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História Murmúrio - Rasga a carta


Escrita por: verdadesecreta

Notas do Autor


Boa noite a todos e boa sorte pra continuar vivendo. Volto logo!

Capítulo 4 - Rasga a carta


Fanfic / Fanfiction Murmúrio - Rasga a carta

Voltei! Vou ter que contar rápido porque to num intervalo curto. Como eu disse, encontrei uma carta no camarim da Giovanna, fotografei com meu celular e digitei palavra por palavra pra vocês poderem ler. Segue:

Amor nunca foi meu forte. Eu o uso nas letras de música, nas poesias de um caderno sujo que ninguém tem acesso, no gozo do sexo. Sou escroto, pequeno ogro, mas um bobo ao perceber que sinto o que ando sentindo por você.

Amei uma vez na vida. Casei. Acreditei que fosse eterno, separei. Acredito na leveza do amor, mas pensei que nunca mais o sentiria com tamanha intensidade.  Você sabe do que eu to falando. Também casou, também divorciou, também se machucou. E voltou a acreditar no amor, porque você, DONA GIOVANNA, é feita só disso.

Queria pedir desculpas se estou complicando sua vida de alguma forma, mas não vou.  Não faço de propósito como sei que você também não, quando diz ao meu ouvido que te deixo louca. “História de amor antiga”, eu ri quando li. A ansiedade em contar ao mundo é grande, não é? Eu pensei que dava pra seguir em frente. Foi o que a gente combinou no dia do nosso casamento fictício, o último beijo técnico da nossa realidade torta. “Final feliz para os personagens, final feliz pra nós”, cada um retoma o que ainda é possível retomar na vida. Eu sei. Eu prometi. E como piá crescido sozinho, acreditei que superaria como superei a perda de vários.

Falhei na missão, Atena. Você não imagina o quanto queria viajar pra Roma quando a Amora me ligou tentando me convencer a ser o Romero. Achei ridícula a ironia da vida. Romero Rômulo ou Roma? Usei meu charme que seduz velhinhas e recusei alegando cansaço, até ela me contar que foi você que sugeriu meu nome como substituto do Murilo... Justo Murilo! Olha só, quantas ironias!

E são só as crianças que, de inocentes, merecem a convenção imposta aos roteiros da nossa história. Queria me sentir pai como você se sente mãe. Queria mesmo. É nobre o quanto você se sacrifica por esses piás. Talvez quando Noa nascer eu entenda. Talvez não. A única coisa que entendo agora é como me fita o olhar doce que me lanças.

Foda-se o que já tá fodido, mas continue me fodendo. Que grosseiro, Alexandre! Que sujo, seu ogro! É grosso mesmo meu amor por ti, mulher. Mulher minha quando acendem-se as luzes e ouve-se AÇÃO. Queria viver de ficção.

Só deixa assim. Não tenta me afastar, não tenta se punir. Sorri, que teu sorriso clareia a noite. Codifica nossas juras em entrevistas de fofoca e posta aquela foto como se fôssemos apenas colegas, só não perde a coragem de falar de amor. Não perde a coragem de amar.

Rasga a carta e guarda só o vestígio do que aqui escrevo: Eu te amo pra caraleo!

Alexus”



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