História Mordidinhas - Imagine Eijirou Kirishima - Único

 Enquanto fazia um inventário dos estragos que Kirishima havia feito em seu corpo na noite anterior para cobrir com maquiagem, sentiu uma presença atrás de si, passando as mãos por sua cintura e abraçando seu corpo por trás. Observou pelo espelho seu namorado inclinar-se para seu pescoço já anteriormente marcado, e resolveu intervir.

— Eijirou!

O ruivo parou com a boca aberta a poucos centímetros de seu pescoço, com os dentinhos afiados pairando sobre a pele. Ele levantou os olhos inocentes.

— O que foi?

— Você precisar parar de me morder com tanta força. Como vou explicar isso para os professores?

O garoto corou um pouco, mas disse na maior cara de pau:

— É só dizer a verdade. — Ele apertou você ainda mais contra ele.

— Ah, é claro. Assim que o Aizawa me perguntar o que são esses roxos em mim vou dizer: "ah, não se preocupe. O Kirishima tem fetiche em morder e quando transamos ontem a noite ele me encheu de marcas."

Ele riu baixinho e constrangido.

— Não precisa ser tão direta.

— Então se contenha da próxima vez.

— Não foi tão ruim assim. — Ele fez um biquinho irritado, e você se viu obrigada a levantar a blusa.

Haviam algumas marcas triangulares de dentinhos afiados nas laterais do corpo. A verdade era que o ruivo mordia todo o pedaço de pele que conseguia segurar com os dentes, então suas coxas, costas e glúteos também foram alvo do garoto.

Ele sorriu amarelo.

— Talvez eu tenha exagerado um pouquinho.

— Eu não ligo para o resto do corpo. Mas esses lugares visíveis podem nos colocar em problemas.

— Desculpa. — Ele afundou o nariz em seu pescoço.

— Você podia tentar só beijar. — Sugeriu.

— Mas é sem graça! — Eijirou reclamou, fazendo birra. Você revirou os olhos.

— Eu sei, mas isso vai nos colocar em problemas, Kiri.

Os olhos do garoto escureceram e sua expressão se intensificou. Você interpretou aquele sinal de que ele estava prestes a colocar sua outra personalidade em ação.

Ele se aproximou novamente de sua pele sensível e mordeu levemente, lambendo a área logo em seguida. Você deu um longo suspiro e se arrepiou.

— Mas você gosta tanto disso, amor. — Seu tom foi manhoso e profundo. Kirishima estava tentando te convencer com seus truques mais baixos.

— Kiri... — você gemeu o nome dele baixinho, enquanto o mesmo dirigia as mãos para baixo, apertando seu quadril enquanto não dava descanso ao seu pescoço. O que lhe dava um frio na barriga e uma sensação de antecipação.

— Eu posso continuar? — Ele perguntou. Seus olhinhos brilharam de um jeito infantil, e um sorriso travesso atravessou seu rosto. Kirishima era descontraído e energético com todos, mas com você ele era amoroso e grudento, mas nenhum um pouco inocente. Ele sabia bem o que queria, e também como fazer você ceder.

— A-acho que n-na — Gaguejou, sentindo o garoto adentrar sua blusa com a destra, subindo as mãos calejadas pela barriga marcada por ele mesmo.

— Por favor... eu juro que vou pegar leve... — sussurrou, com seu jeito falsamente inocente e de fala mansa.

Ele resfolegou o nariz em seu cabelo e beliscou sua nuca com a ponta dos dentinhos. Você suspirou mais uma vez ao sentir as mãos dele alcançando seu seio por cima do sutiã.

— T-tudo bem. — Disse, por instinto.

— Jura?! — A voz dele subitamente transbordou euforia, e ele retirou a mão de baixo de sua blusa e apertou os braços ao redor de seus ombros em um abraço esmagador. — Obrigado! 

Após um depositar um beijo rápido e intenso em sua bochecha, saiu em disparada pelo quarto, fugindo de você e do momento de puro ódio em que se daria conta de que mais uma vez deixara-o sair impune.