História My Angel, Kol Mikaelson - Anjo

Heloisa narrando...

Sinto algo quente descer pela minha garganta, com um gosto muito bom, abro os olhos um pouco e por um tempo ficam embasados, mas quando minha visão normaliza vejo Kol, com uma feição preocupada, me sento na cama rapidamente

-Como você fez isso? - ela pergunta em tom baixo e ele sorrir, ergue a mão e fecho os olhos com força - Por f-favor, não

-Eu não vou machuca-la - ele diz baixinho como se fosse um segredo, eu abro aos poucos meus olhos e sinto lágrimas descerem, eu tô completamente envergonhada, ele me viu apanhar, mas que droga - Por favor, não chore, eu imploro

-Quem é você Kol, ou melhor, o que é você? - eu pergunto criando um pouco de coragem, limpo minhas lágrimas e me afasto um pouco dele, ele não é muito confiável, noto que ele fica supresso, mas respira fundo e fala

-Sou um vampiro original, que está morto no momento - ele diz e arregalo os olhos

-Então como eu posso ver e ouvir você? - eu pergunto baixo, abraçando meus joelhos, mas que merda, agora eu sou anormal

-Isso é algo que eu não faço a mínima ideia, minha teoria é que você é uma ancora sobrenatural - ele diz sério e eu o olho confusa - Você, consegue ver e conversar com mortos, mas você só poderia fazer isso se tivesse sangue de anjo nas veias, e tenho certeza que aquele desgraçado não é um anjo - rio baixo do seu tom indignado - E a sua mãe?

-Uma vadia interesseira - eu digo me encostando no travesseiro

-Então eles não são seus pais de verdade - ele diz e fico confusa

-Isso é impossível, se eu não fosse filha de sangue deles eles não me criariam - eu falo a verdade e abraço meus joelhos

-Você é bruxa? - ele pergunta e nego com a cabeça e ele solta um suspiro - Então você é um anjo, porque é impossível se ver pessoas mortas se não for uma bruxa ou um anjo

-Isso é muito confuso - eu revelo e ele assente

-Ainda não me disse seu nome, anjo - ele diz e coro desviando o olhar

-Heloisa - eu digo baixo e ele pega minha mão, me deixando apreensiva, mas ele somente dá um leve beijo

-É um enorme prazer conhecê-la, anjo - ele diz cortes e coro

-O prazer é meu senhor - eu digo entrando na sua brincadeira e ele sorrir

-Garota, sua avó - diz Martha entrando com o celular na mão - É bom não falar nada entendeu?

-Sim - eu murmuro e ela me dá o celular - Oi vovó

-Oi meu amor, como você tá? - ela pergunta e mordo o lábio inferior, a razão pela qual eu tenho um quarto e sou alimentada é pelos meus tios e pela minha avó que sempre estão me ligando e vindo me visitar, se não fosse por eles eu estaria em situações mais precárias

-Eu tô bem, mas e a senhora, como tá em Londres? - eu minto e desvio a pergunta com outra, vovó é CEO de uma empresa de perfumes antiga de Londres

-Ah minha neta, aqui está um saco como vocês jovens dizem - ela fala me fazendo rir baixo - Eu irei visita-la em algumas semanas

-Sério? - eu pergunto animada e Martha me fuzila, me fazendo murchar

-Sim querida, mandarei o dia certinho pro celular de Martha, já que você sempre quebra ou da fim nos seus - ela diz e mordo o lábio inferior, Rogerio e Martha sempre quebram ou somem com os celulares que a vovó me dá, tudo isso pra mim não contar a ela sobre o inferno que eu passo

-Tudo bem - eu falo e Martha raspa a garganta estendendo a mão - Vovó eu vou ter que ir, mas eu te amo tá?

-Eu também te amo, meu amor - ela diz e Martha arranca o celular da minha mão

-Tchau sogrinha - ela diz venenosa e desliga o celular - O que essa velha disse?

-Que em algumas semanas vai vir nos visitar, que te mandará o dia por mensagem - eu murmuro e ela me olha com raiva

-AI QUE ÓDIO - ela grita me assustando e me dá um tapa - Culpa sua, sua bastarda

Ela sai do quarto batendo a porta com força, me deito na cama e me encolho chorando, mas sem som, fecho os olhos e lembro do Kol, merda

-Não posso ajuda-lo, como pode ver eu não passo de uma inútil - eu falo baixo e sinto ele se aproximar e acariciar meu cabelo, ainda de olhos fechados eu aprecio o carinho que nunca recebi sem ser dos meus tios, da minha avó e da dona Milena

-Você é especial, não digo isso se você for uma bruxa, vampira e tudo mais, digo isso porque você é um ser que emana luz Heloisa, eles que são monstros e querem destruir sua bondade - ele diz e fico supressa com suas palavras

-Obrigada - eu murmuro secando as lágrimas e me viro, bato direto com seu peitoral, coro e me afasto um pouco - Eu conheço uma bruxa, talvez ela possa solucionar nossas duvidas, amanhã depois da escola podemos ir lá

-O que você quiser, anjo