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História Mudança de planos - 157 - Empatia...


Escrita por: victoriabiazin

Notas do Autor


Oieeee... Boa leitura.

Capítulo 157 - 157 - Empatia...


Fanfic / Fanfiction Mudança de planos - 157 - Empatia...

Não vou perguntar se esta tudo bem, porque não está... - falei. Concordou. - contei ontem a Carlos...- falei.
- ele não deve ter reagido bem... apareceu aqui ontem soltando fogo pelas ventas... tive que pedir para se acalmar antes de entrar... brigamos...- falou cansada.
- eu não o culpo... ele está me odiando... falou que foi por capricho que eu não disse antes...- falei. Me abraçou quando eu comecei a chorar. 
- ele é rude... mas não saiu do lado dela desde que chegou aqui... ele tem um bom coração. - falou me olhando. 
- eu sei...- falei.
- brigaram?- perguntou. 
- sim... me culpou por qualquer coisa que aconteça nessa cirurgia.- falei acariciou meu cabelo. 
- ei, nada do que acontecer aqui é culpa sua... sabemos o quanto rodeou a situação procurando o momento certo para dar a notícia da melhor forma.- falou. 
- e fiz tudo errado.- falei.
- não existe jeito certo pra anunciar essas coisas... tem 
Apenas a forma de digerir... Por isso você não pode se responsabilizar.
- obrigada.- falei.
- imagina.- falou.
- onde ele está? - perguntei. 
- no quarto com ela... Pode entrar.- falou. Levantei secando as lágrimas. - só não discutam perto dela.- pediu. Concordei.
Fui devagar até o quarto e Carlos estava parado em pé ao lado da cama, segurando a mão dela, de cabeça baixa, quase caindo. Encostei na porta e logo reparou na minha presença. 
Caminhou até mim.
-passei a noite aqui...- falou baixo.
- eu sei... Também sei que arrumou confusão.- falei. Me olhou.
- sei que a raiva me fez falar coisas erradas, de forma rude, para pessoas erradas. Magoei Magoei única pessoa que mais gosto nesse mundo, e...- me olhou triste. - sei que não posso voltar atrás. - falou.
-não tem o direito de descontar sua raiva em pessoas erradas, principalmente em um local de respeito como o caso de um hospital. - falei rouca.- sua raiva e mágoa, é comigo, então não saia fazendo bagunça como uma criança que tenta chamar a atenção dos pais quando arranha o joelho... magoar as pessoas com o seu modo de descontar sua raiva... Não é justo com ninguém. - falei baixo.
- o que você fez...- começou baixo. O puxei para fora do quarto.
- sei o que fiz,  fiz da forma errada, não quis te falar daquela maneira e me sinto mal com isso, com a forma que está sofrendo...sinto muito por tudo.- falei segurando o choro.- nunca tive até intenção de tirar de você, seus momentos com ela.- falei.
- não vou pedir desculpa pelo que disse. - falou.
- não espero que peça. - falei.
- andou chorando...- observou meu rosto.
- não paro praticamente. - informei.
- por minha causa?- perguntou. - não tenho ninguém pra culpar além de mim.- falei. Me olhou.- eu já vou indo...- falei e sai. 
No banheiro feminino chorei tudo que pude. 
Eu deveria ter dito antes... ele está péssimo, eu poderia ter evitado se tivesse dito antes... esperar que ele me perdoe é como esperar que algo além de água caia do céu. 
Sequei as lágrimas e voltei para ficar do lado da mãe de clara.
- e aí? Como foi ?- perguntou. 
- ele tem noção do que fez.- falei.
- e entre vocês?- perguntou.
- não sei... ainda deve estar irritado comigo. - falei. 
- só precisa de um tempo.- falou. 
- queria estar perto dele nesse momento. - falei me sentando ao seu lado de cabeça baixa.- não queria fazer ele sofrer... Ele perdeu recentemente a tia.- comecei a chorar.- não queria dar a notícia de clara assim... sinto pela circunstância fazer ser tudo assim...- eu estava tremendo. - que droga.- falei chorando.
- não! Não contou antes porque é um ser humano maravilhoso,  tem sentimentos e se colocou no lugar dele.- falou passando a mão pelo meu cabelo.- sabia como doeria nele e queria o proteger.- falou.
- obrigado... Estou te ocupando com os meus problemas quando a vida da sua filha está em jogo. - falei.
- quero o melhor para minha filha... o que Deus decidir para ela... eu aceito... eu assisti a batalha da minha filha, as dores, as fraquezas, os enjôos... É uma vida que não desejo a ninguém...- falou convicta.
- gostaria de ter sua força. - falei secando minhas lágrimas. - quando recebi o diagnóstico... tive que aceitar as condições... Agora estou aceitando o que vier... É minha filha, vou sofrer de forma terrível, já estou sofrendo... mas nada nessa vida é por acaso...- falou limpando as lágrimas. 
- é horrível.- falei.
- sim... sou completamente inútil diante de tudo...- falou sofrendo.- eu amo tanto ela...- falou. A abracei. 
- todos sabemos. - falei.- vou pegar algo pra você comer.- falei.
Passei pelo corredor e antes parei para ver eles... Carlos está sentado na poltrona com as mãos unidas e cotovelos apoiados nos joelhos, arcado pra frente.
- quer algo da cantina?- perguntei. Achei que estava me ignorando, entrei no quarto e me aproximei dele, abaixei ao seu lado e vi seus olhos fechados. Toquei seu braço e acariciei seu cabelo. Despertou.
- Oi. - falou me olhando sonolento.
-quer algo da cantina ?- perguntei novamente. 
- não, estou bem.- falou.
- trarei um chá. - falei.
- tanto faz... Não estou com fome. - falou.
- é melhor encostar, irá sentir dor...- falei. Me encarou. 
- já disse que não quero nada. Não preciso da sua ajuda.- falou bravo.- sei me cuidar sozinho, e faço o que quiser. - falou. Engoli e levantei.
- como preferir.- falei e sai do quarto.
Comprei para a mãe de clara algumas coisas e fomos conversar com o médico. 
Acabei dormindo na poltrona. A mãe de clara me acordou.
- estão a preparando.- falou. Concordei. 
- onde está Carlos? - perguntei.
- na cantina.- falou. Relaxei.
- que bom...- falei. 
- aproveita pra comer algo.- falou.
- não... Vou dar espaço pra ele... - falei. Concordou.
- claro...- falou. 
Meu celular começou a tocar, sai para atender em outro lugar... olhei o identificador e era Mônica.
Esbarrei em alguém com força e meu celular saiu voando.
- desculpa. - falei logo.
-imagina.- falou um moço loiro de olhos claros.
- não, eu me distrai e não prestei atenção. - falei me desculpando. Sorriu e eu gelei.
- então devemos Desculpas um ao outro... Também estava distraído e não te vi.- falou. Sorri.
- tudo bem... Esta desculpado.- falei.
- você também. - falou e em silêncio ficamos nos olhando... foi constrangedor. Ele falou primeiro. - bem... te machuquei? - perguntou. Neguei.
- não...- falei. Vi meu celular no chão e nos abaixamos ao mesmo tempo para pegar... batemos a cabeça.- aí...- reclamei.  
- aí. - falou pegando o celular. Viu meu plano de fundo, eu e Carlos. - namorado?- perguntou. 
- não sei...- falei. Sorriu.- obrigada.- agradeci pegando o celular.- desculpa... nem perguntei o seu nome.- falei. 
- é Antônio. - falou olhando em meus olhos.- e o seu?- perguntou. 
- Elisabeth. - falei estendendo a mão para cumprimento. 
- nome bonito... Elisa. - faliu pegando minha mão e a beijou.  Corei. Sorrimos e nos olhamos.
- tudo bem?- perguntei quando ele pareceu se perder.
- claro... só pensamentos em excesso. - falou.
- bom Antônio... tenho que ir. - falei. Sorriu.
-claro... Tchau. - falou. 
- Tchau. - falei e sai andando.
Carlos me encarava parado em uma porta. Me olhou e saiu andando. Contei até três e fui responder Mônica. 
Carlos chegou na sala de espera conosco mas nem me olhou. Quando o médico anunciou o início da cirurgia, ficamos tensos. Carlos iria afundar o chão logo... Não parava quieto. A mãe de clara fazia orações desesperadas e e eu torcia por clara com todas as minhas forças.
Fiquei o observando e quando me olhou, desviei o olhar.
- posso conversar com você? - perguntou. Levantei o olhar, a mãe de clara me olhou.
- OK. - falei. Levantei e saímos até o jardim em frente a cantina. Se afastou quando nossos ombros se tocaram. Paramos.- que foi ?- perguntei. 
- quem era o cara ?- perguntou. O olhei sem entender.
- o que? - perguntei.  
- quem era...
- entendi a pergunta. Não entendo como em uma situação como essa, sua preocupação seja o moço com quem esbarrei.-falei chateada.
- quem era ele?- perguntou ignorante. 
- não importa.- falei e sai andando. Puxou meu braço e me olhou.
- importa sim.- falou. 
- você importa! Estou por clara, por você, pela mãe dela... Estou me importando com você!  Que até agora não aliviou nada pra mim, pelo contrário! Me culpa por tudo, como se eu mesma já não estivesse fazendo isso... quero te ajudar... me aproximar de você, se eu pudesse, aliviaria esse sofrimento seu, sem pensar duas vezes... sabe que pode contar comigo pra tudo, isso importa.- falei tremendo para segurar o choro. Uma lágrima caiu, a sequei logo.- então não importa o tempo que demore, ou como me trata, ignora, ou me afaste... Não vou sair do seu lado.- falei secando outras lágrimas. Nos olhamos e se aproximou colocando as mãos na parede atrás de mim e beijou minha bochecha... procurei seus lábios, mas não me deixou o beijar. Sai andando.
Voltei para a mãe de clara. 
- e aí?- perguntou.  
- nada...-falei.
- vai dar certo.- falou.
- não sei.- falei. 
Contei sobre a pergunta de Carlos e o cara que tinha esbarrado mais cedo.
Carlos apareceu e se sentou em seu lugar me olhando. Olhei de volta.
Carlos estava morrendo de sono, mas se recusava a dormir. 
Depois de quatro horas de cirurgia...


Notas Finais


E ai? o que acharam? espero que tenham gostado, sobre essas letras minúsculas depois de pontos e parágrafos... Me perdoem... Não tenho tempo pra arrumar tudo certinho mas dá pra entender perfeitamente kkkkk me digam o que acham e o que será que vai dar isso? abraços... Se cuidem.


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