História Morning, Laylor - Suicídio?

Antes mesmo que eu respondesse já havia criado diversos motivos para aquilo de fato estar acontecendo. Culpei meu sono, meus remédios, minha ansiedade... eu apenas queria crer que aquilo era apenas a solidificação falsa do meu sub consciente.

Sra Prepon? Está na linha?

O...oi... -respondi de relance-.

Eu sou o bombeiro Warren, ligamos para informar do acidente que a Sta Schilling acabou se envolvendo há algum tempo atrás. Podemos te fazer algumas perguntas? É para a investigação!

No exato momento em que a palavra "acidente" foi citada meu coração pareceu estar em coma... a frequência baixava cada vez mais e os sons ficavam mais distantes.

Sra Prepon, sei que é incômodo mas você sera uma peça importante nisso...

O que.... O que houve? -gaguejei-

Bom, a vítima estava a 110km por hora e acabou se chocando contra um caminho que estava no mesmo sentido um pouco a frente, a vida foi salva pelo cinto mas infelizmente temos ferimentos, os pertences foram jogados para longe e conseguimos o seu contato pelas ligações perdidas...

Eu o interrompo.

Ferimentos?

Fraturas e escoriações visualmente falando!

Eu...

Sou interrompida por pessoas que estavam junto ao bombeiro:

Johnson: WARREN O ABDÔMEN ESTÁ ROXO.

Ouço o som do telefone sendo deixado de lado:

Marry: PARADA!

Warren: CARREGUE A 100. 1, 2, 3 AFASTEM!

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Warren: 200! 1, 2, 3 AFASTEM!

O alvoroço é ouvido

Warren: JOHNSON, MASSAGEM! MARRY, VENTILE!

Marry: O ABDÔMEN!

Warren: ELA ESTÁ COM ALGUMA HEMORRAGIA INTERNA...

Antes que a conversa se finalize eu desliguei. O chão já não era tão sólido, minha memória ficava cada vez pior é minha visão foi se escurecendo rapidamente.

...

Não sabia direito quanto tempo havia se passado, meus olhos abriam lentamente e com relances pude perceber que não estava em casa.

Ela acordou!

Eu permaneci calada enquanto uma médica e seu enfermeiro se aproximavam.

Olá Srta...

Prepon -disse o enfermeiro-

Sra Prepon -sorriu-. Meu nome é Mariah neurologista do hospital UCLA e você está aqui por um desmaio no seu apartamento. Peço que você não se mova pois está com alguns apa...

Eu a interrompo.

Taylor?! Cadê a Taylor?

Desculpe?! -perguntou-

A Taylor, doutora, uma loira...

Ela está tendo alucinações, Mark, vamos aumentar a frequência do soro -direcionou a palavra ao enfermeiro que logo veio em minha direção-.

NÃO, EU NÃO ESTOU! -gritava enquanto me debatia na cama-.

CHAME A SEGURANÇA MARK -a doutora me segurava pelos braços-.

ME SOLTA.

Eu estava completamente fraca psicologicamente nesse momento, havia me desgastado inteiramente sem que ao menos percebesse. Sem ter noção da realidade bati minha cabeça contra a da doutora que caiu para trás sangrando.

Meu Deus o que eu fiz?! -me perguntava tirando os acessos do meu corpo-.

DRA MARIAH! -entrou o enfermeiro desesperado acompanhado de dois grandes seguranças que me seguravam- CHAMEM O PS! ALGUÉM ME AJUDA TIRA-LA DAQUI -aclama-va-.

ME LARGUEM, A TAYLOR PRECISA DE APOIO.

Sem que eu conseguisse terminar a frase direito entraram mais três doutores. Um ajudou a locomover a doutora que sangrava no chão até o PS e os outros dois vieram até mim.

Olá Laura, eu sou o doutor Jeremy e esta é a doutora Sandra. Preciso que você respire fundo esse ar que logo você relaxara e verá sua amiga Taylor -disse aproximando uma máscara inalatória do meu rosto-.

Eu não preciso disso, Doutores... eu...

Isso, quietinha. Respira.

...

Parecia um dejavu, a mesma coisa acontecia pela segunda vez. Mas agora, prometi me controlar e parecer o mais sã possível.

Alguém? -chamei pela imensidão branca do quarto-

Passos são ouvidos do lado de fora.

Hey, você acordou! -disse entrando um médico- está se sentindo mais calma?

Eu sempre estive calma, mas vocês se recusaram a me ouvir -respondi rapidamente-

Não, não foi bem assim! -se aproximou-

A doutora está bem? Eu preciso me desculpar...... eu sinto tanto...

Sim, ela está bem, ela entende completamente seu estado de espírito e não guarda mágoas. Nós, médicos, passamos por isso diariamente, não se preocupe!

O que houve? Ela sangrou!

Sim, ela sangrou! Precisou fazer 3 pontinhos no coro cabeludo mas já está tudo bem!

Eu sinto tanto por isso...

Ah, desculpa, nem me apresentei. Bom, na verdade já mas, caso não se lembre eu sou o doutor Jeremy, o outro neuro -sorriu-.

Doutor eu preciso que me ouça... eu estava em casa quando...

Sou interrompida por uma funcionária que abriu a porta a procura do doutor.

Eu já volto, ok?! Fique calma, e já já conversamos. Posso confiar? -disse ainda sentado na minha cama-

Eu fiz uma joia com a mão que estava ligada à 2 acessos. E ele se afastou.

No tempo em que fiquei sozinha na sala pude recuperar pouco de memória que havia sobrado daquela conversa absurda. O que tinha de fato ocorrido? Por que EU estava ali? E enquanto viajo nas minhas perguntas o doutor retorna acompanhado de um bombeiro e uma detetive.

Boa tarde Laura, eu sou o bombeiro Warren, responsável pela ocorrência da sua... amiga... e essa é a detetive Clark, responsável pela investigação. Estamos aqui para informar do ocorrido...

Eu permaneço em silêncio no intuito de engolir a seco a situação.

Suicídio, Laura. Isso te lembra algo? -disse a detetive enquanto puxava do bolso um bloco de notas-