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História Motivos para Odiar Millie Bobby Brown - Motivo número 2: Ela é inconveniente


Escrita por: AuntCherry

Notas do Autor


Bom, eu acho que não demorei tanto dessa vez zjnsksjs eu fiquei super feliz com todos os comentários e como foi bem aceita toda a ideia da fanfic ❤
Eu espero que esse capítulo não tenha decaído em quesito de qualidade em relação ao anterior, escrevi as pressas e cansada sndisnjsns qualquer erro me avisem.
Boa leitura anjus

Capítulo 4 - Motivo número 2: Ela é inconveniente


Fanfic / Fanfiction Motivos para Odiar Millie Bobby Brown - Motivo número 2: Ela é inconveniente

Capítulo 2

O frasco de aspirina vira paraquedista.


Respirou fundo, contando até 10 mentalmente. Os dedos sobre a maçaneta tremiam e ela temeu que desmaiasse de nervoso. 

Haviam diversos pensamentos brigando por um espaço em sua mente, e talvez por conta disso, estivesse sentindo a cabeça latejar, precisava de uma aspirina e um banho quente e aí quem sabe pudesse relaxar um pouco.

Ela não conseguiu. Fracassou em mandar o intruso embora e agora ele simplesmente estava no quarto ao lado rindo para quem quisesse o ouvir, enquanto Millie tentava desesperadamente se acalmar para que assm pudesse pensar em algo para livrar-se dele.

Brown mal teve tempo de sofrer o luto de Benjamin – o falecido dono da mansão. Ele havia sido quem lhe tirou de uma vida maçante, cheia de miséria e desprezo, a alfabetizou, alimentou e cuidou. Quando Benjamin adoeceu, ela teve de suportar tudo sozinha, sem a ajuda de nenhum parente distante e era exatamente por essa razão, que não seria agora que deixaria aquele rapaz chegar e tomar posse de todos os pertences da pessoa ao qual a criou, que a fez ser quem era hoje.

Quando Millie conseguiu abrir a tranca do seu armário de remédios, sentir-se desapontada foi inevitável, visto que a maioria de seus medicamentos estavam por um fio, e sua aspirina havia sido a primeira a partir.

Ela toma o frasco em mãos o chacoalhando com veemência. Solta o ar contido em seu pulmão lentamente.

É claro que o dia poderia ficar pior, pensou frustrada. Os olhos ardendo anunciando uma possível chegada de novas lágrimas.

Ela balançou a cabeça negativamente, pensando em como Ben ficaria caso à visse daquele modo.

Num suspiro mais demorado do que estimara, deu meia volta do banheiro de sua suíte e caminhou em passos tediosos até a porta. Ao chegar lá, respirou fundo, deslizou as mãos pelo tecido de seu macacão vermelho afim de tirar qualquer amassado e tomando a maior quantidade de ar que seu pulmão conseguiu capturar, girou a maçaneta.

Dando uma espiada no corredor, afim de se certificar de que o intruso não estava por ali, soltou o ar que estava contendo.

Desceu as escadas com descaso, dando uma boa observada em seu lar.

 Millie caminhou de meias até a cozinha, onde sabia ter guardado alguns frascos extras de aspirina. Odiou-se por um momento por ter dado a sugestão as empregadas para que tirassem o dia de folga, porém odiou-se ainda mais por ter pensado algo tão egoísta como aquilo.

Na ponta dos pés, apoiou-se à pia. As mãos segurando a barra de vidro do móvel com firmeza, os dedos dos pés gritando pela recém pressão lhes imposta, enquanto tateava desesperadamente pelos frascos em cima do armário.

Quando seus dedos roçaram contra o plástico da aspirina, deu um pulo num impulso, e ao conseguir capturar o frasco, soltou um gritinho eufórico.

– O que está fazendo?

Instantaneamente, Millie deu um novo pulo sobressaltada. O frasco saltou de seus dedos voando longe, e as pílulas que o mesmo continha, espalharam-se na mesma intensidade para cantos aleatórios da cozinha.

Ela levantou seu olhar para encará-lo, a boca entreaberta se encontrando numa carranca ácida, e ao vê-lo esticar os lábios num sorrisinho – que considerou o cúmulo do cinismo –, teve certeza que nunca havia desejado tanto a morte de uma pessoa como naquele momento.

Ela soltou o ar de seu pulmão com certa brutalidade, a ponto de Finn poder escutar o ar colidindo-se com o ambiente. Foi aí que o Wolfhard tomou ciência da situação e agachou-se para recuperar as pílulas. Millie sentiu sua paciência explodir, como se fosse um balão e o aquele rapaz  em questão, uma agulha.

– O que diabos você está fazendo aqui? – Ela bradou, sentindo-se tremer.

Finn fechou os olhos suspirando. A garota estava usando aquele tom, o mesmo que sua mãe utilizava quando estava irritada com algo que seu pai havia feito. Como sempre fora introspectivo – inclusive dentro da própria casa –, nunca ouvira aquele tom usado para consigo antes.

– Vim beber um pouco de água – Murmurou ainda de quatro. Ela rolou de olhos.

Ela sugou o ar com intensidade, como se o mesmo estivesse em falta em si mesma. Os olhos fechados, tentando pensar.

Todos os quartos dessa casa tem uma porcaria de mini-geladeira, e adivinha? Tem água lá dentro, porque toda manhã, as empregadas colocam não uma e nem duas, mas sim dez garrafas de água lá – Gesticulou com as mãos, apontando inconscientemente para o andar de cima. Finn achou a coisa toda adorável, todavia iria deixar esse pensamento trancado às setes chaves em sua mente.

– Eu não sabia – Ele disse se levantando. O frasco de aspirina entre seus dedos.

Ela riu sem humor.

– Claro.

Finn deu de ombros e num suspiro, estendeu a aspirina em sua direção, parte dele temeu que ela o pegasse e o atirasse contra sua cabeça. No entanto, o que aconteceu em seguida foi um pouco mais perturbador.

Um pescotapa, a garota miúda deu um pescotapa no pobre frasco bem diante de seus olhos, este ao qual voltou a voar pelo ar, espalhando-se novamente no chão por conta do impacto. Finn a encarou incrédulo.

– Olha – Voltou a suspirar, ato este que estava se tornando um hábito constante demais para sua opinião – Eu realmente não quero permanecer nesse clima estranho com você, sei que deve ter seus motivos para se comportar desse modo e que não é fácil lidar com coisas e pessoas novas, porém a respeito e seu espaço também, não sou e nem quero ser uma ameaça.

– Sim, você é – Disse simplesmente – À partir do momento em que aceitou se submeter a morar neste lugar, se tornou uma.

– Mas não sabia que você estava morando aqui quando viajei, não dizia nada naquela intimação.

– Pois agora sabe – Ela disse passando as mãos entre os fios do próprio cabelo – E o que pensa em fazer em relação à isso?

– Entrar num consenso talvez, podíamos ser amigos, quase como colegas de quarto – Finn tentou sorrir. As mãos deslizando inconscientemente para dentro dos bolsos de sua calça jeans surrada. Os ombros movendo-se para cima.

– Está se enganando se acha mesmo que isso vai acontecer – Riu lhe dando as costas, pronta para sair da cozinha e se deitar. Estava cheia de tudo aquilo.

– Pode ao menos me dizer o seu nome? – Gritou vendo-a atravessar a porta. Ela lançou-lhe um olhar por cima dos ombros.

– Millie, Millie Bobby Brown.

E continuou andando em passos apressados, querendo ter liberdade de desmoronar novamente em seu quarto e fingir que estava bem e no controle daquela situação, deixando Finn confuso e estático para trás, lhe observando partir com certo receio e curiosidade.

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HORAS MAIS TARDE

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Quer dizer que ela é maluca? – O Wolfhard sorriu. Sadie era sempre engraçada em relação às expressões que usava, isso acabou sendo uma das coisas que ele mais adorava na amiga.

Finn e Sadie se conheceram na Alemanha. Ela era unicamente uma mistura de emoções e pensamentos em constante mudança, não que fosse bipolar, nem perto disso. Sink era uma pessoa aleatória, a mente vivia em ativa e quase nunca lhe dava um descanso. No entanto, isso se manifestou como uma espécie de charme, e fora as confusões e nós que a mesma criava em Wolfhard, ela era no mínimo divertida.

Voltando ao dia que se conheceram, Finn estava concentrado em um livro ao qual lia calmamente em um parque próximo a casa em que seus pais resolveram ficar durante aquela estadia. Sink passou por ele e franziu o cenho ao notar que conhecia aquele livro ao qual o garoto estava lendo, e numa risada alta disse que o protagonista morria no final. Ele passara a maior parte do diálogo estranho que iniciaram naquele dia a questionando do porque havia rido perante a tragédia que anunciara, para se preocupar demais com o spoiler gratuito que recebeu.

– Ela não é maluca – Finn rolou seus olhos, jogando-se contra o fofo de seu colchão – Millie só parece ser confusa, isso esse termo parece ótimo.

Sadie gargalhou do outro lado da linha e Finn se perguntou interiormente o que havia achado de tão engraçado.

– Pelas coisas que você e Jack me contaram, ela parece maluca.

O sorriso nos lábios de Finn sumiu.

– Jack já lhe contou sobre ela? – Bufou suavemente – Aquele boca mole.

As risadas da ruiva se tornaram ainda mais intensas, e Finn sentiu as bochechas queimarem imaginando o tipo de comentário irrelevante que o melhor amigo deveria ter feito.

– Grazer disse algo como: uma mimadinha louca quer matar meu garoto – Ela tentou imitar a voz de Jack sem muito sucesso, e Finn se permitiu sorrir com o fiasco que aquilo havia soado – De primeira achei bem estranho, não o que Jack disse porque ele sempre é esquisito, mas sim você envolvido com uma garota.

Ele entreabriu suavemente os lábios, sentindo uma pontinha de ofensa.

– Ei, que tipo de comentário é esse? – Ele respondeu levantando um pouco o grau de sua voz.

– Oh, perdão, chateei você? – Ela perguntou parecendo preocupada. Como ele disse anteriormente, mudança de pensamentos constantes.

– Não realmente, só foi um pouco indelicado.

– Bom, no fim é apenas meu modo de pensar – Ele não podia ver, mas jurava que ela devia estar dando de ombros nesse momento – Você sempre foi... uh, sem jeito com as garotas.

– Me dou bem com você, Sophia e até com a Íris – Deu de ombros em desdém.

– Íris não conta – Sadie disse tediosamente – Eu e Sophia principalmente.

– Ué, mas por que não?

– Eu e Soph somos suas melhores amigas e te conhecemos por conta do acaso, e Íris... ela gosta de você, você sabe.

Finn suspirou.

Íris foi uma amiga que conheceu em Moscou. Ela estava distribuindo lenços frente à estação de trem juntamente com seu grupo de amigas, afim de fazer propaganda e chamar atenção dos passantes para que visitassem uma nova farmácia que abriria pelas redondezas. Quando Finn – que passava as pressas para encontrar os pais na estação –, aceitou o lenço, notou o número de seu telefone marcado à uma caneta permanente preta. Ele a adicionou com descaso, eles viriam amigos por acaso e, e quando dera por si, ela disse no final de um verão que ansiava constantemente vê-lo outra vez pois estava apaixonada.

Finn lhe rejeitou, tentou ser o mais gentil e cuidadoso que pôde, afinal de contas sabia que nunca poderia corresponde-la e seria cruel de sua parte alimentar um sentimento sabendo que não haveria nenhum retorno. Íris era linda e amável, mas não era ela que fazia o coração de Wolfhard explodir como fogos de artifícios apenas com um sorriso – ao menos fora assim que sua mãe lhe descreveu estar apaixonado.

– É, eu sei

– Bom, isso não te impede de tentar a sorte com a garota-fera.

Ele gargalhou como se o que Sadie disse tivesse tido a maior graça do mundo.

– Você está brincando, certo? Ela me odeia.

– E você odeia ela?

– Não, até agora Millie não me fez nada.

Sadie deu uma risadinha.

– Me diz aí, ela é bonita? – Ele podia facilmente detectar a segunda intenção imposta no tom de Sink. Revirando os olhos, respondeu com um falso desinteresse.

– Ela não é de todo ruim – Deu de ombros, sorrindo logo em seguida ao ouvir a amiga bufar do outro lado da linha.

– Assim faz parecer que é feia.

– Não, ela não é feia.

A ruiva soltou um assovio, fazendo Finn tapar brevemente seus ouvidos por conta de seu instinto.

– Então... a garota-fera é uma gata arisca? – Disse em meio as suas risadas maliciosas.

– É! Feliz? – Explodiu e Sadie aumentou a intensidade de suas gargalhadas – Todavia o comportamento dela é feio, mais que isso, chega a ser ridículo.

– Só lhe resta domar a fera, gatinho – Ela ronronou para ele, e revirando os olhos Finn se aproximou de seu laptop.

– Vai se catar, gatinha. Boa noite – Ele clicou na opção que encerrava a chamada, dando fim a ligação.

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DIA SEGUINTE

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Finn acordou ouvindo batidas altas. A princípio achou que estivesse sonhando. Todavia quando seus ouvidos começaram a doer e seus sono dissipou-se sendo carregado pelo ar, abriu os olhos.

Era rock metal. As gritarias, acordes e notas altas fazendo com que as maçanetas de sua porta pulassem sentindo a vibração das ondas sonoras atingindo cada partícula de átomo de sua matéria. Finn não se sentiu nem um pouco surpreso ao notar que aquele som estrondoso, vinha do quarto ao lado.

Tateando a escrivaninha ao lado de sua cama com certa apreensão, procurando por seu aparelho celular com a intenção de checar as horas, e ao encontrar, sentiu os lábios formarem um perfeito “O”. 

5:45 da manhã.

Afastando a coberta para longe, afim libertar suas pernas, deixou um bocejo demorado escapar. Os olhos enchendo-se de lagrimas por conta do ato.

Os dedos de sus pés tocaram o chão gelado, e Finn sentiu um arrepio apossar-se de todo seu corpo.

Em passos lentos e confusos – culpa do sono, pois sua visão ainda estava um tanto embaçada –, o Wolfhard caminhou de modo cambaleante até a porta, esbarrando em um ou dois móveis durante o percurso.

Ao sua mão pousar sobre a maçaneta, sentiu uma pontada de raiva e decepção estourarem como bolhas de sabão em sua mente. Por que diabos ela tinha de agir com tanta infantilidade?

Ao abrir a porta, virou o corpo sentindo o mesmo trombar na porta do quarto da garota. Ele xingou-se mentalmente.

– Estou vendo sua sombra pelo vão, idiota – Millie gritou e ele sentiu algo queimar em sua garganta.

– Já chega, por favor. Temos vizinhos, sabia? – Ele resmungou e ao ouvi-la gargalhar, a sensação em sua garganta se intensificou.

– Se algum deles vier, digo que a culpa é unicamente sua – Ela gritou novamente, por cima das batidas estridentes. E ao ouvir um estrondo, Finn soube que ela havia batido em algum lugar.

Droga, ele a ouviu resmungar baixinho e riu inconscientemente, quase esquecendo-se da raiva que sentia, quase.

Foi aí que a porta foi aberta. Millie usava um grande casaco liso vermelho – duas vezes maior do que ela –, e uma calça moletom cinza. Os cabelos bagunçados e as bochechas amassadas, dando indícios de que até a pouco estava dormindo também.

– Qual a droga do seu problema? – Finn a questionou. Os olhos se voltando para os dela, afim de capturar seu olhar. Millie desviou.

Ela sorriu, todavia ele podia facilmente notar algo diabólico ali.

– Você sabe docinho – O modo ao qual ela pronunciada a última palavra o fez tremer e ao tomar ciência disso, o sorriso em seus lábios se intensificou – Só precisa ir embora.

– Isso não vai acontecer, docinho.

O sorriso sumiu. Como uma fogueira ao ser atingida por um balde de água.

– Se você não sair por bem, sairá por mal – Ela vociferou, apertando os olhos.

– Ótimo, estou pagando para ver – Deu de ombros em desdém, lhe dando as costas pronto para voltar ao seu quarto – Boa noite.

– Vai para o inferno! – Ela gritou, sentindo a garganta arranhar.

– Aparentemente já estou nele.

Ela grunhiu ao ouvir a porta do quarto ao lado bater, e antes que fechasse a sua também, jurou que o tiraria daquela casa, nem que tivesse que morrer para isto.


Notas Finais


Ois, já já reviso ❤


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