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História Moulin Rouge - Final feliz


Escrita por: Jaque_Stories

Notas do Autor


Olá, segue o último capítulo!
Agradeço a todos que embarcaram nessa história comigo.
Boa leitura ♥

Capítulo 6 - Final feliz


Harry POV

 

Quando Viktor Krum me contou que estava saindo com Draco Malfoy, senti um aperto no meu peito.

Não gostava da ideia de Viktor colocando suas mãos em Draco. Foi ele que tinha me levado ao Moulin Rouge e me lembro bem que ele estava animado para o leilão, dando um lance por Malfoy e achando divertida toda aquela situação absurda.

Eu cheguei a confrontar meu parceiro logo na manhã seguinte sobre o fato de ele parecer saber sobre a presença de Draco como um dos itens do leilão. Estava bastante desconfiado dele, ainda mais quando desconversou dizendo que soube na noite anterior por um dos frequentadores.

Como eu estava ocupado em resolver as despesas médicas do tratamento dos pais de Draco e convencê-lo a testemunhar junto a Shacklebolt sobre o leilão, acabei deixando as artimanhas de Viktor de lado.

Agora eu estava começando a me preocupar ao saber que Draco se envolveu com ele.

Depois de ter resolvido as despesas médicas dos pais dele e acompanhado o depoimento que levou o Moulin Rouge a ser interditado, não tive mais contato com Draco. Confesso que queria que ele tivesse entrado em contato comigo, mas ele simplesmente não me procurou mais.

Não entendia por que estava chateado com isso, mas a verdade era que eu estava.

– E eu não precisei gastar nem um tostão – ouvi Viktor comentar com um colega de departamento.

– Uma pena que interditaram o Moulin Rouge, não deixa de ser culpa sua, Viktor. Sabe que Harry é um velhaco – o outro lamentou.

Caminhei na direção dos dois. Eles conversavam perto a uma estante com documentos e me olharam sem graça.

Sorri satisfeito ao perceber que causei algum constrangimento.

– Potter, não sabia que estava aqui... Pensei que já tinha ido embora – Viktor disse.

– Tenho alguns relatórios por fazer – respondi de forma seca, imaginando a que ele se referia quando disse que não precisou gastar nenhum tostão. Estavam falando do Moulin Rouge, afinal. Seria possível que Viktor estivesse debochando de Draco?

– Sempre responsável... – Viktor comentou com um sorriso cínico nos lábios. – Eu já vou indo, tenho muito que me divertir hoje à noite.

Senti algo estranho em meu peito, algo ruim. Eu tinha certeza de que ele estava falando de Draco e aquilo mexia comigo de um jeito que eu não suportava.

– Você vai ver o Malfoy hoje? – a pergunta escapou raivosa dos meus lábios, sem que eu pudesse controlar.

Viktor sorriu e eu me senti um tanto envergonhado por ter deixado minha frustração com aquilo tudo aflorar na frente dele.

– Sim, tenho um encontro com ele... Sabe, ele me contou do seu cavalheirismo, que você não quis se aproveitar dele... e eu achando que você ia se divertir um monte – Viktor me lançou um sorriso sacana e eu quis quebrar os dentes dele. Merlin, eu estava enlouquecendo.

– Jamais me aproveitaria de alguém naquela situação! – afirmei indignado.

Viktor deu de ombros.

– Se aproveitar? Você é mesmo um careta Potter... – ele deu as costas para mim e se retirou.

Semanas se passaram e eu não mais toquei no assunto Draco Malfoy com meu parceiro.

Nosso reencontro não significou nada para ele, provavelmente já nem mais se lembrava de mim. Era melhor eu esquecê-lo de vez e seguir minha vida. Que eu esperava afinal de contas? Que ele viesse a mim e dissesse o quê?

Nós éramos duas pessoas que jamais se deram bem, não seria minha atitude com ele que iria mudar isso.

Mas o destino não parecia concordar comigo.

Porque colocou Draco Malfoy de novo no meu caminho.

Narcisa já havia se recuperado, mas Lucius teve uma recaída inesperada. As despesas com tratamentos voltaram a assombrar Draco.

E ele tornou a me procurar.

De cabeça baixa, apareceu na minha porta no meio da noite.

– Eu não queria te perturbar mais – ele disse com um suspiro. – Eu prometo que vou conseguir uma forma de te pagar, eu...

– Draco...

– Viktor não pode me ajudar, ele... – Draco parecia nervoso, esfregava as mãos uma na outra, como que medindo as palavras que saíam de sua boca. – deixa pra lá... eu...

– O que Viktor aprontou? – perguntei desconfiado.

– Deixa pra lá... Ele é seu parceiro, um auror...

– Merda, Draco... você assim só me deixa mais nervoso! O que ele fez? – minha irritação era clara agora. Já não estava gostando do envolvimento dos dois, agora menos ainda.

Draco parecia hesitar ainda, mas por fim decidiu me contar o que aconteceu.

– Ele disse que, se eu quisesse, ele poderia procurar um dos homens que estavam naquela noite no Moulin Rouge, disse que algum deles ainda poderia ter interesse em mim...

– Ele o quê? – senti meu estômago revirar, uma revolução se formando em meu coração. – Aquele desgraçado!

– Eu não aceitei... – Draco me explicou. – De qualquer forma, não falo mais com Viktor, esqueça isso.

Eu devia estar com uma expressão muito fechada, porque Draco parecia ver minha irritação com aquilo tudo.

– Vocês terminaram? – perguntei curioso e ele assentiu.

– Acho que ele só queria se divertir, não posso culpá-lo... Mas me diga, você pode me ajudar mais uma vez? Eu não queria te aborrecer de novo, mas...

– É claro que eu vou te ajudar – eu disse com bondade. – Fico feliz que tenha me procurado e não tenha aceitado a bobagem que Viktor te propôs. E também agradeço por ter me contado, não posso continuar trabalhando ao lado dele depois do que me contou.

– Harry...

– Eu já estava aborrecido com o fato de ele saber o que se passava naqueles leilões e ainda por cima frequentá-los. Somos aurores, agentes da lei, é muito grave que um de nós se porte dessa forma. Da primeira vez, fiquei focado em te ajudar e fechar o Moulin Rouge, e por isso acabei deixando a participação de Viktor nisso tudo de lado. Mas agora não posso fechar meus olhos. Se ele tem esse tipo de atitude, não deveria estar trabalhando como auror, não é uma postura compatível com o cargo que ocupamos.

Minhas palavras devem ter tido algum efeito em Draco porque ele me olhava num misto de surpresa e admiração.

   – Você sempre age de uma forma tão digna e justa, como fui ficar contra você algum dia?

– Você cresceu acreditando em ideias erradas – ponderei. – Era orgulhoso e tinha um fascínio pelas artes das trevas. Mas nunca foi um assassino e foi isso que te salvou. No final, você não era um comensal de coração, embora tenha aceitado fazer parte daquilo tudo... Fico feliz que tenha se dado conta dos seus erros, que tenha crescido.

– Eu estava com medo que ele matasse minha família... eu ficava repetindo o quanto a missão que ele me deu era importante, que eu seria grande entre os comensais, mas a verdade era que eu estava morrendo de medo... Eu não queria matar Dumbledore... – ele explicou.

– Eu sei disso... Não vamos mais falar desse assunto – suspirei. Não gostava de me lembrar daquela época, preferia lembrar das pessoas que perdi em seus momentos felizes e não de seus corpos estendidos no chão. Toda aquela conversa me fazia voltar para um lugar sombrio das minhas memórias.

Um lugar que eu não queria revisitar.

– Como eu disse, você é muito bom...

– Explica pra mim como posso ajudar seu pai...

Eu me responsabilizei pelas despesas dos cuidados com Lucius, e ele foi aos poucos melhorando. 

E, dessa vez, não deixei Draco se afastar como na primeira. Passar mais esse tempo perto dele me fez compreender melhor meus sentimentos, avaliar de forma mais honesta o que se passava no meu coração.

Mesmo assim, eu não sabia como me aproximar e o que dizer a ele. Às vezes eu podia notar nele um olhar, um lampejo de afeto. Era algo que me dizia que ele sentia por mim o mesmo que eu sentia por ele.

Mas eu podia estar errado, afinal. Sempre fui um tolo em matéria de relacionamentos. E não queria passar por ridículo, especialmente com Draco.

Pelo menos Draco parecia nesse sentido uma pessoa mais decidida que eu. Porque foi ele que iniciou a aproximação. Naquele dia, ele estava estranho e eu me preocupei com o jeito dele, confesso. Ele estava gaguejando, o que era totalmente novo para mim.

– O que está acontecendo? Parece nervoso... – comentei.

– Na verdade, estou... – ele confessou.

– O que houve? Algum problema com seus pais de novo? – franzi a testa. Draco sabia que eu sempre ajudaria, ele não precisa se envergonhar ou ficar sem graça.

– Não, não é isso... – ele disse, coçando as costas de mão direita. Parecia nervoso, ansioso.

O que estava acontecendo?

– Por que não me diz logo? – suspirei.

– Gosto de você... – ele me disse, sem olhar nos meus olhos, e eu mal podia acreditar nas palavras que estava ouvindo.

Segurei o queixo dele e o fiz me encarar. Se ele tinha algo a me confessar, que pelo menos me olhasse nos olhos.

– Como assim?

Ele mordeu o lábio inferior, parecia receoso.

– Eu... me desculpe, eu não devia ter dito isso a você...

Eu poderia ter dito que ele não precisava se desculpar, que me sentia da mesma forma. Mas, no lugar disso, eu simplesmente aproximei meu rosto do dele e o beijei. Achei que aquela era a melhor maneira de dizer que ele não deveria se arrepender do que tinha acabado de falar.

– Também gosto de você... – eu disse finalmente.

A partir dali, as coisas foram se ajustando entre nós. Era tudo muito novo e, apesar de nos conhecermos há anos, havia muitas coisas que precisávamos aprender um sobre o outro.

O passado às vezes pesava, mas passamos a encarar nossos fantasmas com maturidade. Eu o perdoei e ele me perdoou.

E a vida seguiu em frente.

 Viktor havia voltado para o seu país, o que foi um alivio para mim. Não queria mais trabalhar com ele, sua falta de ética não combinava com o esquadrão de aurores.

– O que vamos fazer hoje? – Draco me perguntou, enquanto caminhávamos juntos pelas ruas de Londres.

– O que você quiser, hoje estou à sua disposição... – respondi.

– Tentando me seduzir com essas palavras, senhor Potter?

– Sempre... Não que eu precise, é claro... – respondi, ao envolvê-lo nos meus braços.

– Bobo... Vamos pra sua casa... – ele me disse eu sorri como parte de minha resposta.

– Como quiser...

  

Fim


Notas Finais


Espero que tenham gostado!
Até a próxima história!


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