História Mudança de planos - 53 - nada aconteceu...

Acordei e fui para o café.

 Encontrei Guilherme lá ajudando as crianças. Fui ajudar na montagem da próxima prova.

 Ganhamos a próxima mas perdemos a outra. 

 Terminamos o acampamento em segundo lugar, foi legal, estávamos desmontando tudo quando vi Guilherme precisando de ajuda. Fui até lá e comecei a ajuda-lo. 

 A criançada já estavam dormindo para saírmos amanhã. Fiquei conversando com Gui.

- voltarei a ser seu professor amanhã. – falou quando nos sentamos na raiz de uma árvore.

- mas também viramos amigos, e sinceramente eu gosto muito de você... Não quero que me veja apenas como uma aluna.- falei. Me olhou desconfiado.- a parte do gosto muito foi como amigo.- falei. Entendeu e sorriu.

- quer ser minha amiga...- sugeriu. Concordei. 

- é possível ?- perguntei.

- claro... Anti ético porém possível.- falou. Sorri. 

- valeu.- falei. Sorriu.- vou dormir... Já vai ?- perguntei. Negou.

- vou me despedir daquele lugar.- falou. Pensei.

- posso ir ?- perguntei. Concordou.

 Andamos um pouco e chegamos lá. Ele tirou a roupa e deixou tudo no canto. Fiz a mesma coisa. Mergulhei. 

 Ficamos lá por um bom tempo. Saímos meu cabelo estava molhado e não tinha como eu ligar um secador a essa hora então dormi com ele molhado e biquíni molhado. 

 Acordei de manhã espirrando.

- droga.- falei comigo mesma.

 Entrei em um banho quente e lavei o cabelo direito e encontrei um monte de folha e galho.

 Arrumei minhas coisas e coloquei no ônibus.

Mônica tagarelava o tempo todo, coloquei meus fones no celular dela e dormi. Só acordava para espirrar. 

 Chegamos na escola e a mãe de Monica me levou pra casa. Na casa de Fábio estava tendo uma festa. Gisele saiu com uma amiga e meus pais tinham ido ver Sofia. 

 Me arrumei, coloquei uma calça jeans preta e um tênis branco com uma camisa branca cabelo preso em uma trança lateral.

 Hesitei em entrar mas acabei indo, não conheço ninguém daqui, pessoas finas e ricas. Procurei Fábio.

- Betinha...- falaram atrás de mim. Olhei para trás.

- Carlos...- falei. Sorriu.

- cansou de brincar de Dora aventureira ?- perguntou. O encarei.

- nossa... Desculpa, era pra ter graça ?- perguntei. Sorriu.

- sei que teve.- falou bebendo seu drink.

- enfim, to procurando seu irmão, sabe onde ele está ?- perguntei.

- sei lá... Procura, finge que é uma caça ao tesouro já que você curte essas babaquices.- falou e me deixou com cara de tacho.

 Continuei procurando. 

- Elisa.- chamou um amigo dele que eu tinha conhecido em outra festa, um cheio de dreads e olhos claros.

- oi.- falei. Me abraçou.

- perdida ?- perguntou. Concordei.

- sim... Viu Fábio ?- perguntei. Concordou.

- ta em algum lugar em volta da piscina.- falou.

- muito obrigada.- falei. Concordou.

 Fui até a piscina e trombei em Luciana. Imediatamente olhamos para a piscina relembrando a ultima festa que nos encontramos.

- Elisa...- falou maldosa.

- Luciana.- falei nervosa. 

- quanto tempo...- falou vindo devagar na minha direção.

- jura ? Não senti saudades alguma.- falei sem me deixar intimidar.

- que legal te encontrar no mesmo lugar que te humilhei da última vez... Talvez seja o destino querendo que eu te coloque no seu lugar de parasita...- falou.

- ou então uma oportunidade de dessa vez eu te fazer passar aquela vergonha...- falei dando um passo em sua direção.

- coitada... Você é um nada !- falou.

- não... Eu sou a pessoa que te ameaça Luciana, te tirei Fábio... Não me custa nada tirar Carlos, mas eu vou te dar uns dias de diversão enquanto eu não estou o querendo por perto.- falei fingindo a confiança que nunca existiu em mim. Me olhou irritada.

- você acha que eu tenho medo das suas ameaças ?- perguntou. Sorri.

- não te ameacei... Te avisei... Agora vê se para de enxer meu saco senão...

- senão o que ? Você vai chorar para Fábio ? Você vai me bater ? Você esse saco de ossos nunca conseguiria bater em alguém... – falou. A encarei.

- eu não iria te bater, eu faria você ser expulsa daqui como da última vez... Enquanto todos irão me paparicar e odiar você pelo que faz ou já fez comigo... – falei. Sorri maldosa.- você não é querida em lugar nenhum, eu espero que algum dia alguém te suporte... Eu queria de coração que você soubesse como é bom ter amigos de verdade, e que os homens que te cercam não queiram apenas te usar... Eu quero que você tenha algo que faça você ver o quanto você é especial e não precisa humilhar os outros para se sentir bem... Quem sabe um dia alguém apareça na sua vida e você comece a se preocupar com o que realmente importa...- falei. Teve uma palma atrás de mim.

- por isso que eu gosto de você... Você é demais.- falou Fábio. Luciana nos encarou. 

 Me virei para ele e me abraçou. O abracei. Se virou para Luciana.

- faço das palavras de Elisa as minhas...- falou. Luciana saiu andando. 

 Pegou minha mão e me guiou para um canto. 

- já me desculpou ?- perguntou. Olhei em seus olhos.

- é claro que sim... Na verdade eu concluí que festas nunca darão certo conosco... Me desculpa também ?- perguntei. Sorriu. 

- sempre vou te perdoar.- falou me beijando. – achei que estava me odiando, te liguei varias e várias vezes e você não me atendia, achei que tinha desistido de mim.- falou. Peguei suas mãos.

- na verdade eu esqueci o celular... Mas eu não desisti de você... Eu devo ser uma otária que gosta de sofrer.- falei. Negou.

- não... Eu na verdade sempre faço algo errado... Prometo prestar mais atenção em tudo... Não quero mais você magoada comigo por causa dessas vagabundas.- falou. Nunca ouvi ele tratando alguma mulher assim... O olhei.- me dá um beijo.- pediu. O beijei. 

- sentiu saudade ?- perguntei. Sorriu. 

- nenhuma... Foi bem mais legal do que com você aqui...- falou sarcástico.- a escola nem se diga... Foi muito emocionante.- falou. Sorri.

- espero que tenha sido mesmo.- falei. 

- mentira. Foi uma bosta... Horrível, tedioso, nem sei o que seria da escola sem você.- falou. Sorri. Beijou meu ombro. 

- você é lindo.- falei. Sorriu.

- você também é.- falou. 

- os dois pombinhos... Achou ele Betinha ?- perguntou Carlos atrás de nós.

- sim... Muito obrigada pela sua super ajuda.- falei e virando pra ele. Me encarou intensamente, me deixou desconfortável, percebeu e sorriu.

- de nada, sempre ao seu dispôr.- falou. Revirei os olhos.- nunca te ensinaram que isso é fata de educação ?- perguntou. Sorri com a ironia.

- você passou longe das aulas de etiqueta... Tá me cobrando o que não me oferece ?- perguntei. Apertou os olhos me matando em sua mente.

- você tem uma boca atrevida... Gosto disso, acho sexy.- falou. Corei.

- ninguém te perguntou.- falei. Me olhou e sorriu.

- um dia eu te calo Elisabeth... Fica esperta.- falou. E saiu andando. 

- por que ele tem que ser tão insuportável ?- perguntei. Fábio me olhou. 

- as vezes eu tenho vontade de socar a cara dele.- falou. Enlacei sua cintura. 

- esquece ele...- falei. Me deu um selinho.

- tem razão... Vamos dançar.- falou. Fiquei nervosa.

- dançar ?!- reclamei sorriu.

- sim, não aceito não.- falou me puxando.

 Dançamos e eu não parava de rir da minha desgraça. Me puxou para um abraço. 

 Ficamos conversando com os amigos dele. Conheci a tal de Maria flor, uma garota perfeita, modelo internacional, atriz e canta que é uma beleza. Ela é incrível, se eu fosse lésbica com certeza me apaixonaria... Todos os homens ali Babam por ela, ela sabe do poder que tem, também, uma beleza dessa e essa heterocromia onde um de seus olhos é azul intenso e o outro um verde esmeralda algo completamente anormal.

 Ela sabia sobre tudo, inteligente, ágil e eu me sinto um cocô perto dela. 

 Conversamos a noite toda e até me adicionou no grupo deles no whatsapp.

 Quando fui ver pedi para ir ao banheiro para gritar... Todos os famosos de Hollywood estava nesse grupo, gente famosa conversava como pessoas normais, me encarei no espelho e concluí.

- estou no mesmo grupo que Justin bieber e rihanna.- falei. Me recompûs e saí.

Voltei para Fábio. E continuamos a conversar. 

 Fábio me acompanhou até em casa e foi embora. 

 Entrei no quarto e fui tomar outro banho, saí e fui dormir.