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História More Than One Night - Eleven


Escrita por: thecottonclub

Capítulo 11 - Eleven


Zelda não foi conversar com a filha e Ava nem esperava que ela fosse. No dia seguinte Zelda saiu do seu quarto já arrumada um pouco depois das 7h da manhã, Ava estava sentada tomando café com Hilda e quando Zelda se aproximou ambas pararam de falar. 

 

-Bom dia. -A ruiva sentou-se à mesa e serviu o seu café. 

-Bom dia, irmã. -Hilda sorriu. -Fiz suas panquecas favoritas.

-Bom dia, mãe. -Ava mal olhou pra Zelda.

-Minhas panquecas favoritas? -Zelda estranhou. -E qual é o evento? Você deveria estar mimando a Ava que acabou de chegar e não a mim. 

-Bem...Edward ligou e disse que você deveria ter um café da manhã excepcional hoje...

-E que eu irei ao escritório com você. -Ava sorriu para a mãe. 

-Então ele fará alguma coisa que eu serei obrigada a jogá-lo da janela do último andar do prédio. -Zelda tomava seu café queimando. 

-Tentaremos evitar isso ao máximo, não é? -A loira colocou as panquecas na frente de Zelda e sentou-se novamente. 

-Eu acho difícil você conseguir isso hoje, Hilda. Ainda mais por estar na minha lista! -Ela começou a comer.  

-Eu? -Hilda estranhou. -O que eu fiz?

-Bem, eu vou subir e terminar de me arrumar, não demoro. -Ava levantou-se e foi para o seu quarto. 

-O que você fez? Você poderia ter me avisado que Ava chegaria ontem de surpresa, foi LITERALMENTE uma surpresa.

-Mas essa não é a intensão das surpresas? Se eu contasse não seria surpresa, Zelda! 

-Hilda, eu não estava sozinha quando Ava chegou em casa ontem. -Zelda encarou a irmã.

-Meu Deus? -Hilda gargalhou. -Você poderia ter me avisado que estaria acompanhada. Vocês estavam? 

-Também foi uma surpresa...estávamos. -Zelda segurou o riso. 

-Deus...-A loira continuou rindo. - Que imagem traumatizante para um filho.

-Sim! -Zelda também riu e levantou-se. -Agora eu preciso ir. -Ela deu um beijo na testa da irmã e andou até a sala. -Ava! Estou indo para o carro! -Ela gritou da sala fazendo a menina sair correndo pois conhecia a mãe que tinha e iria ficar se demorasse. Ambas entraram no carro e fizeram o caminho em silêncio, Zelda olhou para a filha por uns segundo e depois virou para frente com um sorrisinho. 

-Você não quer falar nada? -Ava quebrou o silêncio olhando para a mãe.

-Eu? Não. -Zelda riu. -Você quer que eu fale alguma coisa? 

-Você está me olhando! 

-Ah, eu estava lembrando de quando eu fazia aqueles penteados horríveis em você para ir à escola e você não falava comigo e ficava com essa cara de paisagem para frente igual está fazendo agora. Eu ria tanto quando você saia do carro. -Zelda continuava rindo e Ava também ria.

-Eu ODIAVA aquilo, mãe, você sempre foi horrível nessas coisinhas de menina, todos os plantões da tia Hilda eu era obrigada a passar por isso, quando ela ia me buscar na escola desfazia tudo aquilo e me levava pra tomar sorvete como pedido de desculpa. -Ava sorriu em lembrança.

-Ela levava? -Zelda também sorriu. -Hilda sempre foi incrível em tudo que queria ser. 

-Vocês sempre foram um bom time, até o tio Edward foi incrível, eu tive todas as atenções que poderia ter e nada nunca me faltou, eu tenho orgulho da família que somos, sabe? - A menina sorriu pra mãe que estacionava na garagem. 

-Ah, fico feliz em saber que fizemos tudo que nos esforçamos para fazer. -Zelda sorriu e abraçou a filha.-Mas nem adianta tentar amolecer o meu coração se o que o seu tio está tramando vai me fazer sentir ódio dele. -Ela deu um sorrisinho, saiu do carro e andou para os elevador, Ava andava bem atrás dela.

-Bem, eu fiz o meu melhor...antes de tudo queria dizer que eu não sei do que se trata, tá bom? -Ava riu.

 

A porta do elevador abriu e ela continuou andando atrás da mãe até que elas pararam em frente a secretaria de Edward. 

 

-Bom dia, Elizabeth. Onde está o Edward? -A ruiva forçava o sorriso para a menina. 

-Esperando por você na sala de reunião. -Antes de terminar de ouvir Zelda já estava indo para a sala de reunião e a adentrou junto com Ava. 

 

Edward e Faustus estavam em pé conversando próximos a janela da sala e uma mulher loira estava sentada ao lado esquerdo de Edward que geralmente era onde Zelda sentava, todos olharam quando Zelda entrou com Ava. 

 

-Bom dia! -A ruiva forçou um sorriso.-E que dia, não é?

-Bom dia, querida irmã. -Edward foi até o encontro da Zelda e a abraçou. -Seja cortês. - O moreno cochichou no ouvido da irmã sabendo que ela e sua esposa não tinham limites. 

-Sempre. -Ela cochichou de volta e sorriu. 

-Ava! -Edward abraçou a sobrinha que estava ao lado de Zelda. - Como foi a noite, querida? 

-Surpreendente, tio Ed. -Ava deu uma risadinha e sentiu Zelda olhar atravessado para ela. 

-Como? - Edward ficou intrigado. 

-Eu estou brincando! -A garota riu. -Foi divertida e tranquila também, é bom está em casa. 

-Bem...vamos as apresentações. Lembra-se do Faustus? O advogado que eu citei que estaria conosco esse ano? Você o conheceu muito pequena. -Edward saiu do caminho e no mesmo instante Ava reconheceu o homem que estava com a sua mãe na noite passada. 

-Faustus? Sim, tenho uma memória. Parece até que o vi na noite passada de tão viva que é a memória na minha cabeça. -Ava deu uma risadinha e em seguida sentiu o aperto forte na sua pele, era Zelda a beliscando com toda força que tinha. -Meu Deus! -A garota arregalou os olhos e olhou para mãe. 

-Está sentindo alguma coisa, querida? -Zelda sorriu para a filha. 

-Não, querida. -A garota virou para Faustus novamente. -É um prazer revê-lo, Sr. Blackwood! -Ela sorriu e o cumprimentou. -Tio Edward sempre falou muito bem do Sr. 

-O prazer é todo meu, Ava. -Faustus sorriu pensando o quanto aquela garota era familiar para ele, mas ignorou a sensação. -Você cresceu e ficou muitíssimo parecida com a Zelda. 

-Tia Velka sempre dizia que o sonho dela era ter uma filha parecida com a Zelda, ruiva dos olhos verdes marcantes...-Edward se intrometia na conversa. 

-Ruiva ela conseguiu, mas Ava veio com esse mar em fúria nos olhos. -Zelda completou sorrindo olhando para a filha. -Bem, vamos ao motivo que interessa. -A ruiva não conseguiu nem olhar para Faustus com a presença da filha na sala e andou até a mesa. - O que devemos a ilustre presença da Sra. Spellman na nossa reunião? -Ela cumprimentava Diana  com um aperto de mão. -Como vai, Diana? -Zelda sentou-se do lado direito de Edward e Ava sentou ao lado da mãe, onde Shirley costumava a sentar, mas ela ainda não tinha aparecido. 

-Muitíssimo bem, Zelda, sentimos a sua falta ontem no jantar. -Diana deu um sorrisinho. 

-Eu trabalhei até bem tarde em casa, coisas importante para fazer, você deve lembrar como é. - Zelda não sorriu de volta, apenas encarou Diana, a ruiva sabia onde poderia afetar e fazia aquilo com gosto, Diana estudou medicina junto com Hilda, elas eram unha e carne na universidade assim como Zelda e Shirley, mas após o casamento Diana havia deixado tudo de lado para dar total apoio à Edward, criar a filha deles e manter a casa, caridade e outros projetos que ele se metia. 

-Mãe...-Ava a cutucou e Zelda se manteve dura.

-É claro que lembro, Zelda...bem, eu vim até aqui propor um fim de semana em família, daqui a duas semanas já é natal e eu acho que nós poderíamos ir ao lago. -Diana sorriu animada com a ideia.

-Lago? -Zelda estranhou. -Essa era a proposta para que você colocou Hilda para me cozinhar hoje? -A ruiva olhou para o irmão.

-Sim, Zelda, será um ótimo momento de ficarmos juntos e nos divertirmos. -Edward pedia com o olhar que Zelda concordasse, ele não queria ficar sozinho com Diana por uma semana inteira e longe de todas as outras pessoas do mundo. -Hilda, Ambrose e Ava já concordaram. 

-É claro que concordaram...-A ruiva resmungou.

-E Faustus e Prudence também estão confirmados.

-Bem, parece que não será algo tão ruim. -Zelda deu uma sorrisinho de canto. -Mas eu só irei se Shirley for. 

-Você só pode está brincando com a minha cara! -Diana encarou Zelda. 

-Perdão? Você mesma disse que seria algo família e você sabe que Shirley é família para todos nós, quer queira ou não, Diana. -Zelda se levantou. -Não me interessa se vocês têm problemas pessoais graças ao único homem do mundo,  seu digníssimo marido, Shirley é minha irmã e sem ela não tem trato. -A ruiva ouviu Diana bufando enquanto saía da sala pisando fundo, ao passar pela porta encontrou Shirley indo para a sua sala. 

-O que você vai fazer esse natal? - A ruiva falava de longe para a morena.

-Visitar meus pais e minhas irmãs no Canadá, aproveitar a incrível cobertura que eu comprei em Toronto e nunca experimentei mas joguei eles lá. -Shirley riu.- Por quê?

-Você já tem planos...que triste, eu pensei em perturbarmos a Diana indo a casa do lago da família passar o feriado. -Ela riu.

-É uma proposta tentadora...mas estou evoluindo e pensando em ir cada vez mais longe. 

-Do que você está falando? - A ruiva estranhou. 

-Eu não estou mais com o seu irmão de nenhuma forma, Zelds, finalmente entendi que eu mereço mais e que ele não quer nada comigo, nunca quis, mesmo que ele não tenho um relacionamento bom com a Diana foi com ela que ele decidiu fica e eu respeito. -Shirley disse cada palavra plena. -Quem sabe mudando para Toronto, pelo menos por essas férias, eu consiga algo melhor. 

-Você está certa. E eu irei te apoiar em tudo. -A ruiva abraçou a amiga. - Menos em de afastar de mim indo morar longe, por favor, hein. 

-Eu sei que irá...e como sua amiga vou dizer para você não tardar tanto os assuntos com Faustus, ainda mais agora que todos estão aqui e isso pode se tornar uma tempestade. 

-Ah...não começa, bem, eu irei trabalhar.-A ruiva deu um beijo na bochecha da amiga. 

-Zelda...- Shirley segurou no braço dela. -Eu estou falando sério.

-Eu também...pense com carinho na proposta do Natal, será na casa do lago e nós sempre amamos ficar lá. -A ruiva virou de costas e entrou na sala. 

 

Zelda passou quase que a manhã toda despachando processos dentro da sua sala em silêncio até este ser interrompido por um salto batendo no chão.

 

-Eu decidi fazer concessões para que isso dê certo, Zelda, mas pelo amor de Deus concorda de uma vez, são só 5 dias de feriado. -Diana entrou na sala falando desde a porta.

-Então a Shirley irá? -A ruiva observou a mulher em pé na frente da sua mesa. 

-Eu fiz o convite pessoal sendo o mais cortês possível, acredite, ela disse que eu posso confirmar a presença dela. -A loira sentou-se na frente da ruiva.

-Tudo bem, eu irei sem reclamar de mais nada. -Zelda voltou a olhar para os processos e sentiu Diana a encarando ainda sentada na sua frente. -Algum problema? - Zelda voltou a encarar a cunhada.

-O que eu fiz pra você, afinal? Isso tudo é porque Edward não casou com a sua melhor amiga? - Diana também encarava. 

-Você não quer conversar sobre iss...

-Eu quero! Eu quero sim! -A loira interrompia o que Zelda falava. -Eu sempre fiz o possível para te agradar e ser uma boa cunhada para todos as irmãs do Edward, Hilda nunca foi difícil, já você...e eu não entendo o porquê! 

-Aí que está o problema, Diana, eu nunca quis que me agradassem, embora você tenha tentado muito mal, diga-se de passagem, meu pai sempre dizia que os piores são os que tentam agradar s todo custo, você não se daria bem com ele também...e eu lembro muitíssimo bem o seu olhar ao descobrir que Ava era minha filha e não uma criança adotada pela tia Velka, não esqueço de muitas coisas. 

-Você nunca mostrou o pai da sua filha, Zelda, eu nunca julguei exatamente, eu só achava extremamente estranho tudo que se passava, era novo pra mim, fui criada em uma família de juízes, tudo era muito tradicional. 

-E também você deixou de ser quem era para fazer do seu marido perfeito, Diana, por Deus! Isso nunca daria certo porque existem vários pontos que uma não se agrada na outra, sabemos bem disso. 

-Você não sabe o que é isso porque nunca casou, depois do casamento a imagem do Edward passou a ser a minha imagem e eu tenho que manter ela, já que ele é um galinha ridículo que não se esforça em momento nenhum. -Diana respirou fundo e levantou.

-Viu só? Um pingo de realismo faz bem, Diana, isso me agrada, a fúria que você sente por fazer tudo e ele não fazer nada, eu realmente preferia a Shirley como a mulher certa pro Edward porque sei que ela nunca se dobraria para que ele subisse sozinho, consequentemente eles não dariam certo, porque ele iria procurar por uma você. -Zelda falou enquanto observava Diana.

-Já chega! -A loira engoliu as lágrimas que tinha nos olhos e saiu da sala. 

 

Zelda respirou fundo e levantou-se da cadeira, andou até a janela da sala e passou alguns minutos olhando para o além, ao ponto de não ouvir sua porta abrindo e fechando, só sentiu as mãos masculinas tocando o seu braço por trás. 

 

-Diana veio até aqui somente para discutir com você? - Faustus beijava o ombro dela enquanto falava. 

-Aparentemente sim, ela ainda não aprendeu a lidar com algumas coisas que eu falo...-Zelda virou de frente para Faustus, suas íris verdes encontram com as azuis dele e ela sorriu. - Eu realmente não sirvo para agradar a todos...-A ruiva deu um selinho demorado nele seguido por um beijo mais profundo, sentindo a mão dele percorrendo as suas costas até pousarem na bunda e ela interromper o beijo. - Você vai adorar a casa no lago, eu adorava ir a um local especial e aproveitar com algumas pessoas. 

-Um abatedouro particular? -Faustus riu e continuou a provocando mordiscando o lóbulo da orelha dela. 

-Abatedouro é coisa de homem, eu chamo de diversão a dois, é uma cabana também, quem sabe vem a sua atualização da história do acampamento para você contar para o meu irmão. -Ela deu uma risadinha e sentia leves arrepios com aquele homem provocando o seu corpo que imediatamente queria responder aos toques dele. 

-Você nunca vai esquecer isso, não é? -O moreno beijava o pescoço dela. 

-Não, eu nunca vou esquecer que o meu irmão sabe detalhes da minha primeira vez. -Ela riu, segurou o rosto dele e o beijou. -Mas eu adoro essa história. 

-Eu sei...-Faustus sorriu. - E em que tempo nós vamos conseguir aproveitar isso tudo sem que sejamos interrompidos por alguém entrando? - A cada planta da frase ele a empurrou mais para a parede a encostando totalmente ao termina-lá. 

-Eu não faço ideia, mas não é por isso que não vamos tentar nos divertir, não é? - Ela sorriu maliciosamente e os olhos deles estavam vidrados um no outro, a proximidade era tanta que eles podiam ouvir a respiração um do outro e o calor dos corpos juntos faziam os dois terem vontade de tirar a roupa e se entrelaçarem ali mesmo, sem ter preocupação com o que viria. -Mas isso não será agora. -A ruiva quebrou todo o desespero, o afastou com a mão e saiu dos braços dele ao seu redor. - Eu terei a semana cheia de compromissos com a Ava, você sabe que ela demanda muito do nosso tempo, ainda mais agora que voltou e já tem que organizar as coisas para trabalhar com a Hilda no hospital local...

-Isso quer dizer? -Faustus cruzou os braços e a observou andando rebolando o máximo que podia justamente para provoca-lo, logo foi para a porta atrás dela. 

-Que eu acho muitíssimo bom você ser um homem comportado nessa semana que eu estarei fora ajudando a Ava e que só iremos nos encontrar novamente no lago. -Ela sorriu observando a cara de incrédulo dele. -Será uma espera recompensadora, Faustus...-A ruiva abriu a porta e sorriu para ele. 

-Eu realmente espero que seja. - Ele fechou a porta, a encostou na parede, segurou no rosto dela e a beijou desgrenhando todo o cabelo da ruiva com maldade e tirando o resto do batom que tinha na boca dela, o moreno se afastou, limpou o batom da própria boca e saiu da sala. 

 

Zelda ficou parada ao lado de porta de recompondo, sorriu e continuou os seus afazeres diários.



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