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História Mundos Opostos - Everythings gonna be alright.


Escrita por: favoritergirI

Capítulo 69 - Everythings gonna be alright.


POV Manuela Ribeiro.

Umas semanas depois.

Tinha me enrolado com uns eventos que tinham sido adiados e minha agenda estava super cheia.

Tinha acabado de chegar na c&a de Recife com a Jade e todo mundo da produção pra podermos fazer a inauguração da loja, mais tarde teria o show dos meninos do Rio e eu precisava conseguir fazer tudo a tempo. Manuela dando a louca.
       

      - Manuela, vem fazer foto. me chamaram e eu botei o celular no bolso e fui pro lado da Jade em frente ao painel -

Tinham quatro fotógrafos, um dj do nosso lado e vários seguranças pra ajudarem a gente com o fãs.

Entrei no instagram pra postar uma foto e divulgar o evento e vi que o Caíque tinha postado uma também pra mostrar que já estava no Rj. 

Tratei de comentar "sem mim não vale" e bloqueei o celular.

Ficamos um tempo ali escutando música e eu fiquei gravando vários snaps de tudo. Uns trinta minutos depois começaram a liberar as pessoas que estavam na fila pra entrar e tirar fotos.

Juro que tinham umas meninas que só me olharam de cima a baixo e saíram depois de tirarem foto com a Jade, mas por outro lado, outras faziam um escândalo ao me ver e eu amava isso.
         

    - Você é lacradora mesmo, hein. - um garoto me falou enquanto me abraçava e eu comecei a rir - Se eu fosse hétero com certeza teria uma queda por você.
           

     - Ai meu Deus, acho que eu tenho que falar obrigada, né? - perguntei meio sem jeito e ele e as meninas ao seu redor riram - 
         

     - Aqui, eu trouxe pra você, é fini. - a menina disse e me entregou um saco, eu a abracei -
             

  - Obrigada, linda. - agradeci e coloquei o saco na bancada do meu lado - Qual o nome de vocês? - perguntei pegando o outro presente -
           

  - Gustavo, Laríssa e Pietra. - ele disse apontando e eu assenti -
           

     - O meu é Manuela caso vocês não saibam. - respondi zoando e eles riram - 
           

   - Você faz alguma coisa no cabelo ou é normal assim mesmo?
           

    - Depois que eu tirei o preto continuei com a hidratação toda semana pra não quebrar, tirando isso, não faço mais nada não.
         

    - Até o fio de cabelo da mulher é perfeito, pelo amor de Deus. - gustavo disse revoltado e as meninas riram, eu ri junto -
         

    - Ok, vamos juntar pra tirar uma foto logo porque senão já vi que vamos ficar aqui batendo papo por horas. - sugeri rindo e eles pareciam estar meio perdidos, coitados, lembrei de quando o assunto era eu e os meus ídolos, ficava igualzinha - 
           

    - Obrigada, manu, se gostar do presente me marca no twitter, por favor! - ela pediu antes de sair e eu assenti -

Entrou mais um grupo de amigos. E depois desse outro. E outro.

Era muito amor pra pouca eu.

[...]

Estava entrando no avião pra voltar pra casa, eram cinco horas da tarde, o show era as oito e eu estava muito ferrada pra conseguir chegar a tempo. 

Tive que comprar uma mala no ato pra conseguir colocar todas as coisas que tinha rolado, resolver umas coisas de contrato com a loja e só depois pude voltar pra casa.

Não preciso nem mencionar quantas vezes o Caíque e minha mãe tinham me ligado pra saber que horas eu chegaria porque do jeito que os dois são desesperados é bem óbvio que fariam isso incansavelmente. Mas não me irritei, agora eu consigo contar até dez e absorver tudo, nova Manuela.

POV Caíque Gama.

Estavam passando o som pela segunda vez e eu tava sentado respondendo umas paradas no twitter e escutando a galera cantando do lado de fora.
         

   - Essa energia de show é muito foda. - Nathan disse rindo feito bobo - Queria ir lá fora, mas tem muita gente.
         

    - Tem nada, cagão. - Paulo disse dando de ombros e Nathan pegou uma garrafa de água -
       

     - Ah, então vai lá tu, palhaço. - sugeriu e eu ri, moleque comédia -
     

  - Paulo parece demente, a gente tava entrando aqui e já tinha menina em cima de mim, tu acha mesmo que vai dar certo ir lá pra fora? - eu perguntei irônico e ele deu de ombros de novo - Uma menina muito bonita por sinal.
         

     - Ih, lá vem, já sei que tu vai chamar essa pro palco.
         

     - Talvez sim, talvez não.
                 

   - Caíque, tu é muito de lua, já te disse isso né? Muda de relacionamento rapidinho. - Paulo lembrou e eu o encarei - Tô mentindo?
           

   - A conversa ta começando a tomar um rumo ruim, tava tão bom. 
           

   - Quero entender o que tu quis dizer com isso porque eu só me liguei que tu tava falando merda, de resto nem prestei atenção. - eu respondi e ele riu - Paulo, eu to com a Manuela, tava zoando com a parada da menina, qual foi.
             

    - Qual foi nada, tu fez a mesma coisa com a Jade, nada me garante que tu não vai fazer com ela também. - ele disse e eu até assenti porque eu merecia escutar aquilo, mas que ele tinha viajado pra caramba, tinha - Só tô te dando um toque.
             

      - Beleza. 
             

   - E eu tô com fome, espero que tenha alguma coisa pra comer lá atrás porque senão eu vou ser obrigado a sair. - Nathan comentou conseguindo mudar de assunto e eu voltei a olhar pro meu celular -

Tinha acabado de chegar uma mensagem da Manuela:
"Acabei de chegar em casa, vou me arrumar e em 30 minutos chego aí. Tem muita gente?"  
           

    - Caíque, se liga que tão dizendo que tem bolo pra você. - Nathan gritou enquanto eu digitava e eu arregalei os olhos - Caraca, que maneiro!
           

     - Se tiver bolo mesmo eu vou ficar chocado. - Paulo comentou e eu enviei a mensagem -
"Já tem muita gente, o meet vai começar agora, quando chegar me liga que o celular vai tremer e eu vou saber."

Ficamos conversando e subimos pro segundo andar onde seria o meet, as músicas do pen drive começaram a tocar e os fãs começaram a entrar. A melhor parte de tudo é esse contato, eu amo pra caralho isso.

Depois de muitos abraços, beijos, choros e apertos de mão, subiram três meninas com chapéu de aniversário e uma com um bolo de chocolate na mão, eu comecei a rir, não estava acreditando no que tava vendo.
         

   - Mentira, velho! - eu disse quando elas riram e pararam na minha frente - Que isso, vocês são picas, sabia que eu tava de dieta?
       

   - Eu disse que era melhor eu ser o presente, mas ninguém concordou. - a menina bonita de antes gritou da parte debaixo da escada e eu balancei a cabeça e fiquei quieto - 
         

 - Isso aqui merece um parabéns digno, no três! - Paulo gritou pra todo mundo e eu comecei a rir -
Todos que estavam dentro do teatro começaram a cantar feliz aniversário e eu juro que demorou um tempinho pra eu perceber que era pra mim. Aquilo tudo era pra mim, eles tinham feito aquilo pra mim, pra me ver feliz. E obviamente como o sensível que sou, chorei ali na frente de todo mundo mesmo.
           

  - A melhor parte disso tudo aqui é ter vocês. - eu disse e eles fizeram um coro de "awn" - Obrigado, cara, vocês já fizeram meu dia. - disse e abracei as garotas -

Tiramos a foto delas e o outro grupo subiu. E o Nathan pegou um pedaço de bolo. E mais um grupo subiu. E o Paulo comeu bolo. E ficou assim por um tempinho.

Quando eu parei pra beber água escutei a Manuela me chamando do camarim e sorri pra ela.
           

   - Vem pra cá. - ela me chamou e eu dei uma corridinha básica e a abracei - Tá cheiroso assim por que? 
         

   - A gente precisa impressionar né. - eu disse e ela nem falou nada - 
             

 - Deixei minha bolsinha de maquiagem no carro, tô estressada. - ela disse e encostou a cabeça no meu peito -
             

  - Tu ta sem maquiagem? - perguntei surpreso e ela assentiu - Puta merda, você é bonita mesmo. 
           

  - Nem vem. - ela pediu rindo e eu a apertei - Ai, seu monstro.
           

  - Nem vem, nem vem. - disse tentando imitar sua voz e ela arqueoou a sobrancelha sem falar nada - Tinha bem uma garota dando em cima de mim.
           

  - E daí? - perguntou simples e eu cruzei os braços - Se eu fosse elas faria o mesmo, você é bonito e ainda ta cheiroso, vai a merda, não sei porque veio assim.
           

   - Queria que eu viesse fazer show fedendo? - perguntei rindo e ela ficou quieta - Tentativa de fazer você ficar com ciúmes falha.
         

   - Aquilo ali tudo é presente? - perguntou mudando de assunto apontando pra mesinha do lado dos meninos, eu assenti - Vou trazer pra cá.
         

   - Beleza, vem comigo pra todo mundo te ver. - disse e antes que ela pudesse responder a puxei pela mão - 

Fui andando com ela até os meninos e até a escada onde todas as fãs estavam. Rolou uma gritaria básica pelo fato da Manuela estar ali e pelo fato da Manuela estar ali do meu lado - sempre tem o povinho do ódio gratuito - mas nada fora do normal. Nada que eu não tivesse acostumado.
         

   - Esses aqui são todos seus? - ela perguntou enquanto colocava os presentes no saco e eu assenti - Tô com muita vontade de comer esse bolo aqui, mas fico enjoada só de olhar.
         

    - Ih, Manuela ta toda fresquinha. - Nathan comentou e eu ri - 
           

  - Tá merecendo sabe o que? - Paulo perguntou alto e olhou pra mim, eu entendi o recado - 
Enquanto eles falavam umas coisas sem noção, eu passei a mão na cobertura do bolo e esperei que ela virasse. Com toda a dor do mundo, passei a mão no seu rosto cobrindo tudo de glacê. 
           

     - Ah, amor. - ela reclamou  olhando pra mim e eu só sabia rir - Foi ideia do Paulo né, cadê esse palhaço? 
         

  - ACHO JUSTO ROLAR UM BEIJO DO CASAL AGORA. - um fã gritou e eu comecei a rir e a Manuela pegou um pano pra limpar o rosto - 
         

  - MAÍQUE É LINDO! - umas meninas gritaram e o Nathan riu olhando pra minha cara e apontando pro ouvido, ele tinha me dito esse nome uns meses atrás -
           

    - Se eles tão pedindo, quem sou eu pra negar. - gritei e todo mundo gritou, eu me amarro nisso, essa energia me move - 

Quando eu comecei a andar na direção da Manuela ela tentou recuar dando uns passos pra trás, mas não deu muito certo. 
           

     - Se eu tivesse com maquiagem tu sabe o que ia acontecer contigo, né? - perguntou baixinho e eu a selei -
         

      - Pensei em tudo. 
           

   - Tô namorando com um gênio. - disse debochada e me selou de novo - Já pode me beijar, tô com gosto de chantily.

Juro que nesse momento eu pensei "Porra, mais gostosa do que o normal" mas achei melhor ficar quieto porque se essa frase saísse alto demais...

Ela botou a mão no meu rosto e eu a beijei. Foi um beijo bem rápido porque ela ficou me empurrando e rindo e eu tive parar e voltar pro meu trabalho. 

O trabalho mais prazeroso do mundo.

POV Manuela Ribeiro.

Voltei pro camarim com a sacola de presentes dele e fiquei olhando tudo que ele tinha ganhado. Camisas, doces, almofadas, cds, tanta coisa que parecia que não acabava nunca e olha que o meet ainda nem tinha acabado.

Fiquei mexendo no celular até a hora do show. Quando os meninos foram pro palco eu desci e fui pra plateia com todo mundo, fiquei bem lá atrás, mas mesmo assim as pessoas que me reconheceram vieram falar comigo, tiraram fotos ou ficaram me encarando de longe. 

Desde que a Ana tinha me dito que não ia ao show, confesso que tinha ficado super desanimada porque eu já tinha ido em vários shows dos garotos e logo nesse, que era num lugar péssimo pra mim, eu teria que ir sozinha. Mas quando eu vi o Caíque, Paulo e Nathan e a felicidade dos três, a vibração da plateia, eu me senti muito melhor quanto a isso.
           

     - Quando ela passa o mundo para e gira devagar... - Caíque cantou e eu ri olhando pro rostinho lindo dele -

Quem diria que um dia eu voltaria no mesmo local, mesmo lugar, pra finalmente conseguir assistir um show. Deus sabe realmente o que faz. 
         

     - Manu, tira uma foto comigo? - escutei uma menina perguntar enquanto eu prendia o cabelo e virei -

Virei muito rápido e minha visão ficou completamente turva, comecei a sentir uma enorme falta de ar e senti duas mãos na minha cintura.    
           

   - Ta tudo girando. - eu disse tentando me apoiar em algum lugar - 
           

    - Meu Deus, ta tudo bem? - escutei uma voz suave me perguntando e depois disso não lembro de mais nada -

[...]

POV Caíque Gama.

No meio do show eu comecei a escutar que a minha namorada tinha desmaiado e pedi pra que me avisassem quando ela acordasse, mas ninguém disse nada. Antes da última música, quando fui beber água o Guilherme me disse que ela tinha ido pro hospital porque não acordou de jeito nenhum e estavam achando que era algo mais sério.
Meu humor e minha animação ja mudaram naquela hora.

Não consegui curtir o final do show e assim que a gente entrou na van eu liguei pro celular dela. Depois de três toques ela atendeu.
           

   - O que houve? Tu ta bem? - perguntei preocupado e ela demorou a responder -
         

      - Tô no hospital. - respondeu toda calminha e eu estranhei - Não tô me sentindo bem, acho que me deram alguma coisa...
           

      - Ta com sono? 
           

   - Muito. - respondeu simples e eu olhei a hora - Tem como você ir pra minha casa? Marcelo vai me levar agora.
             

   - Tranquilo, vou direto pra lá.  - respondi simples e juro que a escutei chorando - Ta tudo bem, amor?
           

     - A gente só tem que conversar. - ela disse com a voz falha e eu engoli em seco - Vou desligar, beijo.

Quando ela encerrou a chamada comecei a pensar em várias hipóteses do que poderia ter acontecido. Manu desmaiar já não era novidade pra ninguém, mas o que estava por trás disso seria e eu não fazia a menor ideia do que poderia ser.

Eu fiquei na casa dela e os meninos seguram caminho pro hotel. Fiquei esperando na frente da porta mexendo no celular porque não queria alarmar pra todo mundo que a Manuela estava mal, só complicaria mais.

Uns dez minutos depois escutei o Marcelo me gritar e vi que ele estava com ela apoiada nele vindo na minha direção. Parecia ser mais grave do que eu esperava. 
           

   - Tem umas coisas dela na no carro. - ela disse e eu a segurei - Ela não ta bem mesmo, os médicos disseram que foi porque não comeu, foi hipoglicemia.
         

    - Manuela parece criancinha, ta com isso de não comer já faz tempo. - eu completei e ela pegou a bolsa -
         

  - Não foi só isso. - ela disse de olhos fechados e apertou meu braço - 
           

   - Vamos sentar ali pra tu me explicar o que ta rolando.

Juro que já estava ficando mais nervoso do que antes. Conseguia sentir meu coração bater.

Marcelo entregou as coisas dela e eles se despediram, quando ele saiu Manuela respirou fundo e quando eu vi que ela ia começar a falar, me adiantei.
           

   - Eu vou super entender se você quiser terminar comigo, mas fala logo porque dói menos. - pedi simples e ela riu e me encarou -
           

    - Eu que tinha que estar te falando isso. - ela completou e eu a encarei - O médico fez uns exames em mim enquanto eu estava desacordada pra saber o que tinha acontecido e descobriram que foi hipoglicemia mesmo, falta de açúcar no sangue, não comi antes de ir pro show porque eu tava super atrasada, lembra que eu disse que ia me arrumar rápido? - perguntou devagar e eu assenti -
           

    - Lembro, mas tu disse ali com o Marcelo que não foi só isso.
           

     - Pois é, tem mais uma coisinha. - ela falou e olhou nos meus olhos - O médico disse que eu tô grávida, Caíque, grávida de dois meses. - ela disse sem reação e me encarou -

Meu mundo parou por uns três segundos com àquelas palravas.
           

     - Como que tu descobriu isso? - perguntei surpreso, minha mente ainda não tinha assimilado a notícia - 
           

  - No hospital hoje. - ela respondeu já chorando - Eu suspeitava, até comentei com a Sibele, mas não achava que era verdade, não botei fé.

Quando ela disse que suspeitava eu lembrei de todos os enjoos, tonturas e desmaios que vinham acontecendo desde o final da viagem. Fui muito burro em não ter ligado uma coisa a outra.
           

  - Você quer o bebê? - perguntei e ela continuou olhando pra baixo - Olha pra mim e responde.
         

   - Sim, o pior é que sim. - ela respondeu ainda chorando e eu sequei seu rosto - Mas não é a hora, vai atrapalhar muito a nossa vida, a sua vida! - ela respondeu nervosa e eu a abracei - Você tem uma banda, tem fãs, eu não posso fazer isso contigo, não posso te prender assim.
         

    - Mas foi a gente que fez, literalmente. - eu comentei e ela se afastou - 
           

   - Eu acho melhor a gente terminar. - ela disse séria me encarando e eu neguei - Você precisa continuar com a sua vida, nada disso vai ser bom agora.
         

   - Não tem sentido sem você, Manu. - disse e coloquei a mão em seu rosto, ela fechou os olhos - A gente ta junto pra qualquer coisa.
           

    - Você não tem medo? 
           

   - Eu tô me cagando, nunca imaginei que isso fosse acontecer agora, mas aconteceu, quer que eu faça o que? Termine contigo e te deixe sozinha? 
           

 - Eu esperava que você fizesse um escândalo. - ela disse e secou o rosto - 
           

   - Eu sempre quis uma família com você, veio mais cedo do que eu esperava, mas vai ser bom também. - eu disse imaginando umas coisas e ela bufou - 
       

     - Minha mãe vai me matar.
         

  - Teu pai vai me matar, não quero nem pensar nisso agora. - comentei e ela riu - Vamos entrar porque eu to com fome. - disse e me levantei, ela levantou e se apoiou em mim de novo - 
           

   - Eu to muito fraca, não me solta não. - ela pediu apertando meu braço e entramos em casa -

Confesso que ainda precisaria de uns dias pra processar aquilo tudo. Eu vou mesmo ser pai?

POV Manuela Ribeiro.

Tomei um banho demorado e quente, coloquei o pijama e prendi os cabelos. Deixei o celular em cima da cômoda e deitei na cama. Assim que escutei o barulho da porta abrindo virei pra ver quem era e entraram os dois, Caíque e Pedro. 
           

    - Mas já? Você já falou com o meu irmão? - perguntei sem acreditar - Você é impressionante.
         

    - Por mim eu falava até com a tua mãe hoje, Pedro merecia saber, não exagera, eles contaram pra gente da suspeita da Ana naquela vez. - ele disse e eu fiquei quieta, Caíque estava certo - 

Pedro é meu irmão, não da pra esconder as coisas dele.
           

   - Como que tu tá? - ele perguntou e sentou na cama, coloquei minha cabeça na sua perna -
         

     - Pensando na minha vida.
           

   - Vai abortar? Tu sabe que tem como, né? - perguntou e eu neguei no mesmo instante - 
         

    - Isso nem passou pela minha cabeça. - respondi e ele assentiu - Vou contar pra minha mãe só amanhã, não comenta nada.
       

     - Beleza, fica tranquila. - ele disse seguro - Seja qual for a decisão de vocês, eu to aqui, mano, tô aqui pra apoiar. - ele disse e fez uns toques com o Caíque - Vou dormir, boa noite, dorme bem. - desejou dando um beijo na minha testa e levantou colocando minha cabeça cuidadosamente de volta ao travesseiro -
         

   - Se eu não tivesse visto, não acreditaria que era o Pedro mesmo de tanta fofura. - comentei com o Caíque quando ele saiu e ele riu e apagou a luz - 
         

  - É, ta tudo mudando muito. - comentou e deitou do meu lado - 
           

 - Desculpa. - eu disse e mordi o lábios tentando segurar o choro - Eu sei o quanto a sua banda é importante pra você, eu estraguei tudo, né? - perguntei e deixei as lágrimas caírem -

Ele segurou meu rosto e eu fechei os olhos, não conseguia tirar aquele sentimento de culpa da cabeça. Se alguma coisa na carreira dele der errado, eu sempre vou me culpar.
         

     - Como que você fala uma coisa dessas? - ele perguntou e eu continuei quieta - Você não estragou nada, Manuela, para com isso, mano.
         

   - Nós tínhamos muitos planos. - eu disse ainda sem acreditar - Eu ia começar a faculdade, me formar em publicidade, continuar com o canal, ganhar meu dinheiro e depois começar a pensar em ter um filho, mas agora tudo mudou.
         

   - Não precisa mudar, a gente se adapta. - ele disse calmo e eu ri - Eu não posso decidir o que fazer, mas eu gostaria de ter um filho com você.
           

    - Caique, eu também, mas não agora, eu ainda to confusa. - eu disse mais uma vez e me desesperei - Eu tô com muito medo, você não ta entendendo...
           

  - Eu até tava nervoso, mas agora tô feliz, imagina a alegria que essa criança vai trazer? 
         

    - Imagina como as suas fãs vão ficar? 
           

  - Nem tinha pensado nisso. - ele disse mostrando surpresa -
         

   - Isso me preocupa muito, eu sei como elas são, eu já fui uma delas...
           

   - Mas isso não vem ao caso agora, o que eu quero saber é se você tem certeza da sua decisão, se você quer o bebê.
           

   - Eu quero, já falei, parece que não escuta. - comentei um pouco irritada e ele sorriu - Que foi?
         

  - Nada, eu só tô feliz. - ele disse simples e eu revirei os olhos -  Vem cá. - disse e antes que eu respondesse qualquer coisa, me puxou pro seu colo - Vai dar tudo certo.
         

     - Assim eu espero. 
             
           


Notas Finais


Puts, todos sabiam que esses enjoos e demaios da Manuela eram qualquer coisa menos algo simples, não é mesmo? Espero que tenham gostado do capítulo e estejam ligados no drama e na felicidade desse nosso casal lindoo! Comentem muito aqui embaixo, prometo voltar mais rápido! Beijos e até o próximo capítulo.


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