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História Monstros - Capítulo 28


Escrita por: kahcorsiolli

Notas do Autor


demorei mas cheguei he he he

Capítulo 28 - Capítulo 28


 

Parecia que elas estavam há horas no carro, porém havia passado menos de meia hora que haviam deixado a casa de Maria. Eve não havia falado absolutamente nada, porém não largava o celular nem por um minuto.

- O que tem de tão interessante nesse celular? – Villanelle tentou quebrar o silêncio.

- Estou pesquisando passagens aéreas – disse seriamente.

- Porque? Pretende viajar? – deu um meio sorriso tentando amenizar o clima mas as feições da outra não deixavam dúvida alguma sobre seu humor.

- Pretendo voltar para Londres, o mais rápido possível – respondeu simplesmente.

- Porque? – Ela sabia que se arrependeria de perguntar, porém preferia Eve brava que Eve assustadoramente calada.

- Eu não sei, talvez eu tenha recuperado minha sanidade. Não sei aonde eu estava com a cabeça quando acreditei em você – vociferou.

- Do que você está falando? – Villanelle tentava manter a calma, mas já não conseguia prestar muita atenção no trânsito e a rodovia estava movimentada.

- Você sabe muito bem! Eu realmente acreditei que “isso” era real – comentou deixando transparecer sua mágoa apontando para Villanelle e para si com os dedos trêmulos. A loira deu uma forte freada e parou o carro no acostamento.

- O que foi agora? Está tentando nos matar também? – perguntou a coreana com um tom que indicava que estava mais assustada que brava.

- “Isto” é real – afirmou a assassina com aquele olhar triste e languido que sempre derretia a morena, mas dessa vez ela não se deixaria levar por aquele rostinho bonito.

- Tão real que pouco depois de ter dito que me amava você já estava dando em cima de uma espanhola no aeroporto – lembrou Eve ainda furiosa com a ideia. Não sabia o que lhe deixava mais brava, a ideia de Villanelle não ter se lamentado com a ideia da morte dela ou a ideia de imagina-la dando em cima de outra mulher que não fosse ela. Sim, era uma mistura de ódio e ciúmes que lhe atormentava no momento.

- Eu disse que não sou boa com drama. E não lido bem com rejeição. Você sabe disso – argumentou com um tom apaziguador que só fazia Eve querer ainda mais dar um soco na cara dela.

- Eu sabia que você era babaca quando atirou em mim, mas eu pensei que ao menos você tivesse sofrido com isso. Mas hoje descubro que você já estava atrás da sua própria conquista! – ela gritava e Villanelle estava louca para tampar os ouvidos para diminuir o volume porém não queria irrita-la ainda mais.

- É claro que eu sofri! – defendeu-se. – Mas reprimir sofrimento é tudo que eu aprendi a fazer, Eve – confessou com sinceridade.

- Não faça isso – o tom dela agora estava baixo e Villanelle agradeceu aos céus por isso.

- Não fazer o que? – questionou verdadeiramente confusa, franzindo a testa.

- Não me faça simpatizar com você quando eu estou brava com você – sussurrou fazendo um bico e Villanelle não segurou a vontade de abrir um sorriso.

- Eu só estou sendo sincera. Eu amo você, Eve mas você estava certa. Eu não sei amar, mas eu quero aprender – pegou a mão dela e levou aos lábios beijando seus dedos.

- Não faça isso. Eu ainda estou furiosa com você – garantiu ela, desvencilhando-se da outra.

- Por favor não vá embora. Dessa vez eu não vou conseguir fingir que superei tão rapidamente. Você me deixou mole, chefe – tentou brincar.

- Ótimo, é um motivo para eu ir – ela cruzou os braços, provocando-a, ainda sem mostrar os dentes.

- Vamos, Eve, isso não é justo. Eu não tenho como mudar como agi no passado. É por isso que eu não queria vir pra cá – reclamou ela.

- Uma assassina falando em justiça chega a ser cômico – debochou Eve.

- O que você quer que eu faça? Você acha que alguma vez na minha vida eu insisti tanto em alguém que recusou tanto quanto você? Você acha que eu faria isso se não fosse amor? – pegou a mão dela novamente e colocou em seu rosto. – Por favor, vamos esquecer isso?

- Eu quero... – Eve confessou, porém baixou os olhos e afastou-se dela novamente. – Mas eu não consigo. Eu olho pra você e imagino você pegando o avião sorridente com aquela mulher enquanto eu estou me esvaindo em sangue no chão...

- Então é isso... Você está com ciúmes... – Villanelle provocou mordendo o lábio.

- Não estou com ciúmes, eu estou com raiva... Eu estou com vontade de...

- De o que? – incentivou aproximando o rosto do dela.

- De bater em você pelo que você fez. Por me superar tão rápido. Estou com raiva de mim por ter ciúmes sim de algo que aconteceu há meses. Estou com raiva porque você me mostra esses lados meus que eu não conhecia e não sei se gosto – esbravejou.

- Quer bater em mim? Vai fazer você se sentir melhor? – perguntou com um tom curioso. – Se acha que isso vai ajudar você a superar isso, vamos me bata. Eu nem vou revidar, aproveite – afirmou ela oferecendo o rosto como se desafiasse a outra.

- Você é louca – Eve fitou-a com um olhar de julgamento. – Vamos embora para eu fazer minhas malas. Eu não estou afim das suas brincadeiras, Oksana.

- Não é brincadeira! Você está com raiva de mim, extravase. Me dê o seu melhor soco, garanto que vai doer menos que ver você ir embora – garantiu com os olhos lustrosos pois temia que ela realmente estivesse falando sério sobre ir embora.

- Acho difícil de acreditar nisso – Eve devolveu sem encara-la.

- Porque? Porque eu tentei matar você? Porque dei em cima da primeira mulher que apareceu na minha frente depois disso numa tentativa desesperada de tentar sentir alguma coisa que fizesse eu me sentir melhor?

Eve ficou calada dessa vez então ela continuou.

- Eu fiz isso porque eu me negava a pensar em você. Você fez com que eu sentisse coisas que eu nunca tinha sentido antes e então você me rejeitou. E eu senti raiva de você e decidi naqueles minutos fatídicos que se você não podia ser minha, você não seria de ninguém. Era mais fácil lidar com a rejeição se você não estivesse viva. Essa é a verdade. Vamos, me bata, eu sei que você quer – provocou.

- Não, eu cheguei à conclusão que você gosta disso e se tem algo que eu não quero no momento, é te dar prazer – replicou a outra.

- Eu só quero que possamos esquecer tudo isso e seguir em frente. Vou começar a achar que agora que você me ama, não consegue mais... – antes que ela terminasse de falar, de forma repentina Eve lhe deu um soco na boca, fazendo o lábio dela sangrar. Villanelle passou a mão no lábio e sorriu ao ver o sangue.

- Eu só queria que você parasse de falar – respondeu ela. – Você tem razão, me sinto um pouco melhor agora. Mas não o suficiente. – Deu-lhe um tapa estalado no rosto e Villanelle continuou imóvel apesar do tapa ter sido forte o suficiente para que a mão de Eve doesse.

- É um prazer ajudar – ironizou a outra massageando a bochecha avermelhada. Eve olhava para ela com aquele lábio inchado e aquela face com marcas de dedos e já se arrependia do que tinha feito por mais brava que estivesse.

- Pare de ser tão passiva. Essa não é você. Você não vai se defender? – Eve a chacoalhou.

- Já disse que não. Qualquer coisa que você faça comigo vai doer menos do que ver você ir embora. – Por um minuto elas trocaram um olhar compreensivo. - Então me bata, me dê socos, pontapés, eu não ligo. Eu aguento. Ficar longe de você é o que não dá mais para suportar.

- Vai atirar em mim de novo, se eu tentar ir embora? – provocou.

- Você sabe que não. Eu já aprendi minha lição – seu olhar era sério e parecia sincero, porém quando ela tentou pegar na mão de Eve novamente, esta explodiu dando-lhe tapas nos braços e gritando:

- Droga! Porque? Porque eu tive que me apaixonar por você? Eu amo você e.... – Villanelle segurou os braços dela impedindo-a de prosseguir e beijou seus lábios de forma furiosa. Eve sentia o gosto do sangue dela misturado com o gosto salgado de suas lágrimas enquanto a loira beijava todo seu rosto.

- Me deixa te provar o quanto eu te amo – sussurrou no ouvido da coreana enquanto sua mão deslizava pela coxa dela por baixo do vestido.

- Eu ainda estou puta com você, você sabe disso, não sabe? – Eve acariciou os lábios cortados dela.

- Eu sei. Adoro um sexo violento – garantiu com um tom malicioso puxando a calcinha de Eve para baixo.

- Estamos no meio da rodovia. Se somos pegas, vamos ser presas – lembrou.

- Se ficarmos na mesma cela, podem me prender agora.

 



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