Acordei e fiquei olhando aquele coelhinho fofinho dormindo tranquilamente. Decidi deixá-lo dormir mais um pouco.
Beijei seus cabelos e levantei indo ao banheiro, logo depois a cozinha preparar algo para nos comermos.
Enquanto eu fritava ovo para mim, ouço um choro alto.
Ai, meu deus, será que o Gguk caiu no chão?
Desliguei o fogo e corri como se não houvesse a manhã para o quarto. Ao que cheguei lá pude ficar mais tranquilo, ele não havia caído.
— Shh, shhh... o que houve, bebê? – cheguei perto o pegando no braço.
— A-appa? – soluçou coçando seus olhos.
— Sim, sou eu. – passei a mão no seu rostinho tirando o molhado das recentes lágrimas. — O que aconteceu?
— Gguk teve um sonho ruim. – disse e voltou a chorar encostando a cabeça em meu ombro.
— Ei, não chora, meu amor. Conte-me o que acontece no sonho, huh? – alisei seus cabelos enquanto ele soluçava sem parar.
— O-o Appa ia embora co-com o woozi e de-deixava o Gguk sozinho. – falou com dificuldade e voltou a chorar. — O a-pppa vai deixar Gguk? – perguntou me olhando.
— Claro que não, bebê. Por que te deixaria? Isso jamais vai acontecer, okay? Você agora é o que eu tenho de mais importante e ainda por cima é minha prioridade, então não pense que vou fugir com o woozi e te deixar. Woozi agora é passado, e você é o meu presente e o meu futuro. Não pense mais nisso, hm? – vi seus dentinhos avantajados logo aparecendo num sorrisinho envergonhado. Enxuguei o resto das lágrimas que caiam e o abracei forte.
— O Appa não vai deixar o Gguk mesmo? – perguntou me olhando com seus olhos esperançosos.
— Não mesmo.
— Promete de dedinho? – ri quando ele levantou seu dedo mindinho minúsculo.
— De dedinho. – entrelacei nossos dedos dando um beijinho, logo beijei todo seu rostinho gordinho o fazendo cócegas.
...
— Jin, pelo amor de Deus, eu já disse que não preciso e também eu não me sinto bem aceitando. – explicava pela milésima vez para ele, mas parece que nem entra no ouvido, quem dirá sair pelo outro.
— E como é que você vai sustentar o Gguk, pelo amor de Deus, você não consegue nem se sustentar. – rebateu e eu revirei meus olhos.
— Eu queria ver qual é a imagem maravilhosa que você tem de mim. Eu consigo me sustentar sim!! – bati no sofá.
— Estou vendo o palácio que você mora, olha uma estatueta de ouro ali. – debochou apontando para o nada.
— Eu não preciso de palácio, 'morô, 'tô muito bem morando por aqui e vivendo assim. – cruzei meus braços.
— E o Gguk? Se não aceita por você, aceite por ele.
— Mas eu não posso aceitar seu dinheiro, Jin, eu não me sinto bem fazendo isso. – bufei.
— E se eu te arrumasse um emprego? – sugeriu, deixando-me interessado.
— Conte-me mais.
— Não te conto mais, porque não faço a mínima ideia do que te arrumar, mas sei que vai ser algo bom. – sorriu sugestivo e incentivador.
— E o Gguk? – lembrei do pequeno, não posso deixá-lo sozinho.
— Podemos deixar ele com o Taehyung, se ele puder, claro. – sugeriu.
— Não acho uma boa ideia, sabe bem como ele é. – não quero chegar em casa e me deparar com ela pegando fogo.
— E o Hoseok?
— Ele trabalha demais, não acho que vá poder. – pensei um pouco. — Tem você.
— Eu? Mas eu trabalho também.
— Sim, você poderia cuidar dele lá, não é uma creche?
— É... – pensou — Vai ser bom, tem muitas crianças lá, ele pode se dar bem.
— Sim, vai ser até bom para o desenvolvimento social dele. – iria falar mais alguma coisa se o Gguk não tivesse entrado correndo na sala com sua pelúcia de cenoura, um lápis e uma folha.
— Appa~ Jinnie~ – com dificuldade sentou no sofá entre Jin e eu. — Olha, olha! – colocou a folha com desenho sobre o peito sorrindo. Eram quatro bonequinhos de palito e outros detalhes de plantas e uma casa.
— Que lindo, Gguk! – baguncei seus cabelos — Quem são?
— Esse aqui é o Appa. – apontou para um dos bonecos do lado de um pequeno. — Esse é o Gguk. – apontou para o menor ao lado do meu. — Esse é o Tio Jinie. – apontou para o maior bonequinho. — E esse é o Tio Tae. – apontou para o último na fileira. — Essa aqui é a casinha do Gguk e do Appa. – sorriu grande e abraçou o desenho.
— Aigo, aigo, tão esperto meu bebê. – o abracei o trazendo para o meu colo fazendo carinhos nos seus fios negros e em suas orelhas branquinhas.
— Yoon, o que acha de falarmos sobre você trabalhar para o Gguk? – sugeriu calmo e eu já pude perceber as orbes negras me captarem.
— O Appa vai trabalhar? – perguntou — O Gguk vai junto?
— Sim e não, bebê. Não está confirmado ainda, Tio Jin vai arrumar um emprego para o Appa.
— E o Gguk? – perguntou com seus olhos marejados.
— Você vai ficar com o Tio Jin, bebê, juntos de muitas outras criancinhas legais para você brincar.
— O Gguk não quer ficar com o Tio Jinie e com nenhuma criancinha, Gguk quer ficar com o Appa. – disse chorando e me abraçou forte.
Dei um olhar de socorro para o Jin, mas como uma ótima pessoa, ele apenas levantou suas mãos dizendo um baixo "se vira" e saiu.
Um anjo esse Jin, um anjo.
— Não chora, Gguk, vai ser legal, huh? – Tentei parecer que ia ser realmente legal, mas ele não parava de chorar.
— O Appa vai abandonar o Gguk igual no sonho? – perguntou soluçando com um biquinho, meu coração se despedaçou todo, caiu com os pozinhos e cacos no chão.
— Jamais, meu amor, não pense mais nisso. – ajeitei sua posição no meu colo o deixando frente a frente comigo. — O Appa precisa trabalhar, huh? – limpei as lágrimas de suas bochechinhas rosadas — Preciso trabalhar para poder cuidar bem do Gguk, para comprar roupinhas, ursinhos, doces, brinquedos, sim? Se o Appa não trabalhar, ele vai se sentir triste por não deixar o Gguk confortável e feliz. – acariciei suas orelhinhas.
— Ma-mas o Gguk está confortável e feliz. – fez biquinho fazendo menção de chorar.
— Mas eu quero te deixar mais feliz ainda dando tudo que você quiser.
— O Gguk vai sentir falta do Appa. – abaixou sua cabeça apertando a pelúcia nos braços.
— O Appa também, mas ele, assim que terminar o trabalho, vai correndo buscar o Gguk, huh? – falei animado.
— Promete? – concordei com a cabeça — De dedinho? – levantou seu mindinho e eu sorri, os entrelaçando e dando um beijinho.
— Prometo de dedinho. – rocei nossos narizes beijando sua testa. — Agora, que tal assistimos Nemo? – sujeri e logo seus dentinhos apareceram no sorriso mais puro e fofo que, particularmente, me faz derreter.
— Nemo!! – gritou animado.
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