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História Moonshine - Eu sou sua única amiga


Escrita por: nocologne

Capítulo 17 - Eu sou sua única amiga


Fanfic / Fanfiction Moonshine - Eu sou sua única amiga

 

 

POV Justin

 

Beber. Beber estava sendo a única coisa útil que eu fazia nos últimos dias. Beber me ajudava a esquecer os problemas. Não que Selena fosse um dos meus problemas, mas ficar perto dela não estava me ajudando. E eu não conseguiria me livrar dela mesmo se quisesse. Ela não era algo que eu pudesse me desfazer, infelizmente. Eu não sei. Algo estava estranho. Eu nunca me senti tão bagunçado. 

Joguei a lata de whisky no chão e limpei minha boca com as costas da minha mão. Cambaleei um pouco mas continuei andando. Eu não fazia ideia de quanto tempo tinha ficado naquela festa, mas o céu já estava escuro, então, acho que a bastante tempo.

Chutei uma pedra que vi pelo caminho com certa frustração. Droga! Eu nunca fazia nada certo. Eu queria poder mudar as coisas. Eu queria não ter participado disso. Se tivesse sido dessa forma, tudo estaria melhor. Eu não precisaria mentir para Selena, eu não precisaria ter que tirar ela da casa dela, eu não precisaria envolver meus amigos nisso tudo, eu não teria a conhecido.

Eu havia me acostumado com a presença dela. Eu não sábia muito bem o quê era, mas era algo bom. Perigoso, mas bom.

Eu andava cabisbaixo pela escura rua de trás da casa de Ryan. Não havia ninguém ali. Estava completamente deserta. Nenhuma casa, nenhum automóvel, nenhum som, nada. 
Eu me sentia um completo idiota. Eu precisava falar com ela. Eu estava agindo como um covarde. Fugir dos problemas me parecia uma boa escolha a algum tempo atrás, mas agora não. 

Franzi meu nariz ao sentir um cheiro, no mínimo estranho. Olhei para cima e pude ver um clarão iluminando os postes pintados de tinta branca. Elas acendiam e apagavam em uma velocidade impressionante. Parei de andar e observei aquilo com atenção por alguns segundos.

Fogo?

Apressei meus passos até chegar a rua da casa de Ryan. 

Um enorme círculo de fogo bem em frente a casa na esquina foi o quê eu vi. Meus olhos automaticamente se arregalaram. 

Zayn estava parado ao outro lado da rua. Ele andava de um lado para o outro enquanto falava ao telefone.

Corri até ele e assim que ele me viu, encerrou a ligação e guardou o celular. Ele parecia estar aflito.

— O que aconteceu? - a bebida estava presente em meu sangue mas meu consciente não estava totalmente abalado. Zayn colocou as mãos em seu rosto, as enterrando ali por alguns segundos, depois olhou para o fogo, piscando diversas vezes. Eu nunca o vi assim. Ele estava quase chorando. 

— A Selena... - sibilou ele, em um tom baixo mas eu consegui ouvir por estar próximo a ele. Senti meu coração acelerar assim que ouvi ele dizer o nome dela.  –  A Selena... - repetiu desesperadamente enquanto olhava para as chamas em nossa frente. Eu o lancei um olhar atordoante esperando ele dizer algo que fizesse sentido.

— O que tem a Selena, caralho?! Onde ela está? - comecei a olhar em volta a procura dela. 

— A Selena está lá! - ele apontou para o fogo. Se meu coração até agora estava em um ritmo acelerado, naquele momento eu poderia afirmar que senti ele parar por alguns segundos.

Fiquei imóvel tentando processar aquela informação um tanto quanto devastadora. Ela estava mesmo lá?

Corri até o outro lado da rua tentando mostrar á minhas pernas que elas poderiam agir. Um enorme nó se formou em minha garganta e eu perdi os sentidos ao olhar para aquela cena. O círculo de fogo estava quase se fechando. Ela estava lá dentro. Eu teria que agir rápido.

Eu estava meio tonto mas teria que fazer o máximo que conseguisse para esquecer que eu estava bêbado. Fazer algo estava como prioridade naquele momento e tontura alguma iria me atrapalhar.

Tirei minha jaqueta e a coloquei em minha cabeça para proteger meus olhos do fogo. Zayn me olhava com uma olhar tão desesperado que por um instante eu senti medo.

Dei um passo em direção ao fogo e meus olhos arderam só de olhar para as chamas de uma direção tão próxima. 

Zayn parecia querer dizer alguma coisa, mas não disse. Ele continuou apertando o celular em sua mão, parecendo  armazenar sua concentração naquele aparelho, já que não podia fazer nada no momento. Talvez não pudesse mesmo. Mas eu sim. Eu podia fazer algo. Por mais que o medo estivesse presente em mim, eu teria que vencê-lo.

Sem mais delongas, encarei o fogo antes que o círculo se fechasse.

Já por dentro do círculo, haviam apenas faíscas. O fogo, por sorte, não havia se espalhado naquela área. Estava quase se aproximando do carro. 

A parte da frente do carro estava quase toda coberta pelo fogo. Torci para que Selena estivesse na parte traseira.

Cobri minha cabeça ainda mais com a jaqueta e senti uma faísca pingar em meu braço descoberto. Nada muito doloroso, mas me causou ardência. Ignorei este acontecimento insignificante. Tudo o que importava naquele momento era tirar Selena de lá.

Corri até o carro tentando me afastar das chamas. Me aproximei dos vidros e assim vi que Selena estava no banco de trás. Dei dois passos para trás e impulsionei um chute contra o vidro, com o objetivo de quebrá-lo, o quê não foi uma tarefa tão difícil já que o fogo estava começando a interferir naquela parte e derretendo o mesmo.

Entrei no carro e vi Selena espalhada no banco traseiro, desmaiada, bom, eu esperava que ela estivesse apenas desmaiada. Agradeci por ela não estar ferida. Aparentemente, não estava. Achei as chaves reservas dentro do carro e destravei as portas. Engatinhei até o banco de trás e enlacei minhas mãos nos ombros de Selena e a puxei para a porta, a abrindo em seguida, e assim que ela estava na ponta do banco, a segurei pelo meio de suas costas e pernas, a pegando no colo. A temperatura do seu corpo estava gélida. Ela estava muito gelada. Por um instante eu imaginei que ela pudesse estar morta, mas seu abdômen estava se mexendo, ela estava respirando.

Tirei a jaqueta que cobria minha cabeça e coloquei no roto dela, a protegendo se qualquer faísca viesse a atingi-la.

A grande quantidade de fumaça atrapalhou um pouco minha visão, me fazendo ficar ainda mais tonto. Minhas mãos foram deslizando por suas pernas despidas e quase deixei Selena cair. Quase.

Respirei fundo mas me arrependi assim que senti a fumaça invadir minhas narinas e poluindo meus pulmões. Era como o cigarro. Mas diferente do cigarro, aquela sensação era horrível. Meu corpo automaticamente reprovou aquela ar, me fazendo tossir por diversas vezes consecutivas.

A fumaça foi desaparecendo de minhas conforme eu andava em uma direção oposta. Olhei para todos os lados. Não havia mais saídas. O círculo havia se fechado. 

Eu estava suando. Senti meus pés e mãos formigarem e não era por causa do peso de Selena.

Eu teria que passar pelo fogo se quisesse sair dali.

E foi o quê eu fiz.

Executei toda a força e coragem que havia em mim para atravessar a barreira de fogo que envolvia o carro. 

Fechei meus olhos, os "prendendo" com força.

Ardeu. Um pouco. mas consegui chegar ao outro lado.

Caí sobre o chão da calçada e o corpo de Selena caiu sobre o meu, amortecendo sua queda.

Minhas costas doeram um pouco pelo impacto da queda no cimento duro, mas nada significável ao ponto de me fazer tirar meu foco e atenção ao momento que acabei de viver.

Eu precisava saber se Selena estava bem. Meu Deus, ela quase morreu!

Afastei um pouco o corpo dela do meu para que eu pudesse a levantar. Me levantei e voltei a pega-la em meus braços. Olhei em volta e estávamos cercados por pessoas, vizinhos, eu acho. Todos me olhavam com certa curiosidade e falavam entre si. 

— Podem voltar para suas casas. Já está tudo sob controle. - tentei falar alto mas minhas cordas vocais não estavam agindo ao meu comando. Pude ver que os bombeiros já haviam chegado. Eles fariam milhões de perguntas, e eu não estava nem um pouco disposto a responder. Além do mais, eu acabei de chegar, nem sábia o que tinha acontecido. 

Me apressei em entrar em casa, fui pelos fundos. Um dos bombeiros gritou por mim enquanto apagava o fogo, mas eu o ignorei e continuei andando. Zayn veio comigo.

Entramos pelos fundos e chegamos na garagem da casa. Meu carro não estava lá, eu havia o deixado na boate. Havia apenas um dos três carros que diariamente estavam estacionados ali. O de Zayn. Eu estava tão aflito que não disse nada a ele, não abri minha boca para dizer qualquer coisa. Eu só conseguia olhar pra Selena a cada dois segundos para checar se ela estava respirando. Lancei um olhar para Zayn que ele entendeu na hora, entrou na casa e pouco tempo depois voltou com as chaves.

Fui no banco de trás com Selena ainda em meus braços, mas com o resto do corpo da cintura para baixo repousados no banco. Zayn dirigia. Eu queria fazer perguntas mas estava nervoso demais para emitir qualquer emoção ou fala que não transmitisse desespero. Porque era esse o meu sentimento naquele momento. Desespero. 

Selena estava viva, mas poderia não estar. Olhar para aquele rosto pálido e congelado desde que a vi e não imagina-la morta estava se tornando uma tarefa impossível. 

Seus cabelos estavam grudados em sua testa e ela parecia ter suado muito. Imagino o quanto deve ter sido difícil para ela. E que dói mais era saber que ela passou por isso por minha causa. Acho que o fogo curou minha pré-ressaca e me fez enxergar. Se eu tivesse ficado ao lado dela nada disso teria acontecido. Eu me sentia tão culpado.

Zayn e eu não trocamos nenhuma palavra até o trajeto até o hospital, o que durou cerca de vinte minutos. 

Assim que chegamos, fomos para a emergência. Havia uma quantidade de pacientes razoável naquela área. Assim que passamos pelo corredor os olhares e atenção foram voltados para a garota em meus braços. Zayn ia andando na frente a procura de algum médico, e assim encontramos um. 

Entramos em uma sala onde havia várias macas. O médico pediu para que eu colasse Selena lá e assim eu fiz.

— O que aconteceu? - o senhor que aparentava ter pouco mais de trinta anos perguntou. 

— Um incêndio. - Zayn respondeu por mim. O médico tirou um estetoscópio de seu jaleco branco e o levou até o peito de Selena, checando sua respiração.

— Ela está respirando com dificuldade. - afirmou depois de alguns segundos. – Eveline, leve essa paciente para a sala 023. - o médico disse sem tirar os olhos de Selena assim que uma mulher que eu imaginei ser uma das enfermeiras que circulava pela aquela área se aproximar de nós. Ela assentiu e saiu em passos rápidos.

— Ela vai ficar bem? - perguntei. Não me pergunte como eu consegui falar porque nem eu mesmo sei. Talvez a necessidade de saber a resposta dessa pergunta fosse maior que qualquer falta de ar ou aflição.

— Farei o possível para que fique. - respondeu ele. Dois enfermeiros chegaram em seguida e pediram para que nós nos afastássemos na maca para que pudessem levar Selena dali. Antes que eles a levasse, abaixei a barra do seu vestido, que estava mostrando mas do que deveria. O médico riu ao me ver fazer isso, enquanto anotava alguma coisa em sua prancheta. – Qual é o nome dela? - perguntou. 

— Selena Gomez. - o respondi. Ele balançou a cabeça e voltou seu olhar a prancheta, anotando o nome que disse ali.

— Aguardem na sala de espera. - pediu e apontou para uma placa que indicava onde ficava a sala de espera. Zayn e eu concordamos e fomos até lá. 

Me sentei em um dos bancos próximo a parede e Zayn se sentou em um outro, um pouco afastado. Inclinei minha coluna para frente e apoiei meus cotovelos em meus joelhos. Não é como se Zayn e eu fossemos inimigos, ou que o que aconteceu fosse unir nós dois. Eu não gostava dele e ele não gostava de mim. Isso já era "caso encerrado" a muito tempo e ninguém nunca conseguiria mudar. Eu estava ali pela Selena, apenas por ela. Quanto menos ele falasse comigo, melhor. Mas antes eu precisava saber o que tinha acontecido.

— De quem era aquele carro? - perguntei sem o olhar. Zayn demorou um pouco para me responder, mas eu não o apressei.

— Meu. - respondeu ele.

— O que a minha garota estava fazendo com você? - finalmente o olhei, desconfiado e esperando por respostas.

— Não acho que ela seja sua garota. - pausou. – Se fosse, estaria com você a uma hora atrás. - senti meu sangue ferver. As palavras que saiam da boca dele transbordavam ironia e seu olhar desafiador estava começando a me irritar.

— Veja bem como fala. - falei em um tom baixo, porém, firme. Eu poderia enforcá-lo ali mesmo, mas estava fraco demais para exercer qualquer ato rude. Zayn deu de ombros e virou seu corpo para frente, cruzando os braços e fitando o chão. –  Eu vou perguntar mais uma vez, e quero que responda corretamente. - passei minha mão por minha barba, que a propósito, não fazia a dias. - O que ela estava fazendo com você? - repeti minha pergunta. Zayn respirou fundo e respondeu:

— Eu a chamei para sair. Fui buscar minha carteira, e quando voltei... - ele deu reticências a frase ao pronuncia-la. Acho que ele não sábia como completa-la.

— O que levou você a achar que poderia sair com ela? - Zayn riu.

— Ela não é propriedade sua, Justin.

— Sim, ela é. - falei com convicção. Zayn não revidou. – Por que o carro pegou fogo? Por que você não a ajudou? - perguntei em meio a um sibilo. Não obtive respostas. – Isso está muito estranho. - olhei para Zayn e ele pareceu ter ficado tenso. Ele abria e fechava seu punho incontrolavelmente e seu olhar parecia estar preso naquele piso branco cintilante. Eu me calei e fiz o mesmo. Olhar para os quatro cantos inteiramente brancos daquela sala. – Se algo acontecer a ela, eu te mato. - ameacei-o após um período curto em silêncio.

Os minutos pareciam demorar mais que o habitual a passar e eu não conseguia mais ficar parado, sem poder fazer nada. Queria saber se ela estava bem. Acho que dez minutos já foram suficiente para fazer os médicos conseguirem acordá-la.

Me levantei, deixando Zayn sozinho. Nossa conversa poderia ficar para depois.

Peguei meu celular e disquei o número de Ryan. Lembro dele ter me dito alguma coisa sobre ter planos para hoje. Acho que passaria a noite com Lily. Eu teria que os interromper.

 

POV Selena

Duas horas depois.

 

Abri meus olhos com certa dificuldade e senti minhas pálpebras que mal acabaram de se mover, pesarem, e assim, os fecho novamente. 

Tentei estabilizar meus movimentos e pensamentos até ter completa certeza do que estava acontecendo e se eu poderia abrir meus olhos. E após algum tempo, consegui. 

Abri meus olhos novamente em lentidão e minhas pálpebras pareciam ter entendido que eu as queria bem dispostas. Pisquei diversas vezes enquanto encarava o teto. Afinal, onde eu estava? 

Tentei me mover mas meu corpo pareceu estar anestesiado e fora do meu comando. Meu pescoço foi a única parte de mim que me obedeceu e virou-se para a esquerda. Vi um objeto que eu não sábia o nome, mas sábia que era de um material metálico. Ferro, talvez. Comprido, e de ferro. Subi meus olhos e vi um líquido amarelo depositado em um saco de plástico. Fui descendo meu olhar até chegar em meu braço, parado ao lado do meu corpo, com dois ou talvez três fios perfurados em minha veia.

Um hospital.

Tentei observar mais aquele lugar. Era basicamente, grande, vazio e branco. Preenchido apenas por alguns aparelhos, toalhas descartáveis, uma grande lixeira, uma cama, e eu. Não havia mais ninguém. Não se ouvia som algum.

Respirei fundo e tentei me lembrar como vim parar aqui. Puxei minha memória com tanta força que senti uma forte pontada na região interna da minha cabeça. Estava tudo tranquilo, mas de repente, tudo parecia ter explodido dentro de mim.

Doía muito.

Fechei meus olhos e tentei os prender, como se isso fosse aliviar a dor. Se aqueles soros injetados em mim fossem para diminuir qualquer tipo de dor que eu estivesse tendo, estavam falhando. Pois a cada segundo, ela só aumentava.

Levantei as duas camadas de lençóis que me cobriam e pude ver o traje verde ridículo que eu usava. Nunca estive desta maneira em um hospital antes. 

Eu gostaria de saber como vim parar aqui.

Senti o vento bater em minhas pernas, só aí reparei que havia uma janela a minha direita. Com uma cortina branca, quase transparente balançando para um lado e para o outro. Os pelos do meu corpo inteiro se eriçaram e o lençóis levemente bege voltaram a me cobrir.

A porta que ficava ao centro da parede a minha frente foi aberta, e uma moça alta e morena adentrou. Ela sorriu gentilmente assim que me viu, não retribui.

— Ah, você acordou. - ela disse de costas para mim, parecia trazer algo consigo.

— Á quanto tempo eu estou aqui? - perguntei. Ela se virou e assim eu pude ver um tipo de mesinha giratória com vários medicamentos em cima.

— Não muito. - ela andou em minha direção e colocou o carrinho a minha direita. Não havia apenas medicamentos ali, havia comida também. Só de olhar para aquilo um embrulho vinha em meu estômago. Parecia estar horrível. Fiz uma careta e acho que ela percebeu, mas apenas riu fraco. – Você está com fome? - fiz que não. – Beba isso. - ela me entregou o copo e um comprimido branco. Fiz o que ela pediu, dando goles a mais na água, já que minha garganta estava muito seca. – Não está no horário de visitas, mas insistiram muito, então... - ela usava um tom dócil ao falar comigo. Lembrei de Lily. – Você está bem disposta para receber visitas? - perguntou a morena.

— Eu estou ótima. - menti. Ela me olhou desconfiada mas pareceu ter acreditado.
 

—Tudo bem. - ela andou até a porta com o carrinho e se retirou do quarto, deixando a porta entre-aberta.

Poucos minutos depois, vi cabelos loiros enfeitarem minha vista. A porta foi totalmente aberta e de lá surgiu Ashley, e em seguida, Cher.

Abri minha boca totalmente surpresa e em seguida deixei que um enorme sorriso estampasse meus lábios. 

Ashley veio correndo até mim e me abraçou. Eu tentei a abraçar também, mas os fios em meus braços me impossibilitaram de fazer tal ato com perfeição.

A loira passou suas mãos por meus cabelos e o sorriso não saía do seu rosto. 

— Oh, meu Deus! Você está linda mesmo tendo acabado de sair de um incêndio! - ela disse em um tom animado.

— Incêndio? - perguntei desentendida. Cher andou até nós e se aproximou da maca. Ela passou sua mão por minha perna. Esse era o seu modo de cumprimentar as pessoas. Ao contrário de Ashley, Cher não era muito comunicativa. 

— Você não se lembra? - perguntou Ashley.

— Vagamente.

— Houve um incêndio no carro em que você estava. - contou Cher, se pronunciando pela primeira vez. As memórias começaram a vir aos poucos. Desviei meu olhar do das meninas.

— Então foi preciso um incêndio para vocês virem me ver? - disse com humor, mas era a verdade. Ashley apoiou parte do seu corpo na cama.

— Nós não sabíamos do ocorrido. Viemos hoje e assim que chegamos soubemos. - pigarreou Cher.

— Nós falamos com uma tal Lily. - pigarreou Ashley. – Ela disse ser sua amiga. 

— E ela é. - Ashley pareceu ter ficado surpresa com minha afirmação.

— Selena, ela é do bando do Jeremy. Ela não é sua amiga. - afirmou Ashley. Bando do Jeremy? Ela realmente não sábia de nada. Lily era uma ótima pessoa. – Eu sou sua única amiga. - a algum tempo atrás, sim, pensei. Rolei meus olhos. Ashley sempre fora ciumenta comigo e com todos a sua volta. A maioria dos seus namoros terminou por causa do seu ciúme excessivo. – Você esqueceu que foi sequestrada? - lembrou-me. Para dizer a verdade, sim, eu esqueci. 

— Estou melhor do que nunca aqui. - disse. Talvez essa frase se adaptasse melhor a algumas semanas atrás. Agora não era bem assim.

— Ah, sim estou vendo. - Ashley correu seus olhos pelo quarto e apontou para o soro que entrava em meu sangue gota a gota.

— Vocês vieram aqui para me dar lição de moral ou para me visitar? - perguntei já cansada de receber sermões. Elas me tratavam como uma criança que precisava ser protegida. Talvez eu precisasse de proteção, mas não desse tipo.

— Viemos aqui para te buscar. - Cher disse e se levantou.

— Como assim me buscar? - perguntei.

— Você vai embora com a gente. Você está livre, Sel! - exclamou Ashley. Senti um nó se formar em minha garganta e meu cérebro congelar. Eu não consegui falar mais nada. Apenas olhava Ashley sorrir animada enquanto Cher me observava com atenção.

Talvez eu não quisesse esse tipo de liberdade. Essa liberdade que elas se referiam não era a que eu procurava. O fogo as trouxe até mim, o fogo me faria ir embora. O conto de fadas acabou mal. Talvez eu preferisse ser queimada ao voltar a minha vida de antes. Talvez ser sequestrada fosse a melhor coisa que já tivesse me acontecido.

 

 

 

 

 

"Eu não sei o que eu quero, então não me pergunte

Porque eu ainda estou tentando entender isso 

Não sei onde essa estrada vai dar, estou apenas andando."

 

 

 

 


Notas Finais


Entãaaaaao, esse capítulo não ficou muito bom, ficou chato, eu sei, mas é que estou com um bloquei de criatividade horrível e enfim, saiu isso.
Ashleeeeeeeeeeey <3 Cheeeeeeeeer <3 Finalmente elas apareceram lol
Já vou logo avisando que essas duas vão surpreender vocês. Não tirem conclusões precipitadas sobre elas porque ambas são bem bipolares.
Justin herói <3 Ta, já estava meio óbvio que isso ia acontecer. Me pediram para o Zayn salvar a Selena, eu até pensei nisso, mas tem que ser o Justin, gente. Com o tempo vocês vão entender o porquê.
Selena vai embora? Que? Oi? An? Vocês querem que ela vá embora?
Eu já sei tudo o quê vai acontecer no próximo, então... veremos.
Ahhh, estou muito feliz porque consegui fazer várias leitoras fantasmas aparecerem no capítulo anterior. Algumas liam mas nem tinham conta aqui, mas lendo o meu pequeno "apelo" criaram uma conta só para comentar. Olha só que honra. <3 Obrigada por tudo, de verdade. Vocês são as melhores! ♥
Por favor, se tiverem alguma sugestão se sintam totalmente a vontade para me dizer. Como eu já disse, ando meio sem criatividade e esse capítulo lixo é a prova disso.
tchauzinhoney. amo vocêsney. comentemney. byeney <3
xoxo


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