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História More Than This - Maybe its too early to think about the end.


Escrita por: stylesweetz

Notas do Autor


Oi oi amores, desculpem a demora...

Capítulo 50 - Maybe its too early to think about the end.


Londres, 13:33/pm

Sarah ainda tomava conta do carro e das coisas de Niall, ela foi para sua casa, deixando o carro de Niall no acostamento logo em frente ao prédio em que morava. Ela estava em pedaços. Aquela casa parecia tão vazia sem a sua querida amiga, parecia tão triste, assim como era antes de Beatrice chegar. A garota se encostou na parede e enterrou seu rosto em suas mãos, tentando conter as lágrimas que insistiam em molhar seu rosto. Seu rosto, que em outrora desenhava a pequena curva de um sorriso, às vezes uma grande ao estar com sua amiga. Quando, de repente, o toque de um celular irrompeu o local. De fato o celular de Niall, já que o de Sarah estava desligado, pois ela não queria ser incomodada naquele momento.

— Alô? — ela disse, um tanto rouca.

Sarah? Ainda está com o telefone de Niall? — Harry, de primeira, lhe lançou uma pergunta do outro lado da linha.

— S-sim. — respondeu-lhe baixo, gaguejando um pouco. — Assim como o carro. Ninguém foi buscar, então eu trouxe para minha casa. — informou ela.

Oh, obrigado, Sarah... — Harry abaixou seu tom de voz de repente. Silêncio. — Você... você já tem ideia do que aconteceu com Beatrice? — disse ele, com um suspiro em sequência.

— Não — o coração de Sarah acelerou. —, você tem notícias? Ninguém me ligou ainda. — disse-lhe.

Eu tenho. — Harry foi curto, fazendo Sarah gelar. Ela esqueceu de todas as outras coisas que rodeavam sua mente e fez com que seus pensamentos se concentrassem no que o rapaz iria dizer, só no que ele iria dizer. — Sarah, Beatrice está em coma. — disse Harry, por fim.

O telefone caiu da mão de Sarah, junto com ela. Seus olhos marejaram rápido, a garota já não tinha mais seu autocontrole e, o que mais queria, era que tudo aquilo fosse um sonho. Um sonho ruim, um pesadelo passageiro. Mas não. Era a realidade. E então ela lembrou das palavras que sua mesma amiga disse: ''Eu sei aceitar a realidade''. O problema era esse, a realidade da nossa vida é triste e perversa. É perfídia e cruel. A realidade de Beatrice é basicamente isso, e só ela consegue aceitar. Ninguém consegue simplesmente aceitar uma perda, ninguém consegue aceitar perder Beatrice. Por mais que para ela fosse fácil e ela já estivera esperando por isso, para as pessoas que a rodeiam é uma coisa totalmente diferente. Acho que agora, de uma vez por todas, a realidade doía para ambos.
      Depois de algumas horas chorando, Sarah se levanta do chão e segue para o quarto da amiga. Talvez para chorar mais até esgotar suas lágrimas, ou até mesmo para se sentir sozinha, mais do que já achava que estava. Abriu a porta do cômodo, sentiu um ar de calmaria irradiar tudo para o lado de fora. Deu passos lentos e leves até sua cama, onde viu alguns papéis jogados no chão logo ao lado. ''Ela nunca consegue se organizar'' pensou Sarah, tentando sorrir. Tentativa falha. Então ela se sentou na cama e ajuntou os papéis delicadamente para não rasgá-los, ''Talvez seja trabalho da faculdade, não posso estragar'' tornou a pensar. Mas não eram. Eram apenas desenhos inúteis que Beatrice faz sempre que está entediada. Ela desenha bem, tem potencial para a carreira que quer seguir, estava no caminho certo. Sarah aprofundou a ‘’investigação’’ e acabou achando uma caixa embaixo da cama de Beatrice. Ela achava errado se meter nas coisas que sua amiga colocava naquela caixa, mas a curiosidade era tamanha e ela não pôde controlar. A caixa era repleta de papéis, assim como o próprio quarto. Mas nela existiam coisas diferentes, como cartas e textos, não apenas desenhos. Textos nos quais Beatrice se expressava quando não podia falar com Sarah, ou somente para ela se sentir melhor em relação à tudo. Poder transferir para as palavras tudo aquilo que lhe sufocava. Sarah começou a vasculhar a caixa, quando um texto não muito grande lhe chamou a atenção. Ela pegou o papel, o único que lhe interessava naquele momento, deixou a caixa de lado e começou a ler:

''Olá, Deus. Sou eu novamente, tenho vindo falar contigo muitas vezes desde que me mudei para Londres, a parte boa é que não preciso sair do lugar para isso. Sabe, Deus, as coisas não estão indo muito boas. Sarah sente falta dos pais dela, mas eles agem como se ela não fosse mais um fruto de uma diversão deles. Porque as pessoas geralmente cuidam e admiram esses frutos. E eu não consigo vê-la chorar pelos cantos da casa ou até mesmo de madrugada em seu quarto. Eu não admito o fato de isso estar acontecendo com uma pessoa tão boa. Espero que você também a ajude, eu ficaria muito grata... Niall se afastou de mim, Deus. Ele descobriu o meu maior defeito e agora está triste por não ter lhe contado antes. Talvez ele teria pensado que, se eu tivesse contado antes, nós teríamos mais tempo para aproveitar. Você acha? Bom, eu não consigo pensar em outra coisa. Mas ele não tem culpa, eu o amo e errei feio em lhe esconder coisas sérias assim, admito. Eu queria poder falar com ele outra vez, queria poder olhar em seus olhos azuis e dizer o quanto eu quero ficar ao lado dele, e o quanto eu o amo. Mas não dá, certo? Eu só tenho medo de deixá-lo triste antes de partir, e mais ainda depois disso. É quase inevitável, não é? Mas e se eu disser que serei seu anjo da guarda, será que ele aceitaria? Talvez seja muito cedo para se pensar no fim mas, eu não quero que seja o fim dele também. Nem dele, nem de Sarah, nem da minha tia e também nem mesmo de Charlie. Oh, Charlie... que saudade do meu amigo. Enfim, queria que eles encarassem isso como uma brincadeira de esconde-esconde. Onde eu sumo por alguns anos e depois eles me encontram em algum lugar. Eu queria que eles encarassem isso como algo não tão triste, porque todos morrem e eu sou apenas mais uma no meio desse ''todos''. E eu sinto que está perto, eu sinto que em alguns dias eu vou ter de deixá-los. Eu não quero que isso aconteça, mas se acontecer eu quero que o Senhor lhes dê apoio, assim como me deu quando perdi minha mãe. Eu sempre confiei em você mais que tudo, espero que eles também tenham esta fé. Ah, mais uma coisa... eu venho sonhando com meu pai quase todos os dias. Isso é estranho, não é mesmo? Será que ele saiu da prisão? Será que ele se arrependeu? Eu sinceramente não entendo as coisas que o Senhor faz, mas creio que são para o meu bem e que terão um final feliz. Certo? É isso por hoje. Obrigado por me dar mais um dia, até mais.''

[...]

NIALL POV

— Niall, você precisa comer. — Louis disse, adentrando em meu quarto.

Não o respondi e continuei deitado em direção a parede.

— Você me ouviu? — insistiu ele.

— Acho que não quero comer. — respondi, minha voz estava falha.

— Você está desidratando. — ele já estava sem paciência.

— Cadê o meu telefone? — indaguei, me levantando da cama e procurando em meus bolsos. Não o achei. — Está com Sarah. — sussurrei após lembrar e comecei a calçar meu tênis.

— Opa, aonde você vai? Liam saiu e disse que você não pode por os pés para fora de casa. — Louis me encarou, autoritário.

— Eu tenho vinte e um anos. — rebati, sem o olhar.

— Mas está um caco. — disse ele.

Terminei de calçar o tênis, me levantei da cama e o encarei.

— Minha namorada está em coma. — disse baixo, o encarando. Louis fitou o chão. — Acredite, esta é a parte mais forte de mim. — Louis ficou em silêncio, me dando uma certa liberdade para sair, mas ainda estava um tanto hesitante à isso.

Decidi ir a pé até a casa de Sarah, o clima não era um dos melhores mas estava razoável. O vento batia contra meu rosto, secando os vestígios de lágrimas que ameaçavam a cair toda vez que lembrava de Beatrice. Se eu não fosse uma droga de namorado, nós teríamos mais tempo. Agora eu acho que o tempo acabou....

[...]


Notas Finais


Me desculpem qualquer erro, até o próximo, bjinhos... szsz


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