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História Mordida de Alfa - VINTE E SEIS: Eles Disseram Para Ter Fé


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


Olá meus anjos
como podem ver, eu estou atrasada, mas existe um motivo
bem, eu tenho trabalhado o dia todo, até às 18h eu tô no trabalho, e a partir das 18h30 eu tenho aula até às 21h30, e eu já chego bem cansada
tentarei postar todas as quintas, pois não tenho aula hoje, mas vai acabar saindo bem tarde da noite, provavelmente a essa hora mesmo

beijinhos
e olha a BOMBA!

Capítulo 26 - VINTE E SEIS: Eles Disseram Para Ter Fé


Mordida de Alfa

Cap. 26: Eles Disseram Para Ter Fé

A M A R O

 

 

 

Duas semanas. Por longos 14 dias, Baekhyun viu as marcas negras tomarem cada vez mais conta do corpo de Chanyeol, escondendo cada vez mais as suas feições, e o deixando cada vez mais desesperado. Chanyeol estava morrendo, seus lábios estavam cada vez mais sem cor, seu rosto cada vez mais pálido, seu cabelo totalmente sem vida, e de uns dias para cá, o Byun notou que os fios ruivos estavam caindo, tornando aquele estado cada vez mais sem explicação.

A senhora, que agora chamavam pelo simples nome de Bom, mal parava para comer ou dormir, pesquisando em todos os seus enormes livros, qualquer coisa que ao menos se parecesse com o que ChanYeol apresentava. Mas ainda nada, nenhum resultado sequer, aquilo lhe parecia tão estranho aos olhos, como se simplesmente houvesse sido algo inventado pelo próprio Wonsik.

— Baekhyun. — Myungjun o chamou na porta, depois de todos aqueles dias convivendo em confinados naquela casa, o ômega e o beta passaram a se entender, ambos sabiam que em um momento daqueles, precisavam ficar unidos, e apoiar um ao outro naquele momento tão confuso e angustiante — A Bom pediu para que recolhêssemos umas ervas para ela, na floresta.

O menor assentiu, passando mais uma vez ao lado de onde o corpo de ChanYeol se encontrava repousado, passou seus dedos entre os fios ruivos. Era de cortar o coração vê-lo daquela maneira, dia após dia.

Acompanhou o beta até os fundos da casa, o sol havia nascido há pouco tempo, e os dois se embrenharam na mata. Myungjun carregava um papelzinho amarelado, com um desenho da tal plantinha que eles estavam procurando. Na visão do Byun, todos aqueles matinhos eram iguais, e procurar aquilo era como tentar achar uma agulha no meio do feno.

— Achei! — o Park logo apareceu com uma plantinha simples e pequena em mãos, que parecia exatamente igual a qualquer outra coisa verde ali — Só precisamos arrancar mais algumas, elas estão bem ali.

— Quantos olhos você tem?

O beta não entendeu, e continuou o que estava fazendo, enquanto Baekhyun o seguia para onde havia encontrado as tais ervas. Os dois se agacharam perto de uma árvore, onde as mesmas se amontoavam e subiam por ela, começando a puxa-las pelo pezinho como Bom havia dito para fazer, as colocando dentro de uma cesta que Myungjun havia trazido.

Estavam em silêncio, ou pelo menos, Baekhyun estava, pois, o beta tagarelava algo sobre o cheiro das ervas ficar preso em seus dedos. O Byun estava pensativo, seus pensamentos sempre estavam em ChanYeol, ele estava agoniado devido ao estado do ruivo, e a cada segundo sua dor aumentava mais.

Estava quase sufocando.

— Myungjun? — em um murmúrio o chamou, ganhando a atenção do beta — Você acha que o ChanYeol vai morrer? Quer dizer, mesmo que a Bom consiga o despertar, o corpo dele pode definhar pela falta de comida e água...

— Estou com medo. — confessou, mordia seus lábios — Mas não quero perder minha esperança.

— Tenho medo de nunca amar outro alguém, se ele se for... — soltou, estava aflito demais e precisava desabafar — Mas de qualquer forma, nenhum alfa se casaria comigo, não depois que...

— O ChanYeol te desonrou? — a pergunta, que mais era uma afirmação, fez com que o ômega se encolhesse e olhasse pra baixo. Baekhyun era considerado um ômega de família, e sendo assim, sua pureza era uma virtude que sua família prezava, e também as demais famílias de alfas que conviviam por perto — Não se preocupe, Baekhyun, se o ChanYeol... você sabe, não acordar, eu me caso com você e restituo a sua honra.

Baekhyun sorriu fraco, enquanto Myungjun segurava em seu pulso, eles se olharam por poucos instantes, e era até engraçado ficarem a se olhar daquele modo, pois nunca, em momento algum, qualquer um dos dois se imaginava a viver sem ChanYeol.

Não, aquilo seria impossível.

— O ChanYeol vai ficar bem, não vamos perder a fé.

 

 

 

[... Mordida de Alfa ...]

 

 

 

 

Minhyuk estava indo bem, já estava começando a pegar o jeito com o ferro, além de não se perder mais quando precisava ir buscar mais lenha para o fogo, e Jongin estava muito orgulhoso dele. De uma hora para a outra, o garoto havia começado a se referir a eles como se fossem seus pais, e algo lhe dizia que isso havia partido de Junmyeon, e não podia negar, gostava.

— Appa. — o beta o chamou — Tem alguém o chamando.

Olhando para cima, o alfa avistou o homem na entrada da oficina, o encarando com um ar vacilante, como se estivesse com medo de estar ali. Ficando de pé, o Kim o encarou fixo nos olhos.

— O que deseja?

— Trouxe uma mensagem do líder, ele deseja vê-lo, o beta também, se possível, imediatamente.

O moreno franziu o cenho, podia sentir que aquilo não significava coisa boa, afinal, seu sogro não era do tipo que chamava para conversas amigáveis e muito menos para tomarem uma bebida juntos. Seu instinto? Manter Minhyuk protegido.

— Vem, Minhyuk.

Ele também sentia.

Quando subiu no cavalo com Jongin, Minhyuk sabia que poderia estar trilhando um caminho sem volta, seu tio poderia facilmente o prender ou querer devolvê-lo para sua mãe, pois provavelmente ele havia descoberto toda a verdade, a verdade de que em momento algum Jongin sequer cogitara a ideia de se deitar com ele, e de que o mesmo continuava virgem e puro do jeitinho que veio ao mundo.

O beta apertava com força a camisa do Kim, seus olhos estavam ardendo e ele sentia medo, de que assim que entrasse naquela casa, não conseguisse mais sair de dentro dela.

Não, ele não queria voltar para sua mãe, não podiam fazer isso com ele.

Só de entrar ali, os pelos de sua nuca se arrepiavam, se sentia desconfortável, deslocado, aquele não era o seu lugar, não era o lugar de ninguém, era como se aquela casa não tivesse vida e estivesse sempre vazia. E estava. O líder Do era o único que estava sempre, nem mesmo sua esposa ficava em casa, passando a maior parte do tempo com amigas, ou com seus irmãos. Tão vazio.

— Não tenha medo. — ouviu o sussurro de Jongin — Ninguém vai tirá-lo de nós.

Minhyuk sabia que Jongin nunca falava só por falar, sabia que podia confiar nele sempre. Queria se sentir mais confiante, mas sabia que começaria a chorar caso a alternativa de ser separado de Jongin e Kyungsoo viesse a se tornar real. Não, não agora, ele estava tão feliz.

Aquilo era tão injusto.

Aquela porta em um tom cinza, bem conservada, a sala do líder, onde todos os problemas da alcateia eram resolvidos. Ou piorados. O homem, já grisalho, beirando o branco total, estava sentado atrás da mesa, as mãos juntas segurando seu queixo, os encarando com um olhar... um olhar meio morto, quase como se estivesse sofrendo. E talvez estivesse, mas expressava seu sofrimento de maneira impropria, ridícula.

Sem perdão.

— Jongin. — proferiu seu nome, o tom saia com certa decepção, era perceptível para todos ali — Eu ouvi boatos, você e o meu filho andam tratando Minhyuk como se fosse filho de vocês, e não foi para isso que ele foi mandado para lá. — ficando de pé, seu tom de voz ia gradativamente se alterando.

O Kim, que já mal se continha em sua raiva, cerrava os punhos, pronto para perder totalmente seu controle.

— Minhyuk precisa te dar filhos, e não ser o filho de vocês!

Fechava seus olhos, tentava se conter, mas a raiva crescia cada vez mais em seu peito. Quem aquele homem pensava que era? Ele podia ser muito bem o líder da alcateia, poderia ser o pai de Kyungsoo, mas não era dono deles. Ninguém os obrigaria a nada, ninguém tinha esse direito.

— Irei manda-lo para casa, não é bom que ele fique com vocês. — ditou, como se aquela decisão fosse só dele.

E era como atirar uma imensa pedra sobre as costas de Minhyuk, que passara a sentir seus olhos ardendo ainda mais, começando a derramar ali mesmo. A dor que inundou seu peito foi imensa, e só de se imaginar com sua mãe novamente, se sentia desesperado. Ele não queria viver daquela maneira de novo, não depois de ter provado do que era ser amado e querido por pessoas ao seu redor.

Ele era da família também.

— Não o agradou? — perguntou, um cinismo carregado de amargura podia ser ouvido — Eu posso te arranjar um outro-

— Cale a boca! — já farto, Jongin falara entredentes, mas num volume suficiente para que o Do parasse de falar — Cale a merda da sua boca!

Em três passos, Jongin já estava diante da mesa, encarando de perto e bem no fundo dos olhos de seu sogro, aqueles olhos tão fundos e agonizantes. O Kim queria estraçalha-lo com suas próprias mãos, e a única coisa que o segurava naquele momento, era saber que Kyungsoo sofreria muito caso viesse a saber que algo assim aconteceu. Repetia diversas vezes que aquele homem era o pai de seu ômega, e feri-lo seria como ferir Kyungsoo também.

Precisava se conter.

— Tem muita sorte que meu amor por Kyungsoo seja mais forte do que a vontade que eu tenho de arrancar essa sua língua fora. — o tom do moreno estava seco, bruto, uma conversa entre alfas que feriria qualquer ômega que por ali passasse — Você fez Minhyuk chorar, e isso é imperdoável — segurando na gola do mais velho, aproximara seus rosto, com os olhos ainda muito fixos, ele nem piscava — Se não organizar a cabeça e começar a pensar direito, eu mesmo organizo ela, mas você não vai gostar disso.

Ao soltar a gola do outro, o solavanco foi tão forte que o Do caiu sentado sobre a cadeira, vendo Jongin dar as costas e fazer menção de ir embora.

— Jongin! — chamou seu nome novamente, mas dessa vez em um tom diferente.

E o chamou outras vezes, mas o Kim não lhe dera atenção, catando Minhyuk pela mão e indo embora com ele, enquanto o beta soluçava baixinho e mal enxergava um palmo à sua frente, pelo embaraço do choro. Fora a primeira vez que levara o beta na frente, onde Kyungsoo costumava ir, com o mesmo chorando o tempo todo, e quanto mais perto ficavam de chegar em casa mais ele chorava.

Chorava pelo medo de ser levado embora, e chorava pela felicidade de ter sido defendido. Ninguém nunca o defendera assim.

E ao chegar em casa, tudo fora questão de segundos, onde Minhyuk tentava esconder seu choro, limpando os olhos nas mangas da camisa, todavia seu rosto estava tão vermelho que era impossível de esconder, e ao ver Jongin chegando em casa com o garoto daquela maneira, Kyungsoo só conseguia pensar no pior.

— O que aconteceu? — foi a primeira pergunta do ômega — Minhyuk, o que aconteceu?

Ao avistar o olhar preocupado de Kyungsoo, tudo desabou novamente, fazendo o beta voltar a chorar compulsivamente. O menor, que já estava confuso, agora se sentia ainda mais perdido e aflito.

— Seu pai ameaçou manda-lo de volta. — Jongin optou por dizer a verdade, cumprindo seu juramento de que jamais haveriam segredos entre eles.

Kyungsoo pareceu se alterar mais ainda, mudando sua expressão de preocupação para uma de raiva, entre um segundo e outro. Aquilo já era passar dos limites, e passar muito. Ele não queria mais aquilo, aquilo tudo precisava ter um fim.

E ter agora.

Passando pelos dois, Kyungsoo tomou o caminho da porta, pisando firme no chão.

— O que vai fazer?

— Eu vou acabar com isso agora. — o respondeu — Jongin, não me siga.

— Mas-

— Eu tô mandando você não me seguir! — respondeu bruto, completamente diferente do Kyungsoo doce que estava acostumado a ver — Nenhum dos dois!

O ômega saiu pela porta da frente, não se importando nenhum pouco com a caminhada até lá, seus passos duros faziam barulho ao se chocarem contra o chão de terra batida. Ele nem via o caminho, sua cabeça apenas martelava toda a raiva acumulada.

Chega! Aquilo tinha que acabar, e agora, tinha como fazer isso, o momento certo havia chegado.

Entrou naquela casa, que costumava ser sua, sem ligar para o vazio que agora ali habitava, indo diretamente para a sala onde sabia que seu pai estava, abrindo a porta como se ela não importasse, fazendo com que o homem sentado atrás da mesa se sobressaltasse, não pelo barulho da porta, mas sim por ver os olhos de seu filho tão vermelhos e tomados pela raiva.

Nunca vira antes.

Não daquele jeito.

— Nunca mais! — praticamente gritou, batendo com as mãos sobre a mesa — Nunca mais se meta na minha vida com o meu alfa!

O mais velho o encavara, tentando encontrar qualquer indicio de que Kyungsoo fosse vacilar.

— Nunca mais faça Minhyuk chorar!

— Kyungsoo-

— Cala a boca, que eu não terminei de falar! — gritou, totalmente alterado pela raiva e pela emoção — Jongin será o novo líder da alcateia sim, e sabe por que? Porque ele merece, todos o respeitam porque ele é um homem digno, filho de alguém tão digno quanto ele!

A respiração do ômega estava pesada, mas ele não demonstrou qualquer fraqueza em nenhum momento, Kyungsoo se sentia traído e perdido pela estranha mudança do pai, que costumava ser alguém alegre e feliz, sempre cuidando de todos com amor e dedicação.

Até que aquela dedicação toda se tornasse uma obsessão, e ele passasse a colocar o bem-estar da alcateia como um todo acima da felicidade de sua família, acima da própria felicidade, acima de tudo. E virando as costas, Kyungsoo foi até a porta, virando-se uma última vez para olhar bem nos olhos de seu pai.

— Ah, e meus parabéns! — falou com certo tom de sarcasmo, devido a raiva que borbulhava na garganta — Você será avô, eu estou grávido!  

 

 


Notas Finais


Mas gente...
o Kyungsoo ele...
MEO DEOS ELE TÁ GRÁVIDO!!!!
ovo chorar
inclusive, lacrou muito u.u


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