História Mútuo ( Suga) - Emily, ou Jinhei?

Me deito na cama e penso na coisa mais insignificante possível, mas faço de tudo para sequer cogitar a ideia de.... Não, não pode ser. Isso não.

Será que aquele garotinho é meu filho? E se for, o que farei ? Que porra eu vou fazer?  Não, ele não pode ser meu filho. Eu não sou pai e não quero ser pai.

Melhor eu dormir e esquecer essa loucura.

Eu ando com um pessoal aqui em L.A e com outro pessoal na cidade do Monster já que eles tem meios de me informar qualquer parada. Quando o conheci, no ensino fundamental, senti uma ligação muito forte e contei a ele sobre o meu passado. Ele por ser tão perturbado da cabeça quanto eu, ofereceu todo tipo de ajuda e me apresentou algumas pessoas que, no fim das contas, acabaram me arrastando para mais coisas ruins. Como eu não bebia, usava drogas para "esquecer os problemas".

Monster se limitou a dizer sobre o meu passado para os outros caras, só disse sobre o maldito estuprador. Todos, justiceiros como são, prometeram que ficariam de olho nele e me ajudariam a vingar a minha mãe. Um desses caras sabe entrar no sistema e conseguiu descobrir onde o maldito está preso e que em um ano ele sairá de vez. Como assim? Estupro e agressão deviam dar perpétua ou pena de morte. Infelizmente não é em todos os estados que isso funciona. 

Eu contei os segundos, minutos, dias, semanas... Trabalhei em cada tortura mentalmente, vinguei cada grito da minha mãe. Ele irá se arrepender quando eu encontrá-lo.

E finalmente dado um ano, ele saiu. Michael o rastreou em Minnesota.

Um deles ficou encarregado de seguir seus passos e me avisar quando surgisse o momento certo de pega-lo. Assim foi.

Naquele maravilhoso 13 de agosto, viajamos para Minnesota e encontramos Michael no subúrbio do centro da cidade, e o seguimos até um puteiro.

__ Eu passei por ele e o ouvi falando no telefone que estará aqui ás 23h.

Ficamos do lado de fora, dentro do carro, aguardando a sua saída. Por sorte ele saiu desacompanhado. Maldito, não mudou nada.

A rua está vazia, faz muito frio. Sai do carro acompanhado do Monster e começamos a falar alto para não levantar suspeitas. Ele nos olhou mas pareceu não se importar e nem se espantar já que caminha no mesmo ritmo. Michael e Jhow chamaram duas prostitutas e seguiram com elas na mesma calçada em que o maldito está.

Atravessamos a rua e corremos um pouco até alcançá-lo. Ele obviamente se espantou e tentou correr, mas o maldito é gordo e acabou se cansando rápido. Bom pra nós.

__ Olha, finalmente saiu da cadeia! Lembra de mim ? .- ele arregalou os olhos e pensou. Eu sei que ele não faz ideia de quem eu sou, afinal, eu mudei e cresci.

__ N-na-não, mas seja lá o que eu fiz, me perdoa. Quer dinheiro, toma .-  joga várias notas em minha direção enquanto todos nós o cercamos.

__ Não quero seu dinheiro, mas já que não se lembra de mim, vou refrescar sua memória: Você conhece o KangDae, não é ?! .- ele balança a cabeça confirmando -. Você se lembra da mulher dele e dos filhos também não é ?! .- confirma novamente -.Você também se lembra que estuprou ela, não é ?! .- ele saca uma arma e eu chuto a mão dele fazendo-a cair -. Não sei se você lembra da minha expressão de medo e ódio ao te ver sendo algemado, mas eu lembro perfeitamente da sua expressão nojenta de prazer enquanto a minha mãe e meu irmão sofria. Sabe, naquele momento, com 9 anos de idade, eu jurei que ia acabar com a sua vida quando crescesse e olha eu aqui, cresci.

__ Sumam daqui, agora .- Jhow grita para as prostitutas e elas saem correndo.

No mesmo instante peguei o braço direito dele e o joguei no chão. Aulas de karatê são muito úteis. Michael tapa a boca dele e o coloca no carro enquanto Monster o amarra.

Pegamos a rodovia e fomos até um lugar completamente inabitado, cercado por florestas e rios.

Tirei ele do carro e o chutei com gosto. Iniciei um ritual de tortura completamente violento. Cortei seus vinte dedos, quebrei suas pernas, ranquei seus dentes e seu pinto nojento.

A verdade é que eu me sinto um lixo, quase o próprio demônio fazendo isso, mas então a lembrança da minha mãe chorando e gritando faz com que eu esqueça a culpa e somente o faça sofrer tanto quanto.  

Eu não sou ninguém, não sou Deus e não tenho o direito de acabar com a vida de outra pessoa, mas esse, esse eu tenho que matar, eu tenho que faze-lo pagar.

Monster amarrou ele em uma árvore e mesmo com infinitos pedidos de misericórdia, botei fogo nele vivo. Cada grito seu é um riso meu. Realmente é prazeroso ver seu sofrimento.

Saímos do local e deixamos o corpo carbonizado sem nenhum vestígio nosso, sem nada que nos ligue  ao crime.

A justiça foi feita e eu jamais me arrependerei disso. Eu o mataria outra vez.

Agora falta mais um.

*

__Bom dia mãe, bom dia vó .- beijo as duas e minha mãe força um sorriso.

__ Bom dia .- respondem.

__ Vó, a Izzi ainda mora na mesma casa?

__ Sim querido.

__ O que está acontecendo ? - minha mãe pergunta.

__ Acho que tenho um filho com uma garota daqui mãe. Fiquei com ela quando vinha aqui há uns três anos atrás.

__ O Jinhei é seu filho? .- tapa a boca -. Bem que eu o achei parecido com você. E se ele for, o que vai fazer?

__ Eu não sei vó.

__ Primeiro, vá conversar com ela .- pega a minha mão -. E se ele for, assuma. Haja como um homem.

Minha vó tem razão. Se ele for meu filho, terei que assumi-lo mas...isso significa que eu tenho que viver aqui? Morar com a Hyorin tipo marido, como uma familia feliz? Não posso simplesmente vir as vezes e depositar uma quantia? Mais fácil.

*

Bato na porta, nada. Aperto a campainha, nada. Quando me virei pra ir embora, alguém abre a porta.

__ Yoongi, o que quer ? .- fala seriamente.

__ Posso entrar?

__ Primeiro fala o que quer.

__ Quero a verdade Hyorin. Minha avó me contou que você engravidou na época em que ficávamos. O menino é meu filho?

__Que direto .- sorri irônica -. Entra .- ela abre espaço para eu passar.

Vou direto para o sofá e me sento. Jinhei, que estava escondido atrás do outro sofá, saiu e pegou um carrinho no chão.

__ Oi, brinca comigo? .- ele senta do meu lado e me oferece o brinquedo.

__ Toma .- Hyorin volta da cozinha e me dá um copo de suco -. Respondendo sua pergunta .- senta no outro sofá -. Sim, Jinhei é seu filho.

Ok, ok, eu sou pai. Calma Yoongi, calma.

__ Por que não me contou? .- cerro os punhos.

__ E-eu tive medo. Pensei que ficaria bravo, que pudesse fazer algo ou dizer que eu engravidei de propósito. Eu tenho uma vida boa mas você poderia pensar que fiz por interesse já que é rico e, além do mais, não tinha nada sério comigo, não queria que se sentisse obrigado a viver aqui por mim .- começa a chorar.

__ Como assim "fazer algo com você"? Você tem noção do que é pra mim chegar aqui e descobrir DO NADA que eu tenho um filho ? Eu tinha o direito de saber Hyorin .- arremesso o copo na parede e chuto o carrinho pra longe.

__ Olha só, é disse que eu estava falando .- abraça Jinhei que se assustou.

Essa história é absurda, não pode ser verdade. Saio da casa dela batendo a porta e caminho até uma árvore. Soco ela várias vezes e paro quando meus dedos começam a doer.

Como eu pude ser tão irresponsável?Não posso, não posso ser pai. Eu nunca desejei isso e sempre me cuidei pra não engravidar ninguém. O que faço agora?

E olha onde eu vim engravidar uma garota: na Coréia do Sul, a não sei quantos quilômetros de distância e oceano de mim.

Eu, essa pessoa perturbada que mata pessoas, tortura pessoas e joga copos na parede na presença do filho de 3 anos NÃO PODE SER PAI.

Eu tenho que resolver essa história de forma que seja bom para os dois lados.

Entro na casa dela de novo. Ela está no sofá e me olha enquanto seca as lágrimas. Jinhei está brincando no chão.

__ Hyorin, por favor, me desculpe. É muito difícil assimilar toda essa história .- tiro a mão do bolso e me aproximo de Jinhei, que estende os braços e eu o pego -. Me desculpe por gritar e jogar o copo na parede mas... Argh .- me sento no sofá.

__ Por favor, só evite ser violento assim .- fecha os olhos -. Eu soube que estava grávida dois meses depois que você se foi e custei a aceitar que estava esperando um filho seu depois de vê-lo partir para outro país. Por sorte eu recebi o apoio dos meus pais, mesmo que isso de ser mãe solteira, e tão jovem, seja condenável. Mas tudo deu certo antes e depois de tê-lo. Entenda o  meu lado.

__ Ele parece saudável .- Jinhei é muito sorridente, hiperativo e tem o peso ideal para a sua idade. Parece que Hyorin cuida muito bem dele -. Eu...o que eu posso fazer agora? .- simplesmente tenho que dar meu sobrenome a ele, não é mesmo? Não posso ignorar a existência dessa criança -. Eu darei meu sobrenome a ele.

__ Vo-você..Você vai....Morar aqui ? .- sorri.

__ Não .- não tem sentido largar a minha vida e viver com eles assim, do nada. Não vou fazer isso, até parece -. Mas eu virei sempre, não se preucupe. Tambem pagarei uma boa pensão e...

__ Eu não quero seu dinheiro .- levanta exaltada -. Não precisamos disso.

__ E você quer o que? Que eu more aqui? Que eu viva uma vida de marido, mulher e filho? Eu tenho uma vida em Los Angeles.

__ Então continue com a sua vida e não procure Jinhei. Vivemos muito bem sem você e assim continuará a ser.

Ela me empurra pra fora da casa e fecha a porta com força.

Aqui estou eu. Há 4 meses eu era uma pessoa com idéias formadas, que não desejava ninguém, que não ia gostar de ninguém, que não ia criar nenhum laço, que jamais seria pai e olha agora, tudo mudou rapidamente.

Tenho uma namorada, estou apaixonado, descobri que tenho um filho. Quê?

*

__ Como foi com a moça filho? Você é pai?

__ Sou sim mãe .- me jogo no sofá e bufo. Eu nunca vou me acostumar com essa idéia.

__ A menina já veio com ele aqui Sojin, não lembra? O que você vai fazer Yoongi? Vai assumi-lo? Vai viver com eles?

__ Não posso vó, eu tenho uma vida nos Estados Unidos, tenho uma namorada e...

__ Yoongi .- fala grosso -. Você não pode fazer isso. Você tem que ficar aqui com o seu filho! Não seja esse tipo de homem, não seja esse tipo de pai. Pagar uma pensão e ver uma vez no mês não é ser pai.

__ Estou confuso e tudo aconteceu muito rápido, eu não sei o que fazer mãe.

Eu entendo perfeitamente qual é o papel de um pai. Quando o maldito do meu agia de uma forma ruim, eu deseja um pai melhor e invejava alguns relacionamentos pai/filho dos meus colegas de escola. Depois de um tempo eu tive, e tenho, uma figura masculina importante que é o meu tio, mas eu sei que nada se compara a receber o carinho e os conselhos de um pai.

Eu tenho que ser diferente com essa criança mas... E a Emily?

*

Saindo do aeroporto, aceno para um táxi e ligo para o Tae.

__ Finalmente! Onde você estava? Como sumiu e não me avisou? Você prometeu nunca mais fazer isso .- seu tom é de desespero.

__Me desculpe, fui ver a nossa mãe.

__ E porque não me avisou? Ela está bem? Aconteceu alguma coisa?

__ Não se preocupe, ela está bem.

__ Onde está agora?

__ No táxi, indo para casa, e você está aonde?

__ Na Emily .- encerro a ligação e peço pro taxista ir na casa dela.

Bom, ela deve estar pensando um monte de coisa, principalmente que eu esteja com outra. Não a culpa, afinal, ela me conheceu assim.

O melhor é contar sobre minha vida mesmo que me doa relembrar o assunto. Ela vai entender as razões de eu ter partido sem dar nenhuma notícia.

Já sobre o Jinhei...não sei se contarei.

__ Como assim você tem um filho? Com quem? .- sussurra, mas está visivelmente alterado.

__ Quando fiquei umas semanas lá há um tempo atrás, sai com uma garota e ela engravidou.

__ E como pode ter certeza que o filho é seu?

__ Ele é minha cara! Mas de qualquer forma, quando eu voltar, pedirei o exame de DNA.

__ E o que vai dizer a Emily? Ela ficou louca com o seu sumiço... O que fará com essa história de filho?

__ Por enquanto eu não farei nada, e por favor, não diga nada também .- suspiro -. Hyorin quer que eu assuma ele mas que fique por lá. O que eu faço Tae?

__ Sinceramente? Você está ferrado.

Nunca as palavras do meu irmão fizeram tanto sentido.

Tae disse que Emily está dormindo. Ela passou a noite no hospital acompanhando uma criança do orfanato que o Tae normalmente visita e chegou um pouco antes do almoço muito cansada. Disse também que ela se voluntariou em outras coisas e passará um tempo no hospital todo o dia depois da aula. Ela é maravilhosa.

Vou até o quarto dela e abro a porta lentamente. A observo suspirar calmamente e aparentemente num sono profundo. Caminho  até a cama e me deito ao seu lado sem fazer nenhum movimento brusco. Ultimamente admirá-la é o meu hobby preferido. Nada nem ninguém é tão encantador quanto essa garota.

Acaricio seu rosto quente e deposito leves beijos em sua bochecha e, no mesmo instante ela abriu os olhos e me abraçou.

__ Yoongi .- me aperta. Mesmo sendo sutil ela acordou e me abraçou aflita -. Onde você estava? Você está bem? O que aconteceu?

__ Shiiiu, se acalma .- beijo seu cabelo -. Eu estou bem.

Ela me beija com um certo desespero, mas aquele desespero de medo, alívio, não de necessidade. De qualquer forma, o que esse beijo tem? Ou ele é muito bom ou eu estou perdidamente apaixonado. Acho que é as duas coisas.

__ Você não tem ideia do quanto senti saudades desse beijo .- apóia a testa na minha -. Por favor, me diga por onde andou. Eu fiquei desesperada sem notícias suas! Não faça isso nunca mais .- seus olhos se enchem de lágrimas.

__ Me perdoe por não avisar mas, eu precisava ir...

__ Ir pra onde?

Me sento e aperto o travesseiro. Engulo seco e penso duas vezes antes de contar tudo o que passei. Ela se senta também e segura a minha mão, passando através desse toque, apoio, carinho e compreensão. Isso me acalma.

__ Eu estava com a minha mãe .- fecho os olhos.

__ S-sua mãe? Ela não está morta ? .- diz boquiaberta.

__ Claro que não, quem disse isso ?? .- abro os olhos imediatamente. Quem disse isso pra ela?

__ Na verdade eu cheguei a essa conclusão quando toquei nesse assunto com o Tae e ele ficou estranho.

__ Não, ela não está morta Emily.

__ Me desculpe, eu nao sabia .- abaixa a cabeça, envergonhada -. Onde ela vive? Por que não está aqui?

__ Ela mora com a minha vó em Seul, na Coréia do Sul .- aperto suas mãos -. Se prepara para ouvir uma história triste .-suspiro -. Meu pai, se é que posso chamá-lo assim, do que eu me lembro, se tornou um alcoólatra muito violento. Ele maltratava muito o Tae e minha mãe, que por sua vez não contava nada a ninguém com medo de que ele fizesse algo pior. Um tempo depois eu soube que ele fazia isso por achar que minha mãe o havia traído e que Tae não era seu filho. Como eu não suportava as agressões para com o Tae, eu interferia e apanhava no lugar. Ele era tão cruel .- fecho os olhos -. Um dia eu decidi dar um basta, no dia em que ele e outro homem violentou a minha mãe e a espancou. Eu liguei pra polícia e os dois foram presos. Eu pensei que minha mãe e o meu irmão iam morrer pois estavam desacordados e sangrando muito quando os encontrei, mas sabe, no fim foi como se ela tivesse morrido porque ela nunca mais foi a mesma. Ás vezes minha avó me liga e diz que ela quer me ver, então eu vou pra lá e fico um final de semana ou mais.

Ela escuta tudo com muita atenção e deixa algumas lágrimas escorrerem.

__ Isso me perturba muito até hoje e por medo e trauma de ser igual a ele acabei me voltando um cara frio, distante, que evita criar laços. Entende o porque de eu ser um idiota?

__ Não, você não é idiota .- acaricia minha bochecha com o polegar.

__ Por um tempo .- seguro sua mão -. eu me envolvi com coisas erradas. As lembranças ruins me atormentavam tanto que eu desejava a todo custo esquecê-las, e por isso me envolvi com gangues e drogas. Eu era um viciado, eu não lutava contra o meu passado como eu meu irmão lutava. No fundo eu sempre fui um covarde.

__ V-você ainda anda com esse tipo de gente? Você ainda usa drogas?

__ Ainda mantenho contato com alguns por segurança e não, não uso drogas. Faz uns 4 anos que não uso nada.

Decido não contar que matei e que ajudo a matar. Ela já pareceu meio espantada com o pouco que contei e acredito que mesmo eles merecendo umas 10 mortes, ela não irá aprovar esse meu jeito de fazer justiça.

__ Eu sinto tanto Yoongi, tanto em ouvir e saber que vocês passaram por tudo isso .- me abraça -. Eu sei que mesmo desejando esquecer tudo isso, infelizmente não terá como, mas, eu farei o possível e o impossível para aliviar a sua dor com o meu amor e a minha compania. Eu estou com você daqui em diante, pode contar comigo .- põe a mão em meu rosto e me beija carinhosamente.

Seu beijo e seu carinho transmite a paz que eu sempre almejei sentir. Me sinto seguro, acolhido, amado, protegido. É como se ao tocarme, despachasse a tristeza e a dor que sinto. Seu amor será capaz de transformar meu ser.

__ Obrigado, obrigado, obrigado .- beijo sua mão.

__ Então né, agora sou a sua namorada, é o mínimo que eu posso fazer .- ri -. Conta comigo pra tudo.

__ Voce é incrível .- beija a ponta do meu nariz -. Você veio pra mudar meu mundo, você veio pra me salvar. Eu preciso de você, pra sempre.

Eu não posso me separar dessa garota.