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História Mundo de Deuses e Demônios (Web Novel) - Apresentações


Escrita por: ScrewLLS

Capítulo 2 - Apresentações


Como você se sente ao ir para uma nova escola, ou um novo trabalho, sem conhecer ninguém lá?
Talvez se sinta nervoso por estar indo para um lugar desconhecido sem nenhuma informação sobre quem está lá.
Talvez se sinta animado por estar indo conhecer novas pessoas em um lugar novo.
Talvez ache que é sua chance de recomeçar sua vida, com pessoas que você não conhece e que não conhecem você.
De qualquer jeito, você sempre sabe que não tem como evitar essa mudança e, provavelmente, tenta encarar isso como algo positivo.
Mas, não é o caso dele.
— Ahhh. Merda merda, por que eu tive que perder o ônibus justamente hoje? Será que eu devo usar meu poder? — ele pensa por um segundo e então decide — É melhor não, já que essa é a única Escola de Magia legalizada no mundo, com certeza vão haver muitas pessoas fortes lá, por isso eu não posso sair mostrando meu poder.
O garoto de cabelos pretos e olhos castanhos disse para si mesmo enquanto corria e então olha a hora no rélogio no pulso esquerdo dele.
— Mas, desse jeito eu vou chegar atrasado. Talvez só um pouco não seja problema.
Ao terminar essa frase, ele já estava correndo a velocidades super-humanas.
— Eu nem acredito que o governo me mandou pra cá. O que será que eles querem?
Um pouco mais adiante, ele viu uma garota correndo sem fôlego. Essa garota parecia estar vestindo o uniforme feminino da Escola de Magia. Será que ela também está atrasada? Ao chegar perto da garota ele desacelera e fala.
— Você está indo pra Escola de Magia?
A menina fica espantada por um segundo, mas logo responde, ofegante.
— S-sim... mas... por que... você...
— Ah tanto faz. Já que eu não conheço ninguém lá, não me custa ser legal e tentar fazer umas amizades novas.
Ao dizer isso, ele chega um pouco pra trás da garota, se inclina levemente, levanta ela e começa a carregar ela em seus braços.
A garota fica ainda mais confusa e ele põe mais força nas pernas pra aumentar sua velocidade.
Cerca de 20 minutos depois, eles chegam na escola.
— Eu... sabia que... a escola ficava... bem longe... e que, chegar... aqui carregando alguém... ia ser... difícil... mas, isso já é ridículo.
Ele fala, ofegante, e bota a garota no chão.
— Hum... o-obrigada, eu acho. — ela diz com um rosto confuso — Parece que eu não teria chegado a tempo se você não tivesse me ajudado.
Logo quando ela acaba a frase, o sinal toca e os portões são fechados. Ainda bem que os dois já estavam do lado de dentro.
— Você tinha dito que não conhecia ninguém aqui certo? Bom, eu também não conheço ninguém daqui, então que tal a gente ficar junto por um tempo? Ah, aliás, meu nome é Naomi, Naomi Saito, e o seu é?
— Ken, Ken Harris. Seu nome é japonês certo? Mas, você não parece japonesa, também não tem sotaque.
Ele falou enquanto começou a andar, ela, Naomi, veio logo atrás.
Realmente, o que ele disse tem um ponto. A Naomi não tem os olhos puxados que são caracteristicos dos asiaticos e nem o corpo ‘humilde’ das japonesas, na verdade o corpo dela parece o corpo comum de alguma europeia ou americana. Ela também tem os cabelos castanhos e olhos azuis como o mar.
— Ah, já me disseram muito isso. Meu nome é assim por que a falímia do meu pai era japonesa, mas isso foi há muitas gerações.
— Eu também quero saber por que você estava tão lenta.
— Hum? Como assim?
— É que, pelo o que eu pude perceber, você estava correndo numa velocidade normal pra uma humana. Mesmo que seu poder não seja parecido com o meu, normalmente quem tem algum poder consegue passar dos limites humanos.
— Ah isso. A verdade é que eu não tenho nenhum poder.
A Naomi fica com um olhar aparentemente triste.
— Ah. Desculpa, eu não devia ter perguntado.
Ele já devia ter imagnado algo assim. Mesmo no século XXXI, aproximadamente, só a metade da população mundial tem poderes, ou seja, não é algo tão raro encontrar alguém sem poderes.
— Não tem problema. Diferente da maioria das pessoas sem poderes, eu não pretendo ficar me rebaixando só porque alguém tem uma habilidade que eu não tenho. Por isso, eu decidi compensar minha falta de poder aprendendo magia. — ela pausa por um instante — Por isso, eu quero te agradecer. Se você não tivesse me ajudado, eu não teria chegado aqui a tempo e não poderia me inscrever.
O Ken reparou que ela tinha algumas lagrimas nos olhos, que ela limpou rapidamente. Ele imagina que deve ter sido difícil pra ela conseguir uma vaga, já que muitas pessoas com poderes tentam, mas não conseguem. E ela conseguiu sem nada, sem a ajuda de nenhum poder.
Os dois continuaram andando até chegarem em um auditório onde vai ser feita a cerimônia de abertura.
Lá eles repararam que as cadeiras estavam númeradas e divididas em grupos de dois. Na entrada do auditório haviam adultos, provavelmente professores ou monitores, falando que eles poderiam escolher qualquer uma das cadeiras livres, mas que teriam que sentar na mesma cadeira na cerimônia que ia acontecer na próxima semana.
Eles decidiram sentar juntos, por isso foram procurar um local onde as duas cadeiras estivessem vazias.
Eles se sentaram, poucos minutos depois, começou a cerimônia de abertura da Escola de Magia.
Quem estava no palco com um microfone era um homem com, aparentemente, 30 anos de idade, ele tinha os cabelos brancos, mas perto da ponta eles ficavam azuis, esse homem também tinha os olhos cor ambar. Ele se apresentou como o diretor da Escola de Magia, Yuuji.
Logo depois ele começou a apresentar a equipe de professores e outros funionários do colégio. Então, no final da cerimônia, o Yuuji falou.
— Aliás, como todos devem saber, os nossos alunos ficam em dormitórios da escola, mas a gente não tem como organizar os quartos logo no primeiro dia. Por isso, nós dividimos as cadeiras em grupos de dois, ou seja, aquele que estiver sentado do seu lado vai ser seu parceiro de quarto por uma semana. Yay!
Ele falou com bastante animação, ao mesmo tempo se podia ouvir os sussurros dos alunos, alguns comemorando e outros tristes.
— Ah, antes que eu me esqueça, eu sei que alguns quartos devem ter ficado com casais. Então, por favor, eu entendo que os hormonios de vocês estão muito agitados, mas tentem não cometer nenhum crime. Ok?
Dava pra ver o olhar desapontado dos professores quando o Yuuji terminou de falar isso.
O Ken olha para o lado, para a Naomi. Parece que eles vão ser companheiros de quarto por uma semana.
A Naomi percebe o olhar dele e mostra um sorriso.
O tempo passou.
Uma semana se passou bem rápido, apesar de que não tem como dizer que foi sem ‘acidentes’, por exemplo, tanto a Naomi quanto o Ken acabaram entrando no banheiro enquanto o outro estava usando, ou as vezes em que a Naomi acabava desabotoando sua camisa durante o sono e quando o Ken olhava pra ela de manhã, ele tomava uma boa surpresa, apesar dessas coisas, que mais parecem terem saido de algum anime, terem se repetido durante a semana toda, aparentemente tudo estava bem.
Chegou o dia em que os quartos iam ser divididos própriamente. Foi dito que não haveriam casais nos quartos, ou seja, não havia a menor chance deles continuarem assim. O Ken não sabia se ficava feliz ou triste com isso.
Alguns minutos após o inicio da cerimônia, todos receberam um papel dizendo seus novos quartos e parceiros.
Então o Yuuji falou.
— Todos já devem ter recebido seus papeis e já devem ter reparado que alguns quartos são pra três pessoas e outros pra duas. Pra vocês se conhecerem melhor, pelo resto do dia, a escola inteira vai estar livre para o uso de vocês. Inclusive as arenas. Afinal, não tem jeito melhor de conhecer seus novos amigos do que uma boa luta.
Depois que o evento terminou, todos os alunos se levantaram e foram procurar seus novos colegas. O Ken também pensou em fazer o mesmo, mas antes que ele conseguisse pensar dois garotos já estavam do lado dele.
— Ei, você é o Ken? Nós somos seus novos colegas de quarto. Meu nome é Pietro, Pietro Pezenato, prazer em conhecer.
Disse um garoto de cabelos castanhos e olhos verdes. Esse garoto, Pietro, cutucou o outro garoto do lado dele.
— Não me cutuca seu italiano de merda.
O garoto que falou isso tem os cabelos brancos e olhos verdes.
— Vamos, se apresente.
Ele estala a língua e diz: — Meu nome é John Russell, por favor me diz que você não é tão chato quanto esse cara.
O Pietro começa a dar leves risadas. Nesse momento uma garota loira de olhos verdes chega onde eles estão.
— Você deve ser a Naomi, certo?
A Naomi assente com a cabeça.
— Bom. Meu nome é Sophia, Sophia Wright. É um prazer te conhecer.
Realmente, a Escola de Magia reune pessoas de todos os cantos do mundo, assim como o Ken havia pensado. Enquanto o Ken estava perdido em pensamentos, o John falou.
— Ei ei, vamos aproveitar que as arenas estão liberadas e ter uma luta entre nós. Como o diretor falou, não tem jeito melhor de conhecer alguém.
— Eu topo. Afinal parece interessante.
— Bom, já que é o caso, por que não? Vamos lá.
A Sophia e o Pietro responderam respectivamente. Vendo isso, o Ken se anima.
— Certo, vamos aproveitar.
Todos acenam com a cabeça, mas o Ken percebe que a Naomi parece meio deslocada, então ele diz.
— Ah, Naomi não se procupe. Você não precisa participar.
— Qual é o problema dela?
— Na verdade, ela não tem poderes. Por isso é melhor deixar ela de fora dessa.
Os três ficaram mal por terem excluído a Naomi, mas ela falou que não tem problema.
Todos seguiram para a arena. Os quatro entraram nela enquanto a Naomi ficou no banco de espectadores.
Cada um deles foi pra um canto da arena. Quando eles ouviram o barulho do gongo, todos começaram juntos.
— Voar!
Quando ela terminou de dizer isso, a Sophia já estava acima dos três e parecia que ia preparar um ataque.
O Ken ficou com um leve sorriso e disse: — Sendo assim — e correu pra cima do Pietro.
O Pietro também deu um leve sorriso. Quando o Ken tentou dar um soco nele, o que ele socou na verdade foi uma pedra. Não, ele tinha sim socado o rosto dele, mas esse mesmo rosto tinha virado pedra.
O Ken dá um salto pra trás e começa a observar ele.
— Hahaha. Surpreso? Meu poder me permite transformar qualquer parte do meu corpo em pedra. Então o que achou?
— Há! Parece bom, mas pelo que você disse, eu suponho que só possa transformar seu corpo em pedra. Estou certo?
— Infelizmente sim, mas não é problema. Se aquilo é um soco seu, você nunca vai me vencer.
O Ken fica com um sorriso no rosto.
— Não vá se achando tanto!
Ele corre pra cima do Pietro. Quando o Pietro ia atacar, o Ken rapidamente mudou de direção e atacou as costas dele. Pietro tentou petrificar suas costas, mas ainda assim não conseguiu se defender dos ataques.
— M-mas o que? Onde estava essa força toda?
— É claro que eu não usei toda minha força no primeiro ataque. — o Ken olha fixamente nos olhos do Pietro — Minha força total é suficiente pra destruir uma cidade, ou seja, não é uma pedra qualquer que vai aguentar meus socos!
O Ken corre com uma velocidade que quebra a barreira do som pra cima do Pietro. Indo para as costas dele e dando um chute nelas.
O Pietro foi lançado a vários metros de distância, quando viram que ele estava desmaiado, os professores teleportaram ele pra fora da arena.
Assim que o Ken se virou pra ver como estava a Sophia, ele tomou um susto. Tudo o que ele viu foi ela sendo teleportada pra fora e o John se aproximando.
— Cara vo te dizer, é difícil lutar contra alguém que tem o poder da super-inteligência tipo ela. As estrategias eram boas, mas faltava poder.
— Então agora sou eu contra você?
— Parece que sim. — ele fica com um sorriso — Você venceu o italiano tão fácil, agora eu quero muito te enfrentar.
— Que coincidência, eu estava pensando a mesma coisa.
O Ken foi a toda a velocidade pra cima do John, mas derrepente apareceu uma muralha enorme entre os dois.
— Ah, só pra você ficar sabendo, meu poder é criar matéria e o seu, eu presumo que seja ter as habilidades físicas em um nível super-humano.
— Correto. Haha, parece que as coisas vão ser divertidas.
O Ken dá um soco e destrói a muralha. No mesmo instante, várias granadas aparecem e explodem bem no rosto dele, mandando ele pra trás.
O John avança, ao mesmo tempo, coisas como aviões caem em cima de onde o Ken estava, mas ele conseguiu desviar.
John tenta dar um chute no Ken, mas a perna dele é agarrada pelo Ken, mas o John já esperava por isso e tinha criado uma espada que ele usou pra atacar. Isso forçou o Ken a soltar ele e saltar pra trás.
Os dois se olham fixamente, já está na hora de acabar com isso. O Ken corre com toda a velocidade e o John materializa uma bomba enorme. Os dois têm sorrisos nos rostos, tá na hora de acabar com isso.
Antes do vencedor ser decidido, o diretor, Yuuji, aparece no meio da luta e, com um só golpe, nocauteia os dois.
— Vocês deviam ter mais cuidado quando lutam.
Ele disse, logo depois os professores vieram tirar os dois da arena. Eles levaram uma boa bronca depois.
— O futuro deles realmente vai ser bem interessante...
Foi tudo o que o Yuuji disse quando estava sozinho na sua sala, depois de dar bronca nos dois.

Notas Finais


Esse é oficialmente o primeiro capítulo. Aqui começa o primeiro arco de seis. A história vai pegar bem mais velocidade a partir do próximo capítulo.


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