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História Muito Bem Acompanhada - Esclarecimento: O que é um Padrinho de Casamento


Escrita por: danszsz

Notas do Autor


Bom, temos 100 favoritos! E mano, isso é muito importante pra mim. Não achei que conseguiria isso tudo em tão pouco tempo, e mesmo na insegurança de perder os leitores que eu tinha, eu apaguei essa mesma fic que escrevia desde 2015. Agora, ela tá muito mais completa e bem mais desenvolvida.

Só queria dizer que: o capítulo promete! Então corre pra ler!

Capítulo 5 - Esclarecimento: O que é um Padrinho de Casamento


Fanfic / Fanfiction Muito Bem Acompanhada - Esclarecimento: O que é um Padrinho de Casamento


Esclarecimento: O Que é um Padrinho de Casamento

Sasuke parecia um homem interessante, modesto, bonito, inteligente e educado. E ele vinha com um combo surpreendente, aos olhos da Hyuuga. Sua formalidade com seus pais, e com ela principalmente, havia sido algo muito respeitoso; algo de se admirar. Para Hinata talvez ele não fosse tão prostituto quanto ele fosse.

Até aquele momento tudo estava indo bem, pois em momento algum ele tocou ou se aproximou dela. Ele não tinha feito nada que Hinata não quisesse que fizesse, mesmo sendo o primeiro contato que estavam tendo à sós e presencialmente. Ele estava sendo… paciente. Paciente e dedicado. Um verdadeiro profissional. E isso era bom.

A pousada que Hinata recomendou era interessante. Sasuke comentou que se sentiu muito bem acolhido pela dona, a Tenten, que logo percebeu que era muito próxima de Hinata. Sasuke não podia julgá-la, ao analisar a situação ele apoiaria ela fazer o mesmo; procurar um lugar onde era conhecida para poder dormir com um cara como ele. 

Um cara como ele…

Mas o que ele era, afinal? Será que sua profissão ainda iria fazer com que ele fosse alvo de desprezo dentro e fora de seu trabalho? Era exatamente o ele profissional que manchava a imagem do ele fora das quatro paredes. 

Talvez, só talvez, dentro do quarto esse alguém — que o Uchiha estava procurando manter longe dele — pudesse descansar para sempre. Se conseguisse fechar os olhos sem se lembrar do que ele era, seu dia poderia amanhecer bem melhor do que nos últimos dias. 

Essa pousada, que Sasuke tinha achado bastante confortável e viável depois do jantar que teve com Hinata, era um tanto ameno. Mesmo que fosse tarde, era um lugar silencioso. Eram alguns quartos — ele não contou — e julgando pela aparência, poderia ser de família aquele lugar. Gostou de imaginar que provavelmente aquele lugar tenha passado por gerações e gerações da família de Tenten. 

Além de Tenten, Lee — o encarregado dela — foi bastante gentil se oferecendo para levar as bagagens para dentro do quarto, que Hinata aceitou dando um sorriso agradável para ele. Mesmo que o tal Lee fosse um pouco estranho pelo modo de falar e se vestir — pois parecia bastante reverente a Hinata e usava um conjunto de academia na cor azul claro — parecia um cara divertido. 

Já no quarto, Sasuke se deu conta do que estava fazendo. Estava se alugando — para não dizer “se vendendo” — para uma mulher. Receberia dez mil, e teria todas as despesas pagas por ela enquanto estivesse sob os comandos de Hinata. E o melhor de tudo, ele não iria fazer muita coisa para isso. O seu trabalho se resumia em apenas acompanhar aquela mulher, e fazer parte deste casamento — junto com ela — como bons padrinhos para a irmã da morena. 

Seria a primeira vez que Sasuke ganharia dinheiro sem praticar sexo, casual ou não, com uma mulher. E talvez fosse realmente uma boa hora para ficar longe de outras genitálias; como se fosse tirar umas boas férias. Só esperava que a mulher não mudasse de ideia, pois, embora sua caminhada como prostituto tenha lhe rendido uma ótima renda e um bom desempenho sexual — fora a sua saúde, que sempre esteve em dia —, aquilo lhe trazia um certo desconforto a algum tempo. 

Ser prostituto já não era um bom cartão de visitas para se ter amigos ou ter um laço saudável com as pessoas; tinha sempre que mentir para poder ter algumas pessoas próximas, e isso estava o deixando saturado. A proposta de Hinata parecia ideal para fugir de sua mesmice pornográfica. 

Sasuke não iria mentir para si mesmo, pois pensou em persuadir Hinata para algo a mais quando estivessem no quarto, só pelo seu extinto como garoto de programa. Mas se deu conta do motivo por ele estar ali. Ele queria um tempo disso, e seu extinto quis lhe sabotar. 

Em nenhum momento aquela mulher mencionou que queria sexo, e pelo o que ele lembrava bem, ela disse — por telefone — exatamente que não queria nada de sexo. E pessoalmente, ela deixou mais claro ainda sobre suas intenções com ele, que não passava de uma relação profissional. A aura de Hinata o convenceu muito bem, e foi com esses pensamentos, que Sasuke voltou-se para si. Não havia malícia quando Hinata falava do aluguel; ela parecia mais determinada do que antes. 

Era óbvio que uma mulher daquele porte não precisava de seus serviços sexuais como as demais mulheres que o chamavam, mas se ela tivesse o chamado para sexo… ela não iria se arrepender. Sasuke faria sexo com Hinata, sem hesitar. 

O homem ali presente no quarto nunca pensou em ser um ator coadjuvante de um filme ou série — nem de filme pornô —, mas também nunca tinha pensado em se tornar um garoto de programa. Quando ela o ligou e fez a proposta Sasuke pensou que era um trote ou uma tremenda mentira, mas acabou embarcando quando ela topou pagar o que ele pedia em seu anúncio. Ou ela era doida, ou estava desesperada — senão as duas coisas. 

Sasuke, assim como Hinata, não tinha nada a perder com aquilo.

Hinata. Ela não tinha interesse nenhum nele, pelo menos não ainda, Sasuke pensava junto com os botões de seu paletó. Claro que a qualquer momento Hinata poderia querer uma casquinha dele. Sasuke não se importaria, aliás, tudo estava dentro daquele orçamento; o que Hinata quisesse, o Uchiha faria por ela. 

Para Sasuke, Hinata parecia bem diferente das mulheres que já conheceu em toda a sua vida de garoto de programa. Todas pareciam meio vulgares, e tinham sempre segundas intenções com o estranho que ele era. Nem mencionava que essas clientes tinham um relacionamento frustrante, que só o procuravam para suprir algo que não conseguiam satisfazer em casa com seus companheiros. E Hinata parecia ser o completo oposto. 

A maioria das mulheres que apareciam em sua vida eram ambiciosas, e as que Sasuke acabava se envolvendo durante sua vida não duravam muito; o seu trabalho dificultava todos os seus relacionamentos. E para sua sorte esse foi um dos motivos para ele ter aceitado a grana fácil com Hinata: queria ficar um tanto longe daquilo que lhe distanciava de bons relacionamentos — amorosos ou não. Sasuke acreditava que se distanciasse um pouco, se sentiria melhor pessoalmente e profissionalmente. 

O seu anúncio naquele jornal não tinha pretensão alguma em chamar atenção das mulheres daquela cidade que ele mal conhecia — principalmente das mulheres desesperadas em sexo. Sasuke apenas testou aquela ideia que seu amigo lhe deu. Ele ganharia dinheiro fácil de qualquer maneira, e o melhor de tudo é que não seria de uma maneira sexual. 

Embora tivesse criado uma certa expectativa ao se deparar com o telefonema de Hinata, ele foi adiante, pois não custava tentar. Não era todo dia que alguém realmente estava disposto a lhe pagar uma determinada quantia — que era bastante alta — só para que você a acompanhasse num casamento, e num casamento de família. 

Sobre sua profissão, a que Sasuke satisfazia as mulheres sexualmente em troca de dinheiro, não era algo na qual ele se orgulhava. Ele tinha começado apenas por telefone, depois passou a encontrá-las e naquele momento ele era praticamente um prostituto de luxo, bastava Hinata pedir sexo que ele viraria cadelinha sexual de Hinata. Mas se não pedisse, ele era, oficialmente, um acompanhante de luxo. Não era grande coisa considerando que sua família não aprovava fielmente seu modo de se manter. 

Sasuke respirou fundo. As coisas iriam mudar e já estavam mudando. Novo trabalho, novos desafios. Iria aprender junto com aquela mudança que existiam outras saídas, que a vida poderia ser muito mais prazerosa do que quando gozava dentro de uma apertada buceta. Entrar não só de corpo nesse trabalho, mas também de alma, era seu auge de mudanças.

Só restava esperar, para ver. 

Até aquele ponto tudo estava caminhando como Hinata queria, acreditava ele. Então, tentou afugentar seus devaneios, pois deveria estar 100% para aquela mulher quando ela precisasse, independentemente do motivo. 

Lembrou do começo de tudo, e nem tinha 24h que tinha se passado. Achou cômico aquele telefonema, aquela história de fingir ser namorado de uma mulher para ela poder participar do casamento de sua irmã. Pensou ser trote, mas quando filtrou do endereço de IP do telefone que estava na linha… viu que a pessoa dava os dados corretamente. Alguém que estivesse passando trote jamais mandaria os endereços ou brincaria com a identidade de alguém, principalmente de alguém que tinha uma pequena influência na cidade. 

O moreno fez o dever de casa, Sasuke não podia ser tão burro ao ponto de não checar os mínimos detalhes sobre onde estaria pisando. Ele sabia praticamente tudo sobre aquela família, assim como sabia que quem estava se casando era sua irmã mais nova. Hinata não era tão velha, pois os seus 26 anos estavam muito bem conservados. Seu traje para aquela primeira impressão com os pais dela foi escolhido a dedo, depois de ter visto uma pequena aparição de Nanami num programa de TV; ficou bem fácil agradar a mulher que adorava uma boa impressão das coisas. 

Tirou seus sapatos deitou-se sobre a cama. As malas estavam no chão e se recusou a arrumá-las, pois estava exausto; faria isso depois, e por isso deixou por ali mesmo. Apenas ligou o ar e ficou ali olhando para o teto, esperando Hinata sair do banheiro para lhe dar mais alguma informação. Olhou as horas no relógio de seu pulso e verificou que eram quase uma hora da madrugada; retirou o objeto de seu pulso e deixou sobre a bancada. Fechou os olhos por um instante e pensou novamente sobre sua vida naquele momento. 

Hinata não demorou muito, e com o barulho que fez ao fechar a porta do banheiro, Sasuke despertou de seus devaneios. Olharam-se, mas não disseram nada um ao outro. Ela estava com uma camisola na cor lilás e foi até onde estavam suas coisas — na bancada ao lado da cama — e de guardou seus utensílios que tinha levado junto consigo ao banheiro, dentro da bolsa

Minha namorada. Namorada. — pensou Sasuke, já que teria de se acostumar com a ideia e a palavra, possivelmente. 

Deixou no chão a bolsa que carregava no ombro, e jogou para debaixo da cama. Deixou apenas sua bolsa de lado em cima da bancada. Sasuke se perguntou onde ela arranjado aquela bolsa maior, pois não estava no carro com eles. 

— Hinata... — falou um pouco incerto. Queria saber o que ela queria e na verdade, queria que ela falasse logo a verdade, o que queria e o que não queria fazer com ele. Pegou os travesseiros e um lençóis no armário e jogou no chão —, existe mais coisas que eu precise saber?

Ela não precisou falar que iriam dormir separados, Sasuke apenas começou a fazer uma “cama” improvisada para si, no chão. 

— Sobre? — ficou de joelhos no chão e pegou a bolsa que tinha jogado para debaixo da cama. Levantou-se e foi em direção ao banheiro novamente, levando a bolsa. 

Agora Sasuke estava mais preso ainda em seus pensamentos. Imaginando que Hinata agora trocaria suas roupas por uma fantasia sexual que estava naquela bolsa. Quando voltasse, estaria disposta a sentar e quicar em seu pau, até que o dia amanhecesse. Não demorou muito para ele imaginar os diversos instrumentos sexuais que também estavam dentro da bolsa dela. 

Era muito bom para ser verdade. 

Não tinha como voltar atrás; ela já tinha lhe entregado o dinheiro, muito mais que suficiente para tudo aquilo que provavelmente Hinata queria. Afrouxou a gravata e a tirou. Arrancou a camisa de paletó do corpo para facilitar o que viria a seguir.

— Não sei… acho que tem muitos aspectos que tenho que trabalhar, não é verdade? Sua irmã, mãe, primo, pai, casamento… você falou de um ex também? Podemos amenizar essa tensão toda. 

Tentava mudar o pensamento que estava tendo sobre ela, mas estava sendo difícil. Ela voltaria do banheiro sedenta por sexo, e ele teria de satisfazê-la. 

— Acho que ele merece ver ou saber que você tem um cara agora, e que a mulher que ele deixou na mão não está tão sozinha quanto ele pensa… — tentou mudar o pensamento que achava que Hinata tinha, e arrumou o carpete do chão e forrou com um dos inúmeros lençóis que tinha jogado no chão a poucos minutos. Esperava Hinata voltar. Esperava que ela mudasse de ideia. — Aliás — falou mais alto, para que ela ouvisse melhor —, não faço a mínima ideia do que um padrinho faz. 

— Eu sei tanto quanto você — gritou ela do banheiro —, mas li algo numa revista. — abriu a porta com a mesma bolsa, que dessa vez estava muito mais cheia que minutos atrás. Sasuke não a viu, estava de costas arrumando os travesseiros na cama improvisada quando ela voltou para o quarto. — A revista falava sobre padrinhos de casamento; que eram responsáveis por serem amigos do casal, como se fossem verdadeiros amigos e para a vida toda. Por isso que geralmente são escolhidos os amigos para esse tipo de coisa.

Sasuke ficou sem entender, mas aliviado, quando viu a morena de volta ao mesmo cômodo que ele. Hinata ainda permanecia com a mesma camisola que estava minutos atrás, sem fantasias e sem objetos sexuais. O moreno teve um pequeno surto de choque, ainda mais quando a viu colocar a mesma bolsa embaixo da cama rapidamente. Onde estavam as fantasias e os objetos sexuais? A grande verdade é que não existiam, e Sasuke estava levemente espantado com seus pensamentos e com a realidade. 

A ficha realmente caía, e aos poucos, para o Uchiha. 

Voltou a arrumar sua cama. Não se importaria, de verdade, em dormir no chão enquanto Hinata dormia no confortável da cama. 

Hinata agora estava sentada na beira da cama, pensando em qualquer coisa relacionado com padrinhos de casamento. O que eles realmente faziam por um casal? Os padrinhos serviam só para as fotos ou para algo a mais que ela não sabia? Não dava para deduzir muita coisa, principalmente por não conhecer pessoas casadas que tinham padrinhos de casamento. Tudo bem que seus pais eram casados, mas nunca tinha visto os padrinhos deles, e sequer conhecia os seus padrinhos de batismo. E a pergunta ainda pairava em sua mente: O que diabos um padrinho de casamento faz? 

Sasuke, ainda se recuperando de seus próprios pensamentos, se mostrava bastante atento ao que Hinata fazia. Agora, de frente ao espelho que havia na bancada, Hinata tentava fazer o seu coque de cabelo. Ele notou a tatuagem de lua que estava em sua nuca, mas não perguntou; havia achado atraente. 

— Consegui? — passou a mão no coque para ver se estava bem preso — Consegui. — respondeu para si mesma.

— Como é o noivo em relação a tudo isso. Ao casamento, sobre a mãe de vocês organizando tudo, sobre os padrinhos… qual a opinião dele sobre esses assuntos? — Sasuke perguntou. Era uma boa pergunta, aliás. E considerando que estava um pouco em choque (ainda), foi a melhor coisa que conseguiu dizer. 

— Ah, Konohamaru é bem tranquilo. Inclusive ele é irmão do Naruto, um dos padrinhos. — Hinata voltou a sentar na cama; colocou os pés sobre a cama e olhou para o Uchiha — A família deles vai com a gente para a casa de campo. São pessoas legais, é um pessoal muito humilde e engraçado. 

Hinata sorria, lembrando-se do quanto aquelas pessoas também foram incríveis com ela. Pegou um cobertor que já estava na cama, e o arrumou, como se fosse um travesseiro, e deitou sua cabeça sobre ele, direcionada para o lado da cama do Uchiha. 

— Hanabi conheceu Konohamaru na faculdade, embora eu já tenha conhecido Naruto na escola. E Naruto é praticamente casado com minha amiga Sakura, que vocês devem se conhecer em breve… digamos que nessa casa de campo você vai ter contato com todas essas pessoas que citei o nome.

— Entendi. Essa Sakura… é a amiga de cabelo rosa? Ou a do jornal? 

— A do cabelo rosa! Falta só ela terminar a faculdade de medicina, que tá bem perto, para eles poderem se casar e ter uma casa só deles. Já juntam um bom dinheiro e… Opa!

— Que foi? 

— Desviei do assunto… 

— Não, tudo bem. É importante que eu saiba algumas coisas. — deitado em sua “cama”, ele só queria se sentir relaxado também — Se eu souber sobre seus amigos, quem sabe eu ganho pontos com sua mãe? 

— Hmm… verdade, hein? 

— A não ser que você não confie num estranho. Se não confiar, tudo bem, vou entender. — e soltaram uma risada juntos. 

Hinata não sabia, e sequer entendia, que Sasuke estava no mesmo barco que ela. O moreno só não ia para o casamento de sua irmã e não precisaria mentir para seus pais. Mas era basicamente a mesma história. Precisava “maquiar” sua profissão, para o seu próprio bem e para que seu irmão não tivesse vergonha dele. Ele precisava de Hinata tanto quanto ela precisava dele. Essa sua nova profissão talvez mudasse o rumo de sua vida, e se fosse pelo bem de sua família — Itachi —, Sasuke faria. 

— Você é bem legal, e é por isso que vou falar um pouco sobre. — Hinata disse, ainda deitada em sua coberta, pensando no que diria a Sasuke sem deixar transparecer o quanto estava receosa com tudo aquilo. 

Sasuke estava se mostrando ser uma pessoa legal, de confiança, mesmo que fosse um completo estranho. Estavam em sua zona, na cidade dela, na pousada que ELA tinha escolhido num bairro que ela adora muito. Não poderia acontecer muita coisa de errado. 

— Aliás — Hinata continuou —, está disposto a saber de toda minha vida? Não toda, porque seria demais pra você. 

— Estou disposto a ouvir tudo o que falar. 

— Se pegar num sono, não tem problema. 

— Eu vou ouvir, sem problema. — ele disse com sinceridade, mesmo que estivesse com muito sono. Daria tudo de si por aquele trabalho, e quem sabe ganharia recomendações depois que trabalhasse para Hinata.

E foi aí que Hinata lhe contou uma parte sobre sua vida, de uma forma bem modesta. Contou sobre como sua família acabou ficando fragmentada, e o quão importante seria esse casamento para tentar unir todos de novo, mesmo que naquele momento Hanabi fosse morar com o futuro marido. 

O laço que tinha com seu pai ainda era como a de antes; sempre atencioso com suas filhas e um pouco que podia era bastante presente na vida delas. Por causa de seu trabalho, ele acabava ficando distante do resto da casa — é o malefício de trabalhar para si próprio; é muita responsabilidade para uma pessoa só como administradora de tudo. Mas, a relação continuava a mesma, de muito amor e carinho. Nunca deixou de gostar de suas filhas, e era o suficiente para Hinata.

Já a relação de Hinata com a sua mãe… era uma relação mais problemática que o normal. Não bastava toda essa mudança no status de relacionamento ser tão ruim para Hinata, sua mãe ainda insistia em tentar interferir e aborrecer mais a filha; como se Nanami fosse dona do coração de Hinata e soubesse o que era melhor para a filha adulta. A mãe exigia demais de Hinata nesse casamento, e tudo tinha que sair perfeitamente perfeito aos olhos de Nanami, e Hinata sem um acompanhante… era o cúmulo da imperfeição. A morena não entrou em detalhes sobre o passado com sua mãe, o que lhe afetava era que no presente sua mãe estava lhe destruindo aos poucos.

Hanabi, sua irmã, era um pouco mais nova que Hinata, quatro anos de diferença para ser mais exata; Hanabi tinha 22 anos enquanto Hinata tinha 26 anos. Sua relação com ela não era tão ruim quanto a relação com sua mãe, e nem tão boa quanto a relação que tinha com seu pai. Eram amigas, mas não muito próximas. Não eram indiferentes uma com a outra, pois havia respeito acima de tudo, só não eram tão próximas quanto deveriam ser. A grande fratura do laço que tinha com sua irmã era pelo fato da distância, que prevaleceu por um longo tempo e que nunca foi restaurada. 

Hinata só evitou falar sobre Kiba, outrora mencionaria direito o que tinha acontecido e como era aquele relacionamento. Ela não estava pronta para falar daquilo, e de como o término a afetou. Apenas pincelou sobre Kiba, quando falava de sua mãe que mesmo depois de um término, queria que Hinata estivesse namorando para poder ir ao casamento de Hanabi acompanhada.

Sasuke ouviu tudo atentamente mesmo que estivesse com muito sono — a viagem em si tinha o cansado. Entretanto, precisava saber dessas coisas para que pudesse se sair bem na frente das pessoas que Hinata queria que acreditassem naquela mentira. Passaram um bom tempo naquela conversa, de maneira que o moreno continuava deitado, de barriga para cima, e Hinata também — porém, na cama. A conversa só acabou quando Hinata resolveu dar uma trégua, pois já tinha falado demais e estava muito tarde; ambos precisavam dormir para acordar cedo; para o café com o pai de Hinata. 

— Boa noite, Hinata.

— Boa noite, Sasuke.

Sasuke apagou o abajur do quarto e ficou olhando para o teto até pegar no sono. 

Hinata fechou os olhos e fixou sua mente no dia de amanhã; tudo iria sair bem!

 


Notas Finais


Então, o que acharam?

Confesso que fiquei travada nesse capítulo, pois eu iria juntar ele e o anterior, mas de última hora eu vi a necessidade de dividir, enfim. E eu, sinceramente, adorei os capítulos xD e vocês?

Gente, na minha cabeça eu fiz um cronograma de postagem KKKKKK e vou estar postando essa fic entre 15 a 20 dias (um mês no máximo). Vou tentar manter esse ritmo pois ele parece muito bom para mim que estou super atolada em trabalhos aaaaaaaaaaaaa enfim ;-; é a vida -q

Eu tenho um instagram dedicado as minhas fanfics, e vez por outras eu solto spoilers dessa fic aqui. Então, caso queiram me acompanhar, me sigam usando esse link aqui: https://www.instagram.com/danszsz/?igshid=73847qcgb8bg

Qualquer dúvida sobre a fic, se algo ficou ou não esclarecido e queira perguntar, não hesite. Estou aqui para sanar todas as dúvidas!!


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