Harry do futuro respirou fundo antes de começar a falar. Agora, oficialmente, eles estariam realmente prestes a entrar na grande batalha e o homem não poderia mais omitir as lutas e mortes, por mais fortes que sejam.
- Hum... eu, Mione, Rony e Grampo terminamos de arquitetar o plano para entrar no gringotes e... bom, era basicamente a Mione usar a poção polissuco para se transformar em Bellatrix, já que ela já estava com a varinha. Hermione fez um ‘disfarce’ em Rony e eu e Grampo iriamos embaixo da Capa da invisibilidade. Nós saímos um dia de manhãzinha, porque não queríamos colocar Fleur, Gui e os outros no meio de tudo aquilo.
- Entramos no Beco Diagonal normalmente, bom, normalmente para o que seria Bellatrix Lestrange em uma guerra, acho... – Rony do futuro começou, franzindo o cenho. – Porém, quando chegamos no Gringotes, os duendes começaram a suspeitar e... bom, Harry usou a Imperius em alguns deles para que nós pudéssemos chegar ao cofre. Harry não... conseguiu lançar a maldição direito, ela ficava falhando, então foi uma longa viagem até o cofre de Bellatrix, ah, é, tenho que dizer que tinha um dragão guardando-o. Agora logo depois que nós entramos no cofre. Quem quer ler? – Ele pergunta, e logo o livro é passado para Harry, que levantou a mão timidamente.
- ‘Gringotes’
“- Lumus!
Harry girou a varinha acesa pelo cofre: a luz incidiu sobre joias cintilantes, ele viu a falsa espada de Gryffindor em uma prateleira alta, entre um emaranhado de correntes. Rony e Hermione tinham acendido as varinhas também e agora examinavam as pilhas de objetos que os cercavam.
- Harry, poderia ser...? Aiii!
Hermione gritou de dor e Harry iluminou-a em tempo de ver uma taça cravejada de pedras escorregando de sua mão: mas, ao cair, o objeto rachou e se transformou em uma inundação de taças, e, um segundo depois, com um grande estrépito, o chão ficou coberto de taças idênticas rolando para todos os lados, a original indistinguível das demais.”
- Caralho, o azar de vocês é simplesmente inigualável. – Draco falou lentamente, e a maior parte das pessoas concordaram, olhando para as duas versões do trio de ouro como se tivessem mais cabeças do que deviam.
- É o Harry. – Hermione e Rony disseram ao mesmo tempo, olhando risonhos para Harry, que revirou os olhos, mas sorriu um pouco.
- Posso continuar? – Ele pergunta, os olhos atrevidos, e todos assentem, como que se desculpando, mas ainda sorrindo.
“- Ela me queimou! – choramingou Hermione, chupando os dedos vermelhos.
- Eles juntaram dois feitiços, o Duplicador e o Abrasador! – disse Grampo. – Tudo queimará e se multiplicará, mas as cópias não têm valor... e se continuarem a mexer no tesouro, acabarão morrendo esmagados pelo peso do ouro em expansão!”
- Esse duende não está ajudando em nada... – Rony murmurou, a cara amarrada, pegando na mão de Hermione.
“- Ok, não toquem em nada! – recomendou Harry, desesperado, mas, no momento em que dizia isso, Rony acidentalmente empurrou uma das taças caídas com o pé e mais vinte surgiram de repente e, enquanto Rony saltava no mesmo lugar, parte do seu sapato queimou com o contato do metal em brasa.”
A maior parte das pessoas gemeram em frustração, já imaginando que ir ao Gringotes traria muitos transtornos para o trio de ouro.
“- Fiquem parados, não se mexam! – pediu Hermione, segurando Rony.
- Olhem apenas! – disse Harry. – Lembrem-se, a taça é pequena e de ouro, tem uma gravação, duas asas, ou então vejam se localizam o símbolo de Ravenclaw em algum lugar, a águia...”
- Ah, não acho que eles teriam guardado o diadema lá. – Comentou Luna, olhando para o céu que começava a alaranjar.
- Que quer dizer, Lovegood? – Um corvino de cara feia pergunta pra ela, ríspido.
- Apenas sinto que o Diadema está em Hogwarts. – Ela dá de ombros, sem se importar muito com o outro e todos a olham, curiosos.
“(...)
- Está lá, lá em cima!
- Accio taça! – ordenou Hermione, que evidentemente esquecera, em seu desespero, o que Grampo lhes dissera durante as sessões de planejamento.”
Quando todos olharam para as duas versões de Hermione com descrença, e elas suspiraram, resignadas.
- Já falei que não trabalho bem sob pressão. – Hermione fala, resignada, suspirando alto, enquanto sua versão mais velha dá um sorrisinho, tendo melhorado bastante essa parte desde que concorreu para Ministra da Magia e ganhou.
“- Não adianta, não adianta! – rosnou o duende.
- Então o que faremos? – perguntou Harry, olhando feio para ele. – Se você quiser a espada, Grampo, terá de nos ajudar mais... espere! Posso tocar nas peças com a espada? Hermione, me dê a espada aqui!
(...)
- Se eu pudesse enfiar a ponta da espada em uma alça..., as como vou chegar lá em cima?
A prateleira e, que repousava a taça estava fora de alcance, até mesmo para Rony, que era o mais alto. O calor do tesouro encantado desprendia-se em ondas, e o suor escorria pelo rosto e as costas de Harry enquanto procurava um meio do chegar à taça; ouviu, então, o dragão rugir do outro lado e o som dos címbalos sempre mais alto.”
- Argh, vocês são bruxos, é só usar um feitiço de levitação! – Exclama Sirius, parecendo extremamente irritado, preocupado e incrivelmente mal-humorado. Ele agora estava sentado sozinho em um pufe, mas perto o suficiente do sobrinho e seu ‘amigo’ de infância.
A maior parte do salão concordou com Sirius com acenos de cabeça, olhando para Harry nervosamente, este que olhou torto para o padrinho, estranhando a irritação toda.
“Aparentemente, estavam realmente encurralados: não havia saída exceto pela porta, e uma horda de duendes vinha se aproximando pelo outro lado, Harry olhou para Rony e Hermione e viu o terror em seus rostos.”
Harry torceu o nariz, decidindo, pelo menos temporariamente, que não arrastaria nenhum de seus amigos para as coisas que tivesse que fazer, decidindo que se ele fosse ferrar com a vida de alguém, que fosse a dele mesmo e não a das pessoas que mais amava no mundo. E, olhando para Sirius e Remus, decidiu também que queria que os dois saíssem do país durante a guerra, mesmo que soubesse que isso não aconteceria de verdade.
Ele passa uma das mãos pelo cabelo ainda rosa, olhando para Gina, que o olha também, estreitando os olhos, quase como se percebesse o que ele estava pensando.
Ela nega lentamente com a cabeça, apertando a outra mão de Harry e se deitando novamente em seu peito, decidindo falar sobre isso mais tarde; e ele simplesmente volta a ler.
“- Hermione! – chamou Harry, quando o tilintar se tornou mais forte. – tenho que chegar lá em cima, temos que nos livrar...
Ela ergueu a varinha, apontou-a para o amigo e sussurrou:
- Levicorpus!”
- Finalmente. – a maior parte das pessoas murmurou, mas Harry fala, parecendo indignado:
- Por que não um Leviosa? Pra que me pendurar pelo tornozelo? – Havia um tom divertido em sua fala e algumas pessoas, principalmente Hermione apenas sorriram para ele, fazendo-o suspirar dramaticamente e voltar a ler.
“Guindado para o alto pelo tornozelo, Harry bateu em uma armadura e as réplicas, como corpos incandescentes, encheram o espaço apertado. Com gritos de dor, Hermione, Rony e os dois duendes foram atirados contra outros objetos, que também começaram a se replicar. Meio soterrados por uma onda crescente de tesouros em brasa, eles se debateram e gritaram enquanto Harry enfiava a espada na alça da taça de Hufflepuff e a enganchava na lâmina.”
- Vocês são extremamente azarados. – Comentou Alastor Moody, quase que a primeira vez se pronunciando. – E desastrados. Estão piores que Ninfadora.
- É Tonks. – Tonks fala, revirando os olhos, mas sorrindo pequeno.
“- Impervius! – guinchou Hermione, em uma tentativa de proteger a si, Rony e os duendes do metal em combustão.
Então o grito mais aterrorizante fez Harry olhar para baixo: Rony e Hermione estavam cercados por tesouros até a cintura, lutando para impedir Bogrode de escorregar para baixo da maré crescente, mas Grampo submergira, deixando visíveis apenas as pontas de seus longos dedos.
Harry agarrou os dedos do duende e puxou-os. Grampo, coberto de bolhas, reapareceu aos poucos, urrando.”
O Potter torceu o nariz, olhando de um jeito preocupado para os amigos, esperando desesperadamente que isso não acontecesse quando fosse sua vez de destruir as Horcruxes.
“- Liberacorpus! – berrou Harry, e, com um estrondo, ele e Grampo caíram sobre a superfície do tesouro em progressão, e a espada voou da mão de Harry. – Segure-a! – gritou ele, resistindo à dor das queimaduras em sua pele, quando Grampo tornou a subir em seus ombros, decidido a evitar a massa abrasadora que se expandia. – Cadê a espada? Tinha a taça enganchada nela!”
- Caralho, só piora... – várias pessoas murmuraram variações, exasperados com o caminho que a situação estava levando.
“O tinido de metal do outro lado tornava-se ensurdecedor... era tarde demais...
- Ali!
Foi Grampo quem a viu, e ele quem se atirou para a espada e, naquele instante, Harry percebeu que o duende nunca esperara que eles cumprissem a palavra dada. Com uma das mãos segurando firme um punhado de cabelos de Harry, para não cair no mar de ouro quente, Grampo agarrou o cabo da espada e ergueu-a no alto, fora do alcance de Harry.”
- Aquele duende maldito! – Sirius exclama, junto com a maioria das pessoas que murmuraram coisas parecidas.
- Bom, nós estávamos mesmo com a intenção de enganá-lo, então... – Diz Harry, já de saco cheio daquele capítulo e estranhando ainda mais o mal humor do padrinho.
- Mas ele está pegando a taça! A taça que a gente precisa destruir para derrotar Voldemort! – Rony entra na conversa, também indignado com o duende.
- Argh, já é difícil sem vocês discutindo, será que dá pra acabar com esse capítulo logo? – Gina fala, também emburrada, sentando-se de novo no encosto do sofá e Harry suspira, voltando a ler.
“A pequena taça de ouro, espetada pela alça na lâmina da espada, foi arremessada no ar. Com o duende ainda montado nele, Harry mergulhou e apanhou-a e, embora a sentisse queimar sua pele, não a soltou, mesmo quando incontáveis taças irromperam do seu punho, caindo sobre seu corpo. Nesse instante, o cofre se abriu e ele se viu deslizando, sem controle, sobre uma avalanche desmesurada de ouro e prata incandescente que o carregava, e a Rony e Hermione, para a câmara externa.”
- Ah, e o dragão e os montes de duendes? – murmura Rony, olhando para os amigos preocupado, imaginando que não sairiam do Gringotes apenas com um milhão de queimaduras.
“Sem tomar consciência da dor das queimaduras por todo o corpo, e ainda carregado pela onda de tesouros replicantes, Harry enfiou a taça no bolso e esticou a mão para recuperar a espada, mas Grampo desaparecera. Escorregando dos ombros de Harry quando pôde, correra para se abrigar entre os duendes que os cercavam, brandindo a espada e gritando: ‘Ladrões! Ladrões! Socorro! Ladrões!’. E sumiu entre a multidão que avançava, armada com adagas, e que o aceitou sem discutir.”
- Aquele traidorzinho! – Várias pessoas exclamaram, mas Potter apenas continuou lendo, após suspirar em descontentamento.
“Deslizando sobre o metal quente, Harry se levantou com dificuldade e entendeu que só havia uma saída.
- Estupefaça! – berrou, e Rony e Hermione se juntaram a ele: jatos de luz vermelha voaram contra a multidão de duendes, alguns trombaram, mas outros continuaram a avançar e Harry viu vários guardas bruxos aparecerem correndo pelo canto da passagem.
O dragão preso soltou um rugido, e um jorro de chamas voou sobreas cabeças dos duendes: os bruxos fugiram, curvados, voltando pelo caminho que tinham vindo, e uma inspiração, ou loucura, acometeu Harry. Apontando a varinha para as grossas algema que prendiam a fera no chão, berrou:
- Relaxo!”
- Que ideia mais estúpida/brilhante! – Exclamaram Hermione e Rony ao mesmo tempo, várias pessoas murmurando variações quaisquer.
- É brilhante e idiota. – Comenta Gina, olhando com diversão para o irmão e a amiga.
- Mas o que eles vão fazer com um dragão? Montá-lo? – Neville fala, esperando desesperadamente que isso não acontecesse.
- Provavelmente... – Gina fala lentamente, e o Salão parece ficar um pouco mais tenso. – Volte a ler, Potter.
“As algemas se abriram estrepitosamente.
- Por aqui! – berrou Harry e, ainda lançando Feitiços Estuporantes, disparou em direção ao dragão cego.”
- Eu acharia uma ideia brilhante se vocês não estivessem a ponto de morrer... – comentou Sirius, parecendo à flor dos nervos.
- Não é como se eu nunca tivesse ficado perto de um dragão... e dessa vez eu conheço muito mais feitiços... – Harry rebate, fazendo a maior parte das pessoas estremecerem ao se lembrar do Torneio Tribruxo.
- Isso é muito diferente, Harry, vocês não têm profissionais por perto para ajudar. – Carlinhos aponta, parecendo estar calculando as chances de os garotos sobreviverem.
- Ah, nem me lembre disso! Por favor, volte a ler. – Diz Sirius novamente, se recostando no pufe.
(n/a.: eu estou ignorando totalmente que o Sirius do livro estava pouco se fudendo para o Harry no torneio, mesma coisa com o Moony.)
“- Harry... Harry... que é que você está fazendo? – bradou Hermione.
- Subam, subam, andem logo...
O dragão não percebera que estava livre: o pé de Harry encontrou a dobra de sua perna traseira e o garoto usou-a para subir em seu dorso. As escamas do animal eram duras como aço: ele nem pareceu sentir. Harry estendeu a mão; Hermione se guindou para o alto; Rony montou atrás dos dois e, no segundo seguinte, o dragão sentiu que estava livre.”
- Hum... é isso. – Harry fala, parecendo confuso.
- É, a próxima parte não é tão necessária. Eu apenas cavei o teto e nós saímos voando no dragão. – Hermione do futuro fala, com um sorriso.
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