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História Murmúrio - O casebre


Escrita por: verdadesecreta

Notas do Autor


Oi gente! Legal saber que estão lendo. Adoro alimentar a psicopatia de todos hahahah

Capítulo 2 - O casebre


Fanfic / Fanfiction Murmúrio - O casebre

Tenho por hábito chegar mais cedo ao trabalho pra poder conversar com outras equipes. Adoro histórias de bastidores. Grande parte dos atores costuma chegar antes da hora também, é um comprometimento feroz com a carreira artística.

A Giovanna sempre chega cedo, o Nero chega pouco depois. Ela está quase sempre sorrindo. Tá pra nascer mulher mais simpática, parece que traz o sol junto com ela. O Nero parece que traz a lua. Talvez seja essa a combinação perfeita entre os dois. Ele faz a linha poeta maluco, quase um Raul Seixas da dramaturgia. É explosivo, agitado, mas às vezes se isola dentro de si. E ocasionalmente, quando a lua se põe quieta em seu canto, o sol surge.

Todas as vezes que o vi sozinho, observei Giovanna se aproximar, agachando pra perguntar se está tudo bem. Ela gesticula tanto com as mãos, parece que está contando uma história interessante que diversas vezes, arranca um sorriso dele. Ele questiona como ela tem tanta energia, se maravilha do talento e da garra daquela mulher. Ela o admira, o conduz no jogo da interpretação e mais do que texto, os dois trocam carinho, se divertem, têm prazer mútuo em trabalhar um com o outro.

No intervalo de uma cena entre Romero e Atena, eu fui solicitado a ir até o camarim do Nero pegar seu celular, pois ele queria checar as redes sociais. Os dois fazem isso o dia inteiro, mas mais observam do que interagem. Eles sabem de tudo que os fãs imaginam e adoram despertar essa imaginação. Sabem que tudo que dizem é verdade, se rasgam de elogios um para o outro durante o dia todo, e se referem como “paixão, amor, química, TSUNAMI”.

Quando adentrei o camarim de Alexandre, tive que meter a mão no bolso de sua calça largada sobre a cadeira para pegar o celular. Então encontrei um envelope rosa choque. Não me contive! Curioso, quase maníaco, abri o envelope. Era um cartão de agradecimento por um tal jantar que tivera acontecido uma semana antes. Junto, havia um bilhete, pequeno, escondido, marcando hora e local do próximo encontro.

Eu conhecia o local e sabia que pouco antes do horário estipulado pelo bilhete, haveria uma externa de Romero e Atena. O convite era uma espécie de extensão da cena.

Pois bem! Acompanhei a tal gravação. Giovanna estava animada demais naquele dia. Estava difícil gravar. A todo momento ela se distraia, distraia a todos da equipe e os fazia rir. Nunca a vi daquele jeito. Sempre que gargalhava, tocava no ombro do Nero como se esperasse que ele concordasse. Ou como quem não consegue tirar as mãos do outro mesmo.

Ele ria junto. A gravação terminou tarde. Cada um entrou em seu carro e nós todos fomos embora. Eu peguei um táxi e segui o Alexandre. Sei que não deveria, mas precisava confirmar minhas suspeitas. E para meu espanto, eu estava certo!

Chegamos a uma rua completamente deserta. Nero deixou o carro afastado e eu desci do táxi pra me esconder em árvores. Eu o vi caminhando até outro carro com vidro preto fumê, não consegui enxergar quem estava dentro. Ele olhava para os lados certificando-se de que não havia ninguém por perto.

Então abriu a porta do motorista, de onde puxou Giovanna e a beijou. Eu não podia acreditar nos meus olhos! Era real, os dois são reais!

Ela parecia tentar resistir de alguma forma, mas era só charme. Estava claro o quanto ela queria, foi ela quem marcou o encontro. Eu a ouvi dizer, abaixando a cabeça: “para, cara, isso não ta certo”, ao que ele levantou seu queixo, respondendo “quantas vezes mais você vai me dizer isso?”, beijando os lábios dela devagar. Ela intensificava. Ele ficava louco. Mal se falavam, estavam bem gulosos de desejo um pelo outro. Era como as cenas de Atena e Romero, mas dez vezes mais quente. Parecia mesmo que a qualquer momento um deles explodiria em chamas.

Eles se afastaram do carro. Nero puxou Giovanna pela mão, correndo até um casebre extremamente escondido, mas incrivelmente lindo.

Com as luzes acessas, era fácil vê-los. Se eu fosse um paparazzi, teria uma puta matéria. Mas não queria acabar com eles, nunca, queria que se amassem mesmo, eu estava feliz em observar. Confesso que tive inveja do Nero por cada peça de roupa que ele arrancava de Giovanna. Que corpo! Que mulher! Mais do que uma deusa, um fenômeno sobrenatural.

Era fofo observá-los transando. Era quente sim, mas nada obsceno. Havia uma ternura, uma doçura, uma entrega, como se os corpos se falassem, se encaixassem, e as almas se unificassem. Ele parecia adorar o cabelo dela e ela ria dizendo pra que ele puxasse com força. Ele puxava. Ela se retorcia, mordendo os lábios. Ele beijava o pescoço dela e ela arranhava o dele. Em dado momento, paravam de se mexer, se olhavam profundamente, diziam tudo com os olhos. Tinha um sentimento muito forte ali, eu podia sentir de longe.

Ele a beijou na testa e levantou. Eu ainda consegui observá-la sentada, agarrada aos lençóis, com olhar de apaixonada e um sorriso tímido nos lábios. Até que Nero apagou as luzes! NÃO! NÃO FAZ ISSO COMIGO, ALEXANDRE!

Imagino que foram dormir. Eu fui pra casa, louco para encontrá-los na gravação do dia seguinte.



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