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História Muito MAIS que um SIMPLES triângulo AMOROSO (imagine Kpop) - Hoje é um dia pra morrer


Escrita por: Ayo_Ayo e Naega__Hoshi

Notas do Autor


Primeiramente nós estamos repostando o capítulo por causa de um erro, então é melhor vocês lerem denovo pra não ficarem confusas (perdão)

Agora foco no que vou dizer:

O capítulo tá cheio de coisas inesperadas, então façam orações a GD e continuem a ler ❤

Capítulo 27 - Hoje é um dia pra morrer


Fanfic / Fanfiction Muito MAIS que um SIMPLES triângulo AMOROSO (imagine Kpop) - Hoje é um dia pra morrer

SUNGYEOL ON

 

 

O dia estava consideravelmente normal até o diretor Chwe convocar todos os alunos para o ginásio da escola, o quê consequentemente atrapalhou minha vida,já que hoje é sábado.

 

Chegando lá, a escola inteira estava sentada nas arquibancadas ou até mesmo no chão, e isso incluía os professores e administradores da escola, ou seja, literalmente todo mundo.

Eu fiquei meio assustado,até porque isso nunca tinha acontecido antes e não estava com cara de ser coisa boa.

 

- Primeiramente, bom dia a todos. - o diretor começou a falar no microfone. - Eu os chamei aqui hoje,pois nossa escola encontra-se em uma situação delicada e perigosa, não só nossa escola,como muitas outras também. Até o momento presente,não haviam vítimas dos desaparecimentos aqui,porém na noite passada, oito alunos desapareceram e tudo indica que eles foram sequestrados também.

 

Vários alunos soltaram um coro de "uou". Ninguém daqui achava que nossa escola passaria por isso também e agora que aconteceu,ninguém nem sabe como reagir.

 

- Os desaparecidos são: Shim HongSeob, Lee ChangSun, Liang Hui,Choi Kisu, Hong Joo Hyun mais conhecido como "Cory", Kim Jinhong,Kim Jeonguk e S/N. - senti um calafrio percorrer toda minha pele. Ouvir o nome da S/A nunca foi tão chocante para mim. - Por esse motivo, as aulas estão suspensas temporariamente para a segurança de todos vocês. - o diretor continuou a falar mas eu não estava mais ouvindo nada, só conseguia pensar na S/A, no jeito dela, na sua voz, nos momentos que passei com a mesma e a saudade que já havia me dado, principalmente por saber que ela estava em perigo agora.

 

Depois daquilo o diretor ficou falando para que ficássemos mais atentos e nos cuidarmos sempre que fôssemos sair da escola. Ele avisou que já havia tomado providências e aumentou a segurança no prédio e depois disso nos dispensou.

 

Quando me levantei para sair do ginásio minhas pernas pareciam não me obedecer. Eu fiquei travado no lugar com uma vontade de gritar, chorar, esmurrar qualquer pessoa que fizesse mal a S/N.

 

Olhei em volta e todo mundo parecia em choque, não acreditando que aquilo era real.

 

Vi as meninas do Girls' Generation chorando. O Taehyung do BTS parecia mais em pânico do que qualquer um aqui, ele chorava desesperado enquanto era consolado pelo restante do grupo que também chorava, principalmente o Hoseok. Os do SF9 pareciam ter chorado a noite toda, o Zuho principalmente parecia não ter nem dormido ou comido. Olhei pro ASTRO dessa vez, estavam claramente sem chão e por último o Seventeen, chorando também, até o Vernon que não ia muito com a cara dela parecia abalado.

 

 

Quando finalmente consegui me mover, fui até onde um grupo misturado estava. As garotas do Girls' Generation , YoungBin, Zuho e Rowoon do SF9, os garotos do ASTRO, os meninos do BTS, S.Coups, Woozi,Dino, WonWoo e Mingyu do Seventeen estavam conversando, deprimidos, e de fininho adentrei na conversa.

 

- Como você está Sungyeol? - a HyoYeon perguntou.

 

- Em choque, como todos os outros... - eu falei baixo. - Só não entendo o porque disso ter acontecido logo com ela...

 

- Pode ter certeza que você estaria pior se tivesse visto o quê vimos ontem enquanto procurávamos por ela de madrugada. - o JinJin falou.

 

- O que vocês viram? - perguntei e eles se entreolharam como se estivessem num debate telepático para descobrir se deveriam me contar ou não.

 

- Sangue... - Seohyun disse. - Muito sangue...

 

- Tem certeza que era dela? -perguntei.

 

- Sim. Achamos o celular dela todo quebrado no chão, depois fomos seguindo os rastros de sangue por um beco sem movimento. - a Jessica disse.

 

- Rastros? Então ela foi carregada ou andou mais um pouco antes de sumir de vez? - perguntei. - Faz sentido não faz?

 

- Ele tem razão... - uma voz falou atrás de nós.

 

Nos viramos rápido, nos deparando com os meninos do B.A.P.

 

- Desculpem-nos por ouvir a conversa assim... É que, temos algo pra falar sobre a S/N. - o Daehyun falou fazendo com que todos arregalassem os olhos.

 

- Então está esperando o quê? FALA! - o Taehyung gritou impaciente.

 

- Não aqui...Acho que se juntarmos pistas podemos encontrá-la... - o Yongguk explicou.

 

- Tudo bem, vamos pro nosso dormitório então. - Taeyeon disse fazendo sinal para que a seguíssemos.

 

- Eu vou também. - a voz do Hansol Vernon falou atrás de nós.

 

Mais uma vez nos viramos sem entender. O Hansol estava segurando a mão de uma garota, que pelo que sei é a irmã mais nova dele, Sofia.

 

- Você? - o Youngbin perguntou. - Pelo que me lembro, nunca gostou da S/A.

 

- Não é questão de gostar ou não, é que ela já salvou a minha vida uma vez e eu devo isso a ela. Vou ajudar a encontrá-la. - Vernon respondeu.

 

- Como assim ela salvou sua vida? - o Junkook perguntou.

 

- Fala sério gente! Não é hora pra bater papo! Vamos logo! - a Yoona gritou nos trazendo para a realidade.

 

Corremos até o dormitório das meninas e quando chegamos lá, a porta foi trancada e todo mundo se sentou em algum canto do quarto.

 

 

VERNON ON

 

 

- Então Daehyun, o quê você tem pra falar? - perguntei iniciando de uma vez a conversa enquanto acariciava de leve o cabelo da minha irmãzinha que ainda continuava comigo por causa dos problemas familiares que aconteceram ontem a noite.

 

- Bom, ontem eu estava na casa de um primo que por coincidência mora bem próximo da boate em que vocês estavam. - o Daehyun disse se referindo as meninas. - Eram quase 2:00 da manhã quando sai querendo comprar algumas coisas pra comer na loja de conveniência ali perto. Estava tudo normal até eu ver uma van preta parada na frente de um beco que normalmente não tem uma alma viva andando por lá. Eu fiquei parado por alguns segundos, e só tratei de me esconder atrás de um latão de lixo quando vi exatamente 7 garotos usando máscaras e armados. Esses caras eram exatamente iguais aos meninos do 24K, e ainda por cima estavam com uma garota nos braços, acho que era o Jinhong segurando a S/N. - ele parou de falar e nos olhou. - Gente, vocês podem não acreditar em mim, mas eu sei o quê eu vi...

 

- Por quê os meninos do 24K se envolveriam.... - eu comecei a pergunta mas antes que eu conseguisse terminar a Yuri interrompeu:

 

- Eles estavam na boate também. Não com a gente, claro, estavam próximos do bar.

 

- Agora vocês acreditam na minha teoria? Eu disse que eram eles! - a Tiffany falou.

 

- Que teoria? - o Jin perguntou.

 

 

- Qual é galera! Vocês não entenderam ainda? - ela perguntou esperançosa e todo mundo, exceto as meninas, fizeram que não com a cabeça. - Os desaparecimentos começaram exatamente depois que o 24K apareceu aqui na escola, e por incrível que pareça, estava tudo perfeitamente bem aqui até eles chegarem. Os caras eram quietos, sumiam do nada, e ainda desapareceram junto com a S/A! Isso não está ligado não?

 

- Não sei se deveria me intrometer, mas faz muito sentido o quê ela acabou de dizer. - a Sofia começou a falar. - Pensem bem, foram muitos desaparecidos de diferentes escolas, eles apareceram aqui e sumiram logo depois com uma de vocês.

 

- O quê você tá querendo dizer? - o WonWoo perguntou.

 

- Eu não estaria falando isso se não tivesse passado a manhã com o tio Chwe. Ele estava com as fichas desses caras do 24K e da S/N em cima da mesa, e como sou curiosa acabei lendo a ficha deles enquanto ele atendia uma ligação fora da sala. - a Sofia explicou. Minha irmã é realmente um gênio e acho que não fui só eu que notei isso.

 

- O quê tinha nas fichas, Sofia? - S.Coups perguntou.

 

- De todos os 7 meninos do 24K tinham 19 transferências de escola. - ela falou.

 

- E quantas escolas foram vítimas? - o Jongup perguntou.

 

- 19! - o Rowoon disse. - 20 agora com a nossa.

 

- Só podem ter sido eles então. - Zuho disse.

 

- Eu tinha certeza. Eles eram suspeitos demais! - a Tiffany disse.

 

- E o quê a gente faz agora? - o MoonBin perguntou.

 

- Falamos para a polícia? - o MJ perguntou.

 

- De jeito nenhum! - o Yoongi disse. - Já perceberam que até agora ninguém da polícia descobriu algo?

 

- Já... Mas idai? - a Sunny perguntou.

 

- Idai que, se até agora não houve nada de progresso, algo está errado na delegacia. - ele explicou.

 

- Como assim? - o Namjoon perguntou.

 

- Foram muitos desaparecidos, vocês realmente acham que não iriam conseguir nenhuma pista? Alguém está encobrindo tudo isso, alguém não quer que as pessoas sejam encontradas, porque fazem parte do que vem causando tudo isso.

 

 

- Então, talvez não seja só o 24K os responsáveis por isso tudo. - Sooyoung disse. - 7 garotos não iam causar esse estrago todo, tem mais gente no meio disso, e precisamos descobrir quem são.

 

- Vamos encontrar a S/N. - Mingyu disse.

 

- Mas como? - Sungyeol perguntou.

 

- Achando os garotos do 24K primeiro... - respondi e todos nos entreolhamos.

 

 

S/M ON

 

Depois que sai da escola eu havia ido direto para a delegacia prestar queixa do desaparecimento da minha filha. Quando voltei,parei em frente a porta da minha residência, sem coragem pra entrar e conversar com o HaeChan sobre o acorrido com  sua irmã,o quê quando fiz,foi tão difícil encontrar palavras pra descrever tanto quanto ver a carinha de choro dele. Não foi tão difícil fazer o HaeChan entender o quê acontecera entre mim e seu pai, o mesmo já havia entendido tudo no exato momento que viu aquela mulher dentro da nossa casa. Eu não sabia o quê estava me matando mais por dentro: a separação, o HaeChan trancado no quarto sem querer conversar com o pai ou não saber onde a minha princesinha estava.

 

Também precisei contar pro meu praticamente ex-marido,que mesmo sendo um babaca,tem direito de saber da situação da filha. O quê me surpreendeu foi perceber que ele já sabia e estava preocupado com a situação também.

Depois de uma longa conversa chegamos ao acordo de separação.É claro que eu fui muito civilizada e não esfreguei a cara dele no asfalto quente do 12:00, mesmo que ele mereça.

 

Indo embora, as lágrimas escorriam pelas minhas bochechas frias,pareciam cortar a minha pele,mas nada doía mais do que ter o meu casamento de anos sendo arruinado por quem eu amava e julgava nutrir os mesmos sentimentos por mim e ao mesmo tempo não saber se a minha filha estava realmente viva.

 

Eu aproveitaria para chamar a SeokYeon e o Rowoon pra jantarem com a gente,pra decidirmos o quê fariamos em relação a S/N enquanto a polícia não fazia nada a respeito, já que ela e ele se comprometeram a fazer o possível pra me ajudar.

 

Na fila do pão, depois que chegou a minha vez e eu virei pra sair,dei de cara com um homem relativamente baixo,porém mais alto que eu,com os olhos simétricos puxados para o lado,como um verdadeiro coreano e por cima dele um óculos com a armação reta e escura,assim como seus cabelos,quase perfeitamente arrumados.

 

- S/M? - ele deu um sorriso, do jeito que eu me lembro.

 

- Simon Chwe? - eu fiquei extremamente surpresa com aquele encontro, na fila do pão.

 

- Uau..você não sabe como eu senti saudade! - ele disse sem jeito,mas logo me deu um abraço confortável que eu retribui com gosto.

 

- Você sumiu! Aonde esteve esse tempo todo? - perguntei tentando parecer animada.

 

- Por aí..nada muito longe. Voltei dos Estados Unidos já faz 14 anos. E como você veio parar aqui? E o Brasil? - ele perguntou.

 

- Uns anos depois da sua partida e da minha pro Brasil,eu conheci outro coreano por coincidência e acabou por...você sabe. Te esperei muito tempo,mas você nunca me procurou,nem sabia que tinha voltado pra Coréia.

 

- As coisas saíram um pouco do controle...eu conheci uma americana na faculdade de artes e assim as coisas foram andando. Acabou que ela ficou grávida logo após nossa graduação e moramos lá até nosso menino mais velho fazer cinco anos, voltamos pra cá quando nossa garotinha. completou um ano.

 

- Eu vim pra cá quando meus filhos fizeram dez anos. - só de lembrar da S/A, meus olhos se encheram de lágrimas,mas pelo o quê presumi,ele não perguntou nada,por não ser o momento certo. 

 

 

*FLASHBACK ON*

 

Aos meus 16 anos,em uma das melhores épocas da minha vida,eu me sentia uma adolescente em formação, amada e feliz,com quase tudo que alguém poderia querer.

Eu nasci no Brasil,mas me mudei para a Seul, onde acabei por conhecer o quê eu tenho certeza ser o amor da minha vida e meus melhores amigos.

 

Simon e Hugo Chwe eram o tipo de irmãos inseparáveis,mesmo com uma pequena diferença de idade,faziam praticamente tudo juntos e basicamente,foi assim que eu os conheci.

 

Logo quando dei meu primeiro passo dentro da Idol High School, vi uma menina sem muitos traços asiáticos e me vi na obrigação de tentar fazer amizade com alguém semelhante a mim,já que eu tinha aquele medo de sofrer com xenofobia. O bom é que ela me recebeu de braços abertos (depois de correr um pouco de mim e me esnobar,acabou se identificando comigo) e em algumas semanas já éramos melhores amigas.

 

Certo dia, eu e minha melhor amiga, Kim SeokYeon, estávamos indo ao refeitório na hora do almoço,quando demos de cara com o garoto mais bonito daquele lugar e, convenhamos tinha muito gatinho lá. Para poupar um possível mico da minha parte a SeokYeon fechou minha boca antes que ele percebesse e apontou discretamente pro menino ao lado dele,que olhava pra gente e ria sem parar, pois é,acabou que depois desse dia, o menino que estava rindo veio falar comigo e continuou vindo,até que ele começou a falar do irmão bonitão dele (que a minha queda já tinha virado um penhasco a essa altura do campeonato) e ele percebeu isso,já havíamos ficado próximos o bastante pra ele perceber os meus sentimentos e se responsabilizar por nos apresentar, e realmente aconteceu.

 

Praticamente foi amor a primeira vista,depois a primeira conversa,ao primeiro toque,ao primeiro beijo e infelizmente a última despedida.

 

Como tudo que é bom dura pouco,depois de três anos sempre vendo os meus melhores amigos e meu grupinho todo dia sentado na mesma,no mesmo local,comendo e jogando conversa fora,saindo e nos divertindo juntos, eu me vi sem saída quando meus pais disseram que eu deveria voltar ao Brasil pra fazer uma faculdade, e pra piorar o Simon teve a oportunidade de ir estudar nos EUA. Achávamos que nos encontrar de novo seria fácil,assim como manter o contato,mas, quando pisei no Brasil novamente, e ele nos EUA conhecemos novas pessoas e nosso tempo se tornou limitado,o quê dificultou tudo.Esperávamos nos encontrar um dia de novo e aconteceu,demorou mas finalmente aconteceu.

 

*FLASHBACK OFF*

 

- Eu queria ter voltado pra te encontrar,eu devia ter feito isso,mas eu me envolvi tanto em algo que eu acreditei ser real,mas era apenas um sonho. - ele disse segurando minha mão.

 

- Nem me diga,estou nos piores dias da minha vida e não sei como lidar com isso. - senti um aperto no meu coração,era muita coisa ruim para pouco tempo.

 

- Acho que é uma boa hora pra colocarmos os acontecimentos em dia,não é? - fiz que sim com a cabeça e ele me acompanhou por todo lugar que eu ia pra pegar uma mercadoria ou outra.

 

Acabou que eu contei da tragédia do meu casamento e por pura coincidência ele passava praticamente pelo mesmo caos familiar,o quê pelo menos fazia eu me sentir menos azarada, e ainda ele disse que me ajudaria no que fosse preciso pra encontrar a S/N.

 

Parece que nada mudou entre nós depois de todos esses anos, e isso era uma gotinha positiva no meio daquele oceano de desastres.

 

 

S/N ON

 

 

O silêncio no meio de nós seria constrangedor em outras circunstâncias, mas agora eu estava com medo do quê eles tinham para me contar. Fiquei olhando para o rosto de cada um dos 7 garotos na minha frente e aguardando uma resposta bem clara do que diachos estava acontecendo ali.

 

- O QUÊ VOCÊS TEM PRA ME CONTAR? - gritei impaciente e me arrependi logo depois. Acho que não é uma boa ideia gritar com sequestradores, ou seja lá o quê eles forem.

 

- Primeiro de tudo se acalme. - o garoto que pelo que eu me lembrava se chamava Hongseob disse se aproximando de mim. Dei alguns passo para trás assustada desejando que ele não me tocasse por nenhum motivo.

 

- Onde eu estou? Por quê vocês estão aqui? Por favor me deixem em paz! Eu não fiz nada de errado, eu juro! Me deixem ir pra casa! - comecei a falar rápido e desesperada fechando os olhos que já estavam cheios de lágrimas.

 

- Você está assustando ela Seob! - Jinhong disse alto e empurrou HongSeob. Ele veio na minha direção e eu me encolhi contra a parede. - Não precisa ter medo de mim... - ele disse parando na minha frente.

 

- Como não vou ter medo de você? - perguntei baixo soluçando. - Como você quer que eu fique numa situação assim? Eu nem sei onde estou, o por quê estou aqui e nem nada! - gritei.

 

- Eu sou um dos mocinhos S/N. - ele disse num tom calmo. - Juro. Precisa confiar em mim.

 

- Bom, mas você se parece muito mais com um dos vilões... - resmunguei ainda insegura.

 

- Não é o que parece. - ele disse levantando meu queixo para que eu olhasse para ele. O empurrei para trás e comecei a tentar pensar algo que pudesse me tirar dali, mas minha cabeça doía tanto que me impedia de raciocinar direito.

 

Deixei minhas costas escorregarem pela parede lentamente. Cai sentada no chão e comecei a chorar desesperadamente de novo, percebendo que os garotos estavam olhando para mim.

 

Fechei os olhos mais uma vez e senti alguém me levantar com força. Com os olhos agora abertos fui puxada para um sofá pelo Jinhong, que me fez sentar ao lado dele.

 

- Eu quero ir embora... Por favor.. - pedi baixo.

 

- Não pode ir embora. - ele respondeu e eu o encarei.

 

- Como não? Você disse que era um dos mocinhos! - levantei o tom da voz. - Por quê não posso ir embora e voltar pra minha vida normal então? - gritei.

 

- PORQUE VOCÊ NÃO ESTÁ MAIS SEGURA! - Cory gritou ainda mais alto. O olhei sem entender nada e o mesmo cruzou os braços olhando para o Jinhong. - Por culpa dele você não está mais segura! - ele apontou pro Jinhong.

 

- Cory, você vai assustar ela! - ChangSun disse dando um tapa fraco no braço do outro.

 

- DÁ PRA ME EXPLICAR LOGO?! - berrei pronta pra me levantar e bater neles com a primeira coisa que eu encontrasse pela frente, mas não fiz isso, apenas voltei meu olhar pro Jinhong que me olhava friamente.

 

- Do quê você se lembra? - Jinhong perguntou.

 

Falei a ele que só me lembrava de passar mal na boate e sair pra tomar ar fresco, porém acidentalmente encontrei eles ARMADOS (fiz questão de deixar bem claro que vi tudo aquilo),depois desmaiei e acordei em um quarto, num lugar desconhecido.

 

- S/N, antes de tudo você precisa ficar calma. - disse o Hui. - Vamos explicar o quê aconteceu, mas antes você precisa de um banho e comer um pouco.

 

VOCÊ ACHA QUE EU TO COM PACIÊNCIA PRA TOMAR BANHO E COMER?

 

- Como vou tomar banho se nem roupas eu tenho?! - perguntei impaciente.

 

- Pelo menos eu e o Cory cuidamos dessa parte. - o Hui disse. - Você passou horas dormindo e durante esse tempo nós dois compramos tudo o que você for precisar pra ficar aqui sem reclamar e encher o saco. - ele explicou.

 

- Vai tomar um banho logo, a gente precisa trocar esse curativo no seu pescoço, te alimentar e explicar a situação toda pra você. - falou o Jinhong e eu apenas assenti com a cabeça percebendo que não adiantaria nada discutir para saber a verdade de uma vez. Eu ainda precisava preparar meu psicólogico pra notícia, que não seria boa provávelmente.

 

- Aquele quarto que você estava é seu temporariamente. Suas coisas estão lá. - Hongseob disse e eu só concordei mais uma vez com a cabeça.

 

Coloquei a mão no pescoço, onde realmente havia um curativo e respirei fundo indo até o quarto em que acordei.

 

Fechei a porta atrás de mim e morrendo de raiva abri um armário.

 

Como o Hui havia dito,ali dentro realmente tinha tudo o quê eu precisava pra sobreviver por um tempo.

 

Puxei uma troca de roupas (que eram quase todas pretas ou cinza escuro), shampoo, sabonete e uma toalha.

 

Me olhei no espelho redondo já dentro do banheiro, e a vontade de chorar voltou com tudo: meu cabelo estava todo grudado por conta do sangue, meu pescoço com uma atadura toda ensanguentada e o meu vestido quase todo rasgado.

 

Fui tirando a atadura bem devagar,chorando de dor, e quando a eliminei por completo, vi o estrago no meu pescoço: um corte de no mínimo 12 centímetros, não era fundo graças a Deus.

 

Entrei no chuveiro e chorei até não aguentar mais, um choro de raiva e de dor por conta do ferimento que parecia queimar em contato com a água.

 

Senti uma raiva enorme de mim mesma por ter saido de perto das garotas lá na boate, mas ao mesmo tempo um alívio por elas estaram seguras, e provavelmente em pânico pelo meu sumiço.

 

Quando terminei meu banho me vesti com uma calça escura e uma regata preta sem estampa. Penteei meus cabelos, coloquei um tênis e sai do quarto querendo o meu celular, que estaria bombando de mensagens das meninas preocupadas comigo.

 

- Onde está meu celular? - perguntei aparecendo na sala.

 

Os meninos me olharam de cima a baixo e depois começaram a falar que não sabiam e que nem tinham visto celular comigo ontem, e que mesmo se eu o encontrasse não poderia entrar em contato com ninguém.

 

- É melhor pensarem que você está morta ou que foi sequestrada. - o Kisu disse.

 

Podemos dizer que eu estou sendo mantida em cativeiro.

 

- É melhor você ir comer agora. - Hui falou.

 

- Não estou com fome. - respondi seca.

 

- Ninguém se importa se você está com fome ou não S/N. - o Kisu começou a falar grosso. - Coma. Não precisamos de você desmaiando de fraqueza também. Já está atormentando demais se não percebeu.

 

- Não fala assim com ela! - o Jinhong repreendeu.

 

- Por quê não? Desde quando se importa com essa garota? Ela deveria estar morta, e não aqui com a gente. -Kisu falou de novo.

 

- Por quê não me mata de uma vez então? - perguntei irritada levantando os braços e todos me olharam assustados. - Se estou te incomodando tanto assim, sinta-se a vontade pra me esfaquear enquanto durmo.

 

- Não vou me rebaixar a esse ponto. Eu não sou assim, mas a minha vontade era ter te deixado morrer. - Kisu disse sem olhar para mim.

 

- S/N...Coma só um pouco. - Jinhong disse.

 

Acabei me rendendo. O Kisu tinha razão, eu não precisava ficar ainda pior e ser um estorvo maior pra eles.

 

QUEBRA DE TEMPO 

 

Depois que comi voltei para a sala esperando o quê aconteceria a seguir, querendo de uma vez a maldita explicação que tanto enrolavam pra dizer.

 

- Isso está bem feio. - disse Jeonguk apontando pro meu pescoço.

 

- Vou fazer o curativo novamente. - disse o Hui.

 

- Eu faço. - Jinhong falou se levantando e vindo na minha direção. - Ela confia mais em mim do que em você. - falou seco e me puxou novamente até o quarto.

 

Nos sentamos na "minha" cama com um kit de primeiros socorros.

Fiquei bem nervosa com aquilo, principalmente pelo Jinhong estar tão próximo de mim.

 

Ficamos em silêncio enquanto o curativo era feito. Jinhong era extremamente delicado ao aplicar os medicamentos no meu corte, o quê não adiantava muito, pois do mesmo jeito doía.

 

- Vai melhorar rápido. - ele disse quando terminou. - Você vai ficar bem.

 

- Espero que sim. - respondi grossa.

 

Ele se levantou devagar da cama e me senti idiota por não ter agradecido a ele por salvar a minha vida. Obviamente se não fosse por ele eu estaria morta, já que os outros meninos, principalmente o Kisu, deixaram claro que eu deveria ter morrido de uma vez.

 

- Jinhong... - segurei o braço dele. - Obrigada por salvar a minha vida.

 

- Sabe que não precisa me agradecer. - ele disse. - Eu fiz a coisa certa, qualquer um faria o mesmo no meu lugar. - ele falou se sentando ao meu lado novamente.

 

- Qualquer um menos o Kisu e os outros. - revirei os olhos.

 

- Não ligue para o quê eles dizem. - falou. - No fundo eles não te deixariam pra trás.

 

Ficamos em silêncio por um momento e eu pensei finalmente em pedir a explicação do quê estava acontecendo, porém esperei um pouco por causa do momento normal (digamos que na medida do possível), até que bateram na porta.

Minha primeira reação foi virar muito rápido pra ver se alguém ia derrubar aquilo, Jinhong até tapou minha boca pra que eu não gritasse, mas logo afroxou, não entendi o porque, já que lá estávamos nós, prestes a SERMOS MORTOS NÉ? PORQUE OLHA, NÃO É QUALQUER UM QUE BATE COM TANTA FORÇA NUMA PORTA SEM MOTIVO NENHUM.

 

Mas inacreditávelmente não foi isso quê aconteceu.

 

Acontece que o Jeonguk abriu a porta naturalmente e entrou no quarto com mais 7 garotos atrás, os reconheci imediatamente como os caras que queriam me matar ontem, antes de eu desmaiar.

 

Deduzi que aquilo era o meu fim, e que os meninos do 24K iam me entregar e me deixar morrer nas mãos dos caras que me matariam ontem no beco.

 

SETE PESSOAS QUERENDO ME MATAR E TÁ TODO MUNDO DE BOA AQUI HEIN? ALGUÉM ME EXPLICA O QUÊ TÁ ACONTECENDO?

 

- Então essa é a S/N? - um deles perguntou.

 

- Ela tá muito ferrada cara. - outro disse enquanto o restante do 24K entrava no quarto.

 

DESCOBRIU ISSO AGORA MEU FILHO?

 

- O J.P quer ela o mais rápido possível...morta de preferência. - um deles disse apontando para mim.

 

- Quem é J.P? - perguntei.

 

- O cara que vai te matar na primeira oportunidade. - Kisu respondeu me deixando ainda mais assustada e confusa.

 

Algo me diz que não vou durar muito tempo com esses caras aqui, e eu não estou de brincadeira quando digo isso.

 

Resumindo: eu não morri ontem mas vou morrer hoje.



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