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História Mundos Opostos - Despedidas.


Escrita por: favoritergirI

Capítulo 63 - Despedidas.


Pov Caíque Gama.

Acordei no dia seguinte antes da Manuela, desci pra pegar alguma coisa pra comer e encontrei com o Pedro lá embaixo todo arrumado pra vazar.
       

    - Ta saindo? - perguntei e ele assentiu e pegou a chave do carro - 
       

    - Vou pra casa da Ana. - respondeu e fez uns toques comigo - 
         

    - Beleza...e o resultado do teste? Saiu? - não consegui me conter e ele abriu a porta -
         

  - Meus pais ainda não me mandaram mensagem nenhuma não, mas tava previsto pra sair hoje. Só esperar. - ele disse e eu assenti - Fui, valeu ai.
       

   - Valeu. - me despedi e fechei a porta quando ele saiu -

Eu realmente espero que a Ana não esteja grávida. Uma criança é sempre bom e pelo o que eu conheço o Pedro, ele seria um ótimo pai e ela uma ótima mãe - bem maluquinha, mas ótima - porém, ainda não acredito que seja a hora certa pros dois.

Apesar disso tudo, se ela estiver grávida vai ser ótimo do mesmo jeito, todo mundo vai se amarrar em ter um bebê na família, inclusive eu. Dá pra treinar pra quando for a minha vez. 

Depois de todos esses pensamentos, percebi que tinha perdido a fome e subi apenas com um copo de suco.

Comecei a catar minhas coisas e colocar na mala porque meu voo estava marcado pra 14:00h e já eram quase 10:00h. Considerando que tenho que estar no aeroporto com uma hora de antecedência, eu meio que estava atrasado.Juro que fiz tudo com muito cuidado, mas deixei uma parada cair no chão e obviamente, ela acordou.
         

     - Relaxa que eu já tava acordada. - ela disse e virou na cama - 
         

     - Jurava que tu tava dormindo. - respondi e peguei o negócio do chão, jogando na mala em seguida - 
     

    - Acordei antes de você, amor. Levantei, bebi água, perdi o sono, fiquei no celular e dormi de novo e aí acordei agora. 
         

   - Nossa, por que isso tudo? Tomou o remédio pra insônia ontem? - perguntei e ela negou - Porra Manuela.
       

    - Mas nem foi isso. - respondeu simples - Eu ando muio enjoada. 
       

   - Como assim tu anda muito enjoada? - perguntei curioso e ela sentou na cama -
         

  - Todos os dias quando acordo eu to enjoada, não sei porque. - ela disse dando de ombros - É horrível, mas passa rápido.
         

   - O que será que é isso? - perguntei meio preocupado -
         

    - Não sei, tô assim desde semana passada e não tô aguentando mais. 
           

   - Tu fica passando mal e não fala nada, ta brincando né?! - perguntei questionando e ela revirou os olhos - não revira o olho não que tu sabe que tinha que ter dito alguma coisa.
           

   - Não sou obrigada a dizer nada pra ninguém e outra, nós estávamos em Los Angeles, olha pra minha cara de quem ia ficar enchendo a cabeça de todo mundo com enjoo besta! - disse debochada e levantou da cama - Agora dá licença que eu vou ao banheiro tentar vomitar. - disse e eu segurei seu braço - Não é o que você ta pensando.
         

    - Não foi isso que pareceu.
       

    - Caíque, eu não tô bulímica de novo, eu só tô enjoada, que saco! - reclamou irritada e eu percebi que a melhor coisa a fazer no momento era soltá-la mesmo -

Não dá pra bater de frente com mulher por motivo bobo não, quem não tem mais saco pra isso sou eu.

[...]

POV Manuela Ribeiro.

Tinha acabado de almoçar com o Caíque e minha mãe e estávamos conversando sobre a viagem e sobre tudo que fizemos. Meu enjoo já tinha passado e eu estava bem melhor, graças a Deus. O engraçado é que eu fico enjoada de manhã e depois passa então, não foi nada que eu tenha comido ou alguma coisa do tipo. Eu realmente não sei o por que disso, mas tudo bem.
         

    - Na primeira semana a gente deu uma passadinha no shopping todos os dias pra comprar umas coisas, foi muito bom. Melhor parte, eu acho. - eu relembrei -
         

     - Lembrando que passadinha na lingua da sua filha quer dizer ficar uma hora no shopping entrando em todas as lojas possíveis e comprando roupa. - Caíque disse e minha mãe riu - 
         

     - Eu sei muito bem como é. - ela respondeu dando corda e eu bufei - Quando ela foi pra Orlando com quinze anos eu tive que mandar mais dinheiro pra ela no segundo dia porque de algum jeito, que eu não sei qual até hoje, ela conseguiu torrar o dinheiro todo no primeiro shopping que entrou.
           

    - O engraçado é que ela nunca compra coisa sem noção, impressionante, mano. - ele disse e eu fiquei encarando pra ver no que aquilo ia dar - Tô falando sério, amor, geralmente essas garotas consumistas compram por comprar e tu realmente pensa se vai usar, aonde, com quem, quando.
           

   - Eu sou inteligente, gasto meu precioso dinheiro com coisas úteis né. - disse e levantei com meu prato - 
         

      - Agora eu vou dar um tempo de roupa pra você porque já ta faltando espaço no seu armário pra isso tudo. - escutei minha mãe dizer e voltei correndo pra sala -
       

    - Depois a gente conversa sobre isso. - disse rindo e ela nem me deu confiança - 
           

    - Eu vou me arrumar pra ir ao aeroporto porque meu voo é daqui a pouco e eu ainda tô aqui. - ele disse depois de levar o prato pra cozinha - Daqui a pouco eu desço pra lavar o prato. 
       

     - Não se preocupa não, Manuela lava! - minha mãe gritou enquanto sentava no sofá e eu a encarei - Tô falando sério, tem três pratos na pia, para de palhaçada.
         

    - Tudo eu nessa casa, hein! - disse pra implicar porque sabia que ela odiava quando eu dizia isso e fui correndo pra cozinha -
Nunca fiquei tão feliz por não ter pintado as unhas na minha vida.

Terminei de lavar a louça e sentei no sofá com a minha mãe pra conversar e o Caíque desceu com as malas na mão.
       

     - Você já vai? - perguntei e ele assentiu e abriu a porta - Já pediu o táxi? 
         

   - Leo disse que me deixa lá, deve estar chegando já. - ele respondeu e me puxou pro lado de fora - Se tu não melhorar me diz que tu vai pro médico ver isso dos enjoos.
         

  - Eu vou, relaxa, tava pensando nisso mesmo. - respondi e ele assentiu e me abraçou - 
       

     - Tu vai lá pra casa semana que vem? 
       

    - Dúvido muito. - respondi simples - Tô sem dinheiro nenhum depois dessa viagem e dúvido que minha mãe vá querer me deixar passar mais tempo fora de casa.
       

     - Mas você tem que tentar né, Manuela, não dá pra eu ficar vindo aqui sempre. - ele falou todo nervosinho e eu ri -
         

    - Se muda pra cá de vez ué. Apartamento pra vender é o que não falta, a gente compra um e pronto. - disse e ele olhou sério pra minha cara - Que foi?
       

    - As vezes parece que tu esquece que eu tenho uma vida também. 
         

    - Ih, eu tava brincando. 
         

     - Tu sempre fala isso, brincadeirinha não é. - ele disse irritado e eu fiquei quieta - Um dia vamos morar juntos, mas agora, vir pro Rio de Janeiro ta fora de cogitação.
       

    - Nossa, ótimo saber que as coisas são assim pra você.
         

      - Ah, qual foi, tu tava realmente vendo uma possibilidade nisso? - perguntou e eu sai de perto dele - Eu tenho a banda, mano! Minha família, tudo meu tá lá, não da pra eu me mudar assim por causa de um namoro.

Juro que naquela hora pareceu que tudo tinha ficado em silêncio. Senti todas as dores possíveis naquela frase. 
         

     - Assim que você vê a nossa relação? - perguntei séria e ele colocou a mão na cabeça -
           

     - Eu quis dizer que não dá pra largar tudo assim de uma vez por causa da nossa relação. - ele disse e eu abaixei a cabeça tentando não chorar, odeio quando isso acontece - Eu já passei por isso, essa rotina de vir pro Rio e voltar pra São Paulo toda semana já me pertenceu e eu nunca estive tão realizado como eu to com você agora, mas ainda não sei se conseguiria mudar tudo assim do nada.
             

    - Ta bom. - disse simples - Eu tô muito emotiva, relaxa. - disse e o Leo buzinou - Quando chegar em casa me liga.
         

        - Você sabe que eu ligo. 
           

   - Você sempre me manda mensagem, Caíque. - corrigi e ele riu e me olhou enquanto colocava tudo no carro - Saudades, sumido!
         

      - Tu que viajou e eu que sumi? Não fode, né. - ele disse alto e eu ri - Na volta passo aqui pra pegar meus presentes. 
           

   - Ih, iludido, nem disse que comprei presente pra você.
         

     - Me engana que eu gosto, Manuela! - ele disse e eu ri mais ainda -
           

     - Vou tentar ver com o Pedro se ele me leva pro final de semana. - disse e o selei - Boa viagem.
           

  - Valeu. - agradeceu enquanto entrava no carro e quando eles saíram, eu entrei em casa -

Odeio ter que me despedir do Caíque, não vejo a hora disso acabar de vez.
         

   - Já tô com saudades do Caíque. - disse enquanto sentava do lado da minha mãe de novo -
         

   - Sossega esse rabo, Manuela, o garoto mal saiu daqui. - ela disse grossa e eu ri -
     

   - Ih, ta agressiva, o que eu te fiz?
         

  - Nada, mal chegou em casa e já quer ir pra São Paulo atrás do namorado, ficar com a mãe nada. 
       

 -  Não vou nem reclamar por você ter escutado minha conversa porque achei isso bem fofo. - disse ainda rindo e a abracei - Ciumenta pra caramba.
           

 - Na minha época não tinha essa de dormir com namorado não, tô achando até que ando liberal demais.
           

 - Para de neura, você ta ótima, continue assim. - disse zoando e ela riu -
             

 -  BOA NOITE! - Ana entrou gritando e eu levei um susto filho da puta - Desculpa chegar assim é que eu tenho uma notícia muito boa pra dar pra vocês, tô até animada.
           

 - Depois desse susto eu tô realmente esperando que seja boa mesmo... - minha mãe reclamou e eu ri - Primeiramente, cadê o Pedro?
         

   - Ta estacionando o carro, tia. - ela disse rápido e veio na nossa direção -
           

    - Já sei, JÁ SEI! O TESTE DEU POSITIVO E VOCÊ TA GRÁVIDA. 
         

    - Tá amarrado, Manuela, cruz credo, bate na madeira três vezes. - ela disse irritada e eu fiquei quieta - Eu disse notícia boa e tu já vem me falar de filho que isso. 
         

      - Ana, fala essa merda logo! 
           

  - O TESTE DEU NEGATIVO, minha menstruação desceu, EU NÃO TÔ GRÁVIDA! - ela disse pulando e eu comecei a rir - Acho que eu nunca fiquei tão feliz na minha vida.
           

    - Eu até que já estava me acostumando com a ideia. - Pedro disse enquanto entrava em casa e eu continuei rindo - 
           

    - Vira essa boca pra lá. - ela disse e sentou no sofá do meu lado - 
         

   - Vai dormir aqui hoje? - perguntei e ela assentiu - Já tô vendo que não vou conseguir dormir né...
           

    - Ih, eu não vou nem te falar nada. - Pedro disse e eu fiquei quieta, a noite passada foi boa mesmo - 
         

   - Nós vamos dormir mesmo, amiga. - ela disse simples e eu ri debochada fingindo que acreditava - Eu to exausta de verdade hoje. 
         

   - Eu também tô, não dormi direito essa madrugada. - disse enquanto me levantava - Vou subir, boa noite. - disse enquanto abraçava minha mãe - 
           

    - Amanhã a gente conversa. - Ana disse e eu assenti -
         

     - Boa noite, Manuela, boa noite. 
         

     - Boa Pedro, Boa. 

Subi as escadas correndo e entrei no meu quarto. Liguei o ar, escovei os dentes, apaguei a luz e deitei na cama. Respondi as mensagens do Caíque dizendo que estava no embarcando e respondi todo mundo que tinha falado comigo, inclusive o Leo, que disse que não ia poder passar aqui, mas vinha no dia seguinte - e resolvi dormir com o telefone do meu lado pro caso do meu namorado resolver finalmente me ligar pra avisar que chegou em casa, o que eu acho muito difícil, mas a esperança é a última que morre.


Notas Finais


Dessa vez eu voltei mais rápido do que o esperado hein hahaha véspera da véspera da Natal, vou aproveitar pra desejar um Natal maravilhoso pra vocês que acompanham a fic e vão ler isso aqui! Espero que tenham gostado do capítulo e que comentem e favoritem bastanteeee! Até o próximo, beijo!


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