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História More than just love - 40. I think the time has come


Escrita por: alexiestunne

Notas do Autor


BOA LEITURA *-*

Capítulo 41 - 40. I think the time has come


POV Carol

Acordei ofegante por causa do pesadelo. Olhei no celular as horas. 5:30. Levantei, indo até o banheiro. Liguei o chuveiro, me despi e entrei em baixo da água gelada pra tirar o suor do corpo.

Assim que sai, enrolei-me na toalha e vasculhei o armário atrás de uma roupa fresca. Peguei um shorts de malha e uma regata do mesmo material e me vesti. Como tinha a certeza de que não conseguiria dormir novamente, caminhei até a sacada e me debrucei sob a grade.

A lua cheia estava em seu ponto mais alto no céu escuro. Era possível enxergar várias estrelas naquele céu azulado. A lua refletia a água do mar e era simplesmente incrível de se mirar o horizonte.

Porém, inevitavelmente, lembrei que, naqueles tempos difíceis, já havia visto uma noite assim. Naquela hora, foi inevitável não reviver tudo novamente e, pela primeira vez desde que comecei a ficar com Zayn, deixei o sentimento que me atormenta a alguns anos invadir meu ser por completo. Lembranças daquela noite, do que aconteceu comigo, de todo o sofrimento que passei, da depressão, das recaídas que tive... Tudo veio à tona naquele momento e lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.

Naquela época, elas apenas pareciam aumentar a dor que estava dentro de mim, me corroendo pouco a pouco. A única coisa que aliviava tudo, que me tirava daquele inferno, que trazia um pouco de paz pro meu ser, era algo que, depois, me machucava mais ainda. Tanto fisicamente, quanto emocionalmente. Mas, assim que aliviava minha dor, me sentia fraca, impotente, como se não fosse capaz de sair daquilo e acho que se não fossem todos aqueles ao meu redor, tentando me reerguer, eu jamais teria resistido a tudo aquilo.

Sempre que esse dia chegava, era um inferno pra mim. Era como se, a cada ano, eu revivesse o momento no qual me encontrava a anos atrás. No fundo, eu sabia que todos eram fortes por minha causa, mas também estavam acabados emocionalmente por dentro.

Tudo o que fiz ontem foi por fraqueza, impotência. Eu agi sem pensar quando coloquei toda aquela bebida pra dentro do corpo. E eu sei que a cena que vi foi apenas ilusão. Foi apenas a junção dos efeitos da bebida e dos meus sentimentos. Fui muito infantil em ter feito isso, mas a dor em meu peito gritava para libertá-la, nem que fosse por pouco tempo. Nem que fosse apenas por ilusão.

Chacoalhei a cabeça, espantando esses pensamentos pra longe de mim. Tudo de que menos preciso agora é ficar me martirizando pelo que fiz ontem. O que fiz está feito. Não tem como voltar atrás.

Eu não estava mais aguentando fiar naquele quarto, então sai da casa. Fui para praia que havíamos ido anteontem. Eu precisava de um tempo sozinha.

Assim que meus pés entraram em contato com a areia gélida, caminhei mais um pouco e me sentei ali mesmo, não me importando se iria ficar suja de areia.

A noite terminava e mais um dia se iniciava. Logo o céu foi clareando e o sol surgiu no horizonte. A vista era linda. Nunca na  tinha visto algo como aquilo. Em pouco tempo, o sol atingiu seu ponto mais alto no céu, brilhando intensamente.

E novamente os pensamentos voltaram a minha mente. Era difícil não pensar naquele dia, principalmente hoje.

(...)

Estava distraída, quando senti alguém ao meu lado. Era o Zayn. Ele encarava o horizonte, assim como eu.

– Sei que hoje é difícil pra você. E se quiser desabafar, se precisar de um colo pra chorar, se precisar de alguém pra te acalmar, estarei aqui, ao seu lado. – disse ele.

Zayn era uma das pessoas em quem mais confiava. Senti que poderia contar a ele tudo o que aconteceu comigo. Absolutamente tudo. E eu sentia que precisava falar disso com alguém. Precisa desabafar com alguém. E ele era a pessoa certa pra isso.

– Acho que chegou a hora. – ele me olhou, até um pouco surpreso – Preciso desabafar e você é a pessoa certa pra isso!

– Fico feliz que confie em mim. – sorriu ele.

– Foi quando eu tinha 14 anos. – respirei fundo, me preparando pra reviver tudo aquilo novamente – Conheci um garoto dois anos mais velho que eu. Bruno, o mais popular dos garotos da minha escola. Todas as garotas morriam de amores por ele, inclusive eu. Ele e o Gabe estudavam juntos, mas não eram amigos. Pra mim, ele era o príncipe encantado que toda garota sonha quando tem essa idade. – pausei – Ele, o Gabe e mais duas pessoas tiveram de fazer um trabalho em grupo. Então ele foi em casa e começou a se aproximar de mim e eu, claro, cai nas garras dele. Depois de alguns meses, ele me chamou pra sair, mas nada muito sério. Apenas amizade. Mas foi nesse encontro que demos nosso primeiro beijo. Começamos a ficar e todas as meninas na escola morriam de inveja de mim por estar com ele. Eu me sentia bem por causa disso, afinal tinha conseguido o que muitas delas desejavam. Desde o começo dessa relação, nem o Gabe, nem a Nina aprovavam. Um dia, Nina pediu pra conversar comigo e ela tentou me alertar sobre o que ele realmente queria, mas eu achava que ela apenas estava com ciúmes. Então brigamos e ficamos sem nos falar. Eu estava cega de amor por ele. Tão cega que não fui capaz de perceber os rastros que ele deixava. Os rastros do que realmente queria comigo. Mas naquela época, eu era muito boba e inocente. Pra mim, ele era o príncipe encantado que esperava. Tudo aparentava estar perfeito até aquela noite. Aquela noite em que a máscara dele caiu. A noite em que percebi o quão idiota fui. Naquele dia, fomos à festa de um amigo dele e ele começou a beber. Depois de um tempo, =falou que queria um tempo a sós comigo e me levou pra um lugar escuro e estranho. Era um beco. Ele me jogou no chão e começou a me beijar de uma forma diferente, enquanto passava as mãos pelo meu corpo. Eu fiquei aflita vendo o que estava prestes a acontecer. Eu pedia pra ele parar, mas ele mandava eu calar a boca. Ele começou a tirar a minha roupa e a dele também. Eu implorava pra que parasse, mas ele continuava. Eu não tinha mais forças pra gritar por ajuda, então apenas fechei os olhos e comecei a chorar. De repente, escutei um barulho e comecei a gritar por ajuda. O Gabe surgiu, o jogou pra longe de mim e começou a socá-lo até não poder mais. Ele levantou desnorteado, virou pra mim e falou que eu era ingênua demais. Disse que apenas queria me levar pra cama e que nunca me amou e nunca me amaria. - Zayn me olhava aflito - E por causa do choque, acabei entrando em estado vegetativo naquele dia e apenas Nina conseguiu me tirar do mesmo. Nos meses seguintes, entrei em uma profunda depressão e se não fosse pelo apoio da minha família e dos meus amigos, eu nunca teria saído dela. Ano passado, meus pais decidiram me colocar num psicólogo e ninguém além do Gabe sabe disso. – então, sem que eu esperasse, Zayn me envolveu em seus braços e eu comecei a soluçar.

– Juro que não vou deixar ninguém mais te machucar! – ele fazia carinho no meu cabelo, enquanto tentava me acalmar.

– Enquanto ele tentava me violentar eu senti nojo. Foi uma coisa horrível. – dizia entre os soluços.

– Shiiiiiii! Está tudo bem! Você ta segura comigo. Isso nunca mais vai acontecer. Eu prometo! – ele me fez olhar em seus olhos – Você é importante demais pra mim e eu vou te proteger de tudo que possa te fazer mal! – selou nossos lábios num beijo calmo e apaixonado.

Rompemos o beijo por falta de ar e ele me puxou pra perto de si. Encostei minha cabeça em seu peito e ficamos assim durante um bom tempo. Vendo as ondas do mar se quebrarem cada vez que atingiam a borda.

(...)

– Quer voltar? – perguntei.

– Você quer? – apenas dei de ombros – Tudo bem! – sem que eu esperasse, ele me pegou no colo e voltou correndo pra casa, enquanto eu gritava e ele ria.

– Hey hey hey! Que gritaria toda é essa?! – falou Harry, descendo a escada com a cara amassada.

– Te acordamos?! – falou Zayn e Harry balançou a cabeça em sinal negativo – Que peninha, Haroldo!

– Carolzinha linda do meu coração!!!! – Nina surgiu da cozinha – Você, eu e as meninas vamos ao shopping hoje para uma tarde de compras!

– Tenho outra opção?! – perguntei, fazendo uma careta.

– Não! Ou você vai ou você vai! – disse ela, sorrindo irônica – Agora vai se trocar que já vamos! – disse ela, me empurrando escada acima.

– Já to indo, menina! – reclamei.

Assim que entramos no quarto, fui até o armário e escolhi uma roupa pra ir ao shopping com as meninas.

– Como está hoje?! – perguntou Nina.

– Bem! Acho que nunca me senti tão leve assim nesse dia!

– O que aconteceu?

– Eu contei pro Zayn! – ela me olhou confusa – Eu precisava desabafar com alguém e o Zayn pareceu a pessoa certa pra isso. E agora parece que estou até mais leve. Aquela sensação no meu peito pareceu diminuir.

– Talvez tudo o que precisasse pra aliviar era desabafar! E não encher a cara e ficar alucinando!

– Desculpa por ontem! – falei, olhando pro chão.

– Só não faz mais isso, ok?! – assenti – Agora pode tratar de se arrumar! Estamos te esperando lá em baixo! – então ela saiu do quarto e eu fui me arrumar.

POV Nina

Realmente, fiquei muito feliz que a Caro, esteja se sentindo melhor hoje. Odeio vê-la naquele estado.

– Como combinado! Vamos tirá-la daqui pra vocês arrumarem tudo! Têm a tarde inteira! – falei aos cinco garotos que se encontravam na minha frente.

– E quando tudo tiver pronto, mandem uma mensagem avisando, ok?! – disse Dani.

– E deixem tudo impecavelmente lindo! – terminou Eleanor.

– Sim, senhoras! – os cinco bateram continência.

– Vamos?! – disse ela, descendo a escada.

– Claro! – pegamos o carro do Louis e fomos pro shopping.

Todo o plano já estava arquitetado desde ontem e agora era apenas colocá-lo em prática. Com certeza, essa seria uma noite inesquecível pra ela.

Assim que chegamos ao shopping, fomos às compras. Precisávamos de roupas especiais pra hoje a noite, principalmente ela.


Notas Finais


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