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História Mutual - Chapter 6


Escrita por: Suuye

Notas do Autor


Oi gente, como vão vocês? Eu to bem.
Estava com um pequeno bloqueio, que passou e até surgiu ideias novas para a história. Dessa vez adiantei um pouco o tempo para passar um pouco mais e não parecer que acontece tudo um dia após o outro. Anyway.
Os outros ponto de vista vão cobrir um pouco esse espaço, então relaxem, okay? <3
Me digam se estão gostando do ritmo que estou colocando as coisas, se está chato e tudo mais, preciso saber amores.
Agora vão ler <3 e desculpem pelo capítulo menor ~se esconde

Capítulo 6 - Chapter 6


A minha sina é se intrometer na vida dos outros demais, e mesmo isso acontecendo várias vezes eu continuava metendo o bedelho. Suspirei profundamente ao novamente escutar Mingyu falando no telefone, olhei a pilha de folhas dos meus trabalhos que já estavam me tirando do sério. Já havia passado um mês e estava uma loucura para todos, pois era o momento que os professores enlouqueciam dando trabalhos e provas um atrás do outro, e eu conseguiria terminar tranquilamente? Claro que não, pois eu tinha que ser intrometido.

― Mingyu, pelo amor de Deus. Para de reclamar. – Pedi suplicante e ouvi um resmungo do outro.

― Ótimo amigo você, estou aqui em uma crise e você aí mais preocupado com esses trabalhos estúpidos.

― Oh, desculpe se minha vida acadêmica depende disso. – Rolei os olhos e bufei desistindo de tentar me concentrar no que estava escrevendo. ― Olha só Mingyu, você já tem a resposta e apenas está com um puto cagaço de tomar alguma atitude. Adeus. – Desliguei e baguncei meus cabelos.

Normalmente eu não me estressava, mas minha falta de criatividade estava me deixando frustrado. Levantei indo até a cozinha onde peguei café e senti meu estresse aliviar um pouco, quando disseram que a vida na faculdade era ainda pior eu não havia acreditado e estava pagando a língua.

  Desisti de tentar voltar a fazer o trabalho, sentei no sofá e fiquei olhando para o além esperando alguma ideia divina cair sobre mim, porém, nada funciona como acontece nos livros. Expirei e respirei profundamente, fechei os olhos tentando me tirar dessa situação de estresse.

  Foi quando eu ouvi a campainha que sai do transe e levantei andando praticamente me arrastando até a porta, quando abri dei de cara com um Jeonghan totalmente sério e com olhos inchados. Suspirei e abri meus braços, o mesmo me abraçou e começou a chorar alto enquanto eu acariciava suas costas e quando senti a brisa fria do corredor puxei ele comigo e fechei a porta, ficamos um bom tempo assim.

 

― Jun. – Ele fungou e afastou-se.

 

Meu coração se apertou ao ver a expressão triste do mesmo, as lágrimas corriam pela bochecha e ele tentava limpa-las inutilmente, suspirei e mordi o lábio.

 

― Vem.

 

Puxei ele até o sofá, sentamos e ele agora ficava fitando o estofado fazendo desenhos imaginários enquanto fungava, peguei as suas mãos e ele ergueu o olhar para me fitar. Sorri gentil e retirei o cabelo que grudava na bochecha molhada.

 

― Ele gosta de outra pessoa. – Jeonghan sussurrou e eu assenti, acariciei suas maças fazendo-o sorrir de leve.

 

― Então? – Perguntei baixinho e apertei a ponta de seu nariz.

 

― Seungcheol gosta do Joshua.

 

― Quê? – Gritei e fiquei com a boca aberta.

 

Espera aí, o que? Isso não faz nenhum sentido, por Deus. Seungcheol gosta do Joshua? Isso não tem nenhum cabimento, franzi o cenho e fitei meu amigo que juntou os dois lábios para engolir o choro.

 

― Isso... – Desisti de formular uma frase já que estou mais confuso do que nunca.

 

― Eu fui muito burro! Mas caramba, ele nunca deu sinal de ser gay. – Jeonghan resmungou choroso e as lágrimas voltaram a rolar.

 

Parei de divagar sobre o que havia acabado de ouvir e abracei meu amigo, perdi o tempo que ficamos assim, mas o mesmo adormeceu e o deitei em minha cama. Baguncei meu cabelo enquanto andava até o banheiro, como algo assim poderia ter acontecido? Joshua gosta de Jeonghan, e meu amigo gosta do Seungcheol e esse gosta do Joshua.

  Balancei a cabeça e suspirei de alívio ao sentir a água quente cair em meu corpo tenso, por que eu me metia em lugares que não era chamado mesmo? Agora eu fico preocupado até com pessoa que nunca falei na vida, parabéns por ser trouxa Junhui.

  Como seria Domingo no outro dia nem me preocupei em acordar Jeonghan, sentei na cadeira e comecei a escrever meu trabalho pegando essa história doida que estava ocorrendo ao meu redor como inspiração.

  Acordei com uma dor em meu rosto, grunhi e levantei com muito esforço, pisquei algumas vezes e percebi que havia dormido na cadeira escrevendo meu trabalho, senti o cheiro de café e sorri fraco, levantei uma sobrancelha ao notar o edredom que me cobria e ri soprado. Enrolei-me no mesmo e andei até a cozinha onde parei para observar Jeonghan cantando uma música baixinho, e quando virou sorriu grande.

 

― Bom dia Jun.

 

Apenas assenti levemente e sentei na mesa que já tinha o café todo posto, aspirei o cheiro delicioso daquelas torradas e mordisquei uma me deliciando com o som que fez, fiz sinal de joinha para o menor que riu e sentou-se na minha frente também comendo. Terminamos de comer e ajudei secando a louça, fitei-o notando o rosto abatido e meu coração apertou ainda mais.

 

― Vamos ir ao cinema hoje. – Falei com a voz rouca de recém acordado atraindo atenção de Jeonghan.

 

― Tudo bem. – Ele assentiu e balançou as mãos molhadas estendi meu pano para secar as mãos.

 

Depois de fuçar no meu guarda roupa recém arrumado achei algo que serviria em Jeong e peguei uma roupa para mim, nos arrumamos rápido e fomos no carro dele. Preciso mesmo comprar um carro.

 

― Você vai desistir? – Perguntei e escutei o suspiro do mesmo.

 

― Não sou como você.

 

Rolei os olhos e virei de lado, semicerrei os olhos e vi ele me olhar de canto de olho.

 

― Tudo bem, fique sofrendo aí sem tentar. – Dei de ombros e voltei a fitar a rua que estava bastante movimentada.

 

― Jun.

 

Aquele tom não era bom, era o tipo quando ele usava quando iria fazer uma pergunta importante.

 

― Fala.

 

― Você anda muito com o Joshua. – Ele falou e engoliu em seco, levantei uma sobrancelha. ― Sabe de alguma coisa?

 

― Tipo o que? – Provoquei e escutei-o xingar baixinho.

 

― Quem ele gosta e tal. – Jeonghan enquanto ia falando foi baixando a voz.

 

E eu gargalhei e muito alto fazendo-o assustar-se e segurar o volante firme, eu simplesmente estava rindo do quanto a vida é filho da puta. Parei de rir ao ver que o outro estava ficando preocupado, respirei fundo e segurei o riso.

 

― Ah hyung, se soubesse. Enfim, não tem por que se preocupar. – Abanei as mãos.

 

E depois disso ficamos em silêncio e imaginei que Jeonghan estava em uma guerra entre desistir ou tentar mesmo assim, mesmo sabendo que no final ele iria escolher esconder seus sentimentos.

  Passamos um dia agradável e conseguimos esquecer nossos problemas, agradeci quando o mesmo me deixou em frente ao meu apartamento, beijei sua bochecha e fitei-lhe seriamente.

 

― Não desista.

 

Acordei antes do despertador tocar e bufei, resolvi levantar logo e me arrumar imediatamente, cheguei particularmente cedo na faculdade e resolvi ir á a biblioteca para passar o tempo, peguei meus trabalhos e voltei a revisá-los já que teria que entregar a maioria hoje, estava tão concentrado que tomei um susto ao ouvir uma voz.

 

― Joshua! Pelo amor de Deus. – Coloquei a mão no coração que parecia sambar dentro de meu peito e este ria com a mão na frente.

 

― Não resisti em não te assustar.

 

E sim, ele havia descoberto que me assusto fácil e vivia fazendo eu morrer de ataque cardíaco.

 

― Ainda vou te processar e Minghao vai me ajudar.

 

Ele riu e deu de ombros também retirando um monte de folhas da mochila, observei o rosto concentrado enquanto lia cada linha e senti peso na consciência. Contava ou não a situação? Minha mente mandava eu falar, mas eu sabia que ela na maioria me dava decisões frias e verdadeiras, então mandei o foda-se para o coração.

 

― Joshua.

 

Ele parou de ler e me fitou curioso, mordi o lábio e desviei o olhar.

 

― Por que sinto que não é coisa boa?

Senti meu peito apertar e suspirei fundo, por Deus, por que estava hesitando tanto em dizer para o mesmo? Balancei a cabeça e fitei-o.

 

― Aish, deixa para lá.

 

Levantei da cadeira e andei até as estantes tentando fugir daqueles olhos cativantes, apertei minhas mãos tentando tirar a tensão e pulei quando o menor estava na minha frente me encarando seriamente.

 

― Fale Junhui.

 

Tremi de leve ao ouvir aquela voz séria e decidida, era um lado novo que eu via nesse momento e gostei desse também.

 

― Não é nada, esquece.

 

― Wen Junhui. – Ele cruzou os braços e levantou uma sobrancelha.

 

Baguncei meus cabelos e espalmei minhas mãos ao redor de seu corpo, ele arfou e desfez a expressão séria.

 

― Quer mesmo saber? Quer se machucar ainda mais? Se sentir culpado? – Falei rapidamente e encarei-o intensamente, observei o pomo de adão dele subir e descer.

 

Ele tentou falar algo, porém parou no meio do caminho e desviou o olhar, sentia sua apreensão e esperei o mesmo responder na mesma posição, por fim ele virou e assentiu mordendo o lábio.

   Balancei a cabeça negativamente e afastei-me, peguei meu material e sai sem olhar para trás. Eu não poderia contar os sentimentos de outro alguém assim, isso era injusto e sacanagem, além de que eu já me meti demais nessa história.

  Sentei na minha cadeira e alguns de meus colegas vieram conversar comigo, apenas sorria de leve e comentava algo para não deixar o papo morrer. As aulas passaram lentamente e finalmente estava livre para comer, comprei um sanduíche e sentei em uma mesa vazia, já que os outros cursos ainda estavam em aula.

 

― Jun?

 

Ergui a cabeça ao ouvir a voz doce de Seungkwan, sorri para o mesmo e este sentou na minha frente, agora o baixinho exibia um tom loiro em seu cabelo. Depois daquela noite fiquei ainda mais próximo dele e descobri que é imensamente engraçado.

 

― E aí, como foi? – Sorri sugestivo e o mesmo corou imediatamente.

 

― Foi muito legal. – Ele sorriu tímido.

 

Durante esse mês depois de muito pensar Seungkwan havia se dado a chance de tentar gostar de outra pessoa, ele saiu com um tal de Seokmin que se confessou para o baixinho, fiquei feliz pelo mesmo e desejava que conseguisse superar a paixão por Hansol. Este que veio ficando cada vez mais irritado e parecia inquieto, notava seus olhares para Seungkwan e ele balançava a cabeça toda vez.

   Continuamos a conversar sobre qualquer coisa quando assustei ao ver um Hansol muito puto arrastando um Seungkwan confuso, ri soprado e dei de ombros. Foi quando senti um olhar sobre mim, franzi o cenho e virei-me dando de cara com um Wonwoo me fitando, logo desviando e voltando a conversar com Minghao, este que acenou que me viu e saiu puxando o maior que tentava protestar enquanto era arrastado.

 

― Hyung! – Minghao soltou o outro e me abraçou fortemente, retribui e escutei o resmungo de dor ao aperta-lo demais.

 

― Olá Ming. – Respondi e sorri para Wonwoo. ― Olá Won.

 

― Oi. – Respondeu e notei suas bochechas levemente coradas.

 

― Viu Joshua por aí? – Minghao perguntou percorrendo o olhar pelo refeitório.

 

― Não vi. – Dei de ombros e fitei as horas no celular, já estava na hora de meu curso começar.

 

Levantei-me e fiquei surpreso quando Wonwoo segurou-me, ele mordeu o lábio e suspirou.

 

― Tem certeza que não viu?

 

― Sim Won, apenas vi ele hoje cedo.

 

Ele assentiu e soltou-me, suspirei fundo e fui até o último prédio, era a última aula e finalmente estava livre. Terminei meu dia com elogios da professora sobre meu trabalho e sorria ao ver o nove que estava na parte da frente, sentia um peso ir embora ao receber essa nota. Franzi o cenho ao ver Joshua parado no portão e andei calmamente até lá, o mesmo sorriu de lado e levantei uma sobrancelha.

 

― Acho que entendi o que você quis dizer.

 

E depois de dizer isso ele saiu andando, fiquei fitando-o enquanto tentava entender o que significava aquela frase, por fim dei de ombros e voltei a caminhar. O que ele entendeu?

  

  Acordei dolorido e bufei irritado, minha cabeça parecia pesar e minha garganta ardia como um inferno, quando funguei confirmei minhas suspeitas, estava com uma gripe forte. Segui até a cozinha pegando um remédio e fiz uma sopa de saquinho, sentei no sofá envolvido por vários cobertores e fiquei assistindo TV o dia inteiro.

  Quarta eu havia faltado novamente já que a gripe parecia ter piorado e resolvi ficar em casa fazendo nada novamente, porém meus planos em ficar quieto foram para água abaixo quando Jeonghan apareceu gritando pela casa o quanto era irresponsável e me arrastando até o hospital, onde fui medicado e recebi mais algumas broncas do meu melhor amigo antes de ele ir embora.

Suspirei aliviado quando acordei no outro dia ao perceber que minha garganta não estava doendo tanto conseguindo comer normal e beber sem sentir dor, o médico disse que meu sistema de imunidade estava baixo por conta de estresse e tive que concordar, e olha que nem era o meu estresse que eu absorvia.

   Escutei a campainha tocar e estranhei já que Jeonghan havia avisado ontem que não poderia vir, porém levantei e andei até a porta, abri ela um pouco e fiquei surpreso ao ver Joshua parado na minha porta com os olhos marejados, por que ele não sabia onde morava e por que ele vinha agindo tão estranho?

 

― Joshua, o que houve?

 

― Eu... – Ele suspirou fundo e limpou a lágrima que descia. ― Me confessei para o Jeonghan.

 


Notas Finais


Então, querem que eu coloque outro personagem narrando a história ou continue esse? ~tenho a impressão q vão querer continuar esse, mas ok SUHUAHA
Obrigada por lerem até aqui e até o próximo
Kissus
e amo comentários, vocês sabem <3


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