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História MultiSenior - Viajante


Escrita por: Therixy

Capítulo 2 - Viajante


A luz invadiu o quarto e elas viram um homem alto e um pouco forte caído de joelhos aos pés da sua cama, ele estava ofegante, com uma das mãos sobre o abdômen.

Analice E Gessy continuaram imóvel, ele não parecia ter as visto. Foi quando ele analisou o interior do quarto e seus olhos castanhos encontraram com os olhos delas. Ele se levantou desequilibrado e deu alguns passos para trás. Por ser muito alto, sua cabeça bateu em uma prateleira e fez os livros organizados em cima despencarem no chão.

- Quem são vocês? – Perguntou ele parecendo totalmente confuso, observando as duas meninas abraçadas uma a outra. – O que estão fazendo aqui?

Analice arqueou as sobrancelhas e olhou para Gessy, ainda assustada, mas mais confusa que o próprio homem.

- Não deveria ser eu fazendo essa pergunta? – Perguntou observando o homem jogar os cabelos compridos e negros para trás cambaleando pelo quarto.

- O que vocês estão fazendo deitadas na minha cama? – Insistiu ele e Analice cutucou a amiga, fazendo com que Gessy se levantasse e levantou em seguida, ainda mais confusa que antes.

- Como assim? Esse é o meu quarto! – Explicou ela tateando o criado mudo atrás de si e pegando uma tesoura. Pelo menos se ela tentasse as atacar, teria como defender.

- Seu quarto? – Perguntou o homem analisando em volta com o semblante bem sério. – Meu deus, como que eu fui fazer isso? – Perguntou ele a si mesmo.

- O que está acontecendo? Fazer o que? – Perguntou Gessy totalmente desesperada.

- Menina, você tem comida? – Perguntou ele bastante assustado, mexendo novamente em seus cabelos, totalmente desequilibrado e trançando as pernas. Parecia um bêbado.

- Tem como explicar o que está havendo, moço? Você tá bêbado? - Insistiu Gessy e o homem encarou bem sério.

- Você não entenderia, garota. Eu preciso comer.

Analice analisou o corpo do rapaz durante alguns segundos e percebeu que havia uma mancha em sua camiseta, na região do abdômen.

- O que aconteceu na sua barriga? – perguntou ela e o homem misterioso passou a mão sobre o abdômen, que ficou ensanguentada. Fazendo as duas se assustarem e Gessy apertou o braço da amiga com força. – Qual seu nome? – Perguntou Analice um pouco trêmula e o homem a encarou alguns segundos.

- Lian. – Respondeu com firmeza, parecia levemente atordoado por algo.

- Como você veio parar aqui, Lian? – Continuou Analice sentindo-se feliz por ter conseguido ao menos uma informação, mas não sabia se ele era uma pessoa perigosa. – Porque se você não der o fora, eu juro que vou chamar a policia. Não pode invadir o quarto das pessoas assim.

- Garota...

- Analice. – Falou ela com firmeza.

- Analice, eu juro que se vocês me derem um pouco de comida, eu lhe conto tudo o que quiserem saber.

Analice se lembrou do chocolate que estava comendo há pouco tempo atrás.

- Gessy, onde está o seu? – Perguntou em um sussurro para a amiga, abrindo a gaveta da cômoda com rapidez.

- Eu comi tudo. – Respondeu ela apavorada.

 Analice pegou o resto que havia sobrado de seu pacote e jogou contra ele com força. Lian abriu em uma velocidade descomunal e comeu como se fosse um animal selvagem com fome.

- Eu preciso de mais que isso. – Disse ele quase comendo seus dedos sujos de chocolate, dando dois passos em direção as duas.

- Nossa, que exigência! – Disse Gessy com a voz tremendo e Analice percebeu que ela estava prestes a entrar em choque com a aproximação de Lian.

- Primeiro me responda. Como chegou aqui? – Perguntou curiosa. – E, se puder, não saia do lugar, ok? – Disse ela e Lian voltou três passos para trás.

- Você não vão acreditar em mim. – Observou ele. – Só me dê mais comida, eu sumo daqui e vocês fingem que nada aconteceu.

- Faz o que ele tá falando, Ana. Tem os restos da marmita da sua avó na geladeira. Pelo amor de Deus. – Sussurrou Gessy quase sem produzir som algum.

- Arrisque em nos contar. – Pediu Ana com educação. – E eu lhe deu a comida.

- Eu errei o portal. Cai em um universo errado. – Respondeu como em tom casual, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

- Portal. Claro. Universo errado... Ana, esse cara é completamente doido. – Sussurrou Gessy.

- Portal? – Perguntou Analice levemente curiosa.

- É um lance bem confuso, tá?! – Disse Lian um pouco sem paciência. - Eu preciso urgentemente de comida!

Uma musiquinha irritante começou a tocar no interior do quarto e vinha de um dos bolsos de Lian. Ele enfiou a mão e tirou um aparelho estranho do bolso, parecendo se assustar muito quando viu.

- Por favor, Analice. Eu falo o que quiser! Mas me dê comida agora, por favor! – Implorou ele em total desespero. – Não vai dar tempo! Por favor! ME DÊ COMIDA! – Gritou, seu medo era terrivelmente apavorante. 

Lian deu um grito assustador, fazendo com que as duas meninas se encolhessem.

 Nesse instante todos sentiram um impacto forte, era como se algo estupidamente forte tivesse golpeado seus corpos. Não causou dor, porém parecia que seus corpos estavam recebendo um choque de voltagem absurda, fazendo com que eles se contorcessem. O chão pareceu tremer durante mais de dez segundos e, quando o tremor parou, os três caíram de joelhos no chão.

 



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