História My Antichrist (HIATUS) - Onde estão?

Piper não quisera voltar com Jason pro castelo, então o menino tomou rumo sozinho. Chegando perto dos portões eles se abriram e Jason entrou, deixou Raio no estabulo e entrou no castelo pela cozinha que dava pra uma portinha no salão principal. Jason entrou tirando a grama que ainda estava presa nas suas calças. Ainda não acreditava no que havia confessado a Piper na clareira. Andou de pressa pela escada, mas quando ia passar pelo corredor que dava acesso a grande varanda, viu uma sombra curvada na mureta, ele voltou e olhou de trás das portas de vidro, reconheceu a figura como Nico, engoliu em seco sem saber se deveria ir lá ou não. Acabou por tomar coragem e abrir a porta, mas Nico pareceu não o ouvir, ele andou devagar ainda cogitando em desistir da ideia, então finalmente chegou ao lado dele que não se mexeu, mas Jason ficou olhando pra cidade não sabia se seria ignorado ou não. 

-Thalia te procurou pelo castelo todo. -ele disse sem nenhum emoção.

-Eu não estava aqui. 

-Eu sei, te vi sair com o cavalo. -Jason franziu a testa e o olhou.

-Não te vi.

-Esse era o objetivo, Grace. -Jason concordou sem saber de onde mais poderia tirar assunto. 

-Lembra da Torre? -Nico pareceu pensar um pouco, ele ainda não havia dirigido os olhos pra Jason. 

-Lembro, sim. Já deram fim a ela? 

-Eu não deixei. 

-Devia. 

-Por que? 

-Ficar remoendo passado não é bom. 

-Mas foi um passado bom naquela torre. 

-Cada um ver como quer. 

-Não te entendo. 

-Jason, não tenho motivos para querer voltar aquele tempo. 

-Não pareceu isso pra mim quando deixou aquele bilhete. 

-Não devia ter deixado aquilo. 

-Ainda não te entendo. -disse Jason baixo, um pouco daquilo ele se referia a ele mesmo, como podia está se apaixonando por aquele idiota? 

-Não tem que me entender.

-Mas eu quero. -ele disse mais firme tentando evitar olhar pro moreno. 

-Não vou contar minha vida assim, Jason. -Nico se virou pra ele e o loiro se viu obrigado a encara-lo. 

-Por que? 

-Espera mesmo que sejamos os mesmos depois de oito anos? Ao contrario de você eu não vivi no topo do Olimpo, a minha vida não foi tão facil durante esses anos. 

-Posso tentar te ajudar então? 

-Não. Apenas se souber fazer necromancia. -ele saiu da varanda deixando Jason sem saber oque era necrofilia.

Então assim que saiu dali, o loiro foi em direção a biblioteca, abriu as portas de carvalho e entrou, numa mesinha no canto o  bibliotecario, Sor Bauler, tinha um grande livro na sua frente. Jason correu até ele que levantou o rosto ouvindo os passos apressados. 

-Algum problema, senhor? 

-Poderia me responder uma coisa?

-Claro. 

-O que é necromancia? -o homem velho sentado a mesa franziu a testa e respondeu com uma pergunta.

-Por que quer saber? 

-É que me falaram essa palavra hoje e eu não entendi. 

-Principe, necromancia é uma forma de trazer os mortos a vida por meio de magia negra. 

-Os mortos? 

-Sim. Posso perguntar quem lhe disse isso? 

-Um... amigo. -Jason saiu correndo da biblioteca e depois para a frente do seu quarto. Por que ele queria trazer gente morta? Quem eram essas pessoas? 

Assim que abriu a porta do seu quarto, encontrou Piper andando pelo seu quarto, ela sorriu e acenou:

-O que está fazendo aqui? -ele perguntou fechando a porta nas suas costas. 

-Vim ver como você está. 

-Estou do mesmo jeito. 

-Mas eu te vi falando com ele. 

-Falei, mas ele praticamente fugiu de mim. 

-Hum, isso está sendo mais complicado. 

P.O.V.s Percy 

Nico havia passado do seu lado quase bufando, mas Percy o segurou pelo braço e o virou pra ele, mesmo o menor quase o chutando.

-Me solte, Percy. -ele disse serio, Percy conseguia ver que o menino estava com raiva. 

-Você está bem? 

-Não. Agora me solte. -mas Percy apenas o segurou mais e saiu arrastando Nico até um corredor com menos possibilidade de gente. Quando o soltou na parede o fazendo bater contra ela e se acalmar um pouco ele perguntou. 

-Qual o problema?

-Por que você e o Jason não me deixam em paz? 

-Porque você está estranho. Qual o problema? -Nico travou a mandibula e ficou encarando Percy. 

-O problema é que... -ele foi parado pela voz de uma criada que estava correndo. 

-Ai meus deuses! 

-Você vai me explicar isso depois. -avisou Percy e saiu correndo atrás da mulher, quando Percy conseguiu a segurar já estavam perto da escada. -O que foi Luna? 

-Tem gambás naquele quarto. -Percy relaxou, só podia ser obra dos filhos do tio dele, Hermes. 

-Certo, fique calma, vão tirar eles de lá. -ela concordou e logo foram ouvidas risadas da sala que normalmente os primos se reuniam. A mulher desceu na escada para o salão e Percy foi em direção a sala que vinham as risadas, os gemeos estavam num sofá rolando de rir e os outros não entendiam. -Os dois lá pra fora. 

-Não manda na gente, Jackson. -disse Connor ainda rindo. Percy sentiu alguem passar do seu lado, logo viu Nico um pouco longe dele, mas dentro da sala. 

-Pra fora ou o rei que vai cuidar disso, acha que ele vai gostar dos gambás no castelo dele? -como estavam todos calados só a voz fria e dura de Nico soou no lugar, oque deu a Percy outra imagem, que não era de medo, em Nico e sim uma imagem até de... desejo. Os gemeos se levantaram com medo pelo peso do olhar do primo e se retiraram da sala. Nico passou pelo canto dela para um lugar mais solitario, a espada que Percy não havia visto ainda, era de metal negro e estava presa a cintura do menino o tempo todo. Percy se tirou do tranze, saiu da sala e fechou a porta. Lá fora os gemeos ainda riam apoiados na parede. 

-Vocês vão tirar todos esses gambás daqui. 

-Que isso Percy? Está perdendo a moral pra um magrelo? -Travis disse baixo. 

-E você está com medo de um? -eles pararam de rir e pareceram está com raiva de Percy. -Façam oque pedi. -eles bufaram e seguiram em direção a sala. Percy não poderia chamar Nico de novo, então saiu andando pelo castelo até chegar numa parte que nem ele conhecia, achou de devia ser o outro lado do castelo que era enorme, olhou pra trás pelo corredor que fazia uma curva para esse agora e decidiu continuar a andar. Por esse corredor haviam pinturas de pessoas que ele nunca havia visto. Uns achou que eram seus tios quando pequenos, outros eram adultos muito diferentes. Até chegar a um que tinha uma foice do lado e na moldura do quadro, uma pequena placa dourada dizia; Cronos. Percy se perguntou o porque de guardarem aquilo, a foice, ela podia ser usada por qualquer um de repente e parecia ser afiada. 

-Seu avô mereceu tudo que recebeu. -disse uma voz que assustou o moreno, ele se virou e viu o pai andando calmamente e tambem olhando os quadros. 

-Um pouco brutal, mas acho que sim. 

-É a vida, Percy. Mas algumas pessoas tem mais sorte.

-Por que está me dizendo isso? 

-Percy, não quero que ache que seu casamento será uma coisa ruim. -o mais novo respirou pesadamente e voltou os olhos pro quadro. -Não podemos casar apenas por amor. 

-Bem que poderiamos. Não entendo por que isso. 

-Seu casamento com a filha de Atena significará a paz entre nossos reinos. 

-Isso é... sem sentido pra mim. 

-Me desculpe, mas foi o combinado e não descumprirei uma promessa. -Percy concordou ainda sem olhar para o pai. 

-Mas se veio falar de casamento, creio que não foi só pra me dizer que não será tão ruim quanto a morte do meu avô. 

-Não. -Poseidon apoiou uma mão no cabo da espada, e ficou olhando pro quadro da sua mãe. -O casamento será daqui a três meses. -Percy engoliu em seco e respirou fundo. 

-Era oque eu já esperava que vinhesse me contar. 

-Por isso que está evitando falar comigo? 

-Exatamente. 

-Não podemos fugir para sempre. -Poseidon respirou pesado e depois foi andando na direção contraria de Percy. -Apareça no jantar. 

-Claro. -o mais novo respondeu frio e esperou o pai sumir depois da curva, se sentou no chão e passou a mão nos cabelos. Não sabia quando tempo passou ali, mas logo ouviu passos apresados, levantou os olhos e viu Jason na entrada do corredor. 

-Estava te procurando. 

-Minha intenção era sumir mesmo. -Jason franziu a testa e foi andando até o primo. 

-Por que? 

-Em alguns minutos será anunciado o meu querido noivado. 

-Ah, mesmo? 

-Meu pai veio me avisar que será daqui a três meses. 

-Acho que já deve está na hora de assumir alguma responsabilidade, Percy. 

-Jason, nessas horas você tem que xingar meu pai comigo, não dá credito a ele. -aquilo fez o loiro rir, Percy parecia quase em panico. 

-Não vai ser tão ruim. 

-Diz isso porque não será você a se casar. 

-Só irei me casar quando eu prentender ou meu pai estiver velho demais pra assumir a coroa, e ele tem uma paixão enorme por ela, fazendo que meus planos se tornem completamente meus. 

-Você tem sorte em tudo, não jogue na minha cara. 

-Desculpe. 

-Mas por que me procurava? 

-Eu conversei com o Nico hoje, na varanda. 

-Eu tambem.

-Ele disse que eu só o podia ajudar se soubesse fazer necromancia que é... 

-Trazer os mortos a vida. -cortou Percy. 

-Todo mundo sabe, até o mais lento e eu não. -Jason riu quando Percy tentou o chutar. -Enfim, não entendo o porque. 

-Nem eu. -eles ficaram pensando um tempo, até Percy dizer. -Onde estão? 

-O que? 

-Pensei alto. 

-Onde estão quem? 

-Bianca e Maria Di Angelo.