História Mudando - Capitulo 5

   O aniversário corria bem, tinha parque para as crianças, os adultos conversavam entre si, enquanto alguns dançavam na pista de dança no meio do salão, o humor de Sakura melhorou assim que Ino chegou, juntas elas ficaram mais afastadas da mesa dos Uchihas, de longe dava para observar Yudi brincando com Boruto e mais alguns garotos.

— Ele nem parece aquele menino que chegou na minha casa - Sakura comentou

— Ele está feliz, não o vi rir assim mais cedo - Ino afirmou - E o Sasuke pra quem não queria adotar uma menina ele está me saindo um pai bem babão - Disse apontando para o amigo que se aproximava com Sara no colo, a garotinha gargalhava enquanto ele a fazia cócegas

— Eu que o diga! - Sakura concordou - Mas ele não aceita o Yudi de forma nenhuma, é tão ridículo que dá nojo - Reclamou

    Sasuke se aproximou com Sara e a botou no chão, ele ria da gargalhada da menina, estava suado e ofegante, se jogou ao lado de Sakura e se encostou nela, Sara foi até a tia e Ino a abraçou.

— Quem diria? Sasuke Uchiha um homem de família? - Uma voz grossa soou atrás deles e Sasuke deu um pulo olhando, ele sorriu ao ver Gaara ali parado sorrindo

— Pois é meu amigo, os tempos mudam - Afirmou se levantando e indo cumprimentá-lo, Ino trocou um olhar com a amiga e sussurrou

— Gostoso hein - Sakura arregalou os olhos e riu

— O que tá gotoso tia? - Sara perguntou e Ino tampou a boca dela rindo e a rosada gargalhou

— Esse brigadeiro aqui, olha só come pra você ver! - A loira desconversou e entregou o doce a criança - Senhor! - Disse em meio aos risos

— Essas são Ino Yamanaka, filha de Inoshi Yamanaka - O pai de Ino possuía uma grande empresa de produtos alimentícios - Essa é a Sakura minha esposa, esse é Gaara Sabaku - Apresentou, Gaara cumprimentou Sakura primeiro com dois beijos na bochecha e depois a Ino, a loira olhou bem para a mão do homem, precisava saber se ele era casado antes de começar suas investidas, ela era assim, tinha todo homem a quem queria, transava e depois saia fora, ela não queria compromissos, mas sempre estava afim de uma diversão.

— Muito prazer senhor Sabaku - Ela piscou jogando o cabelo e fazendo charme, Gaara sorriu de lado não dando muita importância e aquilo fez Ino franzir o cenho.

— Não conhecia esse seu amigo - Sakura disse

— Gaara não mora em Konoha, ele estava em Suna, tem uns cinco anos que não vem aqui - Contou

— Mas agora vim para ficar - Gaara afirmou - Esses pequenos são de vocês? - Perguntou mexendo na mão de Kody que estava no colo da mãe.

— Sim, lindos não? - Sasuke falou orgulhoso

— Muito - Afirmou, Yudi vinha correndo até eles e parou perto de Sakura que acariciou os fios lisos do pequeno e o ofereceu um copo de refrigerante - Esse também né? - Gaara perguntou rindo - Quanta coisa eu perdi - Ele completou sem esperar resposta

   Gaara era gentil, Sakura tinha gostado dele, ele ficou mais alguns minutos sentados com eles conversando, ela sentia vontade de ri a cada insinuação de Ino, insinuações essas que eram totalmente dispensadas por ele, pela primeira vez um homem estava a ignorando e a amiga não estava sabendo lidar com isso.

     O tempo passou e os parabéns foram cantados, até o pequeno Kody bateu palmas, já estava tarde, apesar de Sara e Yudi ainda estarem agitados e correndo de um lado a outro, Kody estava sendo passado pelo colo de todos ali e todo mundo queria apertar as bochechas grandes dele.

      Mais afastados Sasuke contava ao pai tudo o que tinha acontecido nos dois últimos dias, não queria falar daquele assunto naquele momento, afinal ali não era o lugar, mas Fugaku insistiu e acabou conseguindo.

— Você não deveria deixar essa mulher controlar a sua vida assim, está percebendo que tudo é por causa dela? Ela te controla, te faz de boneco de pano e você acaba fazendo tudo o que ela quer - Ralhou raivoso

— Sakura é minha mulher pai - Disse, estava irritado com o rumo e já tinha bebido demais para manter uma conversa civilizada

— NÃO IMPORTA! - Exasperou - Você é um fracasso Sasuke, está botando tudo o que eu construir pra você de água a baixo, uma vida dedicada a te fazer ser o homem mais poderoso do país e veja só no que você está transformando tudo isso, em lama! Por causa de uma mulherzinha e de um bastardo, você é um estupido, quando vai para de me decepcionar e começar a fazer a coisa certa, você deveria estar casado com uma mulher linda, elegante e da mais alta classe, começando a te dar filhos agora, mas não, você arranja uma mulher estéril e que te abriga a assumir um filho bastardo de uma prostituta, esse menino vai destruir a gente, escuta o que eu estou falando a você! - Sasuke deu as costas e saiu, para completar sua raiva avistou Sakura conversando com Sasori Akasuna, um playboy que mal saiu das calças e vivia dando em cima dela, crispou os dentes e a segurou pelos braços a arrastando

— Você está maluco? - Ela perguntou se soltando dele

— Vamos embora - Ele mandou, ela franziu o cenho confusa com aquilo, mais cedo ele parecia muito bem humorado e agora estava prestes a explodir.

— O que aconteceu? - Perguntou

— Vamos embora! Cadê as crianças? - Ele quis saber

— Estão brincando e o Kody está com a Ino por aí - Falou

— Vai pegar Kody e me espera na frente - Mandou e saiu em direção ao parque, ela ainda o encarava totalmente perdida sem saber o que acontecia, mas decidiu não atiçar a fúria dele e foi atrás do bebê.

  Ele pisava duro, podia sentia seu sangue ferve e as palavras do seu pai ainda fervilhava em sua cabeça, encontrou as duas crianças brincando na piscina de bolinha.

— Sara vamos! - Chamou - Vamos garoto! - Repetiu quando Yudi o olhou

— Mas papai... - A garotinha resmungou

— Agora, nós já vamos, sem birras - As duas crianças já saíam do brinquedo, Sara chorava querendo ficar.

— Porque nós já vamos? - Yudi questionou e foi o estopim para Sasuke explodir, o homem se abaixou na frente dele e o segurou pelos braços o apertando

— Porque eu quero ir embora e quando eu mando você obedece, você já teve a sorte da Sakura te pegar, porque era pra você tá no meio da rua agora ou com a puta da sua mãe em algum lugar imundo, mas você tá aqui atrapalhando a minha vida - Ele terminou de falar e se levantou, olhou para os lados e ninguém prestava atenção neles, segurou a mão de Sara e saiu arrastando o garoto pelo braço.

— Solta ele! - Sakura mandou quando avistou o marido entrar em seu campo de visão, as duas crianças choravam e Sasuke apertava o braço do pequeno com tanta força que já se podia ver a pele ficar vermelha, Yudi se agarrou a Sakura que segurou o braço dele vendo o marca dos dedos do marido ali - Você só pode tá transtornado - Ela disse, Sara se soltou do pai e também se agarrou as pernas da mãe

— Não quelo i embola - Dizia em meio ao choro

— Pelo amor de Deus, parem de chorar! - Sasuke mandou ignorando a mulher, o carro chegou e ele se jogou dentro do carro, Sakura entrou com as três crianças, Kody ao ver os irmãos chorando começou a chorar também - Faça-os calar a boca Sakura - Mandou novamente

— FAÇA VOCÊ QUE FOI QUEM FEZ ELES CHORAREM! - Ela gritou furiosa

— VOCÊ NÃO VAI GOSTAR DA MINHA FORMA DE FAZÊ-LOS FICAR QUIETOS - Retrucou

— SEU PALHAÇO! O QUE FOI TUDO ISSO? VOCÊ ESTAVA ÓTIMO A MINUTOS ATRÁS E DE REPENTE APARECE TRANSTORNADO, VOCÊ TÁ DROGADO POR ACASO?

— É CLARO QUE NÃO, CALA ESSA BOCA SAKURA!

— EU NÃO SOU CRIANÇA SASUKE, VOCÊ NÃO VAI ME MANDAR CALAR A BOCA E EU VOU CALAR

   Eles gritavam um com o outro, enquanto os gritos de choro das três crianças ecoavam também, elas estavam em estado de nervo e gritavam assustadas, a casa não demorou a chegar e Sakura saiu do carro com Kody e as duas crianças em seu pé.

— ALYSSA! - Gritou a governanta

— Sim senhora! - Alyssa apareceu o mesmo instante

— Faça a mamadeira do Kody e me entregue no quarto dele, preciso de duas empregadas para pegar dois colchões e levar pro quarto dele AGORA! - Ordenou subindo as escadas.

    Entrou no quarto do menor e se sentou no chão estava emocionalmente exausta e ver aquelas três crianças tão desesperadas a estava deixando mais aflita que o normal, não demorou pra duas empregadas chegarem com os colchões

— Onde tem almofadas e cobertores aqui? - Perguntou, uma das empregadas se apressou em abrir o guarda roupa do bebê e pegar alguns travesseiros, enquanto a outra pegava as cobertas - Joguem aí, vão nos quartos deles e peguem roupas de dormir - Mandou tirando a roupa de Kody e vendo as duas saírem apressadas, botou o bico na boca do pequeno o que fez ele parar de chorar, vestiu um pijama e o acomodou no berço, procurou com os olhos os dois maiores e seu coração se apertou ao encontrar Yudi sentado no chão no canto abraçado a Sara, os dois choravam silenciosamente, ela suspirou e os chamou com a mão, voltou a se sentar e sentiu os dois se jogarem em cima dela - Não precisa chorar, já acabou - Ela consolou-os

— Vocês glitalam um monte - Sara disse, Sakura passou as mãos no rosto dela limpando suas lágrimas

— Isso não vai acontecer mais - Disse, mas ela não podia garantir, sabia que ela e Sasuke eram como 110v e 220v.

— Senhora, a mamadeira - Alyssa bateu e entrou, Sakura estendeu a mão pegando

— Bate à porta - Disse grossa e foi obedecida, mas logo escutou batidas, as empregadas entraram entregando as roupas das duas, assim que saíram Kurenai entrou, ela não disse nada, só pegou a mamadeira da mão da patroa e o bebê no berço e começou a alimentá-lo, Sakura também não falou nada, só tirou a roupa de Sara a vestindo com um pijama e fez o mesmo com Yudi, passou as mãos no braço do pequeno e mexeu a cabeça indignada - Deitem! - Pediu e os mais velhos obedeceram, se deitando nos colchões ali, ela se sentou no meio e começou a acariciar os cabelos deles, como o esperado eles dormiram rápido, estavam cansados de toda agitação do dia e do recente choro.

— Vocês brigaram de novo? - Kurenai perguntou, Sakura assentiu baixando a cabeça, Kurenai botou Kody no berço que tinha dormido também e se sentou nos colchões.

— Você pode ficar aqui com eles? - Ela precisava ir em seu quarto, não queria ter que bater de frente com Sasuke, mas ela nunca correu de uma discussão e não correria daquela também, ele ia ouvi-la, não importava o que ele fizesse ou falasse.

— Claro, só tente não gritar muito alto, não queremos que eles escutem novamente - Aconselhou, sabia que pedir pra ela não ir, não iria adiantar, então apenas a observou se levantar e sair do quarto, olhou para aquelas três crianças e suspirou, sentindo pena desses seres inocentes que foram parar em uma família tão desestruturada e falida igual àquela, não financeiramente, mas falida de afeto e compreensão.

    Ao entrar no quarto Sakura encontra o Sasuke já se ajeitando para dormir e a raiva subiu nela, se ele pensava que ia fazer um show e depois ia dormir como se nada tivesse acontecido, ele estava enganado.

— Você pode me explicar o motivo de todo aquele show que você fez? - Ela perguntou

— Me deixa em paz Sakura, eu só quero dormir - Ele disse saindo do banheiro, tinha acabado de escovar os dentes e estava de cueca.

— Você não vai dormir, me fala o porquê de tudo aquilo! - Ela se alterou, não chegou a gritar, mas com certeza estava falando alto, Sasuke se aproximou dela, que recuou até encostar na parede.

— Quer tanto saber? - Rugiu apoiando os braços na parede e a prendendo entre eles - Foi por você, Sakura. Eu tive uma discussão com meu pai. Ele acha que eu deveria ter escolhido outra mulher para ficar ao meu lado - Sakura estava prestes a retrucar, mas ele a interrompeu - Ele acha que eu deveria ter escolhido uma mulher elegante, uma mulher que me obedeceria sem questionar e me respeitasse. Não uma que me desafia e desobedece constantemente. Uma mulher que não só não me dará filhos, mas também me forçou a ficar com um bastardo, filho de uma prostituta, uma mulher que na visão do meu pai, nunca estará a minha altura! - Rugiu a olhando nos olhos, Sakura sentiu seu coração palpitar.

— Se eu lhe envergonho tanto senhor primeiro ministro, por que não me libera desse casamento? Porque não me deixa em paz, nós dois sabemos que você só me quer para inflamar seu ego - Perguntou com a voz tingida de raiva.

— Porque você é minha! - Respondeu atacando seus lábios. Ela tentou resistir, mas tanto quanto não queria que ele se aproximasse, também ansiava pelo seu toque.

   A discussão com seu pai havia o tirado do sério, mas uma coisa ali, no meio de tantas mentiras que viviam, uma era verdade. Ele a amava, de uma maneira torta, mas a amava.

    Não era por puro ego como ela falava, tudo bem que no começo quando ele insistiu nela e ela o negou mexeu com o ego dele, não tinha porque ela o rejeitar, era rico, primeiro ministro e modesta parte era lindo, mas nada disso parecia a encantar, essa rejeição atiçou o lado caçador de Sasuke e tudo ficou mais excitante, até ele mandar investigar a vida dela, foi difícil mas ele descobriu muitas coisas do passado dela, coisas suficientes para que ele a ameaçasse e ela aceitasse ficar com ele, precisava de uma mulher ao seu lado para manter a aparência de homem de família e ela caiu como uma luva, então juntou o útil ao agradável.

    Sasuke circulou sua cintura com o braço a puxando para mais perto, Sakura se rendeu e o abraçou pelo pescoço circulando a cintura dele com as pernas, ele rasgou o vestido dela, que era aberto na coxa e a levou para a cama, ela estava com uma calcinha fio dental e ele rosnou quando a viu só com aquela peça, a arfou também e abriu as pernas dela, não queria ser cuidadoso daquela vez, ele sabia que ela aguentava o lado selvagem dele, não só aguentava quanto gostava, não podia dar tempo pra que ela pensasse se não desistiria por causa da discussão.

— Gostosa - Ele disse a virando de costas e passando a mão em sua boceta que já estava molhada - Já tá molhada, é uma safada mesmo - Disse rindo malicioso e enfiando dois dedos dentro dela

— Oh... que delícia - Sakura gemeu rebolando nos dedos dele, tinha sido prostituta por anos, mas não sentia o mínimo prazer em transar com seus clientes, era tudo muito mecânico e quando saiu daquela vida, a última coisa que ela queria era o toque íntimo de um homem, mas Sasuke quebrou essa barreira, ele conseguia a satisfazer e fazer com que ela ansiasse por seu toque.

   Sasuke não esperou, tirou a cueca e a puxou, fazendo com que ela empinasse a bunda pra ele e a penetrou, duro e forte, os dois gemeram com o contato, ele começou a penetra-la lento, mas aumentou o ritmo com as estocadas, não demorou e ele estava gozando e a levando junto, encostou sua testa e beijou as costas dela ofegante.

    Ele sabia que seu pai tinha razão quando dizia que ele fazia tudo o que ela queria, mas não podia evitar, Sakura estava em sua vida e seria sua morte.