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História Moonshine - O seu gosto é viciante


Escrita por: nocologne

Capítulo 12 - O seu gosto é viciante


Fanfic / Fanfiction Moonshine - O seu gosto é viciante

 

 

 — Sou Texana, 18 anos e estou sendo mantida em cativeiro. - brinquei.

 — Acho que muitas garotas gostariam de estar no seu lugar... este cativeiro não é tão ruim. - se gabou. Mas ele tinha razão. Este cativeiro não era tão ruim. Justin se aproximou mais de mim, com um sorriso malicioso. Por mais que eu quisesse recuar, não consegui. Estava acontecendo algo dentro de mim. Algo que eu não sábia distinguir, algo que eu não sábia como lidar. Justin me deixava visivelmente nervosa.

Ele levou sua mão em minha perna despida, a acariciando com calma; eu tremi. Eu não iria ceder desta vez.

Ele se aproximou ainda mais, quase se jogando em cima de mim. Seus olhos brilhavam, transbordavam desejo. Seu hálito estava maravilhoso, como sempre. Eu não queria ser seu objeto sexual. Por mais tentador que fosse, eu não queria. 

Tirei delicadamente sua mão de cima de minha perna e recuei assim que percebi que ele iria me beijar. Confesso que tive que juntar muita força para fazer aquele simples gesto. Ele bufou assim que eu me levantei, abaixando meu moletom, já que as mãos traiçoeiras de Justin haviam o levantado. Eu realmente queria poder conversar, mas acho que ele estava afim de outra coisa. 

 — Aquilo não deveria ter acontecido. - afirmei me referindo a esta madrugada. Eu não menti. Por mais que tenha sido ótimo, eu sábia que estava errado.

 — Mas aconteceu. - retrucou. Eu demorei um pouco para dizer mais alguma coisa. O par de olhos magníficos que me encaravam sem timidez alguma de deixavam sem palavras. Coloquei minhas mãos no bolso do moletom quando vi Justin andar em minha direção. Estávamos tão perto um do outro. Senti minhas pernas bambearem. Eu poderia cair a qualquer momento.  - Você é tão linda. - ele contornou a lateral do meu rosto com um dos seus dedos e acompanhou a curva da minha orelha, em seguida ele acariciou meu queixo com seu polegar. Fechei meus olhos por um segundo, mas logo os abri e o vi sorrir.  - Você é incrivelmente linda. - senti vontade de rir. Eu estava horrível. Como ele poderia dizer que eu estava linda? Ele realmente queria me levar para cama e não estava medindo esforços para conseguir isso. — Você parece uma miragem - pausou  - Foder você foi a melhor coisa do mundo. -sussurrou em meu ouvido, me arrancando arrepios. Aquilo foi o fim. Eu estava completamente desarmada. Eu nunca me senti tão fraca diante de um homem antes. Era constrangedor a maneira como eu ficava trêmula e sem forças diante dele. Justin voltou a passear com sua mão por meu rosto, o acariciando. Ele sábia como tratar uma garota. Mas eu não queria ser mais uma. Eu não queria me envolver mais ainda.

Tirei sua mão do meu rosto e me afastei, dando passos lentos para trás indo até a escada. Eu estava andando de costas, conseguia vê-lo. Ele mantinha uma expressão séria. Não me impediu de ir, continuou parado me encarando. 

Por mais que eu quisesse senti-lo de novo, por mais que eu soubesse que sentia uma atração absurda por ele, eu estava confusa, eu precisava pensar. 

Me virei e subi com pressa os degraus da escada até chegar em meu quarto. Fechei a porta com força e me encostei nela, deslizando até chegar no chão.

A frase de Ryan voltou a minha mente, ecoando em meus ouvidos e me fazendo ficar mais confusa ainda.

"Ele pega, como e sai fora."

 

Uma semana depois.

 

A casa de Ryan no momento abrigava cinco pessoas. Apenas duas ficavam em casa. Eu e Lily. Os garotos passavam a maior parte dos dias na rua. Lily era bem legal. Nós conversamos bastante. Ela me contou sobre sua vida, sobre seu namoro com Ryan, sobre a amizade dela com Justin, sobre sua família, sobre Zayn. Nas nossas conversas ela sempre acabava falando mais. Eu apenas a ouvia. Não disse muita coisa sobre mim, e ela não demonstrou estar interessada, o que foi bom porquê eu não gosto de falar sobre a minha vida. Não havia nada de muito interessante em mim. Já em Lily, havia várias coisas. Ela viajou o mundo todo, conhecia muitas pessoas, já esteve em qualquer lugar que você pode imaginar. Ela tem a faculdade completa, inúmeros cursos e intercâmbios. Foi interessante conversar com ela porquê ela sempre dizia coisas inteligentes e legais. Ryan era sortudo por namorar alguém como ela.

Justin e eu não conversamos desde aquele dia. Não trocamos nada além de "Oi" e "Bom dia". Ele parecia não querer minha companhia. Sempre que ficávamos sozinhos e eu tentava puxar algum assunto, tentava conversar, ele inventava algo e saía. Ele parecia querer fugir de mim. Nos três primeiros dias eu fiquei meio confusa com esse comportamento dele,  mas depois eu percebi o quê estava acontecendo. Ele queria se afastar de mim, ele não me queria por perto. Eu me senti mal por isso. Eu gostava de ficar com ele. Eu não queria que esse clima estranho estivesse entre nós dois. Mas por outro lado, foi bom ele ter parado de falar comigo. Talvez com essa barreira que ele colocou entre a nossa ainda inexistente relação, eu possa tira-lo da minha cabeça, porque era o que eu realmente precisava.

Fui interrompida dos meus pensamentos assim que ouvi três batidas na porta. Fechei o livro que eu lia e o coloquei sobre a escrivaninha que ficava no canto do quarto, um pouco afastada dos outros móveis. Andei até a porta e abri, vendo o moreno tatuado parado com as mãos nos bolsos da calça jeans clara que usava. Ele deu um sorriso torto.

 — Posso entrar? - perguntou. Eu pensei na resposta. Eu não queria conversar, não agora. Zayn esteve sendo gentil comigo nos últimos dias, mas eu não estava agindo do mesmo modo. Ele me incomodava de alguma forma. Eu sempre desconfiei de pessoas que eram legais demais comigo.

— Fala. - disse seca, apoiando parte do meu corpo na lateral da porta. Eu não queria que ele entrasse, ainda não me sentia totalmente confortável com sua presença. Zayn deu um leve suspiro.

— Eu vim aqui te chamar para sair, mas acho que foi uma má ideia. - espera, sair? Era o que eu mais queria. Sair dessa casa. Zayn fez menção de se retirar, mas eu segurei seu braço o impedindo.

— Sair? - a frieza não estava mais em minha voz.

— É. Ryan saiu com a Lily, Justin não está em casa... eu vou sair, achei que você não gostaria de ficar aqui sozinha.

— Para onde você pretende me levar? - perguntei.

— Eu estava indo para uma festa, mas se você quiser ir pra outro lugar... - ele não pode terminar sua fala, pois o interrompi.

— Uma festa? Perfeito! Eu adoro festas. - eu não menti. - Vou me arrumar. - tentei sorrir. Eu queria sair daquela casa, mesmo não sendo com a companhia que eu mais desejava no momento. Soltei o braço de Zayn. Ele me deu uma piscadela e deu dois passos para trás. Fechei a porta e fui até ao closet da suíte.

Já se passava das sete horas da noite. O clima estava quente, mas o vento estava forte. Vesti uma calça jeans bem justa, uma blusa de pano fino verde água, que deixava uma pequena parte da minha barriga a mostra, e estava estampado com letras discretas e brancas "Live Forever Young". Nos pés, coloquei meu vans cinza. Eu pensei em usar saltos mas meus dedos já estavam com calos de tanto me equilibrar em cima daquelas plataformas enormes que eu colecionava. Eu não queria usar saltos hoje.

Fui até ao banheiro e cuidei da minha pele, a lavando e passando um hidratante na mesma. As olheiras em meus olhos denunciavam as seguidas noites mal dormidas. Eu não dormia bem a dias, mas felizmente consegui cobrir as marcas que me deixavam com uma aparência mortífera. Passei uma sombra clara em minhas pálpebras. Já que não iria usar batom, levei a atenção para meus olhos. Nada muito chamativo, claro demais até. Cobri meus cílios com uma mascara incolor. Eu queria uma maquiagem leve. Nada muito forte ou marcado. Tia Dina já me disse uma vez que eu o segredo de se maquiar é não parecer que está maquiada, e hoje eu resolvi seguir esse seu conselho.

Lily havia feito babyliss hoje mais cedo em meus cabelos. Como não tínhamos nada para fazer, ela resolveu cuidar dos meus fios. Ficaram lindos. Lily era boa em tudo que fazia. 

Me olhei no enorme espelho que havia no closet e sorri com o resultado dos meus meros trinta minutos de arrumação. Eu estava... simples. 

Saí do quarto e desci as escadas, chegando ao primeiro andar. Vi Zayn sentado sobre o sofá mexendo em seu celular. Isso me fez lembrar o meu celular. Sentia falta dele.

Dei dois passos firmes no chão, tomando toda a atenção de Zayn. Ele sorriu ao me ver. Nada que ele fazia me surpreendia; ao contrário de Justin. Era estranho, mas eu vivia os comparando. Eles tinham muitas coisas em comum, mas ao mesmo tempo são muito diferentes um do outro. Zayn tentava me agradar, Justin conseguia me agradar. Zayn era simpático comigo, mas de alguma forma ele me trazia incerteza.

— Vamos? - perguntou ele. Anuí. Zayn destrancou a porta e abriu caminho para que eu pudesse passar. Ele acendeu a luz da entrada da casa, iluminando o jardim. Já estava escuro e precisaríamos de iluminação quando voltássemos. Andamos até o portão, que era bem baixo, na altura de uma criança na faixa-etária de 9 anos, e ele o abriu, dando-nos acesso a rua. Era a primeira vez que eu saía de casa desde que cheguei aqui. Eu estava empolgada.

Zayn foi até a garagem da casa e pediu para que eu o esperasse ali. Poucos minutos depois, ele voltou com um Toyota Prius preto de lá. Entrei no carro, e Zayn deu partida.

Não demorou muito para que chegássemos em uma rua bastante movimentada, onde havia muitos bares, boates e comércios. E foi em uma dessas boates que nós entramos. Quando Zayn me disse que iriamos em uma festa, não achei que seria em uma boate. Eu não estava vestida adequadamente para um lugar como aquele. A cada passo que dávamos sentia o olhar das mulheres ali presentes pairarem em mim. Elas usavam roupas curtas e bem justas. Saltos enormes e maquiagem pesada. Eu me senti totalmente fora do ambiente. E realmente estava. Porém, não disse nada para Zayn. Ele já fez muito em me trazer com ele, não iria estragar sua noite. Eu já estava ali, poderia me divertir com qualquer roupa, ou até mesmo sem. Essa questão era a que menos importava.

Entramos no local que aparentemente, era uma boate de luxo, que era dividida em três andares. Zayn me conduziu até o segundo, que estava bem mais vazio do que o primeiro. As pessoas não dançavam enlouquecidamente como vimos no primeiro andar. Era como um bar reservado dentro da boate. Com poltronas por toda a parte, garçons bem vestidos, lustres que aparentavam ser de cristal, e a coisa mais legal: o piso era de vidro. Podíamos ver tudo o que acontecia no andar abaixo de nós, mas os que estavam embaixo não. Apenas uma área daquela local tinha esse chão de vidro. O local em que estávamos agora era coberto por um piso azulejado preto e branco.

Fomos até o bar, que se estendia por quase todo o local. Havia poucas pessoas ali. Uma música suave tocava. Era um ambiente agradável.

Zayn pediu uma porção de batatas fritas e whisky. Eu pensei um pouco antes de fazer meu pedido. Olhei para as prateleiras que abrigavam as inúmeras bebidas. Existiam de todos os tipos. Observei com atenção e estreitei meus olhos olhando para uma garrafa em especial. Nunca havia bebido aquela. Já ouvi falar. Era bem forte. Perfeito. Era essa que eu queria.

 — Uma Knockeen Hills, por favor. - pedi ao barman. Ouvi Zayn rir fraco e balançar a cabeça para o barman que até agora não havia se movido.

 — É melhor ir com calma, gatinha. - ele deu um gole em sey whisky. Meus olhos rolaram ao ouvir pelo o que ele havia me chamado, mas preferi ignorar. Não respondi.

Minha bebida chegou. Dei meu primeiro gole. Nunca havia provado aquilo antes. O liquido transparente desceu queimando em minha garganta. Pisquei forte e fiz uma careta. Acho que Zayn viu, pois ele gargalhou. Aquilo era horrível, mas o gosto que se espalhou pela minha boca em seguida era definitivamente bom. Senti minha língua ficar quente, assim como todo o interior do meu corpo.

 — Acho que isso é muito forte para você. - ouvi Zayn dizer, se referindo a minha bebida. O ignorei mais uma vez. Ele não tinha que dizer o que eu deveria beber ou não. O gosto daquilo era ruim, mas eu sábia que era forte, e era disso que eu precisava.

Dei mais um gole. O gosto que a bebida deixava na minha boca era ótimo. A sensação de queimação em meu estomago ia desaparecendo conforme eu ia me acostumando com o gosto. 

Encarei Zayn e ele me observava. Não piscava e não desviava seus olhos de mim. Ele mexeu o copo de whisky; mal tinha tocado nas batatas. Ele molhou seus lábios com a própria saliva. Qualquer outra mulher em meu lugar ficaria completamente maluca com aquela expressão sexy que ele mantinha, mas eu não fiquei. Eu queria me sentir atraída por Zayn. Sábia que ele me chamou com outras intenções, ou pelo menos eu achei que era isso, mas eu não conseguia. Eu queria tirar Justin da minha cabeça e imaginei que conseguiria isso com a companhia do belo moreno a minha frente, mas eu estava errada.

 — Por que é tão fria assim comigo? - Zayn perguntou, tirando minha atenção da porção de batatas a minha frente que até agora eu fitava, sem importância alguma, estava perdida em meio a pensamentos.  - Eu não mordo. - seu tom saiu provocante. Eu não soube o que dize-lo. Ele não estava errado. Mas minha frieza proposital não era algo que eu queria falar.  - Por que me trata assim? Eu quero ser seu amigo, Selena. Eu gosto de você. - meu maxilar ficou travado por alguns segundos. Eu pensava no que dize-lo. Eu não estava afim de conversar. Acho que sair de casa hoje foi uma péssima ideia.

 — Me desculpe. - foi tudo o que meu cérebro conseguiu elaborar. Zayn deu um leve suspiro e desviou seus olhos de mim, fitando agora o enorme balcão a nossa frente. Acho que ele percebeu que eu não queria dizer muita coisa. Que o meu "Me desculpe" significava muitas coisas. Coisas que eu estava com preguiça de dizer.

Nenhuma palavra á mais foi dita. O som se ausentou ali por um longo período, e aquilo já estava me incomodando. Se Justin tivesse aqui, sem dúvida alguma nós estaríamos conversando sobre algo interessante, dando gargalhadas. Ele daria aquele sorriso bobo e me deixaria hipnotizada pela milésima vez. E ele não seria capaz de enxergar o brilho dos meus olhos ao vê-lo sorrir de tal maneira. Ele contaria alguma história, riria de si próprio relembrando seu passado. Coisas que eu não vivi mas que ele insistia em me contar. Ele acharia a coisa mais engraçada do mundo, eu forçaria uma risada, por mais que não fosse tão engraçado. Ele perguntaria sobre mim, eu responderia que queria ouvir mais a sua voz, e então ele me encararia, eu ia ficar corada, e então ele daria um suspiro pesado, conversaríamos sobre qualquer coisa, menos sobre mim. Ele contaria piadas, muitas sem graça nenhuma. Ele tiraria um cigarro do bolso da jaqueta, me ofereceria um, eu aceitaria, só para fumar com ele e poder ver o cigarro encaixado com perfeição em sua boca. Em seguida, a fumaça sairia, ele faria aquela cara sexy, fecharia os olhos mas logo os abriria e tragaria de novo. Eu deixaria meu cigarro de lado e ficaria o olhando. Procuraria algum defeito em seu rosto. Depois eu veria que não existem imperfeições ali, mas mesmo assim continuaria o olhando. Ele ia perceber a minha concentração em seu rosto e riria de mim. Depois jogaria o cigarro fora, se aproximaria mais de mim e mesmo com o halito ainda um pouco afetado pelo tabaco, sussurraria em meu ouvido "Quer outro cigarro?". Meus pelos se eriçariam, e aquela voz rouca ecoaria em minha mente conforme ele ia afastando sua boca do meu ouvido. Eu me controlaria, me manteria firme aonde quer que estivesse e ficaria sem resposta alguma. Ele deixaria aquela pergunta no ar, e depois iria embora, me deixando totalmente hipnotizada e necessitada de sua companhia, do seu sorriso, da sua voz.

Dois, três, quatro, cinco copos de Knockeen Hills. 

Senti minha cabeça girar por alguns instantes, mas logo voltou a seu estado normal. Coloquei o resto da bebida que havia na garrafa dentro do copo de vidro em minha mão, e jogando todo o liquido em minha garganta, sem hesitar. Já havia me acostumado com aquele gosto, e ardência não existia mais a essa altura.

Me levantei e olhei em volta. O lugar estava começando a se preencher de pessoas. Nada exagerado, mas o movimento havia aumentado desde que chegamos. A maioria das pessoas que estavam lá riam, dançavam, jogavam jogos, se divertiam. Eu queria estar como eles. E foi com esse objetivo que eu concertei minha postura, respirei fundo e dei alguns passos em direção a escada que dava acesso ao andar de baixo e todos os outros. Ouvi Zayn gritar por meu nome, mas não me dei ao trabalho de olha-lo. Desci com lentidão os degraus da escada, que estava um pouco escuro. Não completamente. Uma luz fluorescente iluminava aquele estreito lugar. Havia bastante pessoas ali. Se Zayn tivesse vindo atrás de mim, provavelmente não me encontraria tão fácil.

Errado.

Ouvi sua voz chamar por meu nome mais uma vez. Resolvi continuar ignorando-o. Ele não entendia que eu não queria a companhia dele? 

Das escadas já era possível ouvir o som altíssimo que vinha da boate. No andar em que eu estava anteriormente não ouvia música alguma a não ser o som lento e chato que tocava, que inclusive quase não dava para ouvir, mas a da festa não. A da festa era totalmente ao contrário. Obviamente. Festas não seriam nada sem música. Aquele som me agradou muito mais. Não consegui identificar de imediato qual era a música. Ouvia apenas a batida contagiante e os gritos e uivos que as pessoas davam.

Assim que cheguei ao primeiro andar, o andar da festa, o andar divertido, passei por um pequeno grupo. Garotos e garotas. Para ser mais exata: mauricinhos e prostitutas. Pude perceber pela forma que eles estavam vestidos. Pelo visto esse lugar havia de tudo. Até prostituição. Imaginei se Zayn costumava frequentar esse tipo de ambiente sempre, se era cliente daqui, e até mesmo delas. As quatro garotas estavam penduradas nos pescoço dos rapazes. Tive que passar pelo circulo extenso que eles formaram. Mesmo com as luzes piscantes sobre nós e uma breve tontura que invadiu minha cabeça, pude ver as garotas me olharem de cima a baixo. Coisas de mulher. Não achei isso errado, afinal, que mulher nunca fez isso? Apenas duas me olharam. Não pude ver a expressão que cada uma me lançou. As outras estavam entretidas demais com seus clientes.

A pista de dança estava lotada. Nem se eu quisesse poderia me encaixar ali. Olhei para todos os lados procurando a saída. As luzes agora não estavam mais azuis como as da escada. Eram coloridas e piscavam cerca de vinte vezes por segundo. Eram fortes, muito fortes, e começaram a me deixar tonta. Não poderia culpar as luzes fluorescentes. Todos que estavam ali pareciam estar bem, ou quase todos. Era a bebida fazendo efeito. Mas, mesmo tendo bebido muitos copos de Knockeen, eu não senti aquela animação, felicidade ou qualquer outro sintoma que costumava sentir quando bebia. 

Andei em meio a tropeços até a porta de saída., que não era a mesma que entrei quando cheguei. A maioria das pessoas estavam concentradas na pista de dança e no bar principal. O local da boate em que eu estava agora tinha muitas pessoas, mas não tantas. Não foi muito difícil de me locomover naquela área.

Senti meu braço ser segurado por alguém. Virei meu pescoço para ver quem era, mesmo já desconfiando de quem seria.

Zayn.

Rolei meus olhos. Ele não me deixaria em paz. 

Olhei para sua mão que apertava meu braço com força e lhe lancei um olhar reprovador, só assim ele soltou. Girei meus calcanhares e continuei andando, mesmo sabendo que ele estava atrás de mim. Assim que atravessei a porta de saída, pude ver uma rua em que havia algumas pessoas, frequentadores da boate, eu imagino. Podia contar nos dedos quantas pessoas haviam ali. Eram cinco. Um casal estava um pouco afastado, quase que se comendo no meio na rua, beco, na verdade. Outro estava falando ao celular, também um pouco afastado, mas andava em direção a boate. E outros três homens estavam próximos a porta onde eu estava parada, os observando, fumando. Dois estavam com cigarros colados na boca, e outro fumava algo que me parecia ser maconha.

Senti um corpo de chocar com minhas costas. Zayn. Bufei baixo ao sentir suas mãos pousarem em meus ombros.

 — Ei, o que está fazendo aqui? - indagou ele. Pensei em responder que estava fugindo dele, que ele não era tão bom quanto o Justin, mas não fiz.

 — Lá dentro está muito cheio. - disse a primeira coisa que veio em minha cabeça, não que isso fosse mentira, pois não era.

Dei um passo a frente e corri meus olhos pela rua. Estava escuro. O cheiro de drogas presente ali me despertou curiosidade. Eu nunca fumei nada a não ser cigarro. Sempre me senti atraída e atiçada a experimentar outros tipos, mas nunca tive coragem, nem mesmo nos meus piores porres. Ashley me dissera uma vez que era ótimo. Que trazia uma êxtase enorme. Eu me lembrei da maneira que ela ficava assim que fumava. Ela ficava feliz. Ou, aparentemente feliz.

Vi Zayn passar em minha frente e ir até  o outro lado da rua, se sentando na calçada. Logo em seguida ele tirou um maço de cigarros do bolso. Eu não sábia que ele fumava. Fiquei o observando de longe, e automaticamente me lembrei de quando vi Justin fumando aquele dia na sacada. Me lembrei da forma sexy que ele soltava a fumaça pela boca. Era estranho como tudo essa noite estava me lembrando Justin. Ou talvez eu mesma quisesse me lembrar dele e estivesse colocando a culpa em qualquer outra coisa por medo de assumir isso. Eu me perguntava mentalmente a cada segundo onde ele poderia estar nesse exato momento. Suspirei e desviei meu olhar de Zayn, que a essa altura já deveria ter notado que eu o encarara. Eu queri parar de pensar em Justin. Na verdade, eu queria parar de pensar. Eu estava pensando muito. 

Andei até ao outro lado da rua, chegando até Zayn e me sentando na calçada, ao seu lado. Ele apagou seu cigarro assim que viu eu me aproximar.

 — Não precisa parar de fumar só porque eu cheguei. - disse assim que me sentei. Ele não me olhou nem demonstrou nenhuma reação, estava fitando o asfalto mal acabado da rua.  - Na verdade, eu ia te pedir um - não era verdade. Eu só não queria que ele achasse que deveria parar de fazer qualquer coisa só por eu estar presente.

 — Não acho que devo te deixar fumar. - ele disse, em um tom baixo, ainda sem por os olhos em mim. Eu o olhei desentendida.

  — Por que não? 

 — Justin me pediu para cuidar de você. Acho que deixar você fumar não é exatamente cuidar. - senti algo estranho dentro de mim assim que ouvi Zayn dizer o nome dele. Então Justin tinha pedido para que Zayn cuidasse de mim? Fiquei feliz em saber disso, mas por que ele mesmo não fazia isso? Por que ele mesmo não cuida de mim? 

Ficamos em silêncio por alguns minutos. Zayn soltava assovios. Eu abaixei meu pescoço, fitando o asfalto sujo. Ouvi passos se aproximarem. Zayn parou de assoviar. Ergui minha cabeça lentamente e tenho certeza de que naquele exato momento meus olhos brilharam com uma intensidade enorme assim que o vi ali, parado em minha frente, com seu encantador par de olhos castanhos grudados em mim, me intimidando e me causando arrepios. Pisquei forte tentando saber se era ele mesmo ou a bebida já começara a me causar alucinações. Torci para que não fosse isso. Mas tive certeza que era ele assim que reparei em sua roupa. A jaqueta. A inseparável jaqueta de couro preta. Eu abri o maior e mais sincero sorriso que já dei em minha vida. Estava difícil de respirar. Ele estava tão lindo. Mesmo com a minha visão um pouco embaçada pude ver o quão bonito ele ficava a luz da lua.

Justin desviou seu olhar do meu depois de um certo tempo, olhando agora para Zayn, que se levantou em silêncio e se afastou de nós, nos deixando a sós.

 — O que está fazendo aqui? - Justin me perguntou. Sua voz estava mais rouca que o normal. Ele sentou ao meu lado, no lugar em que antes Zayn estava. Me virei um pouco para poder encara-lo. Eu queria olha-lo mais. Muito mais. Agora com seus olhos mais perto de mim, pude ver que eles estavam um pouco vermelhos, o que ofuscou um pouco a íris dele. A vontade que eu tinha no momento era de beija-lo, beja-lo até o ar faltar, mas não fiz. Justin me olhou esperando a resposta para sua pergunta.

 — Zayn me trouxe. Eu estava farta de ficar em casa. - respondi. Justin se virou, fazendo nossos olhos se encararem de maneira intensa. Eu comecei a sentir aquela fraqueza nas pernas. Me perguntava se aquilo sempre aconteceria quando estivesse perto dele, porque é o que vem acontecendo.

 — Eu não quero você saindo com o Zayn. - seu tom foi sério, mas não me intimidou. Franzi minha testa. Eu ouvi mesmo isso?

 — Talvez eu não queira me distanciar de você, e mesmo assim você fez isso, nos distanciou. - cuspi as palavras na cara dele. Minha frase saiu com convicção, gostei disso. Justin desviou seu olhar mais uma vez, mas não se virou. Por um instinto, me aproximei mais dele, apoiando meus joelhos em suas pernas. Levei minha mão até seu rosto e comecei a acaricia-lo. Começando pela orelha, seguindo por seu queixo, o erguendo e o forçando a me olhar.  - O que aconteceu? Por que está fazendo isso? - não foi preciso eu formular com perfeição minha pergunta. Eu sábia que ele entenderia o que eu queria dizer com isso.

 — Eu estou me esforçando ao máximo para ficar longe de você, Selena. - ele disse, pausadamente depois de um tempo.

 — Por que? - perguntei, ainda acariciando seu rosto. Justin deu um leve suspiro.

 — O seu gosto é viciante - afirmou - Eu só precisei precisei provar uma vez para ter certeza disso. - o olhei ainda confusa. - Eu tenho medo de me tornar dependente disso. - eu deixei escapar um curto sorriso. Não importa o que ele dissesse, eu estava tão feliz por ele estar ali, eu só queria ficar ali com ele. Mesmo que não dissemos nada um ao outro. Eu só queria poder olhar para aqueles olhos para sempre. Talvez eu estivesse um pouco dependente.

Fechei meus olhos e o dei um curto selinho. Acariciando seus lábios com toda a calma possível. Sua boca estava gelada, mas com gosto incrível. Chupei seus lábios. Eu estava com cede deles. O beijo foi tão lento e calmo. A falta de ar não foi um problema. Foi o nosso melhor beijo, sem dúvida alguma. Justin não estava com gosto de cigarro ou de bebida na boca, como das vezes anteriores. Sua boca estava com um gosto puro. Um gosto indescritível. Um gosto ótimo. Justin cortou o beijo. Senti um nó começar a se formar na minha garganta, mas esse nó foi desatado assim que o vi sorrir e sussurrar:

 — Não queremos transar no meio da rua, não é mesmo? - perguntou. Gargalhei. Então iriamos transar? Não posso dizer que não queria. É claro que eu queria. Justin se levantou e segurou minha mão, me levantando em seguida. Olhei para os lados e não vi mais ninguém na rua. Nem mesmo Zayn.  Justin me segurou firmemente pela cintura assim que me viu cambalear um pouco.  - Você bebeu?

 — Um pouco. - disse, mentindo, mas tentando abreviar este assunto. Não queria estragar a noite dizendo que sim, eu enchi a cara e estava tudo rodando. Estava perfeito demais, e não seria eu que iria estragar, não dessa vez.

Andamos em passos lentos porém largos até uma rua que não ficava muito distante da boate. Justin soltou minha cintura assim que chegamos a um carro. Não era o Porsche branco que eu conhecia, e sim um Range Rover preto. Ele havia trocado de carro. Confesso que esse me agradou mais. 

Entrei no carro. Justin estava quieto demais. Não dissera nenhuma palavra enquanto andamos até aqui.

Ia colocar o cinto de segurança, mas ele me impediu, me puxando para junto de si e me colocando em seu colo. Eu não tive tempo de pensar, ele não me deu alternativas. Logo sua língua estava em contato com a minha. Ele me beijava com pressa, fogo, desejo, e eu o retribui com a mesma intensidade. Quiquei em seu colo e senti seu amiguinho dar sinal de vida.

 — Eu não posso esperar. Tenho que te foder aqui. Agora. - ele disse em um tom desesperado enquanto distribuía beijos e chupões em meu pescoço. Justin ergueu sua cabeça e tirou minha blusa, que era quase desnecessária já que mostrava boa parte da minha barriga. Os seus olhos quase saltaram para fora assim que viram meus seios cobertos pelo fino e delicado pano da lingerie roxa.

 —  Você é tão gostosa. - ele voltou a me beijar enquanto apertava meus seios ainda cobertos pelo sutiã. Nós estávamos pegando fogo. Eu já podia sentir a umidade em minha calcinha. Parei o beijo quando percebi que eu já estava sem a minha blusa enquanto ele ainda estava vestido. Tirei sua jaqueta e logo em seguida sua camiseta. Passei minhas unhas por todo o seu físico definido. Ele era tão gostoso. Voltei a beijá-lo enquanto rebolava em cima do seu membro; sentir a sua ereção me deixa ainda mais excitada, e saber que eu o deixo assim é a melhor sensação. -  Passa pra trás. - ele ordenou e eu obedeci. Fui pro banco de trás e ele veio junto comigo, me deixando em por baixo de seu corpo e começou a distribuir beijos pela a minha barriga despida.  Ele dava vários selinhos e algumas mordiscadas. Eu não tinha aonde colocar as minhas mãos então as levei até seus braços que cercavam meu corpo.Vi Justin erguer seu olhar e subir seus beijos até o meu pescoço. No inicio fora apenas uma caricia, mas não demorou muito para ele colocar força e sugar a minha pele. Aquilo doeu um pouco.

 — Isso vai ficar marcado. - reclamei mas na verdade eu não me importava.

 —  Ótimo. - ele sorriu e abriu o fecho do meu sutiã. - Eu estou no paraíso. - ele disse assim que meus seios pularam pra fora do sutiã. Logo em seguida ele colocou a língua pra fora e a deslizou em volta dos meus mamilos, sorri com essa sensação e passei meus dedos pelo seu cabelo. Acho que ele levou isso como um incentivo pois logo colocou meu peito em sua boca, o chupando com vontade enquanto acariciava o outro com a mão. Pressionei meus lábios em uma tentativa falha de reprimir o gemido. Justin traçou um caminho com a língua pela minha barriga, até chegar na minha intimidade e abrir o botão e o zíper da minha calça jeans e eu o ajudei a tirá-la. Agora eu estava apenas de calcinha. Ele jogou a calça no banco da frente e deu um beijinho por cima da minha calcinha, passando a mão por cima da mesma, notando a minha umidade.  - Molhadinha. - ele sorriu malicioso.  - Assim que eu gosto. - senti minha calcinha ser retirada do meu corpo com um movimento bruto. Ele havia a rasgado. 

Justin começou a me chupar, eu gemia livremente, sem me importar se algum pedestre que passasse nos ouviria, sem me importar com nada. Eu queria cada vez mais.

Ele parou de me chupar e introduziu dois dedos em minha intimidade, explorando cada centímetro dentro de mim. 

 — J-Justin. - eu gemi o seu nome em um tom um pouco baixo. Eu estava tentando me controlar - AHHHHHHH. - gritei e gozei em seus dedos, ele os tirou de mim e os levou até a minha boca, e eu chupei, sentindo o meu próprio gosto. Tentei fazer uma cara sexy, ele riu. 

O ajudei a tirar o resto das peças que ainda restavam em seu corpo. A calça jeans escura. Ele a jogou no banco da frente, a juntando com a minha. Ver o volume de seu membro quase rasgando a cueca só me deixou com mais vontade ainda de senti-lo dentro de mim. Eu estava quase implorando. 

Justin finalmente tirou a cueca e segurou seu membro, colocando  a cabeça na entrada do meu sexo, me provocando. 

 — Mete logo. - mandei, sem paciência. Ele riu e depois o senti entrando em mim bem devagar, tentando ser cuidadoso. Eu me levantei e fiquei por cima dele, colocando minhas pernas em cada lado do seu corpo. Levei minha mão até seu pênis e o empurrei para dentro de mim. Justin fechou os olhos e soltou um gemido alto. Eu fiz o mesmo. Eu acho que eu empurrei forte de mais. Doía um pouco. Mas era uma dor boa. Uma dor deliciosa.

Quando Justin já estava completamente dentro de mim, ele deixou qualquer resquício de cuidado pra trás e começou a fazer movimentos rápidos. Cravei minha unha em suas costas e a arranhei em seguida.

 — Geme pra mim. - ele disse com os lábios próximos aos meus.

 — V-vai, por favor.  - implorei. Eu estava quase lá. Ele aumentou o ritmo e foi como se eu tivesse dado uma volta na Lua e quando eu voltei pra realidade eu ouvi ele gemendo. Seu gemido foi baixo, porém audível. Desesperado, porém sexy.  

Senti Justin sair de dentro de mim e caiu sobre meu corpo. 

 — Você é tão... tão doce. - ele disse assim que sua respiração se normalizou. Eu fechei os olhos e sorri. 

Nossos corpos totalmente nus se colavam um no outro. Eu me mexi um pouco e levei minha mão até seus cabelos, os acariciando. Ele permanecia de olhos fechados. Alguns minutos depois, Justin virou seu rosto, me encarando. Eu já não me sentia mais intimidada com seu olhar. Seus olhos castanhos já não estavam vermelhos como antes. Pude ver com clareza a intensidade que eles brilhavam. Justin me deu um beijo. Um beijo calmo. Como uma forma de finalizar aquele momento, por mais que eu desejasse que não tivesse fim. Seus lábios não estavam mais gélidos, ao contrário, estavam quentes, muito quentes. A temperatura do seu corpo todo se modificou após a nossa transa. Descolamos nossos lábios.

 — Você é tão doce lá em baixo quando aqui em cima. - ele sussurrou próximo ao lóbulo da minha orelha. Eu ri com seu comentário. Justin abriu um sorriso. Um sorriso não tão grande, mas eu sábia que era sincero. Ele me deu um selinho rápido e voltou a repousar sua cabeça em meu colo despido. Estava tão bom ter ele ali, perto de mim, colado em mim. 

 — Eu poderia ficar com você aqui a noite toda, mas nós temos que ir para casa. - Justin disse se levantando com lentidão do meu corpo.  - Vista isso. - ele jogou sua camisa para mim e eu a vesti. Era branca, larga e comprida. Ficou pouco acima dos meus joelhos. Eu queria ficar mais tempo ali. Não queria que aquele nosso momento acabasse. Eu não queria que ele voltasse a se afastar de mim, assim como aconteceu da outra vez que transamos.

 — Justin. - o chamei. Ele que até então estava vestindo sua cueca, virou seu rosto para me olhar. - Você vai voltar a se distanciar de mim? - disse em voz alta a pergunta que estava quase formando um nó em minha garganta. Minha voz saiu muito baixa. Eu precisei fazer essa pergunta, e temia pela resposta dele. Eu queria que ele soubesse que eu não queria que nos afastássemos. Eu gostava de Justin. Eu estava sentindo algo que eu só poderia saber o que realmente era se me aprofundasse mais. Justin pensou um pouco antes de me responder.

 — Nunca conheci uma garota tão perfeita como você. - afirmou ele. Senti meu coração bater dentro de mim em um ritmo mais acelerado. - Eu tentei me afastar, eu tentei, eu juro que eu tentei. - sibilou. Sua expressão era triste. Justin sempre me dizia coisas que eu não conseguia compreender. Ele pensava muito, mas não sábia organizar seus pensamentos e acabava dizendo coisas que me deixavam confusa. Eu me sentei sobre o banco de couro e deslizei para perto dele, ficando aproximadamente dez centímetros de seu corpo. Tive que me concentrar bastante para não olhar para seu abdômen nu, que estava com algumas gotículas de suor, o que o deixou ainda mais bonito. 

 — Você não precisa se afastar de mim. - disse próxima ao seu ouvido, quase que me pondo em seu colo. Justin piscou forte e me lançou um olhar indecifrável.

 — Eu já disse. Eu não quero me viciar. - senti impassibilidade em seu tom. Ele não esperou eu dizer mais alguma coisa, passou para o banco para o banco da frente, me chamou mas eu não fui. Continuei sentada no banco de trás, calada. Ele disse que eu sou perfeita, mas que não queria se viciar. Ok, eu estava muito confusa. Inclinei minha cabeça para trás, a apoiando no encosto macio do banco e encarando o teto cinza do automóvel. Minha cabeça rodava. Tentei fechar os olhos mas a tontura só piorou. A bebida se misturou com meus infinitos pensamentos e causaram esse efeito transtornante.

Abri meus olhos e vi Justin dedilhar o sofisticado aparelho de som. Uma música que eu reconheci de imediato começou a tocar, dando fim ao silêncio que havia se instalado ali dentro.

 

Something in the way she moves

Attracts me like no other lover

Something in the way she woos me

I don't want to leave her now

You know I believe and how

 

Alguma coisa no jeito que ela se move

Me atrai como nenhum outro amor

Alguma coisa no jeito que ela me fascina

Eu não quero deixá-la agora

Você sabe que eu acredito e muito

 

Somewhere in her smile she knows

That I don't need no other lover

Something in her style that shows me

I don't want to leave her now

You know I believe and how

 

Algum lugar no sorriso dela, ela sabe

Que eu não preciso de outro amor

Alguma coisa na maneira dela que me mostra

Eu não quero deixá-la agora

Você sabe, eu acredito e como

 

You're asking me, will my love grow?

I don't know, I don't know

You stick around now it may show

I don't know, I don't know

 

Você está me perguntando, meu amor crescerá?

Eu não sei, eu não sei

Fique por perto agora, ele pode aparecer

Eu não sei, eu não sei

 

Something in the way she knows

And all I have to do is think of her

Something in the things she shows me

I don't want to leave her now

You know I believe and how

 

Alguma coisa no jeito dela, ela sabe

E tudo o que eu tenho que fazer é pensar nela

Algo nas coisas que ela me mostra

Eu não quero deixá-la agora

Você sabe, eu acredito e como

 

Eu cantarolei baixinho toda a música, mas no último refrão, Justin desligou. Eu adorava aquela música. Mal educado.

 — Por que desligou? - perguntei, me inclinando para frente, chegando próxima ao seu banco. Ele estava com a cabeça baixa e não pude ver a expressão que mantinha.

 — Me lembra você. Não quero ouvir algo que me lembre você. - senti aquela falta de ar me dominar.  Eu abri a boca para dizer alguma coisa, mas não consegui. 

Ele havia me deixado sem palavras mais uma vez.

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Que saudade que eu estava de vocês <3 Demorei um pouquinho pra postar, né? Me desculpem. Estava em semana de provas, estava cheia de trabalhos e lições pra fazer, mas agora já estou de féeeeeeeeeeeeeerias, bitches! Prometo postar com mais frequência.
Vocês devem ter reparado que nesse capitulo eu não coloquei aquela tipica frase no final que eu coloco sempre em todos os capítulos, é que já tem a letra dessa música, e geralmente as frases que eu coloco no final são trechos de música, e enfim, ia ficar estranho. Eu não ouço muito Beatles mas achei essa música perfeita pro capitulo, e queria algo diferente, não queria essas músicas moderninhas, aí achei essa e me apaixonei <3
Quero agradecer a linda da Jessica (backpack) por ter me ajudado a escrever esse capitulo. Ela escreveu uma parte dele, e eu não poderia levar os créditos sozinha né, então, se gostaram do capitulo, agradeçam a ela pq ela me salvou ♥
Lily não apareceu nesse capitulo :( porém, TEVE JELENAAAA, sim, rolou secso, altas tretas, eu ia fazer a Selena se drogando, na verdade até escrevi a cena, mas depois parei pra pensar e achei melhor não. Eu demorei tanto pra escrever esse capitulo, scrr. Estava sem idéias boas e só consegui finaliza-lo hoje.
aaaaahh vocês voltaram a fazer aqueles comentários meigos e enormes que eu amo tanto, não é mesmo? Nem todas, mas algumas. Comentem, por favor. Eu estou tão desanimada esses dias, preciso de um incentivo, poxa :(

LOOK SELENA: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=123064315&.locale=pt-br
MÚSICA: https://www.youtube.com/watch?v=IrW7dlDHH28

até o próximo ♥
xoxo


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