tom que preocupou Eve.

- Prometo. Eu amo você Oksana. Eu amo tudo em você, incluindo seus monstros – sorriu.

- Eu estava certa. Somos iguais – tocou os lábios de Eve e beijou-os demoradamente logo em seguida. Aquele era apenas o primeiro dia de vários que estariam por vir e várias batalhas ainda as aguardavam, mas elas estavam decididas a lutarem juntas.

- O que você escolheu? – perguntou Eve.

- Escolha você, já que o último eu que escolhi – disse por fim.

- Está bem... Eu ouvi dizer que esse “Elisa y Marcela” é bom...

- Ah é... Ouviu aonde? – perguntou Villanelle com interesse.

- Internet, quando eu estava pesquisando... Sabe – desconversou meio acanhada.

- Sei... – Villanelle riu.

- Já assistiu?

- Não. Minha única companhia para filmes era o Konstantin e você sabe, romance lésbico com um homem que tem idade para ser seu pai, não é uma boa ideia – lembrou.

- Verdade – Eve riu.

- Mas e eu... Eu também sou mais velha. Não incomoda você?

- Já disse que gosto de mulheres mais velhas – Villanelle apertou a bunda dela.

- Mas eu sou quinze anos mais velha que você – Eve comentou.

- Eu sei sua idade desde o primeiro dia, Eve. E não, não me incomoda nenhum pouco. Eu gosto de tudo em você. Você é uma mulher muito atraente e se o seu ex nunca disse, eu errei em não ter matado ele – disse seriamente.

- Lembra o que você disse pra mim no restaurante, quando estava infiltrada no grupo de apoio? Você disse que a única coisa que me tornava interessante era você. – Eve lembrou.

- Disso você lembra? Eu disse isso porque estava brava com você. Tem ideia como é irritante você estar completamente apaixonada por alguém que trata você com indiferença? – reclamou.

- Eu nunca fui indiferente a você. Eu tratava você com respeito.

- Mesma coisa – sacudiu os ombros.

- Eu achei que você estava brincando comigo, afinal olhe pra você... – encarou-a com um sorriso. – Você é linda, jovem, rica, poderia ter quem você quisesse. Porque escolheria justo eu?

- Você é a única pessoa que gosta do pacote completo. Algumas pessoas gostam dos meus personagens, outras gostam da assassina. Ninguém nunca realmente gostou DE MIM.

- Erro deles então. Porque Oksana é muito mais interessante que a assassina Villanelle – Eve puxou-a pela nuca e beijou-a demoradamente.

- Pare, senão eu vou desistir de assistir filme – Villanelle pediu enquanto parava de beija-la por um segundo.

- Temos a vida toda para ver filmes, - Eve disse abrindo o roupão dela. – Um final de semana inteiro juntas eu não sei se teremos de novo – prosseguiu beijando a clavícula descendo delicadamente pelos seios.

- Porque? Você vai me dispensar? – questionou Villanelle intrigada.

- Em algum momento você vai ter que retornar as inúmeras chamadas no seu telefone – a morena respondeu de forma tranquila e logo depois beijou a cicatriz na barriga dela.

- Eu posso pedir férias.... Eu poderia ter ido embora com Konstantin sabe? Eu poderia estar livre de tudo isso agora... – suspirou pensativa.

- E porque você não foi? – Eve perguntou surpresa.

- Porque você acha? – questionou como se fosse óbvio.

- Você não foi por minha causa?

- Eu posso abrir mão do apartamento, das roupas caras, do dinheiro... Mas você... Você eu não posso, nem pensar que você estava morta tirou você da minha cabeça por um minuto que seja – confessou.

- Mas você quis se afastar na ponte. Como sabia que eu não ia querer me afastar?

- Eu não sabia, mas de qualquer forma eu podia ver você mesmo que fosse de longe. Eu não poderia fazer isso em... – parou pensando que poderia não ser seguro comentar a locação de Konstantin. – Bem, onde quer que Konstantin esteja.

- Não confia em mim para dizer o nome do lugar? – questionou Eve surpresa.

- Não confio na sua casa. Eu sei como é fácil entrar aqui e plantar um microfone – confessou.

- Bem e eu topar sumir com você dessa vez? – sugeriu Eve para surpresa de Villanelle.

- Pensei que você quisesse derrubar Os Doze.

- Derrubamos Os Doze e depois sumimos. Vamos para outro país, mudamos de nome, começamos outra vida onde ninguém nos conheça. Você acha que conseguiria?

- Você está falando sério?

- Nunca falei tão sério – garantiu a outra.

- Sabe que minha libido acabou de subir exponencialmente? – Villanelle puxou-a pela nuca e a beijou usando as mãos para tirar o moletom dela.

- Isso é um sim? – questionou Eve sorrindo.

- O que você acha?

As duas voltaram a se beijar enquanto se despiam mais uma vez naquele longo sábado.



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