1. Spirit Fanfics >
  2. Moranguinho (Imagine Suga - BTS) >
  3. Operação Promissora

História Moranguinho (Imagine Suga - BTS) - Operação Promissora


Escrita por: lovejm

Notas do Autor


Brotei de novo, moranguinhos!

Eu tô muito boiolinha por esse capítulo, então deem amor, por favor :( Fiquei toda boba escrevendo 💕

Aliás, ele é dedicado aos anjinhos @RayEnayar4 e @VidaYoongi que estão sempre comentando e me dando apoio. Muito obrigada, vocês são mto especiais pra mim <3

Pergunta: Qual o melhor dia para atualizações na opinião de vocês?
Eu sei que tem gente tendo aula online e sem tempo pra ler, então me digam aí o que acham >.<

Boa leitura 🌸

Capítulo 4 - Operação Promissora


Fanfic / Fanfiction Moranguinho (Imagine Suga - BTS) - Operação Promissora

Ferrada.

Essa é a situação a qual me encontro nesse momento. O pior é que não há outra saída a não ser enfrentar o branquelo domador de patos. Foi uma péssima ideia fofocar com a Sooyoung, eu deveria ter ido até os porcos primeiro e nada disso teria acontecido. Agora Yoongi está me encurralando e sabe perfeitamente que eu não vou com a cara dele.

O sol escaldante me faz transpirar e minhas coxas estão doloridas contra a madeira, eu inutilmente tento achar uma posição mais confortável, porém a única solução que me parece eficaz é descer. Respiro fundo e o olho de rabo de olho. Yoongi bate a ponta do pé no chão e aguarda pela minha chegada – ou talvez por uma explicação –, mas eu não arrisco mover sequer um músculo. Ele bufa e a franja que lhe cobre a testa esvoaça.

— Vai ficar aí até quando? — pronuncia impacientemente. Alguém faz um meme dessa pose? O deboche, cruzes.

Não vou negar que essa mesma pergunta está me perturbando desde o momento em que ele apareceu. Ok, preciso tomar uma atitude e mandar a real.

— E por que veio até aqui? — eu rebato erguendo o queixo por breves segundos.

— Eu precisava falar sobre um assunto sério — responde sem demorar muito, a postura emanando confiança e determinação. Uau, o rapaz acanhado da Fazenda Myung está realmente agindo assim ou é impressão minha? Se for um delírio, que nunca acabe.

— Qual assunto?

— É que... — e lá vem a incerteza no tom de voz — Promete que não vai fazer escândalo nem nada?

— Eu não sou de fazer escândalo — volto a balançar os pés e cruzo os braços, o orgulho não me permitindo admitir a mentira.

— Então desce até o chão que a gente conversa — apoia o peso do corpo na perna direita e diz a frase em um sopro só. Ofego. A nossa troca de olhares intensa e indissociável me traz uma sensação esquisita, como se algo gelado estivesse me percorrendo por dentro. É isso que chamam de "borboletas no estômago"?

Não, não. Nada de borboletas, isso é só mais uma traço da minha personalidade emocionada. Pareço até uma adolescente do colegial. Acorda, ______.

Decidida a ouvir seja lá o que for, eu reúno forças nas pernas para não pisar em falso sobre os galhos. Uso meu braço direito – enlaçado ao tronco – como medida de precaução. Vai saber quando um tombo da vida vai surgir pra me atazanar, não é?

Quando finalmente tento descer, sou surpreendida com um forte puxão para trás e volto a estaca zero, meu traseiro colidindo contra a superfície dura e irregular. Sinto cócegas e ao mesmo tempo uma quentura esquisita pelo meu braço. Percebo que a manga da minha roupa está presa a uma pequena ramificação da árvore, além de tudo há formigas migrando até a minha pele. O formigueiro mais se assemelha a uma enorme fila vermelha. Que diabos?!

— O que foi? — Yoongi me observa chegando mais perto. Ganho tempo para vislumbrar a expressão de horror que o rosto dele ganha após perceber o meu contratempo, é como se eu estivesse a beira de um desastre. — Você por acaso é alérgica a formigas? — ele pergunta com pressa.

— O quê? Não! — franzo o cenho e finalmente me livro do galho maldito, mas as bolinhas avermelhadas continuam a perambular pelos cantos.

— Tem certeza?

— Claro que sim, ou você acha qu... Ai, CACETE! — grito quando uma dor estranha belisca o meu ombro. Chego a ter a impressão de que o sol pousou bem em cima da minha cabeça de tão intensa. Logo mais dores se espalham e eu sou obrigada a apressar a descida, enquanto Yoongi parece mais em pânico e amedrontado que eu. Fala sério, logo ele que deve ganhar umas cinco picadas por dia. Ou será que eu tô tão fodida assim?

Só me faltava essa. Picada, suada e ferrada. Essa é a rima do dia.

— Pula em cima de mim! — o berro de Yoongi soa mais alto que o meu e eu olho para baixo confusa e apavadorada. — Pode pular!

— Ficou louco?!

Por essa eu não esperava, mas sei que de todas as alternativas – que são pouquíssimas – essa aparenta ser a mais coerente, apesar de maluca. Eu teria mais tempo para os primeiros socorros e diminuiria o número de picadas. Se é que essa é a conclusão que Yoongi tomou, ou ele tem uma justificativa mais inteligente e compreensível?

Bem, em todo caso, quem está lá embaixo é nada menos nada mais que Min Yoongi. Desde que cheguei à fazenda presumi que nunca iríamos dirigir a palavra um ao outro, sequer fazer contato visual, e agora estou prestes a pular nos braços dele como uma idiota cheia de dúvidas.

Ele estende as mãos e se posiciona da maneira a qual julga ser a mais adequada – pelo menos eu espero que seja –, as feições cheias de ansiedade e receio. É agora que eu dou um pulo nele.

Planejo o salto e me inclino levemente, esperando não dar uma voadora na cara do coitado. O vento é forte contra meu corpo e eu aperto os olhos com medo do que está por vir. Sequer senti o impacto e já me arrependo de tudo o que fiz. Contudo, infelizmente, não há retorno ou opção. Eu me choco em Yoongi no instante seguinte, o peitoral duro sendo amassado pelo meu peso e os braços dele me envolvendo.

A pele macia e ardente do pescoço do Min se encosta a minha bochecha e suas mãos aplicam um aperto quase impercetível ao redor do meu quadril, elas se destanciam conforme eu tomo coragem para olhá-lo cara a cara. Yoongi move as pálpebras pouco a pouco, aproveito o intervalo para reparar nos detalhes que compõem a face levemente pálida e contorcida. A boca rosada se abre ao soltar um suspiro de dor, mas se fecha quando ele percebe que estou fitando-a fixamente. Droga.

As pupilas se dilatam sob a luz solar e acompanham as íris em cada traço que Yoongi desvenda. Minhas mãos afundam na terra e me dão a chance de o contemplar por mais tempo. O perfume de bebê se mistura ao da natureza em um misto agradável e suave.

Yoongi cheira a neném.

A ternura do aroma que ele exala e as bochechas rosadinhas destoam da maneira como ele contorna a minha cintura e ergue o tronco com um impulso repentino. A bainha da minha blusa deixa a mostra um pouco de pele e é lá, justamente onde a roupa não cobre, que a mão dele toca. E eu sei que se estivéssemos em outra situação eu odiaria toda essa ousadia. Mas noto que é um puro acaso e Yoongi somente quer distancia. Nossos narizes quase se tocam antes de eu ser empurrada de leve e finalmente me afastar.

— Você se machucou? — eu pergunto ao tombar para o lado e vê-lo resmungando enquanto se levanta. Yoongi estapeia suas roupas para tirar a sujeira. Fico de pé logo em seguida e consigo tirar as poucas formigas que restaram. Alcanço meu aparelho celular que caiu junto comigo, felizmente a tela não trincou e não há rachaduras.

— Não — ele responde baixinho —, e você? — analisa o meu físico.

— Também não, mas essas picadas... — meu tom choroso denuncia a dor e eu raspo as unhas pelo braço tentando aliviar a coceira e a queimação.

— Deixe-me ver — se aproxima e eu ergo o braço para que ele avalie. — Hm... Você não parece ter alergia, isso é um bom sinal — toca algumas partes com a ponta dos dedos. — Aquelas formigas são bem perigosas para alérgicos.

— Sério?!

— Sim, mesmo assim é melhor colocar um gelo nisso para diminuir o inchaço e a dor. Vai ficar melhor em poucos dias — se distancia após dar uma última checagem. — Vamos —  eu pisco atônita enquanto ele passa por mim. Espera, deixa eu processar. — ______? — chama pelo meu nome quando percebe que não estou ao seu alcanço. Saio dos devaneios e começo a segui-lo.

O silêncio parece reinar dentro da casa, tirando o fato da vovó ter deixado uma música tocando no rádio. O vento que assopra por entre as janelas faz as cortinas flutuarem e torna a sala de estar ainda mais arejada. O Min chama pela avó diversas vezes, mas ela não aparece. Ele me guia até a cozinha e começa a vasculhar os armários embutidos na parede. Aproveito para lavar minhas mãos sujas e deixo o celular em cima da mesa, depois terei que fazer uma limpeza severa nele também. Retorno a observar Yoongi, este que agora verifica as gavetas.

— O que tanto procura? — me posiciono logo atrás dele.

— Uma pomada. Você pode pegar a compressa que está na geladeira? — vai até outro compartimento atolado de utensílios e remédios.

Atendo ao pedido dele e retiro a bolsa de gelo do congelador. Resolvo sentar à mesa.

— Achei — ele avisa finalmente. — Vá mudando a posição da bolsa, deve estar muito gelada — aconselha enquanto se aproxima. Yoongi puxa a cadeira da ponta e a coloca bem em frente a mim. Engulo em seco quando nossos joelhos se tocam e ele mais uma vez analisa as picadas.

Por que estou agindo assim?

— Está doendo muito ainda?

— Não — respondo baixo —, só um pouco. Nada que seja insuportável.

— Certo — tira a tampa da pomada e aplica um pouco no indicador direito. — Vou passar um pouco na sua mão, parece que é onde tem mais manchas — deixa a embalagem de lado e eu estico o braço para que ele aplique.

Yoongi passa o dedo com cuidado e espalha o creme com uma massagem gentil que alivia a coceira aos poucos. A face concentrada que ele esbanja me prende, assim como os movimentos precisos que sobem até meu pulso. Coloco a compressa para mais perto do meu ombro, esperando que Yoongi continue massageando, mas ele dá uma pausa e examina as manchinhas proeminentes que tomaram de conta. Comprime os lábios e eu começo a acreditar que é uma mania dele, algo que – cá entre nós – é muito fofo.

— Deixe a bolsa por uns minutos e passe a pomada mais tarde — Yoongi volta a me aconselhar, os dedos cálidos abandonando minha pele. — Por que está me olhando assim? — a desconfiança dele aponta.

— O quê? — sorrio nervosa. — Ah... é que eu lembrei do que você disse — conto uma verdade para encobrir a mentira. Não é o verdadeiro motivo, mas serviu para disfarçar.

— O cheiro do cocô da Joo Joo?! — arregala os olhos.

Que fissura é essa com a galinha fazendo as pitombas dela?

— Não, não é nada disso. É que você disse que tinha um assunto sério pra conversar comigo — minha resposta parece deixar ele ainda mais desconcertado. — O que é? É realmente sério?

— Então... — ele apoia o cotovelo na mesa e pensa antes de continuar. — Aconteceram algumas coisas de ontem pra hoje. Eu não queria causar confusão, mas como seu quarto é o mais próximo da lateral da casa, onde fica o galinheiro, achei que pudesse saber de algo a mais.

E alguns pontos se ligam entre o emanharado de teorias. Minha espinha se arrepia por inteira e as palavras se atropelam enquanto profiro:

— Era você no corredor? Eu ouvi barulhos estranhos, era você lá fora também?

— Calma, calma. Então você ouviu quando passei pelo corredor às cinco, certo? — confirmo com um aceno. — O que ouviu antes exatamente?

— As galinhas estavam muito agitadas, até mais que o galo, era como se estivessem se debatendo ou algo assim. Também ouvi pancadas estranhas, mas depois que você passou no corredor o barulho parou. Era como se... sei lá, estivesse programado tudo parar naquele horário. Como algo premeditado, entende? — eu gesticulo com a mão livre e cada vez mais crio receio do que está por trás disso.

— É estranho, as galinhas estavam normais e não encontrei sinais de violência ou estragos... exceto uma coisa — ele pondera pensativo.

— O quê? — pergunto apreensiva por mais respostas.

— Aquele odor que você sentiu não era da Joo Joo. Eu não deveria ter mentido, mas na hora não pensei que você poderia ter notado algo — explica me encarando. — Eu encontrei veneno em um canto do galinheiro, coincidentemente onde a comida fica exposta. O cheiro era azedo e forte por conta disso.

— Meu Deus! — abro a boca completamente chocada. — E o que você fez? Encontrou alguma outra pista além dessa?

— Eu separei o veneno, acho que vou à cidade pesquisar sobre ele. Não é muito comum venderem isso pelas redondezas, então se eu achar o lugar onde vendem, posso descobrir quem o comprou. E não havia nenhum vestígio do filho da mãe que esteve lá — apoia a testa na palma na mão, a frustração e a raiva assolando suas expressões.

— Eu te ajudo nessa, Yoongi.

— Está falando sério? — ergue as orbes e eu dou um sorriso sugestivo. Mesmo que ele não retribua, posso perceber a felicidade no olhar expressivo dele. Isso pra mim é o suficiente. — Sabe por onde podemos começar?

— A gente pode fazer uma lista de suspeitos, levando em conta intrigas da família e pessoas que moram perto da fazenda.

— Ninguém nunca conspirou contra nós, não faço ideia de quem possa ter feito isso — faz um bico sutil enquanto responde.

— Então seguimos o seu plano de ir até a cidade e investigar os compradores do veneno — sugiro com todo o ânimo do mundo. Confesso que não vejo a hora de encontrar o culpado.

— Ok... — estranha a minha tamanha ansiedade. Devo ter sido escandalosa, mas não ligo.

— Operação detetive Moranguinho e detetive Patoca — ergo a destra na esperança de um possível high five. Yoongi faz cara de poucos amigos e ergue as sobrancelhas.

— Você é sempre tão feliz assim? — bate levemente na palma da minha mão e se levanta.

— É o nome da nossa operação, quando tivermos mais pistas, podemos mudar o nome — dou de ombros e ele recua até a pia.

— Tudo bem, então. Você é a detetive Moranguinho, não é?

— Nada disso! Você é quem planta morangos, então é mais coerente ser o detetive Moranguinho.

Na verdade, existem outros motivos pelos quais dei esse nome, mas não sou boba a ponto de revelar isso ao Yoongi. 


Notas Finais


Ai ai... esses detetives que aguardem kkkkkkkkkk Mas e vocês... já têm alguma teoria sobre o caso?

Meu perfil: @lovejm 🍓

Até o próximo capítulo! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...